Rock Baby Rock – Super Stereo Discotheque (1971)

Bom dia para vocês, amigos cultos e ocultos! No início dos anos 70 o selo Polydor lançou no Brasil uma série chamada “Super Stereo Discotheque”. Uma seleção de intuito promocional, como era de praxe comercial entre editoras e gravadoras. Criavam coletâneas, box com vários discos e também séries como esta, onde reuniam títulos e artistas de seu ‘cast’ no sentido de promover a vendas de seus discos. A série Super Stereo Discotheque foi lançada em 1971, voltada para o público jovem da época, foi editada em doze volumes, cada um trazendo um estilo pop, ou pelo menos procurando fazê-lo a partir de alguns gêneros de sua lista. Nestes foram colocados tanto a ala nacional quanto a internacional, quer dizer, nesta série SSD temos um pouquinho de tudo que a Polydor lançou naquele inicio de década. Desses discos, um dos que trazem artistas nacionais (embora boa parte cantando em inglês) é este chamado “Rock Baby Rock”. Acredito que ainda há poucos ‘colecionadores e catadores de raridades que conhecem realmente esta coleção e em especial este lp. Aqui temos um disco onde foram reunidas várias músicas e artistas em um só bloco, ou dois blocos, considerando lados A e B. Em cada lado, temos uma seleção musical mixada, ou seja, com fusão entre uma música e outra, tal qual se faz em uma sequencia de discoteca, onde não há pausa ou faixas separadas. Dessa forma, virou uma programação musical, sendo o lado A dedicado a diferentes conjuntos da época, todos ‘made in brazil’ (Music Machine, Mutantes, Youngsters e Novos Baianos). No lado B temos outra curiosidade, a obscura Banda (de estúdio, suponho) de 7 Léguas, a qual eu mesmo nunca tinha ouvido falar e nem sei quem eram seus componentes. Neste lado temos uma sequencia em ‘cover’ de diversos sucessos do chamado ‘pop rock’ dos anos 60. Aqui são apresentados também em fusão, mas utilizando para isso a vibração de um público entre as músicas, sugerindo ser uma gravação ao vivo. Outro detalhe interessante diz respeito a capa, ou as ilustrações das capas dessa série que foram feitas pelo artista gráfico Alain Voss.
Sem dúvida, um disco bem interessante e que por certo, depois daqui, passa a ter um novo ‘status’ para vendas no Mercado Livre e Discogs. Não deixem de conferir, no GTM, claro! 🙂
 
oh oh la la la
sticky sticky
ando meio desligado
route 66
i’ll  be there
top top
gimme gimme good lovin
knock three times
bat macumba
hawai five-o
my sweet lord
minha menina
mah-ná mah-ná
você me dá um disco
je t’aime moi non plus
my pledge of love
california dreamin
evil ways
hey jude
rock and roll music
the house of the rising sun
sugar sugar
she love you
monday monday
acabou minha mesada
by the time i get the phoenix
raindrops keep fallin’ on my head
 
 
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Beijos – Coletânea 24 Beijos Do Toque Musical (2014)

