Guilherne Coutinho E Seu Conjunto – Procura-se (1971)

Não faz muito tempo, eu postei aqui um disco do músico paraense, Guilherme Coutinho. E por conta da política do momento, não fiz nenhum texto de apresentação, considerando o texto de contracapa já explicativo. Tinha adotado essa máxima, muito por conta de achar que ninguém dava muita bola para o que escrevemos aqui. Mas sei que estou enganado, há muitos atentos e interessados, mesmo quando o texto tá fraco. Por certo e na pior das hipóteses damos o norte… 🙂
Mas voltando ao Guilherme Coutinho, para os que não sabem, foi um músico paraense que atuou durante os anos 60 e 70. Pianista, arranjador e compositor, gravou poucos, mas excelentes discos. Hoje em dia pura raridade, difíceis de encontrar. Creio que nada chegou a ser relançado, nem mesmo em cd. O que postamos anteriormente foi seu primeiro disco. Somente quatro anos depois viria a lançar este outro, o “Procura-se”, pela Chantecler. Disco bacana, com uma pegada bem estilizada, um pop ‘brazuca’ refinado com leves pitadas ‘jazzística’. Recomendo…
 
saravá babalaorixá
falência
tributo a mim mesmo
adios guadalajara
vai lá
crepúsculo
papa jimmy
vira broto
trepadeira
bar do parque
baby
belo kid
 
 

Leila Silva – Perdão Para Dois (1960)

Inezilda Nonato da Silva (Manaus, 7 de junho de 1935), mais conhecida como Leila Silva, é uma cantora brasileira. Ficou famosa na década de 1960 e com a música “Não Sabemos” do LP Perdão para Dois, rendendo a ela a conquista dos prêmios mais importantes da época. Sucesso no rádio e na televisão, se apresentou em quase todos os programas. Sua voz chamou a atenção da crítica e do público e seu talento alcançou outros países, como Itália, França e Japão. Atualmente residindo em Santos, São Paulo, continua na ativa se apresentando por todo o Brasil.
 
perdão para dois
mar negro
não sabemos
inteirinha
sarjeta
ansiedade
saudade distante
tango triste
céu sem estrelas
para que chorar
diga você 
deixe-me
jura-me
que será de ti
 
 
 
*Texto extraído da biografia da artista

Uccio Gaeta – O Novo Som De Uccio Gaeta (1968)

Olá, meus caros amigos cultos e ocultos! Correndo aqui para não perder muito tempo, hoje temos um artista que fez sucesso nos anos 60 e 70, aqui no Brasil, o italiano Matteo Gaeta, mais conhecido como Uccio Gaeta. Italiano, veio para o Brasil, segundo contam, no início dos anos 60. Trabalhou como ator e comediante na antiga TV Tupi e também teve seu próprio programa de auditório na TV Cultura, de São Paulo. Também participou de novelas como “Nino, o italianinho” e “Canção para Isabel”. Foi cantor da Rádio Gazeta e como músico gravou dezenas de discos no Brasil. Entre eles temos este de 1968, chamado de “O novo som de Uccio Gaeta”, onde ele desfila um repertório com 27 músicas em pout-pourri, conforme seguem a baixo listadas. Confiram no GTM….
 
no balanço do jequibau – jequibau – gamboa
viola enluarada – um amor sem igual
bom tempo – até segunda feira – lapinha
esta tarde vi llover – habla me
 januaria – areia do mar – serenata teleco-teco
a flor que o tempo guardou – tristeza de amor
inno – l’ultima cosa – você não serve pra mim
melancolia – além da imaginação – você
la tramontana – madame x – samba cha cha cha
vesti azul – malysha – tubon
 
 
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Vanja Orico – A Volta De Vanja Orico (1967)

Olá, amigos cultos e ocultos! Em tempos como os que estamos vivendo, em especial o momento político, onde militares (as Forças Armadas), se vendem por leite condensado e viagra, pela manutenção das mamatas que sempre tiveram, em troca de se sujeitarem a ser comandados por um capitãozinho louco, insubordinado e que chegou a ser expulso da corporação. Tempos vergonhosos para as fardas militares que mais uma vez se sujam, se sujeitam a serem comandados por um crápula e sua família de milicianos. Triste momento para o Brasil. E mais triste ainda é perceber o quanto este nosso povo é tosco, rude, mal informado e mal educado, burro, mas essencialmente pretencioso. Triste ver que uma boa parcela desse povo sofrido ainda não tenha conseguindo ver quem realmente é seu opressor. Gente com memória fraca, gente que ignora seu próprio câncer e acha graça da dor que sente no seu próprio estômago. Em momentos como este, de ataques a Democracia, ao Congresso e a Justiça em nome de um radicalismo de direita que assola o país, a gente as vezes precisa lembrar os fatos do passado, trazer de volta nossa luta por liberdade, palavra que hoje caiu na boca dessa gente de forma errada. Seria irônico se não fosse trágico ver essas ‘tosqueiras’ pedindo liberdade de expressão e ao mesmo tempo ditadura militar. 
Estou fazendo esta introdução porque de certa forma ela tem a ver com Vanja Orico. Cantora, atriz e cineasta, surgiu no cenário artístico cantando o tema ‘Mulher rendeira” no filme “O Cangaceiro”. Foi uma artista internacional, mas sempre valorizou a cultura nacional e por ela esteve sempre a frente defendendo o que é nosso. Inclusive, há de se lembrar, em 1968, em plena ditadura, no dia 07 de novembro Vanja, em protesto se ajoelhou na rua, impedindo a passagem de um comboio militar que ia de encontro a manifestantes que carregavam o corpo de um estudante assassinado pela repressão. Uma cena triste de se ver e que boa parte dessa gente burra e sem noção, talvez não façam a mínima ideia do que foi e do que simbolizou aquele momento. Essa era uma das facetas dessa mulher incrível, a qual já falamos e postamos vários outros discos. Agora trazemos para vocês este lp, lançado em 1967, pela Chantecler. “A volta de Vanja Orico”, como o próprio título afirma, marca o retorno da artista ao Brasil. Neste lp ela canta um repertório cheio de clássicos, um disco maravilhoso de se ouvir, com músicas de Fernando Lona, Geraldo Vandré, Chico Buarque, Gil e Torquato Neto, Catulo de Paula, Paulinho Nogueira, Tom e Vinícius, Nonato Buzar e Carlos Imperial. Por aí já dá para se ter uma ideia do quanto este disco é legal. Confiram no GTM…
 
