Aloysio Figueiredo – Sonhando Com Você (1957)

Boa noite, prezados amigos cultos e ocultos! Para fechar o mês de novembro temos aqui um disco inédito. Este é mais um que nunca vi nas bocas, nas estantes dos sebos ou mesmo anunciado no Mercado Livre. Temos aqui este lp de 1957 do maestro, acordeonista, pianista e arranjador Aloysio Figueiredo, um músico que atuou em rádios, clubes noturnos e em diversas gravações e com diferentes artistas durante os anos 40, 50 e 60. Gravou muito nos anos 50 e 60. Seu último disco “Nossas músicas, nossas letras” foi lançado em 1991, cd independente e em parceria com o filho Nelson Figueiredo. Neste lp, lançado pela Copacabana, temos uma seleção de sucessos da época, nacionais e internacionais. Não deixem de conferir no GTM…
 
sonhando com você
me lo dijo adela
without my lover
venezuela
soy un estraño
mi ultimo fracasso
only you
ave maria
fui eu 
que sera sera
evocação
uma loira
 
 
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Canhoto E Seu Regional – Baiãomania (1956)

Olá, caríssimos amigos cultos e ocultos! Apareceu aqui em minhas mãos este lp de 10 polegadas de Canhoto do Cavaquinho (Frederico Tramontano). Confesso a vocês que nunca tinha visto ou ouvido este disco antes, foi uma bela surpresa que eu logo me pus a digitalizar para trazer aqui para o nosso Toque Musical. Segundo verifiquei, este é mesmo um disco raro e se for procurar no Mercado Livre ou Discogs, não leva por menos de 600 reais (loucura a especulação financeira do vinil hoje em dia). Mas, enfim, temos aqui Canhoto e Seu Regional, formado pelos violonistas Jayme Florence e Horondino Silva, Orlando Silveira no acordeom, Jorge Silva no pandeiro e Altamiro Carrilho na flauta. Segundo consta, o disco é de 1956. Lp de 10 polegadas trazendo o ritmo quente do momento, o Baião. São oito clássicos da música brasileira, seis autênticos baiões e dois choros em ritmo de baião. Disco gostoso demais de ouvir. Não deixem passar… 
 
maringá
juazeiro
baião
paraíba
kalú
delicado
que nem jiló
baião de dois
 
 
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Carlos Iafelice – O Violão (1971)

Boa noite, meus caros amigos cultos e ocultos! Hoje nosso encontro é dedicado aos amantes do violão, um dos instrumentos mais populares na música brasileira e por aqui o que não falta são violonistas. Assim, hoje temos o violão de Carlos Iafelice neste disco lançado em 1971, pelo selo Beverly. No lp temos um repertório que contempla temas autorais e também clássicos para violão. É triste perceber como alguns artistas, em especial os instrumentistas compositores, são as vezes esquecidos e isso fica ainda mais evidente nos dias de hoje onde temos a Internet, o Google, onde supostamente todo tipo de informação podemos encontrar. Mas não é bem assim, ainda estamos construindo uma base de dados e informação, aliás, isso é uma coisa contínua que cresce a cada dia. Digo isso porque é espantoso como até então quase nada podemos encontrar facilmente sobre este músico, Carlos Iafelice. Daí, temos que recorrer a outras fontes, os livros… E foi só no “Dicionário de Compositores, Regentes e Instrumentistas”, escrito por Letícia Pagano que encontrei essas poucas informações: Carlos Iafelice era paulista, de Catanduva. Violonista e compositor, iniciou seus estudos de violão com seus irmãos. Se tornou um músico de formação clássica, realizando centenas de recitais ao longo da carreira. Também conquistou prêmios e gravou discos. Esteve a frente. como conselheiro na Ordem dos Músicos do Brasil, foi colunista dos Diários Associados e também um pesquisador da música onde escreveu uma coleção de obras para violão e também criou uma escola, a Academia Carlos Iafelice, mantida até hoje por seu filho, também músico.
Vamos então conferir “O Violão”, de Carlos Iafelice, um disco que é quase uma aula. 😉
 
uma harpa ao luar
sambatuque
chula
marcha dos marinheiros
preto velho
caterete
caixinha de música
evocação
sons de carrilhões
passion love theme
romance de amor
love story
abismo de rosas
prelúdio nº 1 de bach
melodia da ave maria de gounod
 
 
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*Texto de Samuel Machado Filho

El Gaucho E Seu Conjunto – Ao Compasso Do Baião (1956)

Olá, amigos cultos e ocultos! Hoje o Toque Musical apresenta um álbum dedicado ao baião. O LP, de dez polegadas, foi lançado em 1956 pela Musidisc de Nilo Sérgio e tem o título de “Ao compasso do baião”, contando com a participação vocal do grupo Os Quatro Amigos. No repertório executado por El Gaúcho e seu Conjunto, oito músicas conhecidas em ritmo de baião, como por exemplo “Sertaneja”, “Cantiga da rua”, “Canta Maria” e “Velho realejo”. O tal Gaúcho líder do conjunto, por certo, é o sanfoneiro. A dúvida que se tem é:  será que esse Gaúcho que gravou nosso álbum de hoje é o mesmo que deixou outros nove títulos, lançados entre 1957 e 1962, conforme registra o portal do Instituto Memória Musical Brasileira? Bem, o fato é que não encontrei nenhum dado biográfico disponível a respeito dele, verdadeira incógnita. Mas o que interessa é ouvir este disco, e recordar bons momentos ao som do baião, que na época, 1956, ainda estava na crista da onda. É ir ao GTM e conferir.
 
