Elizeth Cardoso – Canção Do Amor Demais (1958)

Bom dia a todos, amigos cultos e ocultos! Mesmo ao longo de uns 15 anos envolvido com essa ‘cachaça’ que é ser blogueiro, eu confesso que não sei nada sobre a parte técnica da coisa. Não fosse o automatismo, a intuição e mais ainda ao apoio e atenção de meu provedor, o Toque Musical estaria hoje apenas na versão matriz do Blogspot e talvez tivesse tomado o mesmo destino de todos os outros blogs semelhantes, fechar. Mas, enquanto houver ‘tesão’ por aqui, vai haver emoção. E emoção é o que não me falta. Vejam vocês, aqui estou eu postando novamente o emblemático “Canção do amor demais”, da Elizeth Cardoso. Este é um disco o qual já foi apresentando aqui e por certo todo mundo que gosta e entende de música já o conhece, não é novidade. Mas finalmente, depois de tanto procurar, achei um exemplar original, de época, quase tão prefeito quanto a 62 anos atrás. Só peca pela assinatura da antiga dona que se encontra na capa. Mas, tudo bem, estou muito feliz de agora ter um exemplar original de 58, do selo Festa. Junta-se a este o cd e uma versão em lp lançada nos anos 60. 
E como alegria não é coisa para se ter sozinho, eu aqui a compartilho com vocês. Extraído agora a pouco da minha Philips 312. Confiram no GTM… 😉
 
chega de saudade
serenata do adeus
as praias desertas
caminho de pedra
luciana
janelas abertas
eu não existo sem você
outra vez
estrada branca
vida bela
modinha
canção do amor demais
 
 
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Ella Fitzgerald – Ella Abraça Jobim (1981)

Olá, amigos cultos e ocultos! Revirando os arquivos e também os “discos de gaveta”, eis que me deparo com este lp duplo da cantora americana Ella Fitzgerald, gravado em 1980 e lançado por aqui em 81. Este, em específico, lançado pela Polygram e traz uma capa diferente da que eu me lembrava. Aliás, eu não me lembrava de que já havia postado este álbum aqui, no caso, com outra capa, o que me fez acreditar que ainda não o havia postado. É.. este disco tem edições com capas diferentes, pelo menos quatro, eu estou vendo aqui. E nesta edição nacional a ordem das música é outra, mas estão todas aqui. Para quem não conhece, este lp vale muito ser ouvido, pois além da bela voz e interpretação de Ella Fitzgerald tem também a música do nosso grande Tom Jobim e a presença de um time de músicos, brasileiros e estrangeiros, de primeiríssima linha. O repertório é aquele internacional do Tom, que todo gringo e o mundo inteiro conhece. Álbum bacana que merece ser postado de novo, com essa outra capa. Confiram no GTM…

somewhere in the hills
the girl from ipanema
dindi
off key
water to drink
dreamer
quiet night quiet stars
bonita
one note samba
don’t ever go away
triste
how insensitive
he’s a carioca
this love taht i’ve found
a felicidade
wave
song of the jet
photograph
useless landscape

 

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Frank Sinatra With Antonio Carlos Jobim – Sinatra Jobim – The Lost Tapes(1969)

Olá amiguinhos cultos e ocultos! Como disse anteriormente, estou sem condições para digitalizar e postar novos/velhos discos por conta da quarentena. Mas irei aqui postando outras coisas que foram aparecendo ao longo do tempo. Trato então, dessa forma, essa curiosidade que cairá muito bem por aqui. Aliás, há tempos eu deveria ter postado isso, mas como até então todos os blogs e sites já o haviam postado, eu acabei deixando de lado. Enfim, como dizem, toda araruta tem seu dia de mingau. Por certo, o que temos aqui não é nenhuma araruta, mas o mingau é bom 😉
Temos aqui um registro de encontro entre Tom Jobim e o americano Frank Sinatra. Reza a lenda que essa gravação, que foi um disco, lançado em 1969. Porém, por alguma razão, Frank não gostou do resultado e o disco foi recolhido do mercado. Por certo, ao recolherem a edição, devem ter esquecido a versão em cartucho, uma espécie de fita cassete que foi muito comum nos EUA. Usavam muito esse tipo de fita para aparelhos tocadores de automóvel. Todo Cadillac que se preze tinha lá um tocador de cartucho. Aqui no Brasil essa onda não pegou. O certo é que poucas dessas fitas ficaram guardadas, até que em 2006 algum maluco pagou 4500 dólares por ela. A primeira vez que tive notícias disso foi no blog do Zecaloro, o Loronix. 
Certamente, muitos dos que acompanham nossos blogs já conhecem a raridade. Enfim, chegou a nossa vez. Taí, o nosso toque musical e você pode buscá-lo no GTM, ok?

sabiá
bonita
drinking water (água de beber)
one note samba (samba de uma nota só)
don’t ever go away (por causa de você)
someone to light up my life
triste
wave
this happy madness (estrada branca)
off key (desafinado)

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Eles Cantam Antonio Carlos Jobim – Seleção 78 RPM Do Toque Musical Vol. 151 (2019)

