Luisa Salgado – Luisa Novamente (1963)

Na sequencia fonomusical temos para hoje a cantora portuguesa Luísa Salgado que aportou no Brasil no início dos anos 60 para uma longa temporada, se apresentando em casas de shows de São Paulo e Rio de Janeiro, conseguindo na época um notável sucesso. Ao que se sabe, gravou dois discos pelo selo Philips, aqui no Brasil. E como quase toda cantora portuguesa da época, Luísa cantava fado. Aliás, na ‘terrinha’ ela é conhecida como fadista. Mas para gravar por aqui, teve que incluir outros ritmos como o bolero, canções romanticas e até samba canção. Este, como o próprio título já sugere, foi seu segundo lp. 
 
chapéu preto
lado a lado
tu sabes lá
lugar vazio
évora
regalame esta noche
súplica
gorrioncillo pecho amarillo
doce amargura
nossas penas
dois cirios
o passado morreu
 
 
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Vera Lúcia (1960)

Nesta semana estou postando alguns discos que peguei emprestado como o amigo Márcio, dono da melhor loja de discos de Belo Horizonte, a Acervos, que fica na Savassi. Lá eles tem uma infinidade de discos interessantes, muita coisa antiga e rara para atender o mais diferente gosto musical, rock, jazz, pop, importados, velhos e novos. Mas meu foco são os discos antigos, os raros, obscuros e curiosos da discografia brasileira que cabem tão bem em nosso Toque Musical. Você que é colecionador e busca por essas raridades, estando em BH, não deixe de passar por lá. Vai nadar de braçada, como diz o outro 🙂
Então, para hoje, vamos com a cantora Vera Lúcia em seu terceiro lp pelo selo Philips. Os dois primeiros pelo mesmo selo já foram apresentados aqui. E mais uma vez temos a cantora nos deliciando com sua voz e um repertório sempre de qualidade. Este disco não é novidade para os seguidores de blogs musicais, mas certamente é aqui que ele encontra sua ‘morada’, visto que em outras ‘praças’ só restou a estampa. Confiram no GTM, pois os links por lá tem prazo curto, geralmente com uma validade de seis meses a um ano. Mas sempre há como solicitar no TM uma reposição exclusiva. Afinal, quem não chora não mama, não é mesmo?
 
brotinho bossa nova
a canção dos seus olhos
em hora errada
faz de conta
chamando você
mundo mau
pior pra você
tanto amor
ser só
figurinha de boite
só mesmo por amor
samba triste
 
 
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Sonia Delfino – Alô Brôto! (1961)

Havíamos postado aqui há pouco tempo atrás o “Alô Broto Vol.2”, da cantora Sonia Delfino. Ficou, por certo, trazermos também o primeiro volume, lançado em 1961. E aqui está ele, um disco voltado para o público jovem da época. Sonia canta um repertório bem eclético recheado de rock, balada e bossa… Tudo bem moderninho e sucesso garantido. Aliás, garantido, muito por conta de um primeiro disco também lançado pela Philips e também já postado aqui, “Sonia Delfino canta para a mocidade”. Ao que parece, ela só gravou três lps, alguns compactos e no início de carreira, ainda no final dos anos 50 gravou uma dezena de bolachas em 78 rpm, sendo que muitas dessas músicas apareceriam nos lps.
 
é você
cheguei de mansinho
meu pianinho
garota coquete
parque de diversões
bimbombey
alô brotos
namorada do sol
luluzinha bossa nova
amor secreto
canção que virou você
 
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Brasil Tri Campeão Do Mundo (1970)

Mais um disco sobre copa do mundo. Desta vez, “Brasil Tri-Campeão do Mundo”, um lp lançado pela Philips, trazendo os melhores momentos da Copa do Mundo de Futebol, de 1970, no México, quando então a Seleção Brasileira conquistou seu terceiro campeonato mundial. Aqui temos os registros transmitidos pelas rádios Bandeirantes, Nacional e Jovem Pan, de São Paulo. São apresentadas todas as sequencias com os melhores momentos e gols nos jogos do Brasil. Temos também dois momentos musicais, um raro Jorge Ben com sua composição comemorativa, “Camisa 12” e a celebrada “Prá frente, Brasil” de Miguel Gustavo, que se tornou nosso hino em copas do mundo.
 