cantiga de rua
beliscada
velho realejo
bauru
sertão
canta maria
amor verdadeiro
sertaneja
 
 
*Texto de Samuel Machado Filho
 

Elcio Alvarez E Sua Orquestra – O Máximo Para O Seu Baile (1962)

Maestro, compositor, produtor e arranjador dos mais requisitados nos anos 1950/60/70, Elcio Alvarez volta a bater ponto aqui no Toque Musical. Desta vez, apresentamos “O máximo para o seu baile”, álbum lançado pela Chantecler em 1962. Seguindo o padrão dos álbuns dançantes então vigente, o disco apresenta um repertório de sucessos nacionais e internacionais da época. Basta citar “Exodus”, “Let’s twist again”, o chá-chá-chá “Las secretarias”, “Colonel Bogey” (do filme “A ponte do Rio Kwai”), “Samba chá-chá-chá” (de Mário Albanese, aqui em sua primeira e única gravação)… Tudo com a competência e o talento do maestro, com sua orquestra e coro, aqui mostrando por que foi um dos maiores que o Brasil já teve. Em suma, mais uma produção que merece o nosso Toque Musical. A conferir no GTM, sem falta.

exodus

let’s twist again

castiguei

moonglow

las secretarias

colonel bogey

samba cha cha cha

kissin’ twist

além do horizonte azul

veja só

tea for two

 

 

 

*Texto de Samuel Machado Filho

 

Banda Chantecler – Lampião De Gás (1958)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Como uma coisa puxa a outra, eis aqui outro disco de banda, ao estilo tradicional, banda e músicas de coreto, daqueles que toda cidade do interior tem. E é mais ou menos por aqui que se pauta este disco, pelas boas recordações e isso já lá pelos idos dos anos 50! Temos aqui “Lampião de Gás”, título do lp que também é o nome da valsa que abre o disco, um grande clássico de Zica Bergami. Aliás, aqui temos vários clássicos entre valsas e rancheiras, tudo por conta da Banda Chantecler, sob regência do maestro Zico Mazagão. Confiram, no GTM…
 
lampião de gás
mariazinha
cielo lindo
viajando pela índia
raios de sol
valsa da meia noite
vida marvada
sarita
babo…zeira
afilador
boneca cobiçada
cabecinha no ombro
 
 
 
 
 

Célia Villela – …E Viva A Juventude!!! (1961)

Olá, prezados amigos cultos e ocultos! Eis aqui uma postagem que por certo irá ao encontro dos colecionadores das raízes do rock brasileiro. Trata-se do primeiro LP da cantora Célia Villela, “…E viva a juventude!!!”, lançado pela RGE em 1961. Mineira de Belo Horizonte, nascida em 24 de novembro de 1936 (ou 1939, como dizem certas fontes), Célia iniciou sua carreira fonográfica em 1955, e gravou alguns discos de 78 rpm até fazer parte da primeira geração do rock brazuca, por volta de 1960. Nesse ano gravou para a RGE, em 78 rpm, dois grandes sucessos, “Conversa ao telefone (Pillow talk)” e “Trem do amor (One ticket to the blues)”, ambos em versões de Fred Jorge e posteriormente incluídos no presente LP, por sinal recheado de versões. Nessa época, teve programas na TV Continental do Rio de Janeiro (“Célia, música e juventude”) e na Rádio Globo, também do Rio (“Na roda do rock”), tendo depois se transferido para a Rádio Guanabara. Após este LP, em 1962, Célia gravaria um 78 rpm na RCA Victor, com dois twists: “A fã e o namorado” e “Se tu me telefonas”. Seu segundo e último LP, “F-15 Espacial”, só sairia em 1964, pela Musidisc. Casou-se com o músico Carlos Becker, ex-integrante do grupo The Angels, abandonou a carreira antes da explosão da Jovem Guarda (1965) e a partir de então se tornou reclusa, tendo se recusado veementemente a dar seu depoimento sobre a história do rock brasileiro para Albert Pavão, em 1987, apesar das diversas tentativas do músico de contatar a cantora. Célia Villela faleceu em primeiro de janeiro de 2005, em Teresópolis, estado do Rio de Janeiro, de causa desconhecida. Este seu primeiro LP, “…E viva a juventude!!!”, muito embora tenha sido relançado em CD pelo selo Discobertas, é mais uma raridade que merece, e muito, nosso Toque Musical, além de ser um precioso documento dos primórdios do rock no Brasil. Não deixem de conferir no GTM. 

valentino, valentino

trem do amor

streap tease rock

quando o amor vem

passo a passo

parabéns

perdi a chave

fish walk

diga-me

conversa no telefone

és meu amor

sempre houve amor

*Texto de Samuel Machado Filho

Bandinha Musidisc – A Bandinha No Cinema (1963)

Boa noite, caríssimos amigos cultos e ocultos! Começando bem a semana, temos aqui um disco muito interessante, “A Bandinha no Cinema”. Uma curiosa interpretação de músicas de cinema ao estilo e por conta de uma bandinha, dessas que tocam em coreto de praça pública. Essa é a proposta da Musidisc naquele ano de 1963. Como podemos ver, são músicas de filmes de sucesso internacional. Vale a pena conhecer essas versões…
 
sempre no meu coração
lolita ya ya
sete homens e um destino
an affair to remember
que sera sera
exodus
luzes da ribalta
love is a many splendored thing
moon river
lili
tonight
smile
 