Estamos de volta com o Grand Record Brazil, agora em seu volume 151. Na edição anterior, apresentamos composições da fase pré-Bossa Nova de Antônio Carlos Jobim (aliás, Tom Jobim) interpretadas por cantoras da época. Neste volume, apresentamos outras músicas pré-bossanovistas do mestre, agora com intérpretes masculinos. Abrindo esta seleção, Roberto Paiva interpreta um samba da parceria de Jobim com Vinícius de Moraes, “Eu e o meu amor”, que fez parte da peça teatral “Orfeu da Conceição” e foi lançado em novembro de 1956 pela Odeon, no LP de dez polegadas com seus melhores momentos. Paiva canta ainda, neste volume, outras três músicas de Jobim e Vinícius, extraídas desse mesmo LP: os sambas “Lamento no morro” (faixa 4)e “Mulher, sempre mulher” (faixa 5), e, por fim, um clássico do samba-canção na faixa 9: o belíssimo “Se todos fossem iguais a você”, sucesso permanente regravado inúmeras vezes. Na faixa 2, Ernâni Filho, cantor carioca que começara no Cassino da Urca, em 1938, e era muito considerado por Ary Barroso, interpreta outro samba-canção, “Faz uma semana”, de Jobim em parceria com o baterista Juquinha Stockler. Foi lançado pela Sinter em junho de 1953, sob número 00-00.236-B, matriz S-517. O lado A, matriz S-516, está na faixa 8: o samba-canção “Pensando em você”, de Jobim sem parceiro. Ambas as músicas, com suporte orquestral de Lírio Panicalli, também sairiam no LP de dez polegadas “Pensando em você”. A faixa 3 é simplesmente a primeira composição gravada de Antônio Carlos Jobim, em parceria com Newton Mendonça: outro samba-canção com acompanhamento orquestral de Lírio Panicalli, “Incerteza”, na voz de Mauricy Moura. É também gravação Sinter, lançada em abril de 1953 sob número 00-00.217-A, matriz S-463. Na faixa 6, Dick Farney, um dos mais importantes precursores da Bossa Nova, interpreta “Outra vez”, de Jobim sem parceiro, com acompanhamento orquestral de Alexandre Gnattali, irmão de Radamés. Gravação Continental de 7 de junho de 1954, uma segunda-feira, lançada entre esse mês e julho do mesmo ano sob número 16969-A, matriz C-3357. Na faixa 7, o trombonista Raul de Barros, acompanhado de seu conjunto, sola o samba “Pé grande”, parceria de Jobim com Armando Cavalcanti, em gravação Odeon de 12 de julho de 1956, uma quinta-feira, lançada em outubro seguinte com o número 14101-A, matriz 11226. Exatamente na sexta-feira 13, seguinte, acompanhado pela orquestra de Severino Filho, Bill Farr, gravou este mesmo samba com letra de Paulo Soledade e o título mudado para “Sonho desfeito”. É a faixa 10 deste volume, que, curiosamente, seria lançada pela Continental antes da instrumental de Raul de Barros (agosto-setembro de 1956), sob número 17330-B, matriz C-3853. Na faixa 11, um clássico da MPB: “Tereza da praia”, parceria de Jobim com Billy Blanco, gravado em dueto por Dick Farney e Lúcio Alves (que o público então supunha inimigos pessoais, mas na verdade sempre foram muito amigos) no mesmo dia de “Outra vez” (segunda-feira, 7 de junho de 1954) e lançado pela Continental no mesmo suplemento, com o número 16994-A, matriz C-3401. O nome Tereza foi dado por causa da mulher de Tom Jobim, que também está ao piano com seu conjunto no acompanhamento. Para encerrar com chave de ouro este volume, a “Sinfonia do Rio de Janeiro (A montanha, o sol, o mar)”, prosseguimento natural da parceria Jobim-Billy Blanco. É uma “sinfonia popular em tempo de samba”, gravada na Continental e lançada em dezembro de 1954, em LP de dez polegadas. Com suporte orquestral de Radamés Gnattali, a gravação reuniu um time de intérpretes da pesada: Dick Farney, Os Cariocas, Gilberto Milfont, Elizeth Cardoso, Lúcio Alves, Dóris Monteiro, Emilinha Borba, Nora Ney e Jorge Goulart. É um encerramento à altura desta retrospectiva que o GRB faz da obra pré-Bossa Nova de Antônio Carlos Jobim, ou simplesmente Tom Jobim, compositor, arranjador, maestro e pianista que ficará para sempre na história da música popular brasileira! 

eu e meu amor – roberto paiva
faz uma semana – ernani filho
incerteza – mauricy moura
lamento no morro – roberto paiva
outra vez – dick farney
pé grande – raul de barros
pensando em você – ernani filho
se todos fosse iguais a você – roberto paiva
sonho desfeito – bill farr
tereza da praia – lúcio alves e dick farney
sinfonia do rio de janeiro – vários
 
*Texto de Samuel Machado Filho

Ella Fitzgerald – Ella Abraça Jobim (1981)

Bom, como começei com uma diva da música americana cantado a música brasileira, termino na segunda postagem do dia com outra diva, a genial Ella Fitzgerald. Vai cantar assim lá nas Américas! Esta cantora é tudo de bom e pra melhorar mais a coisa, ela vem com um repertório (óbvio) do nosso grande Antonio Carlos Jobim. Precisa falar mais alguma coisa? Não, não precisa… precisamos é ouvir! Toque este toque.

dreamer (vivo sonhado)
this love that i’ve found (só tinha queser com você)
the girl from ipanema (garota de ipanema)
somewhere in the hills (favela)
photograph (fotografia)
wave
triste
quiet nights of quiet stars (corcovado)
water to drink (agua de beber)
bonita
off key (desafinado)
he’s a carioca (ela é carioca)
dindi
how insensitive (insensatez)
one note samba (samba de um nota só)
felicidade
useless landscape (inútil paisagem)