Ciccillo E Seu Violino – Um Beijo Um Violino (1959)

Entre as muitas contribuições de discos que temos recebido, temos agora este, talvez, único lp do italiano e antigo ‘spala’ da Orquestra Sinfônica Brasileira, Ciccillo, acompanhado de um conjunto onde nos apresenta um repertório praticamente de músicas italianas e que faziam muito sucesso nos anos 50.
O texto de contracapa nos dá um panorama e talvez único do artista e deste disco, lançado pela Polydor, possivelmente, no final daqueles anos 50. Vamos arriscar aqui 59.
 
piccolissima serenata
cachimbo do ciccilio
malafemmena
luna rossa
arrivederci roma
e troppo tardi
come prima
sonoroso
anema e core
em continência ao choro
balada triste
torna a surriento
 
 
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Turma Da Pilantragem – O Som Da Pilantragem Vol. 2 (1969)

Curiosamente percebemos que até então, nunca chegamos a postar os discos da Turma da Pilantragem, grupo que surgiu nos final dos anos 60, formado por Nonato Buzar. Tinha na formação original e do primeiro disco Pedrinho Rodrigues, Cassiano, Edinho Trindade, Camarão, Alda Regina, Nelsinho da Mangueira, Rui Felipe e Regininha. Na segunda formação, a partir de 1969, veio as mundanças, alguns componentes sairam, mas o time cresceu, incluindo os músicos José Roberto Bertrami, Alex Malheiros, Vitor Manga, Fredera, Márcio Montarroyos, Ion, Raul de Souza e outros… Neste lp, o número 2, o grupo vocal era basicamente formando por Dorinha Tapajós, Edinho Trindade, Malú Ballona, Regininha, Fernando e Altair. Na contra capa podemos ver que o time, além dos vocais trazia um seleto grupo de músicos que participaram dessas gravações. Também, temos um repertório formado diversas músicas em um quase pot-pourri. A Turma da Pilantragem gravou apenas três discos, entre 68 e 70, quando estão se desfez. Vamos postando aqui o volume dois, mas logo a gente traz o primeiro e o internacional. Por certo, são discos já bem ‘manjados’, mas se encaixam bem em nosso Toque Musical.
 
saveiros – saudades da bahia – joão valentão – a morte de um deus de sal
pra machucar meu coração – carinhoso – fuga
nega maluca – mamãe passou açucar em mim – se eu errei
modinha – manias – é proibido proibir
até segunda feira – rosa morena – ai que saudades da amélia
o meu boi morreu – peguei um ita no norte – aurora
dorinha – andança
tem dó
zé marmita – jardineira – colombina iê iê iê
chove lá fora – cansei de ilusões – amor e paz
hino do fluminense – bom tempo
timidez – atire a primeira pedra
serenô
 
 

Willie (1985)

Desta vez vamos com o Willie, Willie de Oliveira, cantor, compositor, saxofonista e violonista paulista. Iniciou sua carreira nos anos 70. Fez parte do grupo de apoio de Rita Lee como backing vocal, onde participou de vários disco dela. Depois, nos anos 80, se juntou a Wander Taffo, Lee Marcucci e Gel Fernandes e montaram o Radio Taxi, banda pop que fez muito sucesso na época. Paralelo a isso também gravou em carreira solo, se envolvendo em outros projetos, tal como este compacto aqui, que traz a música “Suspenso no ar”, trilha do filme “Tropclip”.
 
suspenso no ar
gata
 

Gimmicks – Gimmicks Of Sweden (1972)

E aqui uma curiosidade internacional… Mas que, por certo, tem algo com o Brasil. Este é o conjunto Gimmicks, uma banda de origem suéca que surgiu no início dos anos 70. Trata-se de um grupo pop muito interessante que neste disco nos traz um trabalho bem ao estilo do que fazia Sérgio Mendes e seu Brasil 66 misturando outras influências do pop europeu e de Los Angels naqueles tempos, cheio de ‘groove’. Certamente o tempero deste grupo tem a ver com a participação especial do nosso João Theodoro Meirelles (o Meirelles do Copa 5) que atua no sax, na flauta e nos arranjos, dando todo o sabor. E por conta disso, como vocês verão e ouvirão, tem um repertório suingado com músicas brasileiras. Sem dúvida, um disco bem legal e difícil de achar. Vale uma conferida 😉
 
calico baby
it’s too late
colours of love
somewhere in the hills
que maravilha
stone slipper cindy
pais tropical
new york
our house
to the moon to the sun
ye-me-le
 
