Juarez Araújo – Sax Maravilha Samba (1976)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Temos para hoje um disco de samba, com o fabuloso saxofonista Juarez Araújo. Lançado originalmente em 1976 pelo selo CID, o álbum se chamou “Sax Maravilha Samba”. Na década seguinte ele voltou a ser relançado pela mesma gravadora, só que desta vez com um outro nome e uma nova capa, “Sax Sambando”. Coisas de gravadoras. E é isso aí… Um disco cujo o repertório, como todos podem ver é de sambas, cantados em côro e tendo os solos de Juarez como ‘o grande poder transformador’. O repertório é bom (com algumas ressalvas). A produção artística é de Durval Ferreira. Mas quem salva mesmo o disco é o Juarez 🙂
argumento
leonel leonor
mestre sala dos mares
moro onde não mora ninguém
tô chegando, já cheguei
quantas lágrimas
o ouro e a madeira
aquarela brasileira
na beira do mar
o mar serenou
moça
se não for por amor
brasil pandeiro
.

Juarez – Sua Excia. O Sax (1961)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Como eu disse, esta vai ser uma semana bem sortida e variada, bem a cara do que é o Toque Musical. Curiosidades e raridades são o que não falta…
Este é Juarez. Juarez Assis de Araújo, para esclarecer melhor e logo de cara, foi um dos maiores saxofonistas do mundo! Reconhecido internacionalmente, este músico instrumentista, paradorxalmente, nos dias de hoje se tornou um ilustre desconhecido. Só mesmo quem conhece um pouco (ou mais) da história da nossa música poderá se lembrar desse grande artista. Nascido em Pernambuco em 1930, teve desde a infância contato com a música. Iniciou seus estudos no saxofone com 11 anos. Na adolescência já tocava em um grupo de jazz e se apresentava nas rádios do nordeste. Na metade dos anos 50 transferiu-se para o sudeste, vindo trabalhar em orquestras de São Paulo e logo em seguida foi para o Rio de Janeiro tocar com o Maestro Osvaldo Borba, em sua famosa orquestra da TV Rio. Juarez era um músico versátil, que passeava com muita desenvoltura pelos mais diversos gêneros, tanto os nacionais como os internacionais, principalmente o jazz. Seu talento e sua técnica eram de impressionar. Foi considerado, nos anos 60, pela revista americana especializada em jazz, “Downbeat”, como um dos cinco maiores saxofonistas do mundo. É mole? No final dos anos 50 e início dos anos 60 ele andava muito entrosado com Tom Jobim, Newton Mendonça e a turma da Bossa. Acabou absorvendo um leque musical rico e variado. Mas como músico instrumentista, ainda mais sendo saxofonista, sua atenção naquela época, naturalmente era o jazz. Isso fica bem claro em discos como “Bossa Nova nos States” ou “O inimitável Juarez”.
“Sua Excia, o Sax” foi o seu primeiro lp, lançado em 1961 pelo selo Carroussel. Como seus outros discos, nunca teve uma edição em cd e é com certeza um álbum ainda mais raro. Aqui encontramos uma seleção musical que vai do samba aos ‘standards’, clássicos da música americana. Ele vem acompanhado de um bom conjunto e sob a supervisão do Maestro Astor. Confiram aqui…

o menino desce o morro
deep purple
t’ll get by
chorou, chorou
julgamento
bye, bye blackbird
volta
indiscretion
samba de uma nota só
al di lá
súplica
bewitched