cantilena
contracanto
é ou não é
andam dizendo
mulé rendeira
casa de pau po pa
a banda
minha zabelê
a lua girou
depois do amor
samba de protesto
 
 
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Coquetel de Sambas (1964)

garota de ipanema – francisco de moraes
samba da madrugada – elcio alvarez
samba é – miranda e seu conjunto
cheiro de saudade – biriba boys
chora coração – elcio alvarez
não tenho lágrimas – guerra peixe e seus músicos
mas que nada – waldemiro lemke e sua orquestra
chove chuva – nininha
não sabemos – elcio alvarez
leva-me contigo – biriba boys
evolução da bossa – nininha
agora é cinza – guerra peixe e seus músicos
 
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Miriam Batucada – Amanhã Ninguém Sabe (1974)

Olá, amigos cultos e ocultos! Para não ficarmos apenas em orquestras e coisas dos anos 50, vamos mudando um pouco o nosso foco, afinal o nosso espaço é musicalmente democrático (e com tendências esquerdistas, com certeza!). Mas fora a nossa ideologia, somos abertos a todo tipo de manifestação construtiva, por isso ouvimos música com outros olhos 😉
Então, aqui temos hoje e pela primeira vez em nosso toque a cantora e compositora paulista Miriam Ângela Lavecchia, mais conhecida como Miriam Batucada, apelido que recebeu quando ainda era apresentadora de programa de televisão, nos anos 60, por conta de sua técnica de batucar com as mãos. Embora não tenha gravado muita coisa, se destacou  por conta de sua presença sempre constante na tv. Em 1971, juntamente com Raul Seixas, Sergio Sampaio e Edy Star ela gravou o “Sociedade da Grã-Ordem Kavernista – Apresenta Sessão das 10”, disco que seria redescoberto nos anos 2000, se tornando obra ‘cult’. Por consequência deste disco ela voltaria a cena musical, mas infelizmente de maneira póstuma, pois Miriam faleceu em 94. Seus outros dois discos, “Amanhã ninguém sabe” e “Alma da festa” voltaram a ser procurados e por terem sido pequenas tiragens, hoje se tornou também tão ‘cult’ quanto o “Sociedade da Grã-Ordem Kavernista”, assim como são os discos do Sérgio Sampaio e do Edy Star. E como esses discos não andam rodando em qualquer prato, cabe a nós divulgá-los, trazendo de volta aos olhos e ouvidos… Vamos conferir no GTM?
 
o que vier eu traço
teco teco
chuá chuá
apanhei um resfriado
felicidade
meu romance
você é meu melhor amigo
eu quero é botar meu bloco na rua
amanhã ninguém sabe
acertei no milhar
você vai se quiser
tudo em p
conversa de samba
o show já terminou
 
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Anares Diaz – Colecão de Modinhas (1960)