 
 
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Calendário Musical Renner 1961 (1961)

Bom dia a todos, amigos cultos e ocultos! Temos para este domingo um lp muito bem datado, prestes a completar 60 anos. Um disco calendário, do ano de 1961 (boa safra, diga-se de passagem) criado para a indústria gaúcha de roupas Renner, que em 1965 se tornaria as Lojas Renner, como a conhecemos hoje em dia. Neste lp, celebrando o ano de 1961, eles conseguiram um feito, reunir um time de artistas de vários selos para gravarem um disco realmente excepcional, onde cada faixa representa um mês do ano. Está aí uma interessante raridade para qualquer colecionador de discos de música popular brasileira, pois sendo um lp promocional, não comercial, brinde da Renner, certamente teve uma tiragem limitada e assim, poucos devem ainda existir. Outra coisa que faz este disco ser uma raridade é o fato de que temos aqui uma seleção musical composta especialmente por Miguel Gustavo para essa produção. Miguel Gustavo foi um compositor, jornalista, radialista e poeta. Já tivemos a oportunidade de postar aqui outros discos com músicas de sua autoria. Nos anos 50 ele começou compondo jingles (música para propagandas) que se tornaram muito populares, sendo ainda hoje lembrados por muitos de nós. Como compositor popular, seu primeiro grande sucesso foi ao lado de Ataulfo Alves com quem compôs “O que é que eu vou dizer em casa”, em 1947. Por certo, Miguel Gustavo foi um grande compositor popular e muitas de suas músicas são sucessos incontestáveis, os quais nem vou listar pois são muitos. E aqui neste álbum super bacana temos dele todas as faixas interpretadas por, Roberto Silva; Jorge Veiga; Lúcio Alves; Carequinha; Altamiro Carrilho; Conjunto Farroupilha; Luiz Vieira; Dircinha Batista; Sônia Delfino; Elizeth Cardoso; Jorge Goulart e Luciene Franco. E ainda, completando a obra, temos a vinheta jingle, “Roupa é roupa Renner”, com Britinho e Orquestra Columbia, no início e final do vinil. Um disco realmente dos mais interessantes. Confiram no GTM…
 
roupa é roupa renner – britinho com orquestra columbia
janeiro – ano bom – luciene franco, côro e orquestra
fevereiro – chegou o carnaval – dircinha batista e escola de samba
março – volta as aulas – sonia delfino, côro e orquestra
abril – marcha de brasília – jorge goulart, côro e banda
maio – dia da mães – elizete cardoso
junho – são joão – luiz vieira e banda
julho – dia da vovó – roberto silva e côro infantil
agosto – dia do papai – jorge veiga com orquestra
setembro – primavera – lúcio alves, côro e orquestra
outubro – dia das crianças – carequinha, regina e côro infantil
novembro – recordações – altamiro carrilho e conjunto seresta
dezembro – dia de natal – conjunto farroupilha
roupa é roupa renner – britinho com orquestra columbia
 
 
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Al Person E Seu Ritmo – O Máximo No Gênero (1960)

Bom dia a todos os amigos cultos e ocultos! Nesta semana eu postei aqui um disco do Miltinho, gravado pelo selo Sideral, lp gravado em 59 e lançado em 1960. Hoje, temos mais um disco do selo Sideral, aliás, o primeiro disco lançado por esse selo, também gravado em 59 e lançado em 60. Al Person e Seu Ritmo é o nome do artista, vocês conhecem? Pois é, acho que este é mais um caso de pseudônimo, um nome fictício criando para vender discos. A gente percebe logo de cara, quando na contracapa vem um texto de apresentação e nele quase nada se fala sobre o artista. Sinceramente, não faço a menor ideia de quem seria e para não variar, informações sobre este disco é nula, no máximo o que se encontra são referências para venda no Mercado Livre. Al Person é, com certeza, mais um personagem criado para engrossar o caldo dos catálogos dessas antigas gravadoras. Porém, o que nos chama mesmo a atenção aqui é o conteúdo musical. Temos um disco muito bem gravado, hi-fi, cujo repertório traz, em sua maioria, música brasileira. Temos aqui vários destaques, mas tomando pelo ano, o que mais nos chama atenção é o “Chega de Saudade”, música composta em 56 por Tom e Vinícius e que só veio a ser gravada em 58 por Elizeth Cardoso. Depois dela, a música foi gravada por outros artistas e se tornou um marco para a Bossa Nova quando João Gilberto a gravou em seu primeiro lp. Vale a pena conhecer este lp também pela sua qualidade sonora, cristalina, embora tenhamos os inevitáveis estalos de um disco com mais de 60 anos de idade.
 
mar negro
balada triste
vai, mas vai mesmo
chega de saudade
ontem e hoje
prece ao sol
foi ela
suas mãos
olhos negros
o amor numa serenata
come prima
aquarela do brasil
 
 
 
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Louis Moreau Gottschalk – Grande Fantasia Triunfal Sobre O Hino Nacional Brasileiro (1985)