pra frente brasil 
narração dos jogos
camisa 12 – jorge ben
narração dos jogos
 
 
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Wando – Bem Vindo (1980)

E aqui temos o Wando em seu primeiro disco pela Polygram, no selo Philips, lançado em 1980. Um disco bem produzido por Jairo Pires. Um trabalho com muitas qualidades, mas que não chegou a fazer tanto sucesso como em seus discos anteriores..
 
duas lágrimas
a mosca e a aranha
quatro estações sem você
dança inocente
bem vindo
tirerepá
maior desejo
candura
pra perfumar a dor
estás em mim
orandaê
ponto
 
 
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Boca Livre – Maurício Maestro, David Tygel, Zé Renato, Lourenço Baeta (1983)

Aqui temos o quarteto vocal Boca Livre em seu quarto disco, lançado pela Philips, em 1983. Trabalho dos mais bacanas produzido pelo grupo que está na estrada há mais de quarenta anos. Formado inicialmente por Maurício Maestro, Zé Renato, David Tygel e Claudio Nucci, o Boca Livre ao longo do tempo teria ainda na formação Lourenço Baeta e Fernando Gamma. Claudio Nucci saiu para carreira solo ainda no segundo disco. O grupo já gravou mais de uma dezena de discos e parece que ainda hoje continua na ativa, apesar do racha político, provocado por conta do posicionamento de Maurício Maestro, apoiador de Bozo. Essa doença estragou tudo, até um baita conjunto como o Boca Livre
Incrível como existem artistas ressentidos…
 
panis et circenses
choveu
doses fatais
titicaca
musica das nuvens e do chão
anima
menina dos olhos
lembrança boa
nossos momentos
são francisco
 
 
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The Skeltons – O Baile Do Terror (1964)

Mais uma boa curiosidade, “O Baile do Terror”, com os The Skeltons. Só pela capa a gente já fica com vontade de ouvir (ou não). Eis aqui um lançamento para embalar os jovens dos anos 60. Assim como fazia a RCA Victor lançando discos com  artistas criados para determinadas produções, a Philips também e aqui temos um bom exemplo. The Skeltons foi um nome criado para personificar essa produção fonográfica voltada para um público jovem. Uma seleção de temas de sucesso da música internacional em versões de rock. O disco é inteiramente instrumental com playbeck de vozes, risadas de terror e falas no meio das músicas que criam uma atmosfera de uma festa, como algo gravado ao vivo. O resultado é um disco alegre e divertido.
 
terror 
funiculi-funiculá
baby elefant walk
il tangaccio
frenesi
the skeltons dance
domiique
little brown jug
when the saints ogo marching in
la raspa holly gully
rhtthm of the rain
america
 
 
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Sônia Delfino – Alô Broto Nº2 (1962)

Já postamos aqui um disco da Sonia Delfino, cantora talentosa que era uma versão mais madura da Celly Campello. Digo madura, porque Sonia cantava a música jovem, mas também não poupava sua voz para outros gêneros e ainda assim pode ser considera uma das precursoras do rock no Brasil. “Alô Broto” surgiu no início dos anos 60 e teve muito sucesso, o que fez a gravadora lançar este outro, o número 2. Um disco que também trazia não somente o estilo americano, mas também um pouco da então moderna bossa nova. Seus discos hoje em dia são difíceis de encontrar, embora quase tudo pode ser ouvido no Youtube. Aqui então, no Toque Musical, completo e com direito ao pacote completo, com capa, contracapa e selos. Mas isso é para quem está associado ao nosso grupo, o GTM 🙂
 
joãozinho e mariazinha
noiye para amar
jogado fora
bambina mia
a bola
manequim
o barquinho
emoção
bossa nova nº2
nós dois e o luar
manhã de sol
pouca duração
 
 
 
 