Olá amigos cultos e ocultos! Há tempos eu não apresento aqui uma produção exclusiva do Toque Musical, além da já tradicional série Grand Record Brazil. Como ‘bola da vez’, o assunto do momento é o beijo. O beijo de um casal gay na novela da Globo. Polêmicas a parte e em partes, achei bem oportuno criar aqui uma coletânea dedicada ao ‘beijo’. Selecionei 24 músicas cujos os títulos e a temática é o tal ‘toque labial’, o beijo, sempre celebrado nas mais diferentes épocas e músicas do cancioneiro popular. Por certo existem milhares de músicas que falam de beijos e devo admitr que não foi fácil escolher essas 24 músicas. Só com títulos onde aparece a palavra ‘beijo’ (e no singular) eu achei mais 200! Mas, selecionei aqui aquelas que me pareceram mais evidentes e também num sentido de ser o mais variável possível. Coincidentemente e por acaso, separei 24 músicas. Um número mais do que expressivo, considerando também o fato de que o beijo celebrado nessa história foi um ato gay. Calma, não estou com isso querendo tirar sarro preconceituoso de ninguém, muito pelo contrário… Pensei mais foi na ideia de um álbum duplo, fosse esse um lançamento fonográfico. E mais ainda, dedico esta coletânea ao Amor, na sua forma mais pura, sem conceito ou preconceito. Beijar e ser beijado é muito bom. É um sinal de carinho. Beijo na boca então é mais… Só love
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me dê um beijo, meu bem – eduardo araújo
a dança do beijo – moacyr franco e the jordans
história de um beijo – vera regina
um beijo e nada mais – zezé gonzaga
beijo exagerado – os mutantes
beijo quente – cleide alves
um beijo é um tiro – erasmo carlos
beijo molhado – belchior
beijo bombom – claymara borges e heuríco fidelis
beijo na boca – cyro monteiro
beijo de amor – moreira da silva
tudo cabe num beijo – seu jorge e almaz
beijo na boca – itamar assumpção e banda isca de polícia
beijo baiano (boca de caqui) – cravo e canela
eu beijo sim – carlos careqa
por um beijo – maria martha
beijo frio – isaura garcia
me dá um beijo – alceu valença e geraldo azevedo
beijo clandestino – lucina
o primeiro beijo – alda perdigão
preso por um beijo – cyro aguiar
aquele beijo que te dei – roberto carlos
beijo roubado – zenildo
último beijo – os cariocas
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Coletânea Aum Soham – Brasil 68-75 (2011)

Hoje, sábado, vamos nos dedicar às coletâneas! Temos aqui uma feita pelo meu amigo, o artista multimídia Aum Soham, trazendo para nós uma seleção, que segundo ele, foi a trilha de um bom momento em sua vida. Com certeza, as músicas reunidas aqui fizeram e fazem o momento de muita gente, inclusive o meu.

top top – mutantes
refazenda – gilberto gil
atrás do trio elétrico – caetano veloso
baioque – maria bethania
lingua do p – gal costa
ponta de areia – elis regina
carlos, lucia, chico e tiago – milton nascimento
paisagem da janela – lô borges
me deixa em paz – alaide costa e milton nascimento
a tua presença morena – maria bethania
paisagem inútil – caetano veloso
o rouxinol – gilberto gil
mora na filosofia – caetano veloso
passarinho – gal costa
magrelinha – luiz melodia
os povos – milton nascimento
caça a raposa – elis regina
maldição – maria bethania
dom quixote – mutantes
fuga número dois dos mutantes – mutantes
baby – mutantes

Mutantes – Ao Vivo Em Ribeirão Preto (1978)

Atendendo ao pedido de um dos nossos visitantes, estou postando aqui hoje este ‘bootleg’ de um grupo que insistiu em ser Mutantes, muito por conta de seu guitarrista, Sérgio Dias Baptista. Esta gravação registra o último show do grupo, em 1978, na cidade de Ribeirão Preto. Segundo contam, um tremendo fracasso de público. Era uma época onde as viajadas progressivas da banda já estavam ultrapassadas. Naquela época os Mutantes só conseguiriam sobreviver se escolhessem entre o punk, o metal ou a disco music, pois voltar ao que foram no passado seria ainda mais improvável. Sérgio percebeu que já era hora dele largar as velhas muletas e partir para o vôo solo. Ele foi, mas nunca abandonou a ideia de ressuscitar a velha banda, coisa que aconteceu em 2006 com o show em Londres. Depois, eles continuaram, quer dizer, o Sérgio continuou e mantém acessa a chama com o último discos lançado em 2009, “Haih Or Amortecedor”.
Como eu disse, atendendo à pedidos, dei uma melhorada no som (melhorou?) e criei a capinha, que é o que ficou melhor. Ainda hoje eu postarei algum compacto, como prometido. Aguardem…

arena
ando meio desligado
panis et circences
falsifiquei minha caderneta
frutificar
semente da paixão
aurora boreal
mensageiro da ladeira
genesis
amanhecer
paranóia (vou olhar o mar)
te encontrar
cidadão da terra
magia e coração
do que vale meu rock’n’roll
rock’n’roll city

