Som Brasileiro (1975)

É com a satisfação de sempre que o Toque Musical oferece hoje, a seus amigos cultos, ocultos e associados, mais uma coletânea apresentando MPB da melhor qualidade. Trata-se de “Som brasileiro”, editada em 1975 pela Odeon (depois EMI, hoje Universal Music), reunindo alguns dos então contratados da “marca do templo” em dez faixas marcantes e bastante expressivas. Uma seleção de primeira, conforme vocês poderão constatar. O álbum já começa arrebentando, com o grande Mílton Nascimento e seu eterno clássico “Travessia”, que o projetou nacionalmente em 1967 e aqui, em registro feito, ao que parece, especialmente para esta compilação. O grande Bituca ainda comparece com outra de suas inesquecíveis criações, “San Vicente”, lançada em 1972 no histórico álbum duplo “Clube da Esquina”. Outro “cobra” de nossa música, Marcos Valle, aqui nos traz “Remédio pro coração”, de sua longa e profícua parceria com o irmão Paulo Sérgio, extraída de seu álbum de 1974. O clássico “Primavera”, de Carlos Lyra e Vinícius de Moraes, composto  para a peça “Pobre menina rica”, é aqui oferecido na voz de Alaíde Costa, em gravação que saiu primeiro num compacto duplo também  de 1974 e, no ano seguinte, foi incluída em um dos muitos LPs dessa excelente cantora. João de Aquino vem com “Sapos e grilos”, parceria dele próprio com Paulo Frederico, faixa extraída do álbum “Violão viageiro”. Eduardo Gudin e Paulo César Pinheiro, juntamente com outra notável cantora, Márcia, aqui nos apresentam “Mordaça”, em registro feito ao vivo durante o espetáculo “O importante é que a nossa emoção sobreviva” (título, por sinal, oriundo de um verso desta música), e lançado primeiramente no álbum de mesmo nome. Gonzaguinha, o inesquecível  e eterno aprendiz, então ainda se assinando Luiz Gonzaga Júnior, aqui comparece com “Meu coração é um pandeiro”, faixa de seu segundo álbum-solo, de 1974 (no mesmo ano, a música teve outro registro, feito ao vivo, pela cantora Marlene).  Obra-prima de João Donato, em parceria com Lysias Ênio e Mercedes Chies, “Até quem sabe?” é apresentada neste disco na voz da não menos inesquecível Maysa, em faixa de seu derradeiro álbum de estúdio. Autor de clássicos como “Eu e a bridsa” e “Céu e mar”, Johnny Alf expressa bem sua porção- intérprete com “Um gosto de fim”, de Ivan Lins e Ronaldo Monteiro de  Souza, faixa extraída do álbum “Nós”. Finalizando, temos o grande Egberto Gismonti, músico completo e extremamente versátil, com “Vila Rica 1720”, por ele gravada pela primeira vez em 1972, para o álbum “Água & vinho” e, aqui, em seu segundo registro, extraído de um de seus mais expressivos LPs, ‘Academia de danças”. Repertório primoroso, intérpretes do melhor quilate… Que mais se pode querer?

travessia – milton nascimento
remédio pro coração – marcos valle
primavera – alaide costa
sapos e grilos – joão de auino
mordaça – paulo cesar pinheiro, eduardo gudin & marcia
san vicente – milton nascimento
meu coração é um pandeiro – luiz gonzaga jr
até quem sabe – maysa
um gosto de fim – johnny alf
vila rica 1720 – egberto gismonti

*Texto de Samuel Machado Filho

Momento Universitário II (1979)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Conforme informado e prometido, segue aqui a coletânea EMI – Odeon Momento Universitário. Este segundo disco acompanha a mesma linha, inclusive com alguns mesmos artistas. O volume dois saiu  em 1979 e da mesma forma deu ‘ibope’. Uma seleção também impecável e para uma coletânea, vendeu muito. Confiram mais esse toque…

resíduo – paulo cesar pinheiro
começar de novo – ivan lins
recado – luiz gonzaga jr
companheira – geraldo vandré
onze fitas – fátima guedes
palavras – nana caymmi
hino / mordaça – paulo cesar pinheiro, marcia e eduardo gudin
cordilheira – simone
vai meu povo luiz gonzaga jr
aos nossos filhos – ivan lins
terra plana – geraldo vandré
esse sol – fátima guedes
resíduo – paulo cesar pinheiro
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Momento Universitário (1977)