Música, Divina Música – Trilha Sonora

Temos para hoje mais uma curiosidade fonográfica e por certo, até então, uma raridade que não iremos encontrar em outro lugar a não ser aqui mesmo, no Toque Musical. Este é um daqueles discos ficou esquecido no baú das coisas descartadas num porão. Como a capa já mostra, trata-se de um compacto com a trilha de uma peça musical de Oscar Hammerstein, baseada na famosa “Noviça Rebelde”, de Richard Rodgers. A peça traz versões musicais feitas por Billy Blanco. Foi montada em 1965, no Teatro Castro Alves, com direção de Sérgio de Oliveira. Inicialmente com Teresa Cristina como a noviça rebelde, que seria substituída por Norma Suely, que na verdade é quem aparece na foto da capa deste disco. 
Infelizmente, o disquinho que temos apresenta muitos arranhões que compromete um pouco a audição. Mas ainda assim vale a pena ouvir e conhecer. Caso apareça outro disco deste em melhor estado terei o prazer de trocar por um novo arquivo. Por hora, ficamos assim, ok?
 
 
dó ré mi – tereza cristina e os filhos do barão von trapp
música, divina música – teresa cristina
edelvais – carlos alberto
 
 
 
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Barbosa Lima – 12 Estudos Para Violão De Francisco Mignone (1978)

12 estudos para violão:
1º estudo – vivo
2º estudo – seresteiro
3º estudo – tempo de campanha
4º estoudo – allegro scherzaso
5º estudo – vagaroso
6º estudo – assai vivo
7º estudo – molto lento
8º estudo – allegro
9º estudo – allegro moderato
10º estudo – lento e com muito sentimento
11º estudo – andante
12º estudo – com velocidade
 
 
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Francisco Mignone – Interpretando Mignone (1978)

nº1 em fá sustenindo menor
nº2 em sol menor
nº3 em sol bemol maior
nº4 em dó maior
nº5 em sol bemol maior
nº6 em fá sustenido maor
nº7 em ré menor
nº8 em mi menor
nº1 cantando
nº2 calmo
 nº3 doloroso e agitado
nº4 vivo
nº5 seresteiro
nº6 delicado e triste
maroca
maxixando
toada
8ª valsa de esquina
valsa choro
prelúdio nº3 em sol bemol maior
 
 
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Gracinha Leporace (1968)

Gracinha Leporace (Rio de Janeiro, 20 de janeiro de 1949) é uma cantora brasileira. Apareceu na cena musical brasileira em 1965 integrando o Grupo Manifesto, um grupo vocal e instrumental formado entre outros por Guttemberg Guarabyra, Fernando Leporace, seu irmão, Guto Graça Mello e Mariozinho Rocha. Com o Manifesto, em 1967 Gracinha foi eleita a melhor intérprete com “”Canção de esperar você”, de seu irmão Fernando,[1] e venceu a fase nacional do II Festival Internacional da Canção, com a música “Margarida”, de Guarabira, cantada pelo Manifesto, do qual também fazia parte. Na fase internacional, os brasileiros ficaram em terceiro lugar e neste mesmo ano lançaram seu primeiro álbum, Manifesto Musical. Em 1968, Gracinha lançou seu único disco solo, Gracinha Leporace, com composições de Edu Lobo, Vinicius de Moraes, Tom Jobim e Carlinhos Lyra. No ano seguinte, ela conheceu Sérgio Mendes, líder do Sergio Mendes & Brazil 66, que fazia então grande sucesso nos Estados Unidos e em todo mundo, e que criou o Grupo Bossa Rio, todo com integrantes brasileiros, para fazer uma grande turnê mundial. Com Sérgio, Gracinha apresentou-se no MIDEM (Marché International du Disque et de l’Edition Musicale), na França, no Japão e gravou mais dois discos. O relacionamento com Sérgio Mendes tornou-se afetivo e os dois casaram-se, indo Gracinha viver nos Estados Unidos a partir de 1970, onde ela substituiu Lani Hall, a vocalista norte-americana do Brazil 66, na banda do marido. Desde então, ela tem participado das gravações e shows das diversas formações do grupo de Sergio Mendes, inclusive gravando os vocais do último grande sucesso mundial do grupo, uma nova versão de Mas Que Nada, de Jorge Ben, junto com o grupo norte-americano Black Eyed Peas, para o último CD de Sérgio Mendes, Timeless.