IV Festival De Música Popular Brasileira Vol. 1 (1968)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Começamos a semana bem, relembrando a ‘Era dos Festivais’. Há algum tempo atrás eu pensei em juntar todos os discos relativos aos Festivais, da década de 60 a 80 e postá-los no Toque Musical. Acontece que sempre falta um ou outro e além do mais se eu fosse entrar nessa, ficaria um mês inteiro só falando sobre o assunto. Por outro lado, já existe um blog especializado no assunto. Daí, prefiro ir de vez em quando postando os meus sem necessariamente ter que seguir uma ordem.
Tenho aqui o volume 1 do IV Festival de Música Popular Brasileira, realizado pela TV Record de São Paulo em 1968. Como disse bem Zuza Homem de Mello em seu livro “A Era dos Festivais”, o ano de 1968 foi marcado por uma fase de transição, “a Era dos Festivais entrava em sua curva descendente”. Os militares no poder, a Tropicália, o AI-5, Gil e Caetano presos, a perseguição política, os exilados… Era um momento político conturbado onde este 4º festival aconteceu. Terminaria aí a sua fase contestadora. Os Festivais que viriam depois já não teriam esse perfil.
No presente álbum temos relacionadas doze músicas classificadas…

benvinda – mpb-4
boletim – trio marayá
são paulo, meu amor – marília medalha
a família – jair rodrigues
casa de bamba – josé ventura
sem mais luanda – joyce
dom quixote – os mutantes
atento, alerta – marília medalha e egberto gismonti
sentinela – mpb-4
cantiga – o quarteto
o viandante – lucelena
todas as ruas do mundo – rosely

Mutantes – Os Mutantes (1968)

Olás! Antes que vocês estranhem o fato de eu estar postando um disco dos mais ‘manjados’ na rede, vou logo explicando os meus motivos. O primeiro, com certeza, é por ser um disco dos que eu mais adoro. Cresci ouvindo Mutantes e fiquei velho também ouvindo Mutantes. Seria um pecado da minha parte não postar ao menos um clássico do grupo no meu blog. Embora aqui no Toque Musical tenhamos três outras postagens deles, este é sem dúvida um autêntico Mutantes. O outro motivo que me leva a fazer esta postagem é também para anunciar o tema da próxima semana: música jovem (dos 60 para cá).
Há alguns dias atrás, um amigo, vendo a minha preparação toda para as costumeiras postagens diárias, me disse meio de zombaria: “Cara, você está mesmo ficando velho! E rápido demais. Já está ficando careca e o cabelo que lhe resta começa a embranquecer. Isso deve ser os efeitos colaterais dessas músicas velhas que você anda ouvindo. Esse mundo antigo, passado e saudoso é bacana, mas vê se não absorve muito a ideia. Você está com atitudes de um velho…” Eu quase meti a bengala na cabeça dele, mas resolvi não dar muita bola para aquela bobajada. Mas confesso que depois, fiquei pensando na minha adolescência, nos meus vinte anos de ‘boy’ e coisa e tal. É, acho que de vez em quanto eu preciso mesmo rever os meus valores, ou melhor, minha juventude. O que de uma certa forma, também não deixa de ser coisa do passado. Mas sei que foi nesse conflito de geração que decidi trazer mais um pouco da música que eu ouvia até os meus vinte e poucos anos. Me refiro em especial à música jovem, o rock e o pop nacional. Durante a(s) próxima(s) semana(s) vamos ter aqui alguns álbuns interessantes, principalmente dos anos 80. Quero trazer discos que não vejo com muita frequência em outros blogs. Espero que vocês gostem. 🙂
Bom, sobre o disco de hoje, acho que não tenho nada a dizer que já não tenha sido dito. Temos aqui o primeiro lp do trio Arnaldo, Rita e Sérgio. Um álbum inovador, que na época não foi muito bem compreendido pelo público. Era a vertente elétrica do Tropicalismo. Um álbum cheio de experimentação, diferente de tudo o que rolava de jovem num Brasil Pop e (pi)careta. Ave, Gengis Khan!

panis et circenses
a minha menina
o relógio
adeus, maria fulô
baby
senhor f
bat macumba
le premier bonheur du jour
trem fantasma
tempo perdido (once i was a time i tought)
ave, gengis khan

Mutantes – Compacto (1976)

Complementando a postagem de hoje, me lembrei deste compacto dos Mutantes, lançado dois anos depois e ainda com a mesma formação: Sergio Dias, Túlio Mourão, Ruy Motta e Antonio Pedro de Medeiros. Sem perder a ginga progressiva, o grupo cria neste compacto uma sonoridade, fazendo a gente se lembrar que ali ainda tem Mutantes.