Olá, amigos cultos e ocultos! O álbum que o Toque Musical apresenta hoje é uma joia rara da música erudita. Reúne quatro peças do compositor norte-americano Louis Moreau Gottschalk (New Orleans, Louisiana, EUA, 8/5/1829-Rio de Janeiro, 18/12/1869), duas delas executadas pela Orquestra Sinfônica de Berlim e outras duas pela Orquestra da Ópera do Estado, de Viena, com piano de Eugene List, e foi lançado no Brasil pela CID, em 1985, com o selo Vox. O destaque, evidentemente, é a “Grande fantasia triunfal sobre o Hino Nacional Brasileiro”, que abre o disco e foi dedicada pelo autor à Condessa d’Eu. As outras três peças incluídas são: “The union”, concerto-paráfrase sobre árias nacionais norte-americanas, a “Marcha solene brasileira para orquestra e banda militar” (último trabalho de Gottschalk) e a “Grande tarantela para piano e orquestra”. Em suma, um disco primoroso, reunindo obras de um compositor que amava a música do Brasil e que, por ironia do destino, viria a falecer em nossa terra, com apenas 40 anos de idade. É mais uma preciosidade que merece o nosso Toque Musical, e merece ser conferida no GTM. 
 
grande fantasia sobre h. n. brasileiro op. 69
the union op. 48
marcha solemne brasileira para orquestra e banda militar
grande tarantela para piano e orquestra
 
 
 
 
*Texto de Samuel Machado Filho

Willy King E Seu Conjunto – Verão Dançante (1960)

Bom dia, meus caros amigos cultos e ocultos! Fazendo valer a máxima de que aqui é um lugar para se ouvir música com outros olhos, eu desta vez estou trazendo um disquinho interessante, resgatado em minha última garimpada pelos sebos da cidade. E se tem uma coisa que eu gosto é de discos obscuros, aqueles que passaram um vida inteira enfiados em algum canto e de uma hora para outra a gente descobre. É o caso deste álbum singular, de um selo o qual eu nunca tinha ouvido falar e que por certo, infelizmente, não vingou. Trata-se de um álbum luxuoso, de capa dupla e conceitual, como se pode ver na imagens. No texto interno, embora grande, não acrescenta muito, mas fica claro que este é o primeiro projeto de uma gravadora que estava nascendo, a HIT. E para tal estreia eles lançam Willy King e Seu Conjunto. A primeira vista, com este nome, parece até disco de blues ou de algum artista internacional. Confesso, nunca tinha ouvido falar… Daí, o negócio é pesquisar, procurar no Google as informações. Mas qual o quê… Como tantas outros discos esquecidos, o máximo que cheguei foi ao Mercado Livre, onde por acaso alguém estava vendendo um exemplar. No Discogs descobri que este artista e esses fonogramas já haviam sido lançados antes pelo selo Beverly e certamente ainda nos anos 50. Acredito também que “Verão Dançante” tenha sido lançado no final dos anos 50, mas também tem cara de 1960 e daí eu assim deixei. Chego a pensar que Willy King é mais um daqueles pseudônimos usado por algum artista nacional para alimentar um ‘cast’ imaginário de gravadora. E aqui, neste caso, um dos muitos que me vieram em mente é o Waldir Calmon, pois soa bem familiar. Temos aqui um disco recheado de samba, fox, bolero, cha-cha-cha e até o rock em seus primórdios. Um lp onde se destaca muito o piano, ao estilo dançante de Waldir Calmon, com um coro feminino. Obviamente isso é apenas uma suposição a qual eu mantenho até que alguém me prove o contrário. Mas independente disso, musicalmente falando, o disco é dos mais interessantes e vale uma conferida lá no GTM.
 
recado
siete notas de amor
estúpido cupido
incantesimo
flores e romance
rio
para que recordar
petite fleur
chapéu de três bicos
the diary
sin motivo
cote d’azur
indian summer
isso é brasil
 
 
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K-Ximbinho E Seus Playboys Musicais (1959)

Olá, amigos cultos e ocultos! O Toque Musical tem o prazer de apresentar a vocês mais um disco de Sebastião de Barros, o K-Ximbinho, notável músico que marcou época na MPB. Desta vez, oferecemos “K-Ximbinho e seus Playboys Musicais”, lançado pela Polydor em 1959. O repertório, como de hábito em qualquer álbum do gênero dançante, mistura sucessos nacionais e internacionais da ocasião, inclusive um choro do próprio K-Ximbinho, “Eu quero é sossego”, aliás bastante conhecido até hoje. Tem ainda “Chega de saudade”, “Convite ao samba”, o standard norte-americano “I’ve got you under my skin” (que K-Ximbinho também gravou com seu quinteto para o disco “Em ritmo de dança – volume 3”, já oferecido pelo TM, e aqui está em versão cantada), “Convite ao samba” e “Exaltação à Mangueira”, entre outras. Em suma, um disco ótimo para relembrar bons momentos e curtir músicas como não se fazem mais nos dias de hoje. É ir ao GTM e conferir.
 
deixa por minha conta
de corazon a corazon
exaltação a mangueira
eu quero é sossego
i’ve got you under my skin
carioca 1954
convite ao samba
em meus braços
mistura fina
the song is you
chega de saudade
a woman in love
 
 
 
*Texto de Samuel Machado Filho 

Miltinho Sexteto Sideral – Novo Astro (1959)