 
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Regininha – Me Ajuda Que A Voz Não Dá (1969)

“Me ajuda que a voz não dá”, disco destacando a cantora Regininha, musa da Turma da Pilantragem. Lançado em 1969 pelo selo Polydor. Já tivemos a oportunidade de trazer um compacto com duas músicas deste disco. Agora chegou a vez do lp. A curiosidade do título tem a ver com a quinta faixa do lado 2, num determinado ponto do pot pourri, Primavera, de Carlos Lyra e Vinicius, ela pede socorro ao coro: ‘me ajuda que a voz não dá’. E isso é mantindo na gravação, o que por certo caiu como uma luva.
 
menino de braçanã – menino passarinho
telegrama
cantiga errante
lírica nº1
fim de noite
tem dó
pior pra você – conceição – menina moça
mas eu já fiz a sua trouxa – lamento da lavadeira -2002
nossos momentos – bronzes e cristais
chuva
pra você
dó-ré-mi – primavera – gosto que me enrosco
deixa a nega gingar
 
 
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Conjunto 7 De Ouros – Impacto (1964) 

Olha aí, um disco que vale muito conhecer, Realmente um verdadeiro impacto. Coisa rara, difícil de se ver e  ouvir por aí, inclusive no Youtube. Um delicioso disco de samba com influências do jazz do super grupo, o Conjunto 7 de Ouros, o qual já apresentamos aqui em outro lp. Neste disco, “Impacto!” lançado em 1964 pelo selo Polydor temos um repertório fino de sambas modernos, escolhidos a dedo para um time de músicos que não deixavam nada a desejar. Maravilha…
 
west samba
o amor que acabou
todo dia é dia de chorar
o morro não tem vez
vagamente
vou de samba com vocÊ
só balanço
samba day
ja,bete
meu pranto
serenata africana
balanço do coração
 
 
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Laura Villa – Bossa Nova (1962)

Seguimos, desta vez trazendo uma atração internacional. Aqui temos um disco com a cantora italiana Laura Villa. Ela fez muito sucesso na época, principalmente na França. Ficou conhecida, principalmente por essas gravações de bossa nova, mesclado a outros estilos musicais, mas sempre influenciados pela música brasileira. Trouxemos este compacto com quatro faixas, ou seja quatro músicas, extraídas do lp com o mesmo título: Bossa Nova. O lp foi lançado em 1962 e foi também em partes, dividido em quatro discos de 7 polegadas e em 45 rpm. Um desses disquinho é este que apresentamos, tranzendo as músicas
 
faits pour s’aimer (desafinado)
o bossa nova
chica chica boum
le vent se leve
 
 
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Tam… Tam… Tam… (1958)

Aqui um ‘long play’ que há tempos queríamos postar… Um disco realmente dos mais raros e que curiosamente despertou o interesse de muita gente de uns tempos para cá, desde foi mostrado ao Ed Motta, que por sua vez amplificou a coisa com seu toque de Midas. O disco é uma espécie de copilação musical de uma peça de autoria do polonês  Miécio Askanazy chamada “Brasiliana”, dos anos 30. Ao que se sabe, ela foi apresentada ao longo dos tempos em vários lugares pelo mundo, sempre fazendo muito sucesso. E isso se deve, certamente, ao tema que explora a música regional, de terreiro, macumbas, batuques, candoblés, sambas e maracatus. E mais ainda, à presença de uma excelente orquestra sob a direção e arranjos do maetro mineiro José Prates e vocais de Ivan de Oliveira, cantor que sabia como poucos executar pontes musicais entre o erudito e o popular. Este lp foi gravado na Europa e lançado por aqui também, mas parece não ter feito muito sucesso na época. Hoje, um exemplar, pela sua raridade, se tornou objeto de especulação no Mercado Livre e Discogs.
 
imbarabo
imbaê
nanã imborô
fá-eu-á
onika
ogum olojô
maracatu elegante
nega zefinha
trem brabo no samba
 
 
 

Musika Jovem (1968)

Aqui outro lp interessante, lançado pela Polydor, em 1968, “Musika Jovem”, um título sugestivo para uma coletânea reunindo alguns artistas da música jovem de seu ‘cast’. Uma amostra que reune artistas conhecidos como Mutantes, Ronnie Von, Marcio Greyck, The Brazilian Bitles e também outros nomes que talvez nem tenham passado de um compacto. Vale a pena conhecer e ouvir…
 
mundo vazio – marico greyck
onoce one kono – the candies
o barqueiro – the brazilian bitles
as luzes se apagaram – hamilton
passarinho feliz – beatriz
a minha menina – mutantes
ele tem você – ronnie von
pra não lembrar nosso amor – dino meira
vem sorrindo – edson gray
cha la la – ottavio klemane
parole – conjunto norberto baldauf e edgard
 