(fonte Wikipedia)

última batucada

rancho de ano novo

madrugada

prece

mensagem

canção da desesperança

a saudade fez um samba

senhora senhorinha

sem saída

cantiga

em tempo

chega de saudade

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Fernando Tordo – Cavalo A Solta (1971)

Boa hora, amigos cultos e ocultos, seja antes ou seja agora! (só pra rimar, hehehe…) E vamos nós nos disquinhos compactos portugueses. Desta vez apresentando Fernando Tordo, outro dos mais destacados e polêmicos artistas portugueses, dono de um extensa discografia. Morou no Brasil por uns quatro anos e também gravou disco por aqui. “Cavalo à solta” foi uma das suas primeiras composições com o poeta José Carlos Ary dos Santos e concorreu ao VIII Grande Prêmio TV da Canção Portuguesa e aqui está juntamente com outra composição dos dois, “Aconteceu na primavera”. Confiram no GTM…
 
cavalo à solta
aconteceu na primavera
 
 
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Duarte Mendes – Adolescente (1971)

Um bom dia a todos, amigos cultos e ocultos! Seguindo em nosso mostra portuguesa (com certeza), temos desta vez a presença de Duarte Mendes, mais um artista de destaque na música portuguesa dos anos 70. Ao que consta, José Henrique Duarte Mendes foi um dos chamados “capitães de abril’, por conta da sua participação na Revolução de 25 de abril, de 1974, também conhecida como “Revolução dos Cravos”. Duarte Mendes era um militar, parte do grupo dos capitães que se revoltaram contra a ditadura portuguesa. Na música, gravou vários discos, principalmente compactos e participou também dos festivais, muito comuns naquela época. Este é um dos seus discos mais conhecidos e traz duas canções, sendo “Adolescente” uma da músicas que concorreu ao VIII Grande Premio da TV Portuguesa, em 1971. Eis aqui um disquinho com um leve frescor de bossa nova, principalmente nesta canção. Confiram o ‘single’ no GTM…
 
adolescente
dar e cantar
 
 
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Carlos Penha E Nonato Silva – Compacto (1964)

Boa tarde, meus caríssimos amigos cultos e ocultos! Entre umas e outras, vamos trazendo por aqui também alguns discos que nos são enviados e que por certo já estiveram nas postagens de outros blogs. Desta, temos um compacto bem interessante de bossa nova apresentando Carlos Penha e Nonato Silva. Nessas horas é que eu sinto falta do Samuca. Eu, por certo teria passado essa pra ele e ele por certo teria destrinchado quem é esta dupla. Eu, definitivamente, não consegui ir muito longe, até porque já não tenho tanto tempo para fazer aquelas pesquisas investigativas como fazia antes. Em resumo, não tenho  nenhuma informação sobre esses artista, mas acredito que sejam baianos. O compacto é duplo e traz quatro sambas com muita bossa. dois deles até conhecidos, “Balanço do mar”, de Zil Rozendo, música também gravada pela cantora Ana Lúcia e pelo próprio autor, Zil Rozendo. É dele também “Sambambá”. Do lado 2 do disquinho tem mais duas bossas, “Bossa do Gerereco”, de Augusto Messias, Daltro e Zarani e “Tim-dom-dom”, de Codó e João Mello. Compacto lançado pela Philips, segundo informação, lançado em 1964. Confiram no GTM…
 
balanço do mar
sambambá
bossa do gerereco
tim-dom-dom
 
 

Corisco E Os Sambaloucos – Outro Show De Bossa (1964)

