
Os Carbonos – Meu Amor Por Você (1969)

Confesso que a primeira vez que vi este disco, achei que se tratava de um quarteto de Bossa Nova. Tudo a ver… Uma nome sugestivo, uma capa bacaninha, bem aos moldes dos álbuns de Bossa Nova. Deixei o bichinho lá na estante, por mais de um ano, esperando na fila sua vez. Mas foi ao ouvir que tudo ficou claro. Aliás já estava claro ao constar no verso a relação das faixas. Longe de bossa, a turma aqui estava mais prá Jovem Guarda. Um típico conjunto instrumental de beira de piscina, para animar tardes de sábado com horas dançantes. Um disquinho curioso, mas que vale mais pela capa.
Mais uma curiosidade… No rastro de Roberto Carlos e sua Jovem Guarda surgiu muita coisa, nos anos 60 e na década seguinte também. Seguindo o modelinho, novos astros pop foram aparecendo. Aqui temos um bom exemplo: Bobby De Carlo, uma mistura no nome que nos faz lembrar Roberto Carlos e Pepino Di Capri. Tudo a ver com a proposta musical da época. Confesso que, para mim, o que salva neste disco é a presença dOs Megatons. Apesar da minha rabugice o disco fez sucesso e Bobby De Carlo fez a vez com o hit “Tijolinho”. Tem também outras que engrossaram o caldo como “Bonequinha”, uma versão de “Oh, Pretty Woman” de Roy Orbison. De quebra, vem ainda mais três faixas bonus de início de carreira. Vamos conferir?
Depois de ter levantado poeira com os discos de ontem, achei que seria uma boa continuarmos no embalo. Segue assim mais uma pérola rara para o deleite de fans e curiosos. The Jet Black era a nossa versão de grupos como The Ventures e The Shadows que no inicio dos anos 60 fez muito sucesso com um rock instrumental dançante, o twist. Olha, não é por nada não, mas a turminha brasileira não ficava atrás. Apesar de tocarem num estilo formatado, os rapazes (Gato – guitarra e teclado, Orestes – guitarra, José Paulo – baixo, Jurandi – bateria e Ernéstico: saxofone) davam um show de profissionalismo e qualidade. Não era atoa que os caras estavam em todos os bons bailes, shows e gravações de intérpretes como Celly Campelo, Ronnie Cord, Roberto Carlos, Sérgio Reis e outros astros da Jovem Guarda. Este foi o segundo lp do grupo e na minha modesta opinião o melhor. Por isso merece o toque…
Aqui estou eu de volta com mais um disco dOs Populares – o primeiro, lançado em 1967 – também conhecido como o disco da pipoca. Este post, com certeza vai dar ‘ibope’.
Os Populares surgiram em 1967 no Rio de Janeiro, de uma dissidência do The Pop’s. O guitarrista Julio Cesar, por sinal um dos melhores do Brasil, resolveu criar o grupo em paralelo com os Pop’s que ainda continuavam a existir.Eles se lançaram em um compacto com músicas de Natal, hoje muito raro. O grupo se apresentou em diversos programas de rádio e TV, gravaram este que foi seu primeiro lp. Depois vieram outros discos, atuaram até por volta de 1978, conseguindo (ironicamente) alguma popularidade. Seu estilo era a princípio e basicamente instrumental, bem na linha ‘conjunto de beira de piscina e bailes’. Neste lp, destacam-se as músicas “Índia” e os medleys “Maravilhas da Itália” e “Maravilhas de Portugal”. J. César e seus Populares chegaram a gravar 26 lps, mas apenas quatro constam com o nome do grupo, nos outros, por questão de contrato, foram lançados com pseudônimos ou nem isto.