 
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Super Bacana (1980) 

Desta vez, temos um compacto da Polydor no início do anos 80, apresentando o conjunto Super Bacana. Este grupo foi formado no Rio de Janeiro inicio dos anos 70. Tocavam em bailes e clubes da cidade ao lado de outros grandes grupos como The Fevers, Renato e seus Blue Caps, Painel de Controle… O Super Bacana era um conjunto profissional de baile. Animou muita festa no Rio de Janeiro nos anos 70 e 80. Gravatam o primeiro disco pela Polydor, em 1977. Um de seus grandes sucessos foi a “Melô da Pipa” (Tá Como Medo Tabaréu). Aqui, neste compacto de 1980, temos o conjunto em dois novos bons momentos, “Chorar pra que” e “Fora de moda”, essa última, redescoberta pelos DJ’s de plantão. Logo, logo o disquinho some do Mercado Livre ou sobe de preço.  🙂
 
chorar pra que
fora de moda
 
 

Wanderléa – Antonio Claudio – V Festival Internacional Da Canção Popular (1970)

Aqui, outro raro disquinho de sete polegadas da Polydor. Lançado em 1970, este compacto simples é uma espécie de amostra das novidades de artistas deste selo. No caso, temos Wanderléa, com “A charanga” e Antônio Claudio com “Aleluia, aleluinha para cinco cavaleiros”, dois artistas e duas composições distintas que fizeram parte do V Festival Internacional da Canção Popular. Possivelmente, essas gravações só existem neste compacto.
 
a charanga – wanderléa
aleluia aleuinha para cinco cavaleiros – antonio claudio

Tim Maia (1971)

Outro compacto do selo Polydor, desta vez trazendo o inesquecível Tim Maia. Aqui temos ele um ano após ter lançado seu primeiro lp pela Polydor e esquentando uma nova produção neste compacto simples no qual aparece um de seus grandes sucessos, “Chocolate”.
 
chocolate
paz
 
 
 

Sidney Magal (1976) 

E saíndo da Odeon, agora vamos para a Polydor 🙂 em mais um compacto que marcou época. Aqui temos Sidney Magal fazendo sua estréia em disco. Um compacto realmente dos mais interessantes onde podemos ver duas facetas do artista. Naquele início de carreira ele se lança em um compacto simples trazendo “Se te agarro com outro te mato”, versão de um sucesso do argentino Cacho Castanã e que aqui fez ainda mais sucesso na voz e na figura de Magal. Curiosamente, esta música apareceu primeiro com o nome de “Se te pego com outro te mato”. Foi, sem dúvida, determinante para a construção da figura do cigando, do amante latino, do grande ídolo brega. Por outro lado, ou seja, do outro lado do disquinho temos ainda uma grande surpresa, Magal interpretando uma boa versão de “Oh very young”, sucesso internacional de Cat Stevens, aqui chamada de “Velho sonho”, música esta que acabou não entrando no primeiro lp e certamente porque destoa da proposta de um ídolo latino. Por certo, muita gente não conhece essa versão, ofuscada pelo sucesso imediato da primeira. Pode-se dizer que hoje é um disquinho raro, pois nem em coletâneas ou em alguma apresentação ele voltou a cantar o “Velho sonho”. Vale a pena conhecer…
 
se te agarro com outro te mato
velho sonho
 
 
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Nazareth – Compacto (1962)

Olha aí uma boa raridade… Compacto duplo da cantora paraense Maria Nazareth. Atuou, inicialmente, em grupos locais, em especial como cantora no conjunto de Alberto Mota, que naquele início dos anos 60 assinava com a Polydor. E foi certamente neste mesmo momento, a cantora se destaca e grava aí seu primeiro disco, este compacto duplo da melhor qualidade. Infelizmente, numa pesquisa rápida pela internet, não encontramos muita coisa sobre ela. Mas ao que se vê pelo Discogs, ela gravou outros compactos e um lp na Argentina. Ao que se sabe também, ela nos anos 70 se mudu para a França. 
 
dona baratinnha
per omnia saecula saeculorum, amen
na basedo pinguim
ninguém chora por mim
 
 
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Dalva De Andrade (1959)