Bom dia a todos, amigos cultos e ocultos! Hoje estou trazendo aqui um disco que eu acho dos mais interessantes e por certo, raro em todos os sentidos. Este é um dos lps que fazia parte da pequena discoteca que acompanhava a radiola lá de casa, quando eu ainda era criança. Me lembro bem deste disco e ainda de algumas dessas canções. Infelizmente, assim como a radiola, os discos também se foram. Porém, algum tempo atrás, descobri que tinha esse disco em arquivo digital, que certamente alguém me enviou e como está completo, do jeito que a gente gosta, não há porque não termos ele aqui em nosso Toque Musical. No entanto, deixei este disco para a estreia de um novo ‘resenhista’, o amigo culto, Ayrton Mugnaini Jr. que havia manifestado interesse em colaborar com a gente. O Ayrton é um cara dos mais completos, músico, escritor e como eu, virginiano (hehehe…). Eu já tive a oportunidade de postar aqui no TM um de seus discos e acho que sua musicalidade e seu estilo é bem parecido com o Anares Diaz. Portanto, não foi por acaso que enviei o disco para ele resenhar, Porém, o moço, além de esquecido é também super atarefado e creio que no momento ele está envolvido com lançamento de novos livros e discos. Achei melhor então aguardar que ele mesmo se manifeste. Mas o disco de coleção de modinhas do Anares Diaz não vai poder esperar. Assim, meu caro Ayrton, estreia quando der e com outro disco, coisa que por certo não irá faltar.
Como disse, temos aqui um lp raro e quando digo raro não me refiro ao valor exorbitante que malucos põe lá no Mercado Livre, mas sim ao fato de ter sido um disco com uma tiragem pequena, lançado a sessenta anos atrás e que por certo nunca teve uma reedição. Para completar, Anares Diaz é um completo desconhecido em áreas públicas da internet. Pode procurar no Google, jogar no Youtube que não vai aparecer nada, somente o anúncio de um único disco sendo oferecido especulativamente no Mercado Livre. Assim sendo, qualquer informação a respeito deste artista se concentra no próprio álbum, nas músicas e principalmente no texto de contracapa. Neste reforça ou comprova o que podemos ouvir, um repertório totalmente autoral e de uma originalidade que só se vê (e ouve) em artistas da mesma época cuja a música funciona muito bem na simplicidade de apenas um instrumento, no caso , o violão. Sua música tem algo de modinha, de tradicional, de folclórico e popular, é direta, simples, objetiva e que agrada de cheio e logo de cara. Incrível com esse disco ainda não chegou nas plataformas do Youtube. Portanto, o melhor é conferir no GTM…
 
somente pra você
vento frio
saci-pererê
ondas da praia
adeus cidade
tic tac do coração
grito de carnaval
você diz que não namora
lamento
tango
saudade
teu olhar faceiro
a boiúna
paraguaia linda
morena moreninha
a marcha do feijão
rio mar
meu amor
não me abandones
 
 
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Leila Silva – Quando Canta Leila Silva (1962)

Olá, amiguinhos cultos e ocultos, muito boa noite! Vejam vocês como eu sou avoado…Estava crente que o aniversário do Toque Musical fosse agora neste fim de mês. Mas, na verdade, é no dia 30 de julho. Portanto, ainda temos muitos toques antes de chegarmos lá 🙂
Muito bem, então, o nosso encontro hoje é com a cantora Leila Silva e seu lp de 1962, lançado pela Chantecler. Leila Silva (Inezilda Nonato da Silva) fez parte do cast da gravadora Chantecler onde gravou também outros discos desde o final dos anos 50. Uma cantora popular que fez um relativo sucesso e tal como outras que atuaram no rádio e na televisão, hoje são pouco lembradas, como também são difíceis de achar os seus discos. Assim, nada mais oportuno que um lp da Leila Silva, em quatorze faixas, entre sambas, tangos, boleros e mais… Ela vem com o acompanhamento de orquestras regidas por Elcio Alvarez e Zico Mazagão e também com o Regional de Poly. Eis aqui um dos raros discos dessa época que traziam as letras das canções. Vamos conferir?
 
com você
esquece-me
libelo
promessa
perdão pela minha dor
um minuto de amor
adeus amor
justiça de deus
altares profanos
nossa união
decisão cruel
boite da ilusão
assim como o rio
na solidão do meu quarto
 
 
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Alberto Calçada – Cascata De Valsas (1958)

Boa noite, meus prezados amigos cultos e ocultos! Mais uma vez, atendendo a um pedido especial, que necessariamente não era o de postagem, mas que achei por bem publicá-lo, afinal, é aqui o reduto de tudo aquilo que se esconde na poeira do tempo. E assim, temos para hoje este lp do acordeonista Alberto Calçada e seu conjunto. Já apresentamos algumas coisas desse artista no nosso Toque Musical.
 Agora, aqui temos um lp lançado pela Chantecler, em 1958.Um disco dedicado a valsa brasileira. Uma seleção clássica de temas populares, repertório seresteiro que ainda agrada a muita gente. Vamos conferir? 
 
cascata de beijos
rapaziada do bom retiro
último beijo
são judas tadeu
luar de são paulo
morrer sem ser amado
saudades de minha terra
nossa senhora do amparo
e o destino desfolhou
vera
cascata de lágrimas
 
 
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Domingos Pecci – Mágoas De Um Chorão Vol. 2 (1966)

 

Boa tarde, amigos cultos e ocultos! Ainda atendendo um pedido especial, vamos com um pouco mais de choro e de quebra ainda tem as valsinhas. É mais ou menos na mesma linha do Jair Pimentel que trago mais uma vez para o nosso Toque Musical, o saxofonista Domingos Pecci. Já havíamos postado dele “Um saxofone no choro”, uma reedição de 1977 de um disco gravado em 60. Agora vamos como “Mágoas de um chorão, vol, 2”, disco lançado pela Chantecler em 1966. Neste lp encontramos também um repertório com composições próprias e de outros autores do universo seresteiro. Confiram…
 
saxofone porque choras
amorosa
teu sorriso
nice
chorando
primaveril
beira-mar
flor de abôbora
cecília
pesadelo
jovina
que noite estrelada
 
 
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José Orlando – Um Disco E Doze Sucessos (1959)