Bom dia a todos, amigos cultos e ocultos! Na semana passada, precisei dar uma ida até o centro da cidade, coisa que tenho evitado desde que começou a pandemia. Fui levar o filhote ao dentista e daí, enquanto esperava por ele, encontrei um sebo aberto e lá fui eu garimpar discos. Como o tempo era curto não deu para explorar todas as estantes de lp, mas fiquei super satisfeito quando achei um raríssimo compacto do Miltinho e o Sexteto Sideral. Me lembrei que tenho o lp e que por acaso nunca cheguei a postá-lo aqui no Toque Musical. Este disco é simplesmente maravilhoso e curiosamente, parece, até hoje não foi descoberto por colecionadores, ou mais exatamente por formadores de opinião, a ponto de chamarem a atenção para alguns exemplares que ainda se encontram a preço de banana nos Mercados Livres da vida. Olha a dica aí… Mas difícil mesmo é encontrar este lp em bom estado. Lá fora, os gringos não perdem tempo e pagam bem por uma joinha dessas e vão levando… O que faz este disco ser tão bacana, começa pelo seu artista, Milton Santos de Almeida, o nosso Miltinho, um intérprete singular, dono de uma voz anasalada e cheia de bossa. Um repertório fino e só de sambas (dos anos 50) e para completar, um time de músicos de primeiríssima, escalados pela gravadora Sideral para acompanhar nosso artista, um sexteto com o nome da gravadora, no qual trazia entre esses o violão de Baden Powell. Este é um disco refinado e ao que parece chegou a ser lançado internacionalmente, pois a etiqueta Sideral tinha também uma filial em Lima, no Peru. Miltinho por essas épocas já tinha fama pela América Latina. Imperdível!

ri

ideias erradas

teimoso

menina moça

ultimatum

triste fim

mulher de trinta

fechei a porta

você só você

fica comigo

volta

eu e o rio

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Kuntz Negle – Midnight Dance (1957)

Olá, prezados amigos cultos e ocultos! Hoje apresentamos o álbum “Midnight dance”, ao que parece o único trabalho-solo do clarinetista e saxofonista Kuntz Negle à frente de sua orquestra, lançado pela Musidisc de Nilo Sérgio em 1957, já no formato-padrão de doze polegadas. Quase nada se sabe a respeito desse músico, a não ser que ele fez parte dos grupos Os Copacabana, Sambossa 5 e Copa Combo, além de ter possuído conjunto próprio. No repertório deste disco, por sinal muito bem gravado para os padrões da época, uma seleção de clássicos da música popular norte-americana, com exceção de duas faixas, a mexicana “Caramelito” e a espanhola “La macareña“. É um trabalho muito interessante e de qualidade, que, embora já tenha feito parte do blog Parallel Realities, merece também o nosso Toque Musical. A conferir no GTM sem falta.

somenthing gotta give

the night has a thousand eyes

tenderly

ebb tide

caramelito

dancing in the dark

la macareña

i’ll see you in my dreams

luluby of birdland

love me or leave me

because of you

artistry in rhythm

 

*Texto de Samuel Machado Filho

 

 

Gabriel E Sua Rabeca – Violino Na Gafieira (1962)

Olá, amigos cultos e ocultos! Hoje o Toque Musical está trazendo para vocês um disco do violinista Gabriel Antônio de Azeredo, também conhecido por Baiano, e que também era fabricante de contrabaixos e violinos. É “Violino na gafieira”, lançado pela Philips em 1962 e cronologicamente seu terceiro LP, pois antes ele já havia gravado dois álbuns de dez polegadas com o selo Rádio, “Um violino no samba” (1955) e “Um violino no samba n.o 2” (1958). Neste “Violino na gafieira”, Gabriel e sua rabeca – por ele próprio fabricada – nos oferece sambas, choros e até um samba-maxixe, ou seja, ritmos característicos das gafieiras. É um trabalho que merece o nosso TM, e por certo irá agradar aos fãs de música brasileira em geral. A conferir no GTM, sem falta.
 
o samba brasileiro
conversar de botequim
burilando
eu não tenho onde morar
teleco teco nº2
violino na gafieira
um chorinho diferente
oba
candongo no choro
não vou mais lá
castiguei
 
 

Nilze Carvalho – Choro De Menina (1980)

Boa noite caríssimos amigos cultos e ocultos! Ainda na base do choro, temos aqui mais um disco do gênero. Desta vez vamos com o virtuosismo da bandolinista Nilze Carvalho. Aliás, não apenas bamba no bandolim, também domina com maestria o violão e o cavaquinho. Cantora e compositora, Albenise de Carvalho Ricardo, começou ainda criança na música. Aos seis anos já se apresentava em público, no rádio e na televisão. Aos 12 já estava gravando este seu primeiro disco, “Choro de Menina”, acompanhada pelo tradicional conjunto Época de Ouro, o qual temos o prazer de publicar aqui. “Choro de Menina” rendeu quatro volumes, discos que ela gravou com o Época de Ouro dos 12 aos 14 anos. A partir dos 15 anos já era uma artista de fama internacional, se apresentando em vários países da Europa, Ásia, Austrália, China, Estados Unidos e também pela América Latina. Tem hoje em seu currículo mais de uma dezena de discos lançados, trabalhos com alguns dos maiores nomes da música popular brasileira. Uma artista genial que ainda hoje não tem aqui o reconhecimento merecido. Neste primeiro lp, Nilze nos brinda com um repertório com diversos clássicos do choro. Aqui, vale ressaltar, o que realmente conta é a expertise dessa garota ao lado de um time de bambas. Muito bacana, vale a pena ouvir…
 
noites cariocas
feitiço da vila
lamento
naquele tempo
súplica
sofres porque queres
murmurando
barracão
o boêmio
doce de côco
dengoso
apelo
 