Seguindo em nosso novo ano, desta vez trazendo a cantora Dalva de Andrade. Já apresentamos no Toque Musical outros discos dela e agora vamos com este compacto duplo de 45 rpm lançado pelo selo Polydor em 1959. O disquinho, como se pode ver traz quatro faixas, sendo três sambas e um beguine. 
 
flamigo
eu sei que vou te amar
sou eu
é luxo só
 
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Cidinho E O Som Tropical – Muito Suingue (1980)

Abrindo nosso último mês de 2024, vamos com este lp do Cidinho e a sua banda Som Tropical. Um disco muito procurado por dj’s e hoje em dia coisa rara. De fato, um disco com muito suingue e agrada bastante. Cidinho (Milcíades Teixeira) é um músico gaúcho, radicado nos Estados Unidos há mais de 30 anos. Pianista, compositor e arranjador, iniciou a carreira nos anos 60. Músico de larga experiência, já trabalhou com músicos como Gilberto Gil, Simone, Gal Costa, Alaide Costa, Johnny Alf e muitos outros. “Muito suingue”, ao que parece, foi seu único disco gravado no Brasil.
 
é o seguinte
rumbafrica
sarará sem bandeira
tô dando um toque
morro de saudade
som maneiro
reggae do amor
meu estado civil
amor proibido
samba carinho e amor
nada restou
 
 

Zé Maria Seu Orgão E Seu Conjunto – Bossa & Balanço SA (1966) 

Hoje, passei a tarde ouvido este disco, Zé Maria, Seu Orgão (seu orgão é otimo!) e Seu Conjunto, em “Bossa & Balanço S/A”. Um discaço que, por certo, muita gente desconhece. Aliás, não somente este lps, mas tudo que conheço desse músico e seu conjunto. Música brasileira tipo exportação e isso é inegável, pois estilos como este são os mais visados por jd’s e colecionadores gringos. Muito balanço que faz a alegria em qualquer festa. Curiosamente, ainda é possível encontrar discos do Zé Maria em sebos e vendedores no Mercado Livre. Discoteca básica para qualquer colecionador ‘de responsa’…
 
satanás
susana perereca
bom mesmo é o papai
balanço do ganso
bossa triste
tudo balança
metade de um beijo 
nêgo velho
diz que foi por aí
show de balanço
samba do relógio
pra que tanta pressa
 
 

K-Ximbinho E Seu Conjunto – O Samba De Cartola (1958)

“O Samba de Cartola”, eis aí um disco que a primeira vista, pelo título, pode nos enganar. Tem gente que há de pensar que é um disco com músicas do sambista Cartola. Outros, talvez, dirão o que o texto de contracapa nos fala, achar que se trata de um lp de sambas, mas com uma roupagem mais apropriada para agradar os pequenos burgueses em seus salões de festas. Aqui eles negam, mas, sem dúvida a intensão foi sofisticar o samba a partir de arranjos jazzisticos feitos pelo mestre K-Ximbinho. Nada contra, enquanto uma modernização da harmonia e dos arranjos, inclusive demonstra a versatilidade do samba e a genialidade de músicos como o K-Ximbinho. Mas não há como negar que o samba para chegar , por exemplo, no lendário Vougue, teve antes que se vestir a caráter e colocar a cartola. Mas isso é outra história.  O certo, aqui, é que temos um disco musicalmente e instrumentalmente diferente do comum. Uma seleção de sambas clássicos com fortes influências da música americana daquela época, uma pegada jazzística que se por um lado causa espanto, por outro, uma grande surpresa que agrada facilmente o ouvido ‘culto’e estrangeiro. Um disco, acima de tudo, da melhor qualidade.
 
viva meu samba
agora é cinza
chove lá fora
aquarela do brasil
e eu sem maria
a voz do morro
onde o céu é amis azul
se você jurar
sucedeu assim
joão valentão
ai que saudades da amélia
falsa baiana
 
 
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Dalila – Sensação (1964)

