Martha Mendonça – Kimi Koishi (1964)

Bom dia, amigos cultos e ocultos. Há tempos alguns de nossos visitantes haviam citado e pedido discos da cantora Martha Mendonça. Eu confesso que acabei me esquecendo. Como já dizia o Roberto Carlos, “são tantas emoções”, que eu até me perco. As vezes, realmente, eu me esqueço de muita coisa que já foi postada aqui no Toque Musical. Tenho que recorrer ao index da barra lateral do blog para me certificar.
Bom, então, atendendo à pedidos, embora tardiamente, temos aqui a Martha Mendonça em seu álbum de 1964 pela Chantecler. “Kimi Koishi” é uma música japonesa famosa, que dá nome ao disco e que aqui recebeu o nome de “Saudade de você”, numa versão de Teixeira Filho. Acho que esta música ficou mais famosa na versão brasileira da Martha do que a original de Frank Nagai (pelo menos no Brasil). O álbum traz ainda outras versões e algumas músicas de Lúcio Cardim e da dupla Evaldo Gouveia e Jair Amorim. Um disco romântico por excelência, para aumentar ou aplacar ‘dores de cotovelos’, com se dizia antigamente. Martha Mendonça tem um timbre de voz muito especial. Se tivesse levado a diante a sua carreira como cantora e também, se tivesse se dedicado a um repertório de todo romântico, talvez fosse hoje considerada uma das nossas mais importantes cantoras.

saudade de você (kimi koishi)
palavras, só palavras
serenata do meu pranto
prece a quem volta
o céu escureceu
que queres tu de mim
somos iguais
deixe pra mim a culpa
foi contigo
doce veneno (dulce veneno)
eu amo, tu amas
noites vazias

Alda Perdigão, Dorinha Freitas, Martha Mendonça – Compactos

Olá amigos cultos e ocultos! Realmente o tal do compacto faz um sucesso danado e dar o maior ‘ibope’. Por isso, essa semana vai ser quente 😉

Para hoje trago três disquinhos bacana, com três cantoras que embora não tenham muito a ver uma com a outra, não deixam de ter em comum o fato de serem excelentes intépretes e de terem iniciado suas carreiras nos anos 50. Como podemos ver logo acima, aqui estão: Alda Perdigão, cantora paulista de grande potencia vocal, fez muito sucesso nos anos 50 não apenas pela presença e voz, mas por estar ligada ao ‘cast’ de emissoras de televisão, o que lhe garantia mais popularidade. Chegou a ter um programa exclusivamente dela, de 30 minutos, na TV Cultura de São Paulo. Dorinha Freitas é outra cantora paulista. Começou a carreira em 1956, meio que por acaso ao se inscrever, sem pretensões, em um programa de calouros na TV Tupi. Tirou o primeiro lugar, foi contratada pela emissora e logo em seguida lançou seu primeiro disco. Considerada uma das melhores vozes da era final do Rádio, gravou uma dezena de discos pela RGE, Continental e Copacabana. A terceira cantora é a mineira Martha Mendonça, que também estreou nos anos 50 pela Chantecler. Cantou em casas noturnas de São Paulo. Gravou vários discos e fez muito sucesso até fora do Brasil. Casou-se com o cantor Altemar Dutra e logo abandonou a carreira, se dedicando apenas à familia. Segue assim três estilos femininos diferentes, todas de grande talento. Confiram o toque…

Alda Perdigão
desespero
primeiro beijo
Dorinha Freitas
aqui neste mesmo lugar
descendo o morro
lamento
vento vadio
você é a saudade
Martha Mendonça
canção cigana
eu mesma