Olá, amigos cultos e ocultos! Nosso encontro de hoje é com Corisco e seus Sambaloucos, um grupo de samba, jazz e bossa surgido em São Paulo nos anos 60. Corisco é o apelido do músico, percussionista e ‘bandleader’ Waldemar Marchetti, muito atuante nesse período. Com seu grupo Sambaloucos gravou pelo menos uns três lps, sempre contando com um time de músicos de primeiríssima linha e garantido repertórios da melhor qualidade. Aqui temos o que foi o segundo lp do grupo, lançado em 1964 pelo selo Philips. Um sequencia, ainda mais animada, de um show de bossa, como podemos ver estampada na contracapa. Disco muito bom, delicioso de ouvir. Confiram no GTM…
 
mais que nada
gostoso é sambar
bolinha de sabão
bossa na praia
garota de ipanema
pra que chorar
samba no japão
melancolia
por causa de você menina
você e eu
amanhecendo
marcha da quarta feira de cinzas
 
 
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Fagner – Compacto (1972)

Boa noite, meus caros e prezados amigos cultos e ocultos! Hoje nosso encontro é com Fagner, Raimundo Fagner, em seu primeiro disco, no caso, um compacto duplo lançado em 1972. Fagner havia chegado ao Rio de Janeiro há pouco tempo, mas já trazia na bagagem um currículo interessante, que logo foi notado. Quem primeiro gravou sua música foi Elis Regina, uma garantia de sucesso para qualquer compositor e foi nessas e outras que o cearense logo conseguiu um contrato com a Philips para gravar este disquinho, um compacto com quatro músicas, tendo como carro-chefe a faixa “Cavalo Ferro”. Aqui também está presente “Quatro graus”, música sua que concorreu ao VII FIC, mas foi desclassificada. Confiram no GTM mais este disquinho, que hoje é coisa rara.
 
cavalo ferro
amém amém
fim do mundo
quatro graus
 
 
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Caetano Veloso – Compacto (1978)

Boa hora a todos, amigos cultos e ocultos! Seguindo em nossa mostra de compactos, disquinhos de 7 polegadas, tenho hoje para vocês o Caetano Veloso, um artista que dispensa comentário, ou por outra, que merece até demais. Porém, aqui, vamos apenas apresentar uma sugestão fonomusical, compacta, simples, mas sempre agradável. Esta postagem tem apenas o intuito de ser agradável e Caetano Veloso, por certo, representa muito bem. Tenho aqui este compacto simples lançado pela Philips, em 1978, trazendo duas canções na voz do artista que fizeram parte da trilha de dois filmes nacionais: “Amante amado”, música de Jorge Ben para “Na boca do mundo”, filme de Antônio Pitanga e “Pecado original”, música do próprio Caetano para o filme “A dama do lotação”, de Neville d’Almeida. Todos os dois filmes foram lançados naquele ano de 1978. Essas duas músicas nunca foram editadas em lps, só vieram a aparecer no cd “Singles” anos mais tarde. Está aí, mais uma curiosidade e um disquinho ótimo de se ouvir. Confiram no GTM…
 
amante amado
pecado tropical
 
 
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Nara Leão – A Senha Do Novo Portugal (1974)

Boa hora, caros amigos cultos e ocultos! Porque “quem sabe faz a hora não espera acontecer…”
Em 1974 Nara Leão gravou este disquinho, “A Senha do Novo Portugal” no qual trazia duas canções do compositor português Zeca Afonso. Naquele ano, Portugal passava pela chamada Revolução do Cravos, que foi um evento resultante do movimento político e social ocorrido naquele país, em 25 de abril de 1974, quando foi deposto o regime militar de Salazar, restabelecendo as liberdades democráticas. Foi nesse período conturbado de Portugal que nasceu a canção que virou um hino de resistência, “Granola, Vila Morena” e, por certo, ecoou também por aqui, no Brasil, em plena ditadura. Nara Leão foi a primeira artista brasileira a gravar a música e curiosamente passou batida pela censura que só foi perceber a mensagem tempos depois. Ao que parece, o compacto acabou sendo recolhido, pois nunca mais se viu ou ouviu ele por aí. Tenho certeza que depois desse post o disquinho vai virar raridade, vai ter nego aí apostando alto na especulação pelo Mercado Livre e Discogs. E assim, vamos alimentando o negócio de vendedores e a compulsividade vaidosa dos compradores (eu falei compradores, não colecionadores). Confiram o disquinho no GTM…
 
grandola, vila morena
maio, maduro maio
 
 
 