No mês de aniversário do nosso Toque Musical vamos buscando trazer alguns discos realmente interessantes. Aqui, mais uma raridade que você, colecionador não pode perder e que por certo irá encontrar na Acervos, uma excelente loja de discos de Belo Horizonte (Acervos, da Savassi, ok?), Dalila, uma excelente cantora gaúcha que surgiu nos anos 60 a partir de um programa da TV Record, de São Paulo, chamado “Um cantor por um milhão”, no qual ela, merecidamente, foi escolhida como melhor intérprete. Como prêmio, ela ganhou um milhão de cruzeiros e a gravação de um lp, no caso, este que agora apresentamos. Foi assim o começo de uma grande carreira que mais tarde a levaria a um plano ainda mais alto, como artista internacional. Durante os anos 60 ela gravou outros discos, participou ao lado de outros grandes artistas em diferentes projetos, carnavais e festivais. Em 65 gravou outro ótimo lp pela Polydor. Já nos anos 70 viajou para a Europa representando a música brasileira, o samba, em diversos espetáculos de sucesso e por lá ficou. Mudou-se para a Suécia se tornando uma artista mais conhecida por lá do que aqui, no Brasil. Infelizmente, em 2004 ela veio a falecer, encerrando de vez uma gloriosa carreira, sendo enterrada na Suécia. A propósito, seu nome verdadeiro era Glória.
Quanto a este disco, não é preciso nem falar, uma beleza, assim como a própria capa. Discaço! Imperdível, diga-se de passagem…
 
devagar com a louça
eu quero um samba
samba no chuveiro
o apito na escola de samba
samba encabulado
tchau mesmo
crioulo bem
samba rasgado
todo dia é dia de chorar
ponta e placê
é o fim
desafinado
 
 
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Stellinha Egg – O Brasil Canta Com Stellinha Egg (1958)

Fim de semana preguiçoso… Cá estou eu aproveitando a gaveta do S para buscar mais um disco para postarmos. E nesta, eis que encontro este arquivo pronto da cantora, atriz e pesquisadora do folclore brasileiro, Stellinha Egg. Certamente recolhido de algum dos excelentes blogs de música brasileira que passaram pela internet. Para nossa felicidade, já veio praticamente pronto, incluindo um texto de apresentação da cantora, o qual segue a baixo:
Cantora. Compositora. Atriz. Cresceu recebendo a influência do ambiente musical existente em sua família. Com cinco anos, começou a cantar em festas da Igreja Evangélica. Foi casada com o maestro Lindolfo Gaya. Sua carreira profissional se iniciou na Rádio Clube Paranaense, em Curitiba (PR). Venceu um concurso de melhor intérprete do folclore brasileiro e foi contratada a partir daí pela Rádio Tupi de São Paulo, para onde transferiu-se logo depois. Na capital paulista trabalhou nas Rádios São Paulo e Cultura. No início dos anos 1940, transferiu-se para a Rádio Tupi do Rio de Janeiro, onde apresentou-se ao lado de Dorival Caymmi e Sílvio Caldas. Em 1944, gravou seu primeiro disco, pela gravadora Continental, interpretando a toada “Uma lua no céu… outra lua no mar”, de Jorge Tavares e Alaíde Tavares e o coco “Tapioquinha de coco”, de Jorge Tavares e Amirton Valim. No ano de 1945, casou-se com o maestro Lindolfo Gaia, que a partir daí trabalharia nos arranjos de suas músicas, e de quem gravou, entre outras músicas, o samba “Não consigo esquecer você”, a toada “Mais ninguém”, parceria com Eme de Assis e o samba canção “Um amor para amar”. Em 1949, gravou de Ary Barroso o samba-canção “Terra seca”. Em 1950, gravou o baião “Catolé”, de Humberto Teixeira e Lauro Maia. No mesmo ano, foi eleita no Congresso Internacional de Folclore, em Araxá, Minas Gerais, como a Melhor Cantora Folclórica. Em 1952, gravou a rancheira “Toca sanfoneiro”, dela e Luiz Gonzaga e a canção “Luar do sertão”, de Catulo da Paixão Cearense. Em 1953, gravou de Dorival Caymmi as canções “O mar” e “O vento”. Gravou também do mesmo autor o samba canção “Nunca mais”. Em 1954, gravou ainda de Caymmi os batuques “Noite de temporal” e “A lenda do Abaeté”. Entre 1955 e 1956 excursionou à Europa, apresentando-se na URSS, França, Polônia, Finlândia, Itália e Portugal acompanhada do maestro Lindolfo Gaia. Em 1956, gravou o xote “O torrado”, de Luiz Gonzaga e Zé Dantas e o clássico baião “Fiz a cama na varanda”, grande sucesso de Dilu Mello. Em 1960, gravou na Odeon cantando com o Trio Irakitan a limpa-banco “Entrevero no jacá”, de Barbosa Lessa e Danilo Vital. Dedicada ao estudo e pesquisa do folclore brasileiro, gravou diversas composições de domínio público e folclóricas, tais como a toada “Garoto da lenha de Angico”, a toada “Boi Barroso”, “Samba lelê”, “A moda da carranquinha”, “Cantigas do meu Brasil” e outras. Gravou o LP “Luar do sertão”, com composições de Catulo da Paixão Cearense, Ernesto Nazaré e Anacleto de Medeiros. Gravou diversos LPs dedicados a distintos aspectos da música popular e folclórica, entre os quais: “Modas e modinhas”, com modas de viola e modinhas antigas e modernas; “Vamos todos cirandar”, com canções de roda; e “Músicas do nosso Brasil”, com canções tradicionais brasileiras.
Sobre este lp, apenas uma observação. O disco foi lançado, verdadeiramente, em 1958, sendo um dos primeiros long play da Polydor de 12 polegadas. No mais, olha aí… a contracapa já diz tudo 😉
 