Boa noite a todos os companheiros, amigos cultos e ocultos! Aqui mais um disco que eu recolhi de um sebo. Me chamou a atenção logo de cara, ou por outra logo pela capa, bem ‘diferentona’, não acham? Eu confesso que até então nunca tinha ouvido falar deste artista, José Orlando, cantor paraibano que iniciou sua carreira no início dos anos 50. Cantou em diversas rádios pelo Brasil. Este, ao que parece, foi seu primeiro lp, disco este com regência de Elcio Alvarez e arranjos de Guerra Peixe. O repertório é muito bom, tendo nele várias músicas de sucesso. E como iremos ver, José Orlando não deixa a peteca cair, canta com naturalidade, voz direta e agradável. Na contracapa temos um bom texto de apresentação. Daí, eu deixo que o mesmo cumpra o seu papel. Confiram no GTM
 
perfume de gardênia
sete notas de amor
chega de saudade
vai, mas vai mesmo
piove
ave maria lola
o diário
castigo
balada triste
lamento
all the way
 
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Poly – Alô Alô Poly (1974)

Olá, caríssimos amigos cultos e ocultos! Temos para o dia de hoje um lp do multi-instrumentista Angelo Apolonio, mais conhecido como Poly. Este músico dominava com maestria diferentes instrumentos de corda. Já postamos outros discos dele no nosso Toque Musical e agora temos o prazer de trazer de trazê-lo de volta neste lp, que eu acredito ter sido talvez um dos últimos disco que gravou ao lado de um time de outros músicos também de primeira. Curiosamente, este lp não consta em sua discografia. E por sinal, um disco muito bom, vejam pelo repertório…
 
folhas secas
pior pra ela
retalhos de cetim
eu só quero um xodó
eu bebo sim
deus me perdoe
alô alô
teimosa
ninguém põe a mão
camisa 10
orgulho de um sambista
tico tico no fubá
 
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Módulo Quatro – Bossa Carrossel Brasileiro (1970)

Boa tarde, amigos cultos e ocultos! Para a nossa salada musical ficar realmente sortida, eu hoje estou trazendo um pouco da herança deixada por outros blogs musicais que hoje já não existem mais. E no caso aqui, me recordo, este disco foi postado pela Bruxa do Vinil em seu blog Abracadabra, um dos melhores espaços com um acervo incrível. Pena que fechou. Daí, vez por outra, eu ressuscito um para enriquecer nossas fileiras.
Então, hoje vamos com este quarteto instrumental que é um encanto só. O Módulo Quatro foi um grupo formado por quatro experientes músicos: Carlos Nobrega nos teclados, Mário Augusto no contrabaixo, Joni Soto, nas cordas e Toni Marcílio na bateria. Lançaram a penas este lp, em 1970 pelo selo Chantecler. Disco bacana, músicas autorais e com muita bossa. A contracapa traz um texto complementar, o que já me poupa aqui o trabalho de entrar em detalhes. Melhor mesmo é ouvir, conhecer esse que foi, sem dúvida, um dos excelentes discos da chamada ‘bossa tardia’. Não deixem de conferir…
 
cantiga para meu amor
módulo 4
viagem
ao cair da tarde
alegre passeio
genipapo
salpicando
bossa norte
passeando em recife
rememorando
pingos nos is
você voltou
 
 
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Trio Tamoyo – Interpreta Ritmos Variados (1960)

Olá, meus caros amigos cultos e ocultos! Já não é de hoje que temos tido problemas aqui no nosso Toque Musical, por conta de tentativas de invasão de hackers, pessoas interessadas em boicotar nossa missão, os famosos ‘espírito de porco’. Felizmente temos um ótimo provedor que não deixa a nossa peteca cair. Porém essas invasões tem nos tirado do ar e por consequência atrasado as postagens. Mas estamos aí, sempre presentes.
E para hoje temos aqui um disco das antigas, o primeiro e único disco do Trio Tamoyo, surgido no Ceará no final dos anos 50. Este conjunto era formado por Ary Silva, José Roberto e Ribamar. Fizeram muito sucesso, logo de início, se apresentando em rádios de Pernambuco, Bahia e finalmente Rio de Janeiro. E finalmente alcançaram seu objetivo que era gravar um disco. Eles conseguiram, gravaram este lp pelo selo Prestige, um disco onde eles interpretam os ritmos mais populares daquela época, sendo boa parte do repertório autoral. Infelizmente, por contingências do destino acabaram não vingando, ficaram apenas neste lp, que por sinal é muito bom. Podem conferir…
 
assim.. assim…
costume de praia
mercadora do mal
explicação
longe da vida
na orla do mar
recado pra yaya
tortura
dance o molengue
tormento
beijo demorado
mambo quente
 
 
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Francisco De Moraes E Sua Orquestra – As Melhores Do Ano (1964)

