Coquetel De Sucessos – Solos Instrumentais (1961)

Bom dia, prezados amigos cultos e ocultos! Estou vendo que a única forma de continuar mantendo diária as nossas postagens vai ser eliminando esses textos, essas resenhas, que por vezes tomam mais tempo e que de uma certa forma, poucos se dão ao trabalho de ler. Por outra, nem sempre estamos dispostos a escrever coisas que podem ser buscadas por vocês no Google. Mas, sempre que acharmos pertinente, a gente escreve, deixa uma dica, dá o toque… ok? 
Hoje temos um disquinho bem legal, lp lançado pela RCA, em 1961, “Coquetel de Sucessos – Solos Instrumentais”. Neste, temos reunidos quatro grandes instrumentistas, verdadeiras feras dos sopros, ou metais: Paulo Moura, Nelsinho, Maurílio e Aurino. No lp temos doze temas de sucessos, nacionais e internacionais onde desfilam cada qual com três faixas, em solos realmente envolventes. Confiram no GTM…
 
eu e tu – paulo moura
bat masterson – aurino
abandono – maurílio
santeleco – nelsinho
greenfields – paulo moura
aliança – aurino
chuva de arroz – maurílio
se eu morrer amanhã – nelsinho
little devil – aurino
rose – paulo moura
recado de amor – nelsinho
tristeza em mim – maurilio
 
 
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Monturil – Os Maribondos De Fogo (1987)

Boa hora, amigos cultos e ocultos! Dentro do nosso espírito de curiosidades, estou trazendo hoje para vocês um disco que talvez poucos conheçam. Eu também, só vim a conhecer há pouco mais de um ano, quando este lp chegou em minhas mãos e mais exatamente, no meu toca discos. Trata-se do maranhense, Antenor Monturil, um nome mais conhecido em rodas de choro e pagode no norte e centro oeste do país, nos anos 70 e 80. Monturil foi um violonista e compositor maranhense. Gravou apenas este disco, em 1987 pelo selo RCA Victor. 
Envolto em um misterioso desaparecimento há 26 anos, em Goiânia, seu corpo nunca foi encontrado. Era também advogado, amigo de políticos e militares. Frequentava a Granja do Torto, onde tocava para militares, na época do general Figueiredo. Também era amigo de José Sarney, de quem musicou o poema “Marimbondos de Fogo” e deu nome a este disco. Por aí, a gente  já tem uma ideia… Como dizia o velho ditado, “diga-me com quem andas e te direi quem és”. Mas, Monturil, além de advogado, tinha seu lado artístico, uma sensibilidade musical que atraia também os artistas e isso se vê pelos envolvidos nessa sua primeira e única produção. Participam do disco diversos artistas, como se pode ver acentuado na capa, nomes nacionalmente conhecidos como o mestre Baden Powell, os cantores Francisco Carlos “El Broto” e Renato Castelo e as cantoras Márcia e Marília Barbosa. A ilustração da capa é uma pintura do artista plástico goiano, Siron Franco e na contracapa Monturil é muito bem apresentando em textos pelo Sarney, então Presidente da República e também pelos acadêmicos Herberto Sales e Joaquim Campelo Marques. Vale a pena conhecer…
 
os maribondos de fogo
mastigando jiló
pra que saudade
saudade ceará saudade
meu feitiço é maior
sapatinho de princesa
chorinho de repente
voltei pra avenida
rancho da primavera
cantiga nordestina
 
 
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Manezinho Araujo – Cuma É O Nome Dele? (1974)

Digam lá, amigos cultos e ocultos! Em meio a pandemia e dentro de casa, porque nós temos juízo, vamos aproveitar o tempo desfrutando das raridades deste nosso Toque Musical. Hoje e mais uma vez temos aqui a felicidade de trazer o Manezinho Araújo, o Rei da Embolada. Um artista em duplo sentido, tanto na música quanto nas artes plásticas, mais exatamente na pintura. Manuel Pereira de Araújo, o Manezinho Araújo foi um cantor, compositor, jornalista e pintor. Dedicou-se a música até os anos 50. Gravou entre os anos 30 e 50 dezenas de discos e suas composições foram também gravadas por diversos artistas. Na década seguinte começou uma nova carreira, se entregando de corpo e alma a pintura. Nessa área também se destacou, sendo considerado um artista/pintor no estilo Arte Naïf, um termo francês cujo significado é ingênuo, ou seja, artistas geralmente auto-didatas, sem formação acadêmica, cujo os trabalhos são chamados de ‘Primitivo’. Manezinho Araújo se tornou um mestre, consagrado internacionalmente como pintor brasileiro, assim como Heitor dos Prazes e Sidney da Conceição.
O álbum que trazemos de Manezinho, creio eu, foi seu último registro musical. Lançado pela RCA/Camden em 1974, foi um retorno em disco, onde ele regravou alguns de seus maiores sucessos. Disco bacana e realmente imperdível. Vale conferir no GTM…

não sei o que é faca
nana roxa
saudade de pernambuco
cuma é o nome dele
dor de cotovelo
o carrité do coroné
seu dureza da rocha pedreira
novo amanhecer
pra onde vai valente
como tem zé na paraíba
vatapá
olha o buraco no barreiro, cavalheiro
sulandá

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