Dalva De Andrade – Prece (1964)

O Toque Musical hoje oferece a seus amigos cultos, ocultos e associados um álbum dedicado à obra de Marino  (do Espírito Santo) Pinto (Bom Jardim, RJ, 18/7/1916-Rio de Janeiro, 28/1/1965), sem dúvida um dos maiores compositores brasileiros. Filho de um violonista e cantor amador, Marino fez sua primeira composição aos onze anos de idade, “Ilka”, dedicada a uma namorada. Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1927, e um ano depois iniciou seus estudos. Com 13 anos, passou a frequentar aos domingos a Rádio Philips, tornado-se grande fã de Sílvio Caldas. Em 1934, foi aprovado no vestibular de Direito, mas não concluiu o curso. Dedicando-se mais tarde ao jornalismo, trabalhou em veículos diversos, abandonando o ofício em 1943 e tornando-se comerciante, mais precisamente na Casa Waldeck,onde era gerente, e onde eram vendedores nada mais nada menos que os também compositores Haroldo Lobo e Mílton de Oliveira. Deixou o emprego em 1945 para se dedicar à carreira artística e, um ano depois, foi sócio-fundador da SBACEM (Sociedade Brasileira de Autores, Compositores e Escritores de Música). Em 1957, foi presidente do conselho deliberativo dessa entidade, sendo eleito , dois anos mais tarde, seu conselheiro vitalício, e,em 1960, presidente  da SBACEM, sendo reeleito em 1962 e 1964. A primeira composição gravada de Marino Pinto foi “Fale mal, mas fale de mim”,de parceria com Ataulfo Alves,na voz de Aracy de Almeida. Em 1942, obteve estrondoso sucesso com “Aos pés da cruz”, que fez com Zé da Zilda, na voz de Orlando Silva.Outros hits de Marino Pinto como autor são “Que será?” (com Mário Rossi),  “Estrela do mar” (com Paulo Soledade), “Segredo” (com Herivelto Martins)“Prece” (com Vadico, que o próprio parceiro considerava sua obra-prima), “Aula de matemática” (com Tom Jobim), “Sucedeu assim” (idem), a marchinha carnavalesca “Pula, caminha” (com Manezinho Araújo), “Vulto” (com Wilson Batista)etc.  “Prece” ,um samba-prelúdio, vem a ser o título deste álbum-homenagem a Marino Pinto, com texto de contracapa dele próprio.Lançado pela Odeon em fins de 1964, pouco antes da morte do compositor, foi gravado por uma das mais expressivas cantoras da época, Dalva de Andrade, carioca nascida em 2 de abril de 1935. As orquestrações e regências foram entregues a um verdadeiro “expert” na matéria, Lírio Panicalli, com a direção e coordenação artística de outro “cobra”, Mílton Miranda. No repertório, várias composições de Marino com parceiros diversos, grande parte já conhecida nas vozes de outros intérpretes, a saber: a própria faixa-título, parceria com Vadico (criação de Helena de Lima), “Reverso”, “Talvez”,ambas feitas por Marino em  parceria com o cantor Gilberto Milfont, “Se o tempo entendesse”,  “Que seja eu” , ambas em parceria com Mário Rossi (e todas quatro originalmente lançadas por Lúcio Alves), “Velha praça” (Elizeth Cardoso), ‘Vulto” (com Wilson Batista, lançada por outra Batista, a Dircinha), “Segredo” (parceria com Herivelto Martins, pontapé inicial definitivo da carreira-solo de Dalva de Oliveira), “Sucedeu assim” (com Tom Jobim, criação de Vanja Orico) e “Renúncia” (sem parceiro, lançada por Orlando Silva). Completando o repertório, as então inéditas “Céu azul” (com Paulo Valdez) e “Boa noite, esperança” (com Mário Rossi).  Por ironia do destino, Marino Pinto faleceria pouco depois do lançamento deste álbum.  Já Dalva de Andrade deixaria a carreira artística alguns anos depois, em virtude de problemas de deficiência auditiva, só lançando depois disso (1979/80) dois compactos de produção independente.  São dois fatores que, por si só, recomendam e dão ainda mais valor histórico a este “Prece”. Ouçam e apreciem
prece
reverso
velha praça
se o tempo entendesse
céu azul
vulto
que seja eu
segredo
sucedeu assim
talvez
boa noite esperança
renúncia
*Texto de Samuel Machado Filho

