Arquivo da tag: Selo RGE
Nana Caymmi (1967)
Pocho E Sua Orquestra – Quadra De Azes (1960)
Raul Moreno Caco Velho E Mara Silva – Na Gafieira É Assim (1958)
Nanai E A Turma Do Sereno – Zé Carioca E Seu Conjunto – Personalidades (1956)
Paolo Mazzaroma – Amorosamente (1958)
Luiz Alberto Fleitas – Tango, Amor E Penumbra (1957)
Maysa – Convite Para Ouvir Maysa (1956)
Jards Macalé – Só Morto (Burning Night) (1970)
Dick Farney E Sua Orquestra – Compacto (1963)
Carinhoso – Temas Musicais Da Novela (1973)
Toquinho E Vinícius (1972)
Denise Emmer – Canto Lunar (1982)
Jogral 70 – Ao Vivo (1970)
Maysa (1957)
Laila Curi – Mil E Uma Noites (1959)
Orquestra E Coro Dos Jardineiros Românticos – Rancho Das Flores (1961)
Kleiton Ramil – Sim (1991)
Helena De Lima – Compacto (1964)
Mário Lúcio (1983)
Olá, amigos cultos e ocultos! Dando prosseguimento à sua mostra de compactos, o TM apresenta hoje um disco de Mário Lúcio de Freitas, produtor musical, cantor, compositor, apresentador, dublador, músico de conjunto e ator. Enfim, um artista bastante versátil. Nascido em São Paulo no dia 22 de dezembro de 1948, Mário Lúcio participou de várias bandas como músico (Os Iguais, Os Incríveis, Jet Blacks, The Beatnicks, etc.). Usando o pseudônimo de Robert Thames, ele emplacou a música “Tenderness” na trilha sonora da novela global “Vamp” e no seriado mexicano “Chaves”. Criou várias vinhetas de abertura conhecidas de programas de televisão, como as de “Chaves”, “Cavaleiros do Zodíaco”, “Punky, a levada da breca”, “Jem e as Hologramas”, do “TJ Brasil”, “Hebe”, “Programa livre”, das novelas “Os ricos também choram”, “Chispita” etc. Foi um dos donos do estúdio de dublagem Marshmallow , e proprietário de outra empresa dubladora, a Gota Mágica, no qual foram gravados vários sucessos, como “CDZ”, “Bananas de Pijamas”, “Dragon Ball” etc. No presente compacto simples, lançado pela RGE em 1993, Mário Lúcio interpreta duas composições de sua autoria: “Pecado de amor” (que foi tema de abertura da novela de mesmo nome, exibida pelo SBT) e “Duende”. E também assina os arranjos e regências, prova inconteste de sua versatilidade. Não deixem de conferir no GTM.
pecado de amor
duende
*Texto de Samuel Machado Filho
Juca Chaves – As Duas Faces De Juca Chaves (1960)
Miltinho – Palhaçada (1962)
João Carlos Martins – Interpretando Cravo Bem Temperado (1994)
Lagna Fieta E Orquestra – Natal Dançante (1959)
Paulinho Nogueira (1967)
Célia Villela – …E Viva A Juventude!!! (1961)
Olá, prezados amigos cultos e ocultos! Eis aqui uma postagem que por certo irá ao encontro dos colecionadores das raízes do rock brasileiro. Trata-se do primeiro LP da cantora Célia Villela, “…E viva a juventude!!!”, lançado pela RGE em 1961. Mineira de Belo Horizonte, nascida em 24 de novembro de 1936 (ou 1939, como dizem certas fontes), Célia iniciou sua carreira fonográfica em 1955, e gravou alguns discos de 78 rpm até fazer parte da primeira geração do rock brazuca, por volta de 1960. Nesse ano gravou para a RGE, em 78 rpm, dois grandes sucessos, “Conversa ao telefone (Pillow talk)” e “Trem do amor (One ticket to the blues)”, ambos em versões de Fred Jorge e posteriormente incluídos no presente LP, por sinal recheado de versões. Nessa época, teve programas na TV Continental do Rio de Janeiro (“Célia, música e juventude”) e na Rádio Globo, também do Rio (“Na roda do rock”), tendo depois se transferido para a Rádio Guanabara. Após este LP, em 1962, Célia gravaria um 78 rpm na RCA Victor, com dois twists: “A fã e o namorado” e “Se tu me telefonas”. Seu segundo e último LP, “F-15 Espacial”, só sairia em 1964, pela Musidisc. Casou-se com o músico Carlos Becker, ex-integrante do grupo The Angels, abandonou a carreira antes da explosão da Jovem Guarda (1965) e a partir de então se tornou reclusa, tendo se recusado veementemente a dar seu depoimento sobre a história do rock brasileiro para Albert Pavão, em 1987, apesar das diversas tentativas do músico de contatar a cantora. Célia Villela faleceu em primeiro de janeiro de 2005, em Teresópolis, estado do Rio de Janeiro, de causa desconhecida. Este seu primeiro LP, “…E viva a juventude!!!”, muito embora tenha sido relançado em CD pelo selo Discobertas, é mais uma raridade que merece, e muito, nosso Toque Musical, além de ser um precioso documento dos primórdios do rock no Brasil. Não deixem de conferir no GTM.