Eu estava meio na dúvida se deveria ou não postar este disco agora, por ser um álbum que até então eu tinha pouquíssima informação. Até a algum tempo atrás cheguei a fazer uma rápida pesquisa na rede, mas encontrei muita coisa. Hoje, por coincidência, acabei caindo em um blog que trazia um texto sobre Bolão & Seus Rockettes. Embora sem os créditos, descobri que o texto foi extraído do site Senhor F (como não pensei nisso antes, claro). Curiosamente, o disco também passou a pipocar por aí, em outros blogs. Olha, não quero me gabar, mas o prato daqui tá mais saboroso, pode acreditar. Tudo temperado a base de Shure, Techinics e no maior zelo 😉
Como não há outra informação além desta, do excelente Senhor F, prefiro transcrevê-la na integra, como os demais:
Um dos principais representantes das orquestras de jazz, ou dos “conjuntos melódicos”, como eram chamadas no Sul do Brasil, que fizeram sucesso cobrindo o espaço ainda não ocupado pelos músicos jovens. Liderado pelo saxofonista Bolão, o grupo destacou-se gravando covers de clássicos da música instrumental americana. Entre 1958 e 1964, especialmente, lançou vários 78rpm, compactos e lps, contendo sucessos como a clássica “Buzz Buzz Buzz”, “Short Shorts” – seu primeiro grande hit, e “Tarantella Rock”, regravada pelo grupo gaúcho Aristóteles de Ananias Jr. nos anos noventa.
Este álbum é uma coletânea, sem data em seus registros, possívelmente lançado em 1990 (cod.)pela CBS sob encomenda para a Acervos Discos (selo, editora?)
Já deu para perceber como sou fan do Ataulpho Alves, né? Realmente, aprendi a gostar deste compositor muito cedo. Suas composições estão presentes no decorrer dos meus ‘300 anos’ e em família. Não é atoa que herdei muitos discos dele. Há uma certa atração ou coincidência, em todo lugar esbarro com Ataulpho. É curioso isso…
Bom, daí temos então mais um disco bacana, cheio de estrelas da “velha guarda”, interpretando numa coletânea da RCA o mestre Ataulpho Alves. Desnecessário entrar em detalhes, tá tudo na capa, mas este lp foi lançado logo após a morte do compositor. Um álbum que reúne alguns de seus sucessos nas vozes desses célebres interpretes de uns ‘700 anos’ atrás. Muito bom!
Diante à falta de acesso ao Rapidshare, ficamos um pouco restritos, sem condições de trazer alguns vinhos raros da adega. O jeito foi recorrer ao depósito alternativo, esperando que do lado de vocês as coisas estejam normais. Desde de ontem eu não consigo ter como acessar arquivos pelo Rapidshare. Cheguei a pensar que fosse apenas uma manutenção, mas pelo que tenho visto em outros blogs e outros que utilizam desse serviço, a falha se concentra em quem está usando o Velox (que é o meu caso). Se alguém tiver alguma informação complementar, por favor, coloque no comentários. Me vejo obrigado a usar o Mediafire (que também começa a dar sinais negativos) até que a coisa se resolva. Deixei de lado o Mediafire devido aos constantes arquivos deletados, embora a interface e alguns serviços fossem mais interessantes que o Rapidshare. Este, por sua vez, apesar de limitado para quem está no “free”, ainda era a melhor opção. Agora acontece isso… fazer o quê? Voltamos aos alternativos, com direito também ao Gigasize. Sinto muito por aqueles que nesses encontram dificuldades para baixar arquivos, devido a lentidão. Enquanto a chuva não pára, vamos ficar debaixo da lona… literalmente na lona.
Novamente temos aqui o Grupo de Serestas João Chaves, em dose dupla, para os amantes das serestas, serenatas e noitadas de música em Ouro Preto. O repertório é praticamente uma seleção do cancioneiro popular de Minas Gerais, bastante conhecido em todo o país. Músicas que estiveram presentes nas subidas ou descidas, não apenas de Ouro Preto, mas em outras cidades de Minas também.