Boa noite, caríssimos amigos cultos e ocultos! Nesses últimos dias tenho passado uns apertos aqui com essa internet de fibra da Vivo. A gente tenta melhorar a coisa, acompanhar a tecnologia, mas aqui no Brasil, neste sentido, tudo que é novo é a maior furada. A internet por aqui fica oscilando e quando a gente menos espera ela cai. Chega a dar raiva, acabo desistindo e vou cuidar de outra coisa.
Mas para não deixar acumular ou atrasar, vou aqui tentando emplacar mais uma postagem. Nosso encontro hoje é com as orquestras e mais exatamente com a orquestra do maestro Francisco Moraes, figura já conhecida em nossos ‘toques musicais’. Aqui temos ele, em disco da Chantecler, lançado em 1964. Um lp reunido diferentes sucessos nacionais e internacionais daquele ano. Um disco, obviamente instrumental e orquestrado, coisa que hoje em dia não se escuta mais, a não ser nas postagens desse blog musical. Confiram no GTM…
 
lawrence da arabia
sonhar contigo
ensinando bossa nova
legata a un granello di sabbia
tudo de mim
garota de ipanema
ti guardero nel cuore
essa noite eu queria que o mundo acabasse
chariot
quando quando quando
o problema do amor
sukyaki
 
 
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Elcio Alvarez E Sua Orquestra – O Máximo Para O Seu Baile (1962)

Maestro, compositor, produtor e arranjador dos mais requisitados nos anos 1950/60/70, Elcio Alvarez volta a bater ponto aqui no Toque Musical. Desta vez, apresentamos “O máximo para o seu baile”, álbum lançado pela Chantecler em 1962. Seguindo o padrão dos álbuns dançantes então vigente, o disco apresenta um repertório de sucessos nacionais e internacionais da época. Basta citar “Exodus”, “Let’s twist again”, o chá-chá-chá “Las secretarias”, “Colonel Bogey” (do filme “A ponte do Rio Kwai”), “Samba chá-chá-chá” (de Mário Albanese, aqui em sua primeira e única gravação)… Tudo com a competência e o talento do maestro, com sua orquestra e coro, aqui mostrando por que foi um dos maiores que o Brasil já teve. Em suma, mais uma produção que merece o nosso Toque Musical. A conferir no GTM, sem falta.

exodus

let’s twist again

castiguei

moonglow

las secretarias

colonel bogey

samba cha cha cha

kissin’ twist

além do horizonte azul

veja só

tea for two

 

 

 

*Texto de Samuel Machado Filho

 

Banda Chantecler – Lampião De Gás (1958)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Como uma coisa puxa a outra, eis aqui outro disco de banda, ao estilo tradicional, banda e músicas de coreto, daqueles que toda cidade do interior tem. E é mais ou menos por aqui que se pauta este disco, pelas boas recordações e isso já lá pelos idos dos anos 50! Temos aqui “Lampião de Gás”, título do lp que também é o nome da valsa que abre o disco, um grande clássico de Zica Bergami. Aliás, aqui temos vários clássicos entre valsas e rancheiras, tudo por conta da Banda Chantecler, sob regência do maestro Zico Mazagão. Confiram, no GTM…
 
lampião de gás
mariazinha
cielo lindo
viajando pela índia
raios de sol
valsa da meia noite
vida marvada
sarita
babo…zeira
afilador
boneca cobiçada
cabecinha no ombro
 
 
 
 
 

Berenice Azambuja – Romance De Terra E Pampa (1980)

Bom dia a todos, amigos cultos e ocultos! Hoje o nosso encontro é com a gaúcha Berenice Azambuja, cantora, compositora e instrumentista. Uma artista ligada as tradições nativista gaúcha. Cresceu no meio artístico no qual seu pai era violinista e sua mãe artista circense. Contam que ela, nos anos 60, fez parte de grupos na linha Jovem Guarda, mas foi na música gaúcha que ela se destacou. Seu primeiro disco, “Fogo de Chão” foi lançado em 1975. Mas seu maior sucesso está neste lp que agora publicamos, o vanerão “É disso que o velho gosta”, música que ela fez e homenagem ao seu pai e que foi gravada por Chitãozinho & Xororó e também por Sérgio Reis . “Romance de Terra e Pampa” foi seu quinto lp, lançado em 1980, pela Chantecler. As faixas, quase todas são músicas de suas autoria. Um trabalho muito bem produzido e por certo um de seu melhores discos. Vamos conferir?

estás acabando comigo

romance de terra e pampa

amor verdadeiro

homenagem a minas gerais

grito de saudade

reclamação de amor

é disso que o velho gosta

perdendo o taco da bota

meu pago minha terra

fandango da berenice

locomotiva do progresso

essência do pago

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3º Ronco D0 Bugio – São Francisco De Paula (1988)

Olá, prezados amigos cultos e ocultos! Hoje o Toque Musical oferece parcela do rico acervo regional gaúcho.  Estamos apresentando para vocês um disco com as doze músicas classificadas da terceira edição do festival Ronco do Bugio, lançado pela Chantecler/Continental em 1988. O evento se realiza anualmente na cidade gaúcha de São Francisco de Paula (por certo não aconteceu este ano em virtude da pandemia de Covid 19), com o intuito de preservar e difundir o único ritmo originário do Rio Grande do Sul, ou seja, o “bugio”, compasso criado justamente no interior desse município. Tal criação se deu a partir da criatividade dos gaiteiros (sanfoneiros) serranos, que buscaram imitar, com seu instrumento musical, o ronco do primata nos matos da serra. A festividade é genuína, pois é a única da América onde, obrigatoriamente, os participantes devem utilizar apenas um ritmo, o citado “bugio”, embora a temática seja abrangente. Daí ser considerado o festival mais autêntico do Rio Grande do Sul. Além do forte enfoque cultural que envolve toda a comunidade musical gaúcha, o festival tem seu apelo ecológico, pois chama a atenção para a preservação da espécie, hoje quase em extinção. Nas doze faixas deste disco, o mais autêntico “bugio”, na interpretação de artistas típicos gaúchos. É ir ao GTM e conferir, tchê!