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Cruzeiro E. C. – Compacto (1976)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Aproveitando o ensejo futebolístico, os discos compactos e tudo mais… E para não dizerem que eu sou tendencioso e só valorizo o Galão, eu hoje resolvi mostrar que não é bem assim. Afinal, temos também por aqui muitos bons amigos, cultos e ocultos, que infelizmente são cruzeirenses. Gosto não se discute, apenas lamenta-se e cada um na sua. Oque seria do futebol se não houvesse a rivalidade esportiva, sadia, é bom dizer… O que aconteceu ao time do Cruzeiro foi mesmo uma tragédia, do tamanho de sua vaidade. Um tremendo ‘calaboca’ para baixar um pouco o topete. E lá se vão dois anos de série B. Mas o pior não é isso, pois até aqui é gozação, é sarro de atleticanos. A coisa ficou séria e triste quando a falência tomou conta, pois ficou a um passo de deixar de existir. E isso é muito ruim. Péssimo para o torcedor e também para o rival e mais ainda para Minas Gerais que perderia um de seus times tradicionais. Por certo, os torcedores perderam, pois o futebol já não é mais o mesmo. Já não se torce para um time, mas sim para uma empresa e agora tem um dono, o ex-jogador Ronaldo Fenômeno, que deveria a partir de então se chamar Ronaldo Salvador, pois é o cara quem irá tentar salvar a empresa. Finalmente, surgiu uma luz no fim do túnel e o cruzeirense vaidoso já volta a sua velha postura pretenciosa. Já estão sonhando com campeonato mundial, vejam vocês! Hehehe… é muita pretensão e vaidade… Mas, ainda assim é louvável ver que um jogador que saiu de suas bases ainda menino, voltaria um dia não apenas como o ‘dono da bola’, mas sim, o dono do time. Sinceramente, espero que o Cruzeiro se recupere, pelo menos até o ponto de poder enfrentar o Galão, pois não há nada mais desestimulante que ter um adversário que só fica na série B. Boa sorte ao Cruzeiro! E para tanto, aqui vai nossa menção, nosso toque musical para este disquinho de 7 polegadas, lançado em 1976 e no qual, como podemos ver pela capa, traz o hino do clube, de um lado e do outro uma versão ‘moderninha’ para a tradicional “Peixe vivo”, que não sei porque cargas d’água veio parar aqui. Sou mais a “Aquarela do Brasil” 🙂
 
hino ao cruzeiro e. c.
peixe vivo 
 
 
 

Folguedos Populares Do Brasil (1972)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Temos aqui este compacto tripo promocional, lançado pela Philips como parte de seu calendário de 1972. Nessa época, a gravadora Philips tinha por costume distribuir calendários, aqueles bem ilustrados, tipo poster, de se por na parede. Para cada ano era escolhido um tema e neste de 72 traziam fotos de festas populares no Brasil. Uma cortesia da gravadora oferecida aos seus lojistas revendedores e junto vinha um disquinho de 7 polegadas com músicas relacionadas ao tema proposto para o ano. E aqui temos o “Folgedos Populares do Brasil”, ou seja, um grupo com seis temas da cultura popular, músicas de festas folclóricas, geralmente de origem religiosa ou de cultos africanos e tradicionais. Muito interessante, com certeza irá agradar 🙂
 
cordão dos bichos (‘vai saudade’ – corporação musical santamarense)
congada (gravação original do grupo de congada de s. antonio da alegria – sp)
caipó (gravação original do grupo de caipó da cidade de s. josé do rio pardo – sp)
moçambique (gravação original do grupo moçambique união de s. benedito de taubaté – sp)
folia de reis (gravação original do grupo de folia de reis baiana de olimpia)
bandeiras – (“companhia do divino” – dirigida por sebastião ribeiro da silva)
 
 
 
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IV Festival Da Musica Popular Brasileira – Volume 3 (1968)