*infelizmente não há citação de data da realização dos dois discos. Também não achei nada na rede, quem souber, por favor…
Uma das características do Toque Musical – além de apresentar boas dicas sonoras – é revelar álbuns obscuros e raros. Esse negócio de ficar só postando ‘medalhões’ a gente deixa para os outros. Aqui entram os famosos, mas também (e principalmente) entram aqueles que foram esquecidos no fundo do baú, os empoeirados lá no canto da estante de despejo, aqueles que quase ninguém sabia que existia e por aí a fora… Mas calma lá, sem apelação… Por trás de tudo aqui tem o controle de qualidade, que apesar de questionável, procura se manter fiel a alguns princípios. É dentro desse espírito que o TM funciona. Estou escrevendo isto, não para justificar exatamente esta postagem, mas para aplacar àqueles que me perguntam: “de onde você tirou essas coisas?” O que faz o diferencial é exatamente isso. Imagine se não fosse este toque, quantos se lembrariam ou teriam conhecido este disco/músico? Por certo, se não tivesse lá suas qualidades eu não o teria postado. Por essas e outras é que convido você, amigo-culto-oculto-visitante, a escutar o Luizinho e seu obscuro “Chorando baixinho”. Um disco raro e muito bonito. Se você gosta de chorinho, de Abel Silva e música boa, com certeza irá gostar de ouvir este disco aqui também.
Mais uma coletânea de muito boa qualidade. Comemorando 10 anos de Bossa Nova, a Philips/Phonogram lançou em 1972 (?) este álbum com doze faixas escolhidas e produzidas por Roberto Menescal. Não há novidades ou raridades, sendo essas, relativamente fáceis de achar em seus respectivos álbuns (nos blogs musicais, claro!).
Outro pedido especial que eu não esqueci de atender, Ruy Maurity. Aqui em um outro disco prá lá de bacana, que com certeza vai alegrar muita gente…
Neste exato instante, quando por telefone eu avisava ao meu amigo da postagem especial, ele de lá me informou que já o havia conseguido em um outro blog. Numa rápida pesquisa, percebo que ele estava certo, o lp já virou banana e tá em cachos por aí. Mesmo assim, depois de tanto trabalho, não vou deixar minhas bananas atrás do balcão. É ouro e prata, podem levar sem susto! Disco como este merece estar em todos os blogs. Um álbum clássico da discografia brasileira nos anos 70. Básico!
As postagens de hoje são pedidos feitos por alguns amigos, que embora eu tenham demorado, não deixei de postar. Ao Marquinhos, aqui vai o tal Dominguinhos… este disco é um dos que mais aprecio, principalmente pela música (maravilhosa!) que dá nome ao disco, uma composição de Dominguinhos e o saudoso Manduka. Além disso tem participação especial do Rei do Baião, Luiz Gonzaga e do Gilberto Gil.
No embalo do violão do Dilermando, me lembrei deste outro disco, um ‘meio-a-meio’ com Waldir Azevedo o ‘bam-bam-bam’ do cavaquinho. Uma pequena amostra de dois grandes instrumentistas das cordas. Infelizmente não se trata de uma gravação em conjunto, um lado é do Dilermando o outro do Waldir. Pela capa também se pode perceber isso através da relação das músicas que cada um executa. Por esta mesma razão, não vou me dar ao trabalho de indicá-las a baixo como de costume. Gostaram do toque do dia? Que tal um comentário? Tá valendo em qualquer idioma, dialetos – mesmo os mais arcáicos e improváveis! Acho que estou merecendo, não?
Aqui é assim, pediu eu corro atrás, se achar tá no Toque Musical. Assim, atendendo ao pedido aqui está o tão procurado Dilermando Reis. Realmente, este disco é fabuloso. As composições de Hernesto Nazareth são obras primas da música brasileira e se tornam ainda mais belas ao violão deste grande instrumentista. Dilermando é considerando um dos maiores violonista brasileiros e reconhecido mundialmente. Ele também foi um grande compositor, tendo deixado uma obra imensa e bem variada em estilos, mas principalmente de valsas e choros.