 

 

Conjunto Época De Ouro (1974)

Bom dia a todos, amigos cultos e ocultos! Passamos os últimos dias postando discos de choro e nessa leva não podemos deixar de fora um dos mais importantes grupo, o Conjunto Época de Ouro. Já tivemos o prazer de apresentar aqui outros momento desse espetacular grupo criado por Jacob do Bandolim em 1964 e que ainda hoje mantém acesa a chama do choro genuíno através de uma nova geração. Pelo grupo passaram grandes instrumentistas e assim se mantém ao longo de seus 55 anos de existência. Aqui temos um lp de 1974, o primeiro produzido por Reginaldo Bessa. Um trabalho feito com esmero, envolvendo também a participação de Abel Ferreira, Canhoto, Pedro Sorongo e os ritmistas Gilson e Luna. O Época de Ouro neste disco era formado por Cesar e Damazio, nos violões, Dinho no violão de sete cordas, Déo Rian no bandolim, Jonas no cavaquinho e Jorginho no Pandeiro. O repertório procura traçar a trajetória do choro, dos tempos de sua pré-existência aos dias atuais daquele início dos anos 70.

noites cariocas

nem ela nem eu

batuque

choro negro

o nó

saudações

diabinho maluco

inesquecível

choro nº 1

carolina

sentimento de um coração

meu chorinho

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Rapaziada Da Saudade – Carinhos E Outros Temas Regionais (1973)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Olha aí, mais um lp de choro para alegrar a vida, principalmente dos amigos músicos que nunca se cansam de pedir discos de chorinho e música instrumental. Desta vez temos um lp lançado por Oswaldo Cadaxo e seu selo Equipe, em 1973. “Carinhos e outros Temas Regionais” é o título dessa produção que tem como intérpretes essa Rapaziada da Saudade, grupo que infelizmente não consegui informações. Porém, o que temos aqui é um belo e bem executado disco de choro repleto de clássicos. Um repeteco musical, sem dúvida, mas sempre muito bem vindo, afinal há diferentes formas de tocar uma mesma música, não é mesmo? Vamos também conferir… 😉

carinhoso

andré de sapato novo

língua de preto

lamento

doce de côco

samba de morro

cochicho

naquela mesa

murmurando

brasileirinho

pedacinho do céu

brejeiro

lágrima

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Henrique Cazes (1988)

Bom dia a todos, amigos cultos e ocultos! E aqui vai mais um discaço de choro, um choro moderno, ou mais próximo da nossa contemporaneidade, embora já tenha se passado mais de 30 anos do seu lançamento e também, como não poderia faltar a um disco de choro, tem também alguns clássicos para engrossar mais o caldo. Em resumo, temos aqui e mais uma vez o cavaquinista, pesquisador, compositor e arranjador Henrique Cazes. Já publicamos, em outra ocasião, um outro disco dele. E artista que faz ‘discos para se ouvir com outros olhos’ merece sempre a nossa atenção. Aqui encontramos uma produção independente lançada por ele em 1988. Um trabalho bem bacana cujo o repertório com onze faixas é de primeira linha, entre clássicos do choro e composições próprias. Henrique Cazes vem acompanhado por um time de feras, músicos como Rafael Rabello, Marcos Suzano, Luiz Otávio Braga, Zeca Assumpção e outros que podem ser conferidos log aqui na contracapa. Enfim, um belo disco para abrilhantar a nossa quarta-feira. Confiram…

vê se gostas

vocês me deixam ali e seguem de carro

lingua de preto

modulando

estudo nº1 em mi menor

os oito batutas

valsa para radamés

coisa de garoto

mitsuru no cavaco

eu quero é sossego

desengomando

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Domingos Pecci – Um Saxofone No Choro (1977)

Boa noite a todos os amigos cultos e os ocultos! Ainda temos fôlego para mais uma semana de choro? Olha aí mais uma raridade… Hoje temos este lp lançado em 1977, pela Chantecler, através de seu selo Rosicler, “Um Saxofone No Choro”, com o saxofonista Domingos Pecci, paulista, de origem italiana, como se percebe. Estreou em disco ainda nos anos 30. Tocava saxofone e clarineta. Fez parte de vários grupos e também atuou em orquestras de São Paulo. Teve algumas de suas gravações relançadas em lp e também em cd. Seu maior sucesso foi “Mágoas de um chorão”, música esta que também aparece neste lp.  Confiram no GTM…
 
saxofone porque choras
o pandeiro do alaor
dadá
chorando
este choro é só meu
meigo
mágoas de um chorão
flor de abóbora
um chorinho para dois
que noite estrelada
tico tico no fubá
teu sorriso
 
 
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Os Ingênuos (1978)

Boa noite a todos, amigos cultos e ocultos! E o Choro por aqui não para… Seguindo no embalo, temos desta vez o grupo baiano Os Ingênuos. Formado em 1973 por Edson Sete Cordas, José Luis de Jesus, Avelino Silva e outros músicos. Foi um dos grupos responsáveis  pelo movimento  do choro em Salvador, onde fundaram o Clube do Choro da Bahia. Este foi o primeiro lp gravado por eles, quando então participaram com destaque no I Festival Nacional do Choro, promovido pela Rede Bandeirantes de Televisão. Tiveram então a oportunidade de lançarem este lp com músicas de José Luis de Jesus e também alguns choros clássicos, como cabe a todo disco de choro. Eles contam também com a participação de Altamir Carrilho, o que viria em outras ocasiões trabalhar com eles. Sem sombra de dúvidas, este é mais um disco de choro que vocês não podem perder. Confiram no GTM…