bugio do meu rincão – gonzaga dos reis e grupo

gaiteiros da serra – koko, emerson e grupo

de mala gaita e violão – grupo som campeiro

que viva o bugio – souzinha jr e grupo vozes do pago

oque é bugio – jaime ribeiro e os provincianos

bugio arisco – nelcy vargas e grupo

a voz do lugar – elton saldadnha e grupo

bugio da serra e da fronteira – itajaiba mattana e os nativos

bugio safado – leo almeida e grupo rodeio

tropeadas – gozaga dos reis e grupo

bailanta da tilóca – grupo caaguas

bugio e violão – antoninho duarte e os andantes

 

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*Texto de Samuel Machado Filho

Carlos Pita – Aguas Do São Francisco (1979)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Temos aqui um disco que há tempos deveria estar constando em nossas fileiras, o “Águas do São Francisco”, disco de estreia do cantor e compositor baiano, de Feira de Santana, Carlos Pita, em 1979, pelo selo Chantecler. Embora tenha gravado seu primeiro disco em 79, já atuava na música, compondo e também produzindo. Para se ter uma ideia, foi Pita o produtor de discos como os de Elomar: “Na Quadrada das Águas Perdidas”, “Fantasia Leiga” e “Auto da Catingueira” e também de destaque, o disco “Interregno”, de Walter Smetak, entre outros… Sua trajetória remonta mais de 30 anos dedicados a música popular brasileira. Artista reconhecido internacionalmente e hoje com uma carreira consolidada, tem dezenas de trabalhos autorais, em vinil e também em cd. O álbum que aqui apresentamos foi um disco de sucesso, um trabalho premiado, feito dentro da linguagem dos livros de cordel, de herança medieval. Lembra muito a música de Elomar. Disco bonito de se ouvir e por certo um dos melhores trabalhos musicais lançados naquele final de anos 70. Vale a pena ouvir…

o reino das águas barrentas e os desafios do amor

a história do cavaleiro enluarado com a donzela do bem amar

a história do cavaleiro de couro e corda com a dama dos rasos de seca

a história do cavaleiro sertanejo com a princesa do clarear

o romance do rei do ensolarar com a bela das rendas de lua

a princesa do agreste e o cantador do elo ao mar

o arco-íris trovejou

a história dos quatro reinos desaparecidos e os guerreiros do mal viver

princesa sertaneja

a rainha do trançar e o violeiro dos esqueces

a história da princesa das candeias de amor com o cego do alumiar

o príncipe das verdejanças e o amor do verdejar

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Os Demônios Da Garoa – Compacto (1968)

Olá, meus amigos cultos e ocultos, boa noite! Aproveitando a ‘deixa’, já que puxei os compactos… Nesta semana, peguei uns compactos emprestados, na verdade discos que um amigo vendeu para outro amigo e eu fiquei de fazer a entrega. Só que antes, digitalizei todos para entrarem na nossa programação. Tem tudo a ver com o nosso Toque Musical. Vão vendo e ouvindo…
Aqui temos Os Demônios da Garoa neste disquinho, compacto simples, lançado pela Chantecler em 1968 e trazendo dois sucessos, a marchinha “Ói nóis aqui tra veis”, Geraldo Blota e Joseval Peixoto e o samba “Vila Esperança”, do genial Adoniran Barbosa. Não deixem de conferir no nosso GTM…

ói nóis aqui tra veis
vila esperança



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Ilma Rocha (1982)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Dentro do proposto, aqui temos mais um disco da série sertaneja e desta vez vamos com a cantora Ilma Rocha. Esta artista, para a nossa sorte, traz mais informações em seu currículo. Poderíamos nos salvar apenas com o texto da contracapa. Então vamos lá… Ilma Rocha é uma cantora e compositora mineira. Iniciou sua carreira artística ainda na infância, cantando ao lado de sua irmã com quem formava a dupla Duo Irmãs Graciosas. Na fase adulta, passou a se apresentar sozinha. Em 1980 ela se inscreve no Festival da Música Sertaneja da Rádio Record e sua música obtém o primeiro lugar, o que garante a ela um contrato com a gravadora Chantecler para a qual grava este que foi o seu primeiro disco. Como se pode ver na contracapa, ela nos apresenta doze canções, entre rasqueados, boleros, canções rancheiras e guarânias. Um disco romântico-popular com aquela dosezinha ‘bregueira’ tão comum nesse gênero musical. Quem gosta, não pode poder…

coração de ferro
minha vida é um problema
jogue esta aliança fora
não consigo chorar por amor
nosso filho com quem vai ficar
minha mágoa
meu primeiro beijo
ninguém vai me fazer chorar
ele esqueceu de mim
pranto escondido
triste calado
humilhada

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Djalma Pires (1978)