cantares da minha terra
pregão da ostra
joão valentão
garoto da lenha de angico
pescador da barca bela
dansa negra
seca
pregão
côcos
soldadinhos de chumbo
canto de yara
boi barroso
 
 
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Tito Romero – Sucessos Brasileiros Em Ritmo De Tango (1959)

Mais uma boa curiosidade musical… “Sucessos brasileiros em ritmo de tango” Neste lp da Polydor, de 1959, temos Tito Romero, um pseudônimo para o sempre atuante, Britinho em um trabalho voltado para o tango. Conforme se lê pelo título, são sucessos da música brasileira interpretados em ritmo de tango. Assim, temos Britinho/Tito Moreno com orquestra típica, numa série com 12 músicas brasileiras, sucessos da época em ritmo de tango.
 
vai ver que é
sombras
luar de paquetá
incerteza
hey de querer-te sempre
um tango, uma saudade
vem me buscar
aperta-me em teus braços
mentindo
teu juramento
foi mentira
 
 
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Musika Jovem (1968)

Hoje temos aqui um disco de coletânea de gravadora, ou seja, uma seleção com artistas de seu ‘cast’. Discos como este serviam para promover seus artistas. Ao invés de criar um compacto para cada artista, fazia-se esse tipo de seleção. O interessante é que nessas costumavam vir artistas ainda inéditos, que muitas vezes nem chegaram a gravar algum disco, era a oportunidade. E oportunidade é também para nós, ainda encontrar um lp como este da Polydor, lançado em 1968 e trazendo um pouco de seus artistas, em especial aqueles que agradavam a um público mais jovem. Temos aqui, como se pode ver logo a baixo na listagem, artistas consagrados, entre outros que não tiveram a mesma sorte, seja de público ou mesmo no disco. Isso faz com que “Musika Jovem” se torne um lp curioso, de interesse de muita gente. 🙂
 
mundo vazio – marico greyck
onocê ono konô – the candies
o barqueiro – the brazillian bitles
as luzes se apagaram – hamilton
eu voltei pra te falar – waner nascimento
passarinho feliz – beatriz
a minha menina – mutantes
ele tem você – ronnie von
pra não lembrar nosso amor – dino meira
vem sorrindo – edson gray
cha-la-la – ottavil klemane
parole – conjunto norberto baldauf
 
 
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Codó – Alma Do Mar (1964)

Para o nosso encontro de hoje temos o baiano Clodoaldo Brito, violonista e compositor, mais conhecido como Codó. Um artista dos mais interessante e que curiosamente, até hoje, só havíamos postado um disco, seu álbum de 1970, o “Vim Pra Ficar”. Creio que não postamos outros porque há até algum tempo atrás havia um site/blog dedicado inteiramente ao Codó, trazendo toda a sua discografia. Pena que eu já não me lembro mais, pois também gostaria de baixar esse tesouro.
Não vou aqui tomar tempo, a contracapa do lp que apresentamos já traz toda a informação necessária. Fiquem a vontade para se deleitar com essa postagem cujo o conteúdo vocês já sabem onde encontrar, ou seja, no nosso GTM (Grupo do Toque Musical). Não conhece ainda? Então, dá uma passada de olho nos textos laterais e de aba do nosso site principal (www.toque-musicall.com). Solicite a sua participação e boas colheitas 😉
 
tahiti
noite ao luar
fantasia em prelúdio
adormecida
tim dom dom
seu gosto assim
alma do mar
oxumaré
baianinho
delírio
um abraço no baden
motivo espanhol
 