 

chorinho diferente

lamentos

noites cariocas

homenagem ao época de ouro

recordando ernesto nazareth

eu sou assim mesmo

sofres porque queres

uma deixa para clyde

atlanticando

cartão de visita

ingênuo

maxixando

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Homenagem A Américo Jacomino (Canhoto) (1978)

Olá, amigos cultos e ocultos! Na trilha do choro, aqui vamos nós listando o que merece ser ouvido com outros olhos. Por certo este disco não é exatamente um disco de choro, mas cabe em nossa lista perfeitamente. Temos desta vez um lp que é uma homenagem ao grande violonista e compositor Américo Jacomino, mais conhecido como Canhoto. Já tivemos o prazer de trazê-lo aqui em nosso Toque Musical e mais uma vez ele volta e desta em um disco onde marca 50º ano de seu falecimento. Uma boa lembrança, produzida com todo o rigor que merece o artista. Este disco foi produzido na intenção de reunir alguns dos melhores violonistas interpretando obras de Canhoto. No texto de contra capa há uma explicação detalhada sobre essa seleção. Estão reunidos aqui feras do pinho como Paulinho Nogueira, Edson Lopes, Rago, Roberto Ramos, Nelson Anderáos, Celso Machado, Eraldo Souza e José Franco. Para completar, tem ainda incluído “Amor de Argentina” fonograma extraído de disco de Dilermando Reis, “Sombras que vivem”, valsa até então inédita de Canhoto aqui interpretada por Sebastião Tapajós e “Abismos de rosas” na interpretação do próprio filho de Canhoto tocando no violão do pai. Disco realmente muito bacana que não dá para perder…
 
abismo de rosas – luiz américo jacomino
brasileirita – paulinho nogueira
reminiscências – edson lopes
olhos feiticeiros – antonio rago
lamentos – roberto ramos
marcha dos marinheiros – nelson anderáos
marcha triunfal brasileira – celso machado
escuta minh’alma – josé franco
amor de argentina – dilermando reis
arrependida – nelson cruz
niterói – eraldo souza
sobras que vivem – sebastião tapajós
 
 
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Conjunto Brasília – Naquele Tempo (1979)

Bom dia a todos, amigos cultos e ocultos! Dando sequencia aos discos de choro, temos desta vez o Conjunto Brasília, um grupo paulista, da cidade de Tatuí. Segundo informações da própria contracapa este foi o primeiro e talvez o único disco lançado por eles. Conforme ainda o texto, este lp é uma amostra da arte musical deste conjunto, no qual se destaca a flautista Ivone Toledo, que viria na sequencia fazer parte do Trio Brasília que também chegou a gravar um disco, em 1982. Certo é que o Conjunto Brasília, antes chamado Conjunto Regional Brasília fez parte da cena musical da cidade de Tatuí onde havia um movimento de chorinho. Ainda como integrantes do grupo tinha Roberto Roseno (cantor e compositor) o qual é o autor de das duas faixas deste lp que em seu repertório, como cabe a todo disco de choro, não deixa faltar os sempre mesmo clássicos de outrora. Curioso isso… é raro ver um disco de choro cuja as músicas sejam somente autorais. Em geral, sempre tem que ter um Pixinguinha, um Waldir Azevedo ou outro grande chorão que referencie o trabalho. Enfim, seja como for, chorinho é sempre bom, inclusive os mais badalados. Confiram no GTM…

proezas de sólon

polca do vovô

tico-tico no fubá/brasileirinho

xote para vovó

entardecendo

chiquita

apanhei-te cavaquinho

pintinhos no terreiro

naquele tempo

dona eni, sempre anjo

bolso de moleque

choro do bancário

naquele tempo

dona eni, sempre anjo

bolso de moleque

choro do bancário

 

 

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Déo Rian – Choros De Sempre (1974)

Bom dia a todos, amigos cultos e ocultos! Segue o barco do choro… Hoje numa postagem que agrada em cheio. Temos aqui “Choros de sempre”, lp de 1974, de Déo Rian, virtuoso instrumentista, com mais de 40 anos de carreira, grande bandolinista, sendo um dos mais importantes solistas brasileiros. “Choros de sempre” é um típico e hoje, clássico disco de chorinho. Aqui temos uma seleção de choros famosos onde Déo esbanja o seu talento. Disco maravilhoso onde vale cada faixa e anda falta…
 
mistura e manda
helena
lamento
vou vivendo
queixumes
julieta
noites cariocas
primas e bordões
soluçando
tristezas de um violão
sentimento oculto
tatibitate
 
 
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Dito E Feito – Choro Novo (1992)