valentino, valentino
trem do amor
streap tease rock
quando o amor vem
passo a passo
parabéns
perdi a chave
fish walk
diga-me
conversa no telefone
és meu amor
sempre houve amor
*Texto de Samuel Machado Filho
Grupo Fundo de Quintal – Samba É No Fundo Do Quintal (1980)
Olá amigos cultos e ocultos! Cá estamos com mais um disco de samba. Desta vez temos aqui o Grupo Fundo de Quintal, que já teve aqui um outro de seus discos publicado. O Fundo de Quintal é um grupo de pagode formado no final dos anos 70. Surgiu a partir do bloco carnavalesco Cacique de Ramos. Pelo grupo já passaram uma dezena de sambistas, principalmente da Escola de Samba Imperatriz Leopodinense. Pelo grupo passaram nomes de peso do samba, figuras como Almir Guineto, Zeca Pagodinho, Jorge Aragão, Bira Presidente, Arlindo Cruz, Cleber Augusto, Neocy, Walter Sete Cordas e outros feras… O grupo, ao que parece, continua na ativa, hoje com outros integrantes. Gravaram mais de 30 discos ao logo da carreira. E hoje o que apresentamos aqui é o primeiro. Disco de estréia no qual trazia Bira, Ubirany, Jorge Aragão, Sereno, Almir Guineto, Neoci e Nemeato. Neste primeiro disco o Fundo de Quintal emplacou sucessos com “Você quer voltar”, “Sou Flamengo, Cacique de Ramos”, “Gamação danada” e outros. Disco produzido por Durval Ferreira e apresentação da saudosa Beth Carvalho. Não deixem de conferir no nosso GTM.
Lee Konitz – In Rio (1990)
Olá, amigos cultos e ocultos! Para esta nossa sexta-feira de clausura, estou trazendo um artista internacional, o lendário saxofonista americano Lee Konitz e que, infelizmente, faleceu dias atrás, segundo informam, por conta de infecção pelo Covid-19. Konitz foi um compositor e saxofonista dos mais importantes no estilo ‘cool jazz’ e ‘post-bop’, mestre do improviso. Tocou com meio mundo de artistas, grandes nomes do jazz, tanto americano quanto o internacional. E como todo bom músico de jazz, também gostava da música brasileira, tendo passado por aqui algumas vezes. No final dos anos 80 ele encarou um projeto criado pelos produtores Allan Botschinsky e Marion Kaempfert, vindo a gravar aqui no Brasil este disco, “Lee in Rio”, acompanhado por um time de instrumentistas brasileiros: Luiz Avellar, Victor Biglione, Nico Assumpção, Carlos Bala e Marçal. As músicas e os arranjos são todos do produtor Allan Botschinsky. O disco foi lançado por aqui em 1990. Um trabalho bacana com sabor tropical, que merece ser ouvido. Confiram no GTM…
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Os Seis Em Ponto (1966)
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Depois de chegarmos a mais de 3 mil títulos/discos postados aqui a gente começa a não mais lembrar do que já publicou. Daí, temos antes que verificar no index para não repetirmos a postagem. Hoje, farei diferente. Temos aqui o raro e único exemplar do conjunto de bossa nova do Francis Hime, Os Seis em Ponto. Este foi o disco de estréia de seis ‘garotos’, como definiu Ronaldo Boscoli no texto de contracapa do disco. Todos estreantes no mundo do disco, mas desde cedo focados na ideia de formarem um conjunto musical. E foi em 1966 que eles conseguiram gravar e lançar este álbum pelo selo RGE. Formado por Francis Hime (piano), Alberto Hekel Taveres (flauta), Carlos Alberto Cumarão (trombone), Nelson Motta (violão), Carlos Eduardo Sadock de Sá (contrabaixo) e João Jorge Vargas (bateria), Os Seis em Ponto nos apresenta um repertório fino e moderno para sua época. Músicas de Tom Jobim, Carlos