 
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Edil Pachedo – Pedras Afiadas (1977)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Segue aqui hoje este lp que tem sido muito badalado ultimamente no mundo dos colecionadores e especuladores de vinil.  Por certo, é um daqueles discos que ainda não haviam figurando em blogs, como o nosso Toque Musical e também por ser relativamente raro, até então. Temos aqui o primeiro lp do cantor, compositor e instrumentista baiano Edimilson de Jesus Pacheco, mais conhecido como Edil Pacheco. Um excelente disco de samba lançado em 1977 pelo selo Polydor. Vale a pena dar uma conferida…
 
mais um dia
abra a gaiola
me achei de novo
pedras afiadas
coração vadio
lua menina – siriê
ouro em pó
há muito tempo
nau dos aflitos
de passo em passo
tributo a batatinha
pranto natural
alô madrugada – tristeza
 
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Rock Baby Rock – Super Stereo Discotheque (1971)

Bom dia para vocês, amigos cultos e ocultos! No início dos anos 70 o selo Polydor lançou no Brasil uma série chamada “Super Stereo Discotheque”. Uma seleção de intuito promocional, como era de praxe comercial entre editoras e gravadoras. Criavam coletâneas, box com vários discos e também séries como esta, onde reuniam títulos e artistas de seu ‘cast’ no sentido de promover a vendas de seus discos. A série Super Stereo Discotheque foi lançada em 1971, voltada para o público jovem da época, foi editada em doze volumes, cada um trazendo um estilo pop, ou pelo menos procurando fazê-lo a partir de alguns gêneros de sua lista. Nestes foram colocados tanto a ala nacional quanto a internacional, quer dizer, nesta série SSD temos um pouquinho de tudo que a Polydor lançou naquele inicio de década. Desses discos, um dos que trazem artistas nacionais (embora boa parte cantando em inglês) é este chamado “Rock Baby Rock”. Acredito que ainda há poucos ‘colecionadores e catadores de raridades que conhecem realmente esta coleção e em especial este lp. Aqui temos um disco onde foram reunidas várias músicas e artistas em um só bloco, ou dois blocos, considerando lados A e B. Em cada lado, temos uma seleção musical mixada, ou seja, com fusão entre uma música e outra, tal qual se faz em uma sequencia de discoteca, onde não há pausa ou faixas separadas. Dessa forma, virou uma programação musical, sendo o lado A dedicado a diferentes conjuntos da época, todos ‘made in brazil’ (Music Machine, Mutantes, Youngsters e Novos Baianos). No lado B temos outra curiosidade, a obscura Banda (de estúdio, suponho) de 7 Léguas, a qual eu mesmo nunca tinha ouvido falar e nem sei quem eram seus componentes. Neste lado temos uma sequencia em ‘cover’ de diversos sucessos do chamado ‘pop rock’ dos anos 60. Aqui são apresentados também em fusão, mas utilizando para isso a vibração de um público entre as músicas, sugerindo ser uma gravação ao vivo. Outro detalhe interessante diz respeito a capa, ou as ilustrações das capas dessa série que foram feitas pelo artista gráfico Alain Voss.
Sem dúvida, um disco bem interessante e que por certo, depois daqui, passa a ter um novo ‘status’ para vendas no Mercado Livre e Discogs. Não deixem de conferir, no GTM, claro! 🙂
 
oh oh la la la
sticky sticky
ando meio desligado
route 66
i’ll  be there
top top
gimme gimme good lovin
knock three times
bat macumba
hawai five-o
my sweet lord
minha menina
mah-ná mah-ná
você me dá um disco
je t’aime moi non plus
my pledge of love
california dreamin
evil ways
hey jude
rock and roll music
the house of the rising sun
sugar sugar
she love you
monday monday
acabou minha mesada
by the time i get the phoenix
raindrops keep fallin’ on my head
 
 
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Extra 4 Músicas do VI FIC (1971)

Boa hora, caros amigos cultos e ocultos. Segue nesta postagem um compacto do VI Festival Internacional da Canção, de 1971 e conforme já se vê pela capinha, foi um festival com participação de cantores/músicas de outros países, realizado no Maracanãzinho e patrocinado pela Rede Globo, com promoção da Secretaria de Turismo da (então) Guanabara. A capa do compacto sugere com estampa uma folha de telex (telegrama), onde constam as informações, porém sem apresentar a lista das quatro faixas que fazem parte deste compacto. Aqui estão reunidas, segundo a Polydor, as quatro músicas favoritas do festival…
 
love is on my mind – rocky sharan (paquistão)
kiriê – silvia maria (brasil)
y despues del amor – lucho gatica (mexico)
piango perchi – fausto leali (itália)
 