Muito bom dia a todos, amigos cultos e ocultos! Seguimos aqui com alguns atrasos, problemas técnicos, pessoais e musicais… Mas continuamos ativos e procurando sempre manter a sequencia diária.
E para o dia de hoje nós temos aqui um disco de festival. Verifico que este nós ainda não postamos, apenas e há um bom tempo atrás o volume 1. Assim, aqui vai o volume 3 do IV Festival da Música Popular Brasileira. Numa próxima oportunidade traremos o 2. 
Como todos já devem saber, este foi um dos grandes festivais realizado pela antiga TV Record de São Paulo, edição de 1968. Este foi o último festival antes de ser decretado, pelos militares, o AI-5. E houve tanta música boa que mereceu várias premiações e também rendeu três discos. Neste volume vamos encontrar…
 
rosa da gente – nara leão e edu lobo
descampado verde – mpb-4
o general e o muro – claudette soares
festa é festa – os kantikos
a grande ausente – silvia maria
madrasta – renato teixeira
dois mil e um – os mutantes
bonita – trio maraya
eu tenho que andar mais lento – márcia
domingo de manhã – lúcio alves
cajueiro velho – eduardo conde
 
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Mércia – A Moça Chamada Mércia (1968)

Boa noite, meus amigos cultos e ocultos! Dando sequencia a este projeto, que oficialmente completa 14 anos dia 30 agora, trago desta vez um disco bem bacana, raridade que não se vê por aí… Aqui temos, “A moça chamada Mércia”, ou melhor dizendo, a cantora chamada Mércia. Um nome tão obscuro quanto este lp. Digo obscuro no sentido de ser um disco bem raro, de uma cantora a qual só sabemos que se chama Mércia. Por sinal, uma excelente intérprete de um conjunto de músicas do então jovem talento, Renato Teixeira, este que também participa do disco em duas das faixas. O disco é realmente dos mais interessantes, lançado em 1968, pelo selo Philips, carrega a brisa da bossa de Aloysio de Oliveira, que foi quem produziu e os arranjos de Oscar Castro Neves. Daí, já dá para se ter uma ideia do que temos aqui. Quanto a Mércia, talvez, só mesmo o Renato Teixeira poderá nos falar, né? 
Confiram no GTM…
 
feira de trocas
o trem da separação
cavaquinho
soldadinho
meu remédio é carnaval
feriado nacional
bandeira branca
álbum de família
a filha do rei
cordão da graça
ganhei outra saudade
o rancho
 
 
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Jair Rodrigues – Festa Para Um Rei Negro (1971)

Muito bom dia a todos, amigos cultos e ocultos! Existem alguns artistas que eu sempre gosto de postar seus discos, seja pela qualidade, curiosidade, ou mesmo porque sou mesmo fã. É o caso do grande Jair Rodrigues, um cantor que já dispensa maiores apresentações, mas que merece por aqui sempre um novo toque. Em “Festa para um rei negro”, lançado pela Philips em 1971, temos uma de suas melhores safras. Um disco cheio de sucesso, que diga-se de passagem, se fez na voz dele. Confiram aqui os temas…
 
a missa
que diabo você tinha
bloco da solidão
meu pai falou, tá falado
pisa neste chão com força
festa para um rei negro
terra boa
dei tempo ao tempo
porque negar amor
gastando amor na madrugada
a minha madrugada
gente do morro
festa para um rei negro
 
 
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Verônica Sabino – Metamorfose (1985)