Lyra, Vinícius de Moraes, Théo, Oscar Castro Neves, Edu Lobo, Roberto Menescal e Ronaldo Boscoli e também composições de Francis Hime em parceria com João Vitorio: “Mar Azul”, “Amor A Esmo” e “Se Você Pensar”. Os arranjos são também de Francis Hime. Um disco que conta ainda com texto de Tom Jobim. Tido como uma promessa de sucesso, infelizmente Os Seis em Ponto, mesmo com um repertório de primeiríssima, não chegou a emplacar. Por outro lado, seus membros seguiram cada qual um caminho. Francis e Nelson Motta foram os que mais se destacaram seguindo carreiras de sucessos e reconhecimento de público. Mais uma vez vamos trazê-los para o nosso toque, até porque, desta vez o pacote vem completo, com capa, contracapa e selos. Não deixem de conferir no GTM.
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Marlene – É A Maior! (1970)
Boa noite, meus caríssimos amigos cultos e ocultos! Então, finalizando nossas postagens de 2019, trago com prazer este raro lp com a cantora Marlene. Marlene é a maior! (e tenho dito!). Antes, porém, quero deixar aqui os meus votos de um feliz 2020. Desejo a todos um ano menos ruim do que foi este. Pois, sinceramente, não vejo muita luz no fim do túnel, pelo menos nesses próximos anos. Estamos vivendo hoje um momento de castigo, um país assolado pela ignorância, pela intolerância e pela falta de tudo que é básico, educação, saúde e cultura. Estamos tomados por uma onda de obscurantismo, uma regressão social de causar espanto. O brasileiro tem se mostrado um povo de uma tamanha ignorância que dá medo. Nessas horas fico pensando se vale a pena continuar levando cultura a essa gente. Aqui mesmo, entre nossos amigos cultos e ocultos há, com certeza, tipos reacionários retrógrados, pessoas toscas e mal informadas, gente que colaborou e ainda colabora para esse estado político crítico e polarizado. Na verdade, a polarização é uma consequência e essa, hoje, já não me permite sentir bem ao lado da toxidade de algumas pessoas. Acredito ter exorcizado boa parte desses diabos em minha vida e ao meu redor, mas eles continuam presentes, ocultos quase sempre. Toda essa situação é muito desanimadora e se nos últimos tempos nosso Toque Musical andou devagar, quase parando, podem ter certeza, foi mesmo por conta desses desencantos. Mas sei que não devemos parar, não é hora de entregar o jogo. O TM continua em 2020 acreditando no Brasil. Continuaremos nossas postagens, pois esse prazer que nós nos propomos não pode acabar. Ainda há sensibilidade por aqui… Feliz 2020!
Selando então 2019, vamos com este disco “É a maior! com Marlene” que é literalmente um show. Um show criado por Fauzi Arap e Hermínio Bello de Carvalho, trazendo a extraordinária Marlene, que mesmo já longe dos tempos áureos do rádio continuava a fazer sucesso. Este disco é na verdade uma gravação ao vivo do show de sucesso, realizado em 1970. Neste, temos ainda a participação de gente importante com Arthur Verocai que foi o diretor musical e também fez parte do conjunto que acompanha a cantora formado por nomes de peso, Helvius Vilela (piano), Novelli (baixo) e Gegê (bateria). O álbum tem versões de clássicos da nossa música com composições de Caetano Veloso, Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, Marcos e Paulo Sérgio Valle, Milton Nascimento e outros… Taí, finalizando a parada com este disco já visto em outros blogs, mas é no Toque Musical que ele encontra seu porto seguro. Confiram no GTM.
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