Dalva De Andrade – Serenata Suburbana (1960)

Boa noite, meus prezados! Há tempos eu venho querendo postar este álbum da cantora Dalva de Andrade, mas como sempre, acabo adiando. Isso se deve ao fato de que até pouco tempo atrás “Serenata Suburbana” estava presente em outros e variados blogs. Já é uma ‘figurinha carimbanda’, mas mesmo assim, sempre é bom uma reforçada, um toque musical a mais… Além do quê, com o meu tempo curto, tenho que aproveitar as oportunidades e os “discos de gaveta’.
Dalva de Andrade gravou este lp em 1960, acompanhada pela orquestra do Maestro Gaya, Ela nos apresenta um repertório muito bom, com músicas varidas, mesclando o antigo com o moderno, da época. Aqui encontraremos

serenata suburbana
chora tua tristeza
chorei sozinha
ser só
a grande dor
se tu soubesses
bebeco e doca
voltei pra ficar
vou fazer um samba
frustração
mais que a minha vida
adeus
.

Dalva De Andrade – Amor E Ciúme (1961)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Diante a penca de ‘spams’ que venho recebendo na seção de comentários das postagens do blog, achei por bem dar uma filtrada temporária, só para ver se esses idiotas se tocam e param de ficar enviando mensagens que nunca chegarão a serem publicadas aqui. Isso, sem dúvida não me afeta e nem trabalho me dá para excluí-los, mas as vezes a gente tem que fechar as portas para mostrar quem manda aqui. Comunicação nesse período, somente via e-mail. Não sabem não? Então dêem uma boa conferida no blog. Tudo que vocês precisam saber está aqui, basta procurar e ler, ok?
Bom, hoje vamos com a cantora Dalva de Andrade, que não é a primeira vez que aparece aqui no Toque Musical. Trago para vocês “Amor e Ciúme”, álbum lançado pela Odeon em 1961. Neste disco, para não variar, iremos encontrar aquele mesmo repertório romântico que sempre acompanhou a cantora. Porém, o que mais me agrada são músicas como o samba “Mente”, de Armando Cavalcanti; a versão de Romeo Nunes para “Cubanacan”, ou melhor ainda, a canção que abre o disco, “Benedito”, de Edson e Leila de França.

benedito
uma vez mais
onde estás meu amor
a volta
quando um amor se acaba
se você se importasse
cubanacan
súplica
mente
amor e ciúme
deixei de sorrir
meu lago azul

Dalva De Andrade – Eis Dalva De Andrade (1959)

Na sequência, venho com este álbum, que foi o primeiro lp da Dalva de Andrade, lançado pela Polydor em 1959. O disco traz entre novas uma seleção de músicas em discos de 78 rpm, gravados anteriormente. Não posso afirmar se são as mesmas gravações, acredito que sim. Os arranjos, orquestração e direção musical são do maestro Peruzzi. Os destaques ficam por conta da composições de Tom Jobim com Vinícius de Moraes e Aloysio de Oliveira. Dalva iniciou sua carreira no disco em 1955, já gravando dois bolachões. Seu disco mais famoso foi “Serenata Suburbana” de 1960. Sua carreira duraria apenas até os meados dos anos 60, quando por motivo de surdez foi obrigada a afastar-se da vida artística. Toque este toque…

Flamingo
Além do Céu
Brigas Nunca Mais
Sereno
Eu Sei Que Vou Te Amar
É Luxo Só
História
Balada Para Esquecer
Linda Espanha
Vou-me Embora de Ti
Sou Eu
Eu Preciso de Você