Para quem já estava sentido falta de compactos, taí mais um com tudo a ver e ouvir 🙂
cavaleiros negros
tudo bem
balada do amigo

Mutantes – Tudo Foi Feito Pelo Sol (1974)

Bom dia amigos cultos e ocultos! Como eu havia dito, esta semana será dedicada ao rock e suas vertentes tupiniquins. Atendendo aos apelos de muitos que haviam solicitado um passeio por um gênero musical que tomou conta do mundo e temperou bem a música popular, inclusive no Brasil. Durante a semana teremos alguns discos que valem a pena relembrar, coisas produzidas nas décadas de 70 à 90. Por certo, alguns desses álbuns já se tornaram clássicos até mesmo para a blogosfera, mas mesmo assim, não deixam de ser parte do nosso toque musical. Aqui também terão seus lugares garantidos 🙂

Para começar, nada melhor do que um Mutantes 3.0, quer dizer, um Mutantes da terceira geração ou a fase progressiva de uma banda da qual só restou o nome e o Sérgio Dias. Lançado em 1974, “Tudo foi feito pelo sol” é o ‘supra-sumo’ da radicalização musical da melhor banda de rock brasileira. Com o desmantelamento do grupo formado inicialmente por Arnaldo Baptista, Rita Lee e Sergio Baptista Dias, já em 1974 as mutações eram literalmente progressivas e rápidas. Haviam passado pelo grupo os agregados Liminha e Dinho. Na fase seguinte, que eu chamaria de terceira, Sergio continuou sozinho carregando a gloriosa bandeira, lançando em 1974 este álbum que curiosamente foi um dos seus álbuns mais vendidos. Formado por Sergio, Túlio Mourão, Rui Motta, Antonio e Pedro Medeiros (com algumas pitadas de Liminha), o lp de capa dupla saiuo pelo selo Som Livre e não deixa de ter o seu valor musical. Sem dúvida é muito bom e não deve ser comparado com os álbuns anteriores. A viagem aqui é outra. Temos uma autentica banda de rock dos anos 70, com todas as características que marcaram a época. Procuro entender essa fase como um desdobramento natural e inevitável, diante a tanta loucura que foi a trajetória desta incrível banda. Taí um disco que eu gosto muito e com toda certeza vocês também.
deixe entrar um pouco d’água no quintal
pitágoras
desanuviar
eu só penso em te ajudar
cidadão da terra
o contrário de nada é nada
tudo foi feito pelo sol

O Seis (Pré-Mutantes) – Compacto (1966)

Para quem tem acompanhado as postagens do Toque Musical, devem perceber que estou prolongando a temática Jovem Guarda/rock nacional. Resolvi fazer assim, numa só levada, quero estar postando tudo aquilo que acho relevante na música jovem brasileira nas décadas de 50, 60 e 70. Por certo existem milhares de títulos bacanas e se eu ficar só nessa acabo dando a impresão de que o blog só dá isso. Não, a coisa não é bem assim… Darei uma pausa ao final desta semana. Entrarei com outros gêneros e mais pra frente a gente volta ao bom e velho rock’n’roll.
Seguimos agora com este compacto, numa antológica, primeira e única gravação de um grupo, O Seis, que dois anos depois se tornaria a maior banda de rock nacional, Os Mutantes. Ligados ao artista plástico Antônio Peticov, espécie de empresário da banda, O’Seis agitou a capital paulista, incluindo aparições na televisão, e no palco da Folha de S. Paulo, por mais de dois anos. O grupo era formado pelos irmãos Arnaldo e Sérgio Dias Baptista, Rita Lee, Rafael Vilardi, Luiz Pastura e Mogly O disquinho trás duas músicas, “Suicida” e “Apocalipse”, que já prenunciavam o que viria pela frente. Além do disquinho dO Seis, inclui de bônus um outro compacto surpresa. Querem saber o que é? Confiram mais este toque.

suicida
apocalipse