Bom, como começei com uma diva da música americana cantado a música brasileira, termino na segunda postagem do dia com outra diva, a genial Ella Fitzgerald. Vai cantar assim lá nas Américas! Esta cantora é tudo de bom e pra melhorar mais a coisa, ela vem com um repertório (óbvio) do nosso grande Antonio Carlos Jobim. Precisa falar mais alguma coisa? Não, não precisa… precisamos é ouvir! Toque este toque.
Olha aí o prometido… Depois de ter sido honrado com um post recheado de Hélio Delmiro pelo Edson do Gravetos & Berlotas, nada mais certo que na seqüência, eu por aqui, fizesse o mesmo. Segue então esta postagem especial para a turma das cordas, berloteiros e apreciadores do grande Helio Delmiro. Percebe-se que o cara é realmente bom de serviço. Não foi atoa que neste disco, prá lá de bacana, da genial cantora americana Sarah Vaughan, ele é figura especialíssima – participação especial. Contudo, não vamos esquecer, o disco aqui é de Dona Vaughan! Dona mesmo… de uma voz maravilhosa, do grave ao agudo, que se encaixa como uma luva num repertório nota 10. Sua interpretação jazzística faz a bossa ainda mais sofisticada. Chamo a atenção para as faixas “Double Rainbow” (Chovendo na Roseira de Tom Jobim) e “Dreamer” (Vivo Sonhando, também de Tom) que aos meus ouvidos soam como uma das melhores gravações feitas por artistas estrangeiros. Infelizmente para uns ou felizmente para outros a ‘ripagem’ foi feita a partir de vinil. Normalmente, prefiro não fazer intervenções de ajuste sonoros, deixando que cada um remasterize à sua maneira. Tenho este disco também em cd, mas o tratamento sonoro fica muito a desejar. Prefiro ouvir os estalinhos…
Segundo informações, consta que a partir de 2002, toda a discografia de Jacob do Bandolim foi remasterizada. A recuperação foi realizada a partir de material doado ao MIS – Museu da Imagem e do Som e de coleções particulares. Pelo que pude entender este trabalho de pesquisa, chamado de “Coleção Todo Jacob” não é de caráter comercial. Sua prioridade é (ou foi) recuperar todo o acervo de Jacob. Contudo, qualquer um pode ter acesso a obra deste grande artista (que é bem vasta), através do MIS. Pelos telefones 21/2224-8461 e 21/2224-8501, os interessados poderão levar cd’s e pagar R$ 1,00 por faixa copiada, para ajudar na manutenção do acervo. Eu ainda não liguei para confirmar, mas me pareceu uma boa alternativa. Quem se interessar… ligue djá! Enquanto isso, vamos de amostra grátis, num álbum muito bom de 1968. Toquei?
Diante ao ‘ibope’ que a Helena de Lima está fazendo numa das recentes postagens (mesmo que na surdina), resolvi voltar com ela em um velho-novo lp. Aqui temos Helena ao lado de Adeílton Alves, interpretando algumas pérolas do maravilhoso Ataulpho Alves. Este disco foi gravado para o MIS, na sua série de registros históricos. Um álbum também raro e muito procurado. Quem chegou até aqui, achou…
Eis aí uma boa safra. Durante a semana estarei postando algumas jóias rara para a alegria desses visitantes silenciosos. Aqui temos um disco do Jair Rodrigues, figura que dispença apresentação, num álbum raro, no qual não consta a data de realização, apenas a constatação (1965) através do texto, no verso da capa, ao se referir à faixa “Terra Carioca” como sido gravada em homenagem aos 400 anos da cidade do Rio de Janeiro. Curiosamente este também não está presente na discografia do artista e tão pouco é comentado ou citado na rede. Acredito que realmente se trata de um álbum raro e quem conhece vai querer conferir.