Boa noite, meus caros amigos cultos e ocultos! E aqui vamos nós, o Toque Musical sendo o Toque Musical, variado e variando… 🙂 Trazemos hoje a cantora e compositora carioca, Verônica Sabino, filha do escritor Fernando Sabino. Cantora de muito talento, ela antes fazia parte do grupo vocal Céu da Boca, com o qual gravou dois discos. Em 1985 ela partiu para a carreira solo, lançando seu primeiro lp, o “Metamorfose”, pelo selo Philips. Disco bem produzido, com participações de músicos de primeiríssima linha como Luiz Avellar, Ricardo Silveira, Ivan Lins, Leo Gandelman, Carlos Bala, Pisca, Pascoal Meirelles, Kiko Ferreira e mais… Um repertório também de qualidade e com algumas músicas até bem conhecidas do público, trazendo como destaque “Metamorfose Ambulante”, de Raul Seixas, que de certa forma dá nome ao disco. Trabalho bacana que vale a pena conferir 😉
 
metamorfose ambulante
vitoriosa
dois mil e índio
palco
samba do avião
heróis
achados e perdidos
muito romântico
coisa feita 
rebento
 
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3º Festival Da Música Popular Brasileira Vol. 1 (1967)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Há tempos eu não posto em nosso Toque Musical um disco de festival, não é mesmo? Para dizer a verdade, se não consultar, sinceramente, não sei mais o que já postei por aqui. “São tantas emoções”, como diria Roberto Carlos.
Então, temos para hoje o volume 1 do 3º Festival da Música Popular Brasileira, disco lançado pela Philips, em 1967. Este é mais um dos famosos festivais e de altíssima qualidade realizado pela saudosa TV Record (digo saudosa, porque o que temos hoje em dia não representa o que foi no passado). O evento era organizado por Solano Ribeiro e teve quatro edições, de 1966 a 69. Este terceiro festival aconteceu em outubro de 1967, no antigo Teatro Paramout, em São Paulo. Neste lp, que é apenas uma parte, temos doze canções classificadas, inclusive a música que ficou em primeiro lugar, “Ponteio”, de Edu Lobo e Capinan.
Em uma outra ocasião chegamos a postar aqui um outro disco deste festival, uma edição com as doze finalistas, só  que era do selo Chantecler. Num próximo momento eu trago os outros discos que fazem parte desta edição da Philips. Por enquanto, ficamos com este volume 1 que como todos podem ver trazem as seguintes músicas e artistas…
 
ponteio – edu lobo, marilia medalha e momentoquatro
dadá maria – gal costa e renato teixeira
ela felcidade – claudette soares
minha gente – ronnie von
eu e a brisa – márcia
bom dia – gal costa
o combatente – jair rodrigues
roda viva – mpb-4
a morerinha – gilberto gil
…e fim – claudette soares
maria carnaval e cinzas – luiz carlos paraná
o milagre – joão mello
 
 
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Jackson do Pandeiro – Ritmo Melodia E A Personalidade De Jackson Do Pandeiro (1961)

Olá, meus queridos amigos cultos e ocultos! Aos trancos e barrancos, com atrasos e algumas falhas, vamos seguindo com a nossa missão, trazer a cada dia um disco diferente. E aqui no Toque Musical disco é o que não falta, para alegrar gregos, troianos e baianos. 
Hoje nosso encontro é com o genial Jackson do Pandeiro em um disco que, creio eu, foi seu primeiro lp de 12 polegadas, lançado pelo selo Philips em 1961. Aqui temos um belo exemplar da essência musical de um dos maiores nomes da nossa música popular, um disco com muito xote, xaxado, baião, samba e forró. Disco bacaninha, vale a pena ouvir e conhecer…
 
aquilo bom
dá eu pra ela
empatou
dr. boticário
rojão de brasília
língua ferina
a mulher que virou homem
nem o banco do brasil
carta pro norte
proibido no forró
criando cobra
lição de tabuada
 
 

Topo Gigio 2 (1969)

Olá, amiguinhos cultos e ocultos! Mais uma vez vamos de Topo Gigio… Mama mia, como esse ratinho ainda faz sucesso! Ao longo da semana recebi uma dezena de e-mails e mensagens pedindo mais coisas do Topo Gigio. Daí, me lembrei que tinha a mão também o compacto número 2. Então, porque não postá-lo de uma vez, não é mesmo? Assim, temos ele novamente, desta vez com a participação do Agildo Ribeiro. Putz, quando eu era criança adorava esse bichinho… Vamos conferir no GTM…
 
o calhambeque
nesta rua
sole mio
diálogo de boa noite com o agildo ribeiro