Olá amigos cultos e ocultos! Em tempos de incertezas políticas é sempre bom a gente lembrar fatos que muito se assemelham aos atuais. Também, relembrando o que era um momento universitário, quanto essa turma era mais engajada. Se fossem fazer hoje um disco do momento universitário, com certeza, seria um desastre musical, cheio de funk, rap e sertanejo, claro.
Nesta coletânea que eu agora trago, temos um repertório impecável, com músicas e artistas de primeiríssima linha. Sucessos consagrados pelo público e pela crítica. Esta coletânea foi produzida pela EMI Odeon em 1977, reunindo alguns de seus mais representativos artistas. O disco fez tanto sucesso que no ano seguinte ele lançaram um segundo volume. Esse, eu trago no próximo post para não ficarmos incompletos, ok? Divirtam-se

canto brasileiro – paulo cesar pinheiro
pesadelo – paulo cesar pinheiro
arueira – geraldo vandré
viola enluarada – marcos valle e milton nascimento
cabra seca – marlene
galope – luiz gonzaga jr
o que será – simone
cartomante – ivan lins
noção da batalha – carlinhos vergueiro
o trem tá feio – simone
catecismo – paulo cesar pinheiro
quadras de roda – ivan lins
começaria tudo outra vez – luiz gonzaga jr
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Luiz Gonzaga Jr – Luizinho De Gonzagão Gonzaga Gonzaguinha (1990)

Boa noite, meus prezados cultos e ocultos amigos do Toque Musical. Vamos hoje com uma postagem que ficou pelo meio. E eu nem me lembrava… Temos aqui o saudoso Gonzaguinha em um de seus últimos discos, lançado em 1990. O lp foi gravado em 1989, mas só viria a ser lançado em 90. através de seu selo Moleque, que não chegou a ediar dois álbuns. Luiz Gonzaga Jr viria a falecer em acidente de automóvel em 1991. O disco traz onze faixas autorais, sendo que pelo menos quatro delas são clássicos do pai Gonzagão, em parceria com Humberto Teixeira e Herve Cordovil. Há também uma faixa especial, “Olha pro céu”, uma espécie de pot pourri temático das festas de São João, com músicas do velho Gonzaga, interpretadas por Gonzaguinha e seus filhos, quando ainda crianças. Confiram este disco que entre tantos outros do autor anda esquecido.

baião
guarda
humaos
respeita januário
asa branca
gonzaga
uma vez por semana
borboleta prateada
avassaladora
olha pro céu
vida do viajante
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Luiz Gonzaga Jr. (1973)

Boa noite, prezados amigos cultos e ocultos! Eu ainda continuo no atraso com vocês. Infelizmente, sozinho e dentro das minhas limitações, não tenho como repor de imediato, no GTM, todos discos solicitados. Portanto, tenham paciência e divirtam-se com as posatgens do dia.
Hoje, por exemplo. eu seperarei aqui um Gonzaguinha. Aliás, o primeiro lp de Luiz Gonzaga Junior, lançado  no final de 1972. Um belíssimo álbum de estréia, totalmente autoral.

sempre em seu coração
minha amada doidivana
página
romantico do caribe
sim quero ver
a felicidade bate a sua porta
palavras
moleque
comportamento geral
insonia

Luiz Gonzaga Jr. (1974)

Aí JV, gostou, conhece, tem curiosidade de ouvir? Então basta pedir. Link agora só entra se for solicitado por alguém. Cansei de ser taxado de aproveitador. Se quer o disco, deixe o pedido no comentários. Se não quer comentar, aguarde até que alguém o faça. Você ainda tem mais duas alternativas: pesquise na rede outro blog que já o tenha postado primeiro ou corra às lojas (reais e virtuais) e compre o seu (se você achar, é claro!)
Segue aqui um dos primeiros discos do grande Gonzaguinha. Álbum lançado em 1974 pela Odeon, traz dez faixas, sendo nove autorais e uma versão para um dos maiores sucessos de seu pai, o Gonzagão em parceria com Humberto Teixeira, “Assum preto”. Dois outros destaques são “Pois é. seu Zé” e “Galope”. Discão, imperdível!

1. É Preciso
2. Piada Infeliz
3. Meu Coração é um Pandeiro
4. Uma Família Qualquer
5. Pois é, Seu Zé
6. Rabisco n’areia
7. Assum Preto
8. Amanhã ou Depois
9. Galope
10. Desesperadamente