Boa noite, caríssimos amigos cultos e ocultos! Procurando sempre trazer para vocês aquilo que não se vê e não se ouve em qualquer esquina, embora em cada esquina possamos encontrar muitas surpresas, hoje vamos com um disco independente lançado em 1992 pelo grupo niteroiense de choro Dito e Feito que trazia como seus integrantes músicos tarimbados da cena musical carioca, figuras como o bandolinista Cleber Castro, o percussionista Paulão Meneses e Lula Espírito Santo, violonista e cavaquinista, este responsável pela formação do grupo e deste que foi infelizmente o único disco do grupo. O lp traz apenas seis músicas, composições feitas de 1976 a 92, sendo duas dessas músicas, choros, feitos por artistas uruguaios, Jorge Larrosa e Ricardo Laquan. Taí um dos poucos discos de chorinho que não tem nenhum clássico, se firma apenas por um trabalho autoral e de qualidade, diga-se de passagem. Vale a pena conhecer. Confiram no GTM…

filhote
choro noturno
princesinha
flauteando
segunda feira
com o meu na reta
 
 
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Armandinho Neves (1979)

Bom dia a todos os amigos cultos e ocultos! Aqui vai mais um disco que merece a nossa atenção. Um lp lançado em 1979, pela Band Discos através de seu selo Clark, homenageando o compositor paulista Armandinho Neves. E conforme nos mostra o texto de contracapa, Armandinho Neves atuou na música dos anos 20 aos anos 50 participando de grupos e regionais ao lado de outros grandes como Canhoto, Raul Torres, Aymoré, Pinheirinho… Mesmo sem conhecer nada de teoria musical, sem ao menos saber ler uma partitura, se tornou um dos mais importantes compositores paulista tendo uma obra, até então, inédita para o grande público. Ele faleceu em 1976 e este lp é fruto de pesquisas sobre a sua obra e reúne doze composições sua interpretada por artistas como Paulinho da Viola, Paulinho Nogueira, Rago, Aymoré e outros grandes violonistas, como podemos ver citados na lista musical. Confiram, pois discos como esse só se vê e se ouve por aqui, no TM e no GTM 😉

choro nº10 – paulinho da viola

canção nº4 – josé gonçalves franco

choro nº11 – o dono da bola – antonio rago

prelúdio nº2 – francisco araújo

choro nº9 – roberto ramos

valsa nº1 – vital medeiros

choro nº8 – bem rebolado – paulinho nogueira

canção nº3 – nelson cruz

choro nº7 – jessé silva

prelúdio nº6 – carlos iafelice

choro nº6 – heraldo souza

valsa nº 14 – aymoré

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Waldir Azevedo (1970)

Boa noite, caros amigos cultos e ocultos! Olha só o que temos para hoje… Waldir Azevedo, um dos mais importantes nomes do cavaquinho, mais uma vez marcando presença aqui nas postagens do Toque Musical. Desta vez temos um lp lançado em 1970, onde nosso cavaquinista vem com uma série predominantemente de choros, mas também tem valsas e samba, autorais e de outros grandes como Ary Barroso, Custódio Mesquita e Sadi Cabral, Roberto e Erasmo Carlos, Nassara… Enfim, um disco muito bem dosado, onde Waldir Azevedo esbanja todo o seu talento. Confiram no GTM…

guanabarino
oh meu imenso amor
guarânia brasileira
sarau
você carinho e amor
chiquita
você é minha paz
canta maria
nós queremos uma valsa
uma seresta no sul
tema de amor
alguém que passou
 
 
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Os Famosos Do Choro – Choros Famosos (1971)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Como dizem por aí, o choro é livre. Então, vamos aos choros e lágrimas aqui, só de emoção, ok? Separei aqui alguns discos de chorinho e entre outros, iremos  aos poucos postando. Novembro promete! E já neste segundo dia do mês vamos com este lp, lançado pelo obscuro selo Popular, em 1971. Temos aqui reunidos quatro grandes instrumentistas, Saraiva, Luizinho, Juca do Bandolim e Canhoto do Cavaquinho. Juntos eles formam Os Famosos do Choro e nos brindam com doze clássicos desse gênero tão nosso. Como podemos ver na lista do repertório, as doze músicas se dividem em três para cada solista. Eis aí um disco que agrada em cheio, principalmente a músicos e amantes do choro. Confiram, no GTM…

lágrimas de namorados

corinthiano

é do que há

odeon

flor do abacate

murmurando

doce de côco

carioquinha

brejeiro

chorando baixinho

piraporinha

bole-bole

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Amarante E Amaraí (1971)

Boa noite, companheiros, amigos cultos e ocultos! Neste domingão vamos de música sertaneja, que também dá muito ibope :). Tenho aqui para vocês o único disco da dupla Amarante e Amaraí, lançado em 1971 pelo selo RCA. Considerado um dos clássicos da música sertaneja, muito por conta de Amaraí (Domingos Sabino da Cunha) que trazia uma respeitável trajetória, quando então, nos anos 60 era dupla com Belmonte. Belmonte & Amaraí foi uma das mais importantes duplas sertanejas daquela década e considerada por muitos como precursores da moderna música sertaneja, por conta da inserção de instrumentos musicais que não eram comuns na música sertaneja, tipo harpa paraguaia, bongô, piano e sopros… Amaraí ao lado de Belmonte gravaram dezenas de discos. Porém, tanto Amaraí como Belmonte gravavam separados ou em outras duplas e foi numa dessas que surgiu em um único ato Amarante e Amaraí. O disco é hoje uma referência, um clássico para os sertanejos. Amantes do gênero por certo irão aplaudir. 

cavalo branco

tão belo era outrora

que sejas feliz

boa noite amor

lição de caboclo

gosto só de ti

cavalinho de pau

o quanto eu te quero

adeus mariquita linda

valsa da despedida

morrendo de amor

luz do meu viver

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