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Rita Lee – Comapcto (1970)

Boa hora a todos, amigos cultos e ocultos! Nosso disquinho deste domingo vai ser este aqui da Rita Lee. Lançado em 1970, trazia dois grandes sucesso de seu primeiro disco solo, o “Build Up”: “José”, uma versão adaptada de Nara Leão para “Joseph”, de George Moustaki e rock “Eu vou me salvar”, de sua autoria e Elcio Decário. Compacto de pré-lançamento do álbum, o qual nós já apresentamos aqui. Vale a lembrança. Bem legalzinho 🙂
 
josé (joseph)
eu vou me salvar
 
 
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Márcio & Márcia (1963)

Caros amigos cultos e ocultos, aqui seguimos em nossas postagens até o fim do ano trazendo alguns disquinhos de 7 polegadas, os charmosos discos compactos. E para hoje temos um exemplar raríssimo da dupla Márcio & Márcia, em um compacto duplo, ou seja, com quatro faixas. Lançado pela Polydor, em 1963, este disquinho foi o filho único deste par de cantores que eram na verdade, Márcio Ivens, um jovem talento descoberto por Luiz Bonfá e Márcia, um pseudônimo para Selma Rayol, irmã de Agnaldo Rayol. Os dois só gravaram este compacto que foi produzido por Bonfá, que também, segundo contam, participa do disco. É mesmo um belo disquinho todo pautado na Bossa Nova, inclusive duas das músicas, “Samba de roda” e “Poema de alguém”, são de autoria de Luiz Bonfá e sua esposa, a cantora Rosana Toledo. Imperdível, sem dúvida! Confiram no GTM…
 
cirandinha moderna
samba de roda
encontro no sábado
poema de alguém
 
 

Dupla Ouro E Prata – Lágrimas De Barracão (1961)

Boa hora para todos, amigos cultos e ocultos! Ontem, revendo alguns arquivos do nosso ‘banco fonomusical’, estive ouvindo o disquinho que hoje apresento a vocês. Este, por sinal, veio de outra fonte. Disco baixado em algum outro blog, com certeza. Sei que tenho este disco, mas visto que temos um arquivo aqui já completo e no capricho, melhor aproveitá-lo, não é mesmo?
Então, temos aqui um dez polegadas, lançado em 1961 pelo selo Polydor. Trata-se da Dupla Ouro e Prata, um grupo vocal surgido nos anos 40. Conforme o texto de contracapa, a dupla foi organizada por Miguel Angelo Roggieri, que ao longo da existência do grupo formou a dupla com Rubião de Oliveira e depois com Oswaldo Cruz. Fizeram muito sucesso no rádio, televisão e cinema até 1963, quando então a dupla acabou por conta da morte de Miguel Angelo. No arquivo deste disco há mais informações sobre a Dupla Ouro e Prata. O repertório é bem interessante, com sambas e batuques autorais.
 
adeus marapé
capote de pobre é cachaça
cacarecos
linda mocinha
lágrimas de barracão
seu relógio
o drama do chofer
boi bumbá
 
 
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Orquestra Som-Bateau – Top Hits (1966)

Olá amigos cultos e ocultos! Boa hora a todos! No embalo da nossa festa, trago hoje a Orquestra Som Bateau em mais um disco da série criada pela Polydor, que começa nos anos 60 e segue pelos anos 70. Por aqui nós já postamos alguns deles e sempre fazendo muito sucesso. Os tempos são outros, mas a saga continua… Desta vez temos o que foi o primeiro disco, o primeiro lançamento feito em 1966. Ainda neste ano sairia o segundo volume, o qual nós também já apresentamos aqui. Ao que contam, essa orquestra ganhou este nome por conta de uma boate que havia no Rio de Janeiro. Não sei ao certo se tem a ver com os hits que por lá tocavam, ou se era por serem os mesmos músicos que lá tocavam. O que se sabe é que por essa orquestra passaram muitos músicos famosos.  Assim, segue neste lp de estreia a Orquestra Som-Bateau uma seleção de hits de sucessos daquele momento. E como podemos ver pelo repertório, o que domina é a música estrangeira, em especial, a música francesa. Coube espaço apenas para um sucesso nacional, “A pescaria”, de Erasmo Carlos. Mas no geral, o disco é ótimo, vale a pena conferir…
 
les cornichons
les marionnettes
monseieur cannibale
whipped cream
i only want to be with you
capri c’est fini
mirza
ça serait beau
on est si bien
taste of honey
a pescaria
j’ai envie
 
 
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