Fala aí, meus camaradas, amigos cultos e ocultos! Boa noite para todos! Estamos trazendo hoje mais um disco de samba. Um álbum hoje raro de se ver e também de se ouvir. Aliás, nosso artista, o cantor Djalma Dias, é um desses nomes esquecidos e seus discos, assim como sua biografia é coisa rara de se achar. Fiquei mesmo espantado por não ter nas fontes de referências musicais nada sobre esse artista. O cara gravou vários discos, cantou em festivais, na noite paulista e também no carnaval, onde foi puxador de escola de samba. Mencionam também que Djalma Pires procurava seguir a mesma trilha de Jair Rodrigues, inclusive cantava de modo parecido. Infelizmente, pouco existe sobre ele na internet além de suas próprias gravações, que podem ser encontradas no Youtube. Aqui temos dele um lp de 1978, lançado pelo selo Chantecler e com arranjos e regências do grande Zé Menezes. Dez sambas de gabarito, como se dizia antigamente. Não deixem de conferir no GTM…

sufoco
moro na beira da praia
lenço branco
eu sou o teu romeu
sangue brasileiro
o troco
vamos falar de alegria
duas vidas
azulão

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Conjunto De Percussão Dora Pinto (1960)

Boa noite, prezados amigos cultos e ocultos! Hoje eu tenho para vocês mais um daqueles discos que é bem a cara do nosso Toque Musical. Embora já tenha sido bem divulgado em outras praças, não poderia faltar por aqui. Estamos falando deste interessantíssimo lp, lançado pela Chantecler, segundo consta, em 1960. Conjunto de Percussão Dora Pinto. Este é um daqueles discos que entrou para a listas das raridades e absurdamente muito caros (coisa de maluco no Mercado Livre). É, realmente um disco que merece atenção. Embora seja um trabalho excepcional, hoje em dia nada encontramos, além de anúncios, em pesquisa pelo Google. Daí, a única fonte de informação acaba sendo o próprio álbum. E por sorte há uma boa ficha técnica. O Conjunto de Percussão surgiu nos anos 40, por obra e inciativa da professora e pianista Dora Pinto. Um grupo musical formado exclusivamente por mulheres e conforme nos fala o texto de contracapa, inicialmente criado para acompanhar danças através da percussão. Dentro dessa linha de atuação, Dora e seu grupo pesquisaram os diferentes ritmos e percussões dentro do universo folclórico, trazendo a tona não apenas a música, mas também os instrumentos. Este lp não poderia deixar de ser uma síntese do que foi esse conjunto percussivo e até então unica fonte de referência sobre esse interessantíssimo trabalho, o qual não poderia ser esquecido.
O conteúdo musical é variado e mesmo tendo sido criado há quase 60 anos pode nos soar bem atual. Vamos encontrar obras de Dorival Caymmi, Babi de Oliveira, Waldemar Henrique, Lorenzo Fernandez, Arnaldo Rebello, Abigail Moura além dos estrangeiros Saint-Saens e Ernesto Lecuona. Muito interessante, vale conferir…

noite de temporal
hei de seguir teus passos
malagueña
obaluaiê
jongo
lundu amazonense
chorinho elegante
danse macabre
pássaro desconhecido
sessão de macumba
porque
domingo
 
 
 
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Ely Camargo – Danças Folclóricas Brasileiras E Folguedos Populares (1968)

Boa tarde, amigos cultos e ocultos! Hoje tenho a satisfação de trazer aqui mais um disco da Ely Camargo. De vento em popa, logo podemos ter toda a sua discografia aqui. E isso, por certo, só acontece a alguns poucos artistas, os quais acreditamos terem em toda sua trajetória uma discografia impecável. E Ely é, sem dúvida um exemplo. Este disco foi postado originalmente no excelente blog Cantos & Encantos, que hoje, infelizmente, já não existe mais. Pelo jeito, poucos blogs ainda resistem ao tempo, como o nosso Toque Musical. Como estamos vivendo um momento adverso em nossas vidas, por conta do tal vírus, eu estou sendo obrigado a buscar, eventualmente, discos de postagens de outros blog. Muitos desses discos eu até os tenho, mas literalmente é uma mão na roda já encontrar a coisa pronta e não foi atoa que guardei tudo em meus arquivos. Agora estão aí, valendo novamente, para a alegria de todos que não conseguiram buscar o seu.
Acho que não preciso entrar em detalhes sobre este lp, lançado em 1968 pelo selo Chantecler. A contra capa já diz tudo. Um passeio pelo rico folclore brasileiro, um leque com diferentes tipos de manifestações musicais. Confiram essa belezura no GTM.

reisado alagoano (3 temas)
ciriri
cateretê do brejo velho
pastoril de sergipe e alagoas
caipó paulista e mineiro
samba-lenço
boi bumbá é boi
cantiga de são gonçalo
quereumana
ratoeira
dança do retiro, dança da caçada
moçambique
maracatu
vilão

 

Waldemar Roberto – Hei De Amar-te Até Morrer (1963)

Olá, amigos cultos e ocultos! O Toque Musical apresenta hoje um álbum de Waldemar Roberto Colla Francisco, ou simplesmente Waldemar Roberto, cognominado “o cantor dos corações apaixonados”.  Quase nada encontrei na web a respeito dele. Sabido é que ele era irmão de Mário Colla Francisco, vice-prefeito de Campos do Jordão (SP) de 1959 a 1962, tanto é assim que existe no município a Rua Cantor Waldemar Roberto, além do mais ele era assíduo frequentador da “Suíça brasileira”. Sabe-se também que sua carreira discográfica se iniciou em maio de 1953, quando a Sinter lançou seus dois primeiros discos: o primeiro com a valsa “Não zombe da vida” e o samba “O tempo dirá”, e o segundo com os sambas “Nosso destino” e “Conselho de amigo”, todas composições de Oscar Gomes Cardim. Waldemar Roberto passou também pelas gravadoras Polydor, RGE, RCA e Chantecler, esta última a lançadora do presente LP, o terceiro dele para a “marca do galinho madrugador”. A curiosidade aqui fica por conta do bolero “Olhos mentirosos”, do próprio Waldemar em parceria com Dioguinho, que tem um início idêntico ao do samba “A flor e o espinho”, de Nélson Cavaquinho.  Na valsa que dá título ao disco, “Hei de amar-te até morrer”, do próprio Waldemar em parceria com Jandira Bertolotti, a declamação é de Moraes Sarmento, que era conhecido apresentador de programas de cunho saudosista no rádio de São Paulo (fez também o “Viola, minha viola”, na TV Cultura, antes de Inezita Barroso).  Destaque ainda para a valsa-rancheira “Bebendo e chorando”, de Milano e Serafim, também gravada pela dupla sertaneja Pedro Bento e Zé da Estrada. Com direito até a uma regravação de “Seresta”, antigo sucesso de Alvarenga e Ranchinho, e duas versões, “Maldita hora” e Ai! Zandunga”. Enfim, percebe-se que Waldemar Roberto era um bom cantor do gênero romântico, e que este é um trabalho popular, porém de qualidade.  Merecedor, portanto, desta postagem do Toque Musical.

hei de amar-te até morrer
seresta
proibido de amar
bebendo e chorando
maldita hora
filho sem mãe
fagulha
olhos mentirosos
noites de insonia
espera
ai zandunga
o amor que foi meu





*Texto de Samuel Machado Filho 

Rosa Passos – Recriação (1978)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Aproveitando a deixa, vamos colocar mais uma rosa em nosso jardim. E eu que pensava já ter apresentado aqui esta outra grande artista, também de renome internacional e também uma estrela do jazz. Estamos falando aqui da cantora, compositora e violonista Rosa Passos. Considerada por muitos a ‘João Gilberto de saias’. Uma artista que começou cedo, ainda adolescente tocava piano, trocando depois para o violão. Influenciada pela Bossa Nova, mas em especial pelos dois ícones, Antonio Carlos Jobim e João Gilberto, passou a compor e cantar. Demorou um pouquinho para ela então lançar este disco, “Recriação”, que foi seu primeiro disco. Este álbum, inicialmente, não teve muita repercussão, mas seria por certo seu cartão de visitas. Mas ela se afastou temporariamente e só voltou a atuar na careira nos anos 80. A partir dos anos 90 ela então deslancha, passando a lançar novos discos. Suas composições começam então a atrair outros músicos e artistas. Oscar Castro Neves foi quem, de uma certa forma, abriu as portas para ela, para uma carreira internacional que desde então só veio crescendo. Tocou e gravou com grandes nomes da música internacional, em especial os artistas do jazz. Hoje, Rosa Passos é uma das grandes damas brasileiras do cenário jazzístico internacional, aclamada por todos os cantos desse mundo, tendo uma dezena de outros discos gravados. Confiram aqui este discaço que mais uma vez é destaque, agora no Toque Musical.

recriação
bolero de esperar
procura-se um samba
estrela-cine-teatro
saudade da bahia
fassamba
formicida corda e flor
caminho de santana
noturno
aí o fantástico

Giane – Dominique (1976)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Me embalei na onda das cantoras, em especial as da Jovem Guarda, muito por conta de uns amigos que adoram relembrar seus tempos de ‘juventude transviada’. Achando um tempinho aqui, cá estou eu com essa leva de cantoras e hoje trazendo a Georgina Morozini dos Santos, mais conhecida como Giane. Ela já foi apresentada aqui no Toque Musical, através de outros discos, mas em especial, na postagem de um de seus compactos, através do amigo e colaborador Samuel Machado Filho. Conforme escreveu o Samuca, Giane foi uma das primeiras cantoras da Jovem Guarda, tendo antes iniciado sua carreira nos anos 50, ainda na época do 78 rpm. Sem dúvida, uma cantora cheia de sucessos e isso se deu na soma de seu talento com um repertório, geralmente de versões de músicas internacionais consagradas pelo público. Neste lp, lançado pela Chantecler e seu selo Alvorada, em 1976, temos uma coletânea de alguns de seus maiores sucessos, a começar pelo maior, a versão para “Dominique”, do francês Soeur Sourire. Neste lp, apenas uma música não é versão, “O homem do coração de ouro”, música de Alberto Calçada e Antonio Queiroz. Confiram esse toque no GTM, O prazo é limitado, heim!?

dominique
meu deus, como te amo
angelita
eu te darei bem mais
longe do mundo
esta é minha canção
não saberás
preste atenção
o homem do coração de ouro
olhos tristes
johnny guitar
não esqueço jamais
meu bem não vá
o caminho de são josé



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