Bola Sete – Bola 7 E 4 Trombones (1959)

Voltando aos pioneiros da guitarra elétrica, hoje temos o genial Bola 7, músico que ganhou espaço e fama internacional, principalmente a partir dos anos 60 quando se mudou de vez para os Estados Unidos, seguindo uma sólida carreira como instrumentista ligado ao jazz. Já postamos outro disco dele aqui, creio que o primeiro, lançado em 57 pela Odeon. Agora, temos ele de novo, ainda nos anos 50, acompanhado por quatro trombones, num repertório bem ao estilo da época, voltado para os dançantes.
Repito aqui o texto de apresentação do artista que fizemos no disco anterior…
Djalma Andrade, mais conhecido como Bola Sete. Violonista prodígio, iniciou sua carreira nos anos 40. Trabalhou ao lado de Ary Barroso por alguns anos no Programa “Trem da Alegria”. Formou logo em seguida seu conjunto, tendo como cantora Dolores Duran. Nos anos 50 excursionou pela América Latina e também esteve na Europa, se apresentando na Espanha com sua orquestra. Já era um músico destacado e internacional. Entre os diversos artistas brasileiros que debandaram para os ‘states’, Bola Sete foi um deles. Seguindo os passos de Luiz Bonfá e Laurindo de Almeida nos anos 50, o violonista foi também em busca do estrelato. Participou da noite de estreia da Bossa Nova, no Carnegie Hall, com o seu trio formado por Tião Neto no baixo e Chico Batera na percussão. Depois de algumas apresentações na terra do Tio Sam, ele acabou sendo contratado como artista exclusivo da rede de hotéis Sheareton, onde trabalhou durante uns três anos. Tocou com feras do jazz como, Dizzie Gillespie e Vince Guaraldi. Era considerado por muitos como o precursor do chamado ‘Latin Jazz’. Gravou por lá uma dezena de discos, dos quais poucos chegaram ao Brasil. Como adotou os Estados Unidos como sua morada, acabou se tornando esquecido em seu pais natal. Morreu na California em 1987.
 
não vou pra brasília
mambeando
mister jimmy
the i love
intrigas no boteco do padilha
foi você
eu quero um samba
calypsilone
piteuzinho
jersey bounce
mañana
ouça/dó ré mi/maria
 
 
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Luiz Delfino E Os Esquilos Cantores (1959)

Uma rara curiosidade temos hoje para vocês, Luiz Delfino e Os Esquilos Cantores. Segundo nos informa o saudoso Samuca em um comentário no Youtube, no canal do colecionador Luciano Hortêncio, esta gravação foi lançada em 1959, originalmente em disco de 78 rpm pela Odeon, que no ano seguinte relançaria no formato 7 polegadas (BZA 1026). Trata-se de um versão de “Christmas don’t be late”, de Ross Bagdasarian, criador de “David Seville and the Chipmunks”, em 1958 e que logo seria transformado em “Alvin e Os Esquilos”, uma franquia de sucesso que também virou desenho animado e foi também explorado com sucesso como programa na televisão americana. Aliás, um sucesso que acabou chegando aqui no Brasil, tendo o ator Luiz Delfino como o protagonista ao lado dos ‘esquilos’. Delfino, para os que não sabem começou no rádio, foi casado com a cantora Marlene, atuou também em muitos filmes e se popularizou na televisão em programas de humor, novelas e mini séries. Esta versão gravada por ele foi também lançada em Portugal pelo selo Parlophone. Como não existe uma capa para o disquinho, nós aqui procuramos fazer a embalagem de maneira que o produto ficasse mais atraente. Confiram no GTM 😉
 
a gaita do alvinho
canção dos esquilos
 
 
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Silvia (1967)

Ainda vamos neste rodízio fonomusical alternando entre um lp e um compacto. Em breve, abriremos também para os cd’s, afinal, como já dissemos outras vezes, muita produção musical a partir dos anos 90 foi órfã do vinil, não tiveram a oportunidade de serem verdadeiramente um álbum, um lp…
Mas deixemos de conversa e vamos logo apresentando o disquinho de hoje, um compacto duplo, o primeiro disco da cantora Silvinha. Disco este que já sinalizava para o primeiro lp, que viria em seguida, graças ao sucesso deste 7 polegadas que tem…
 
minha primeira desilusão
ri melhor quem ri por último
nunca mais
a gatinha
 
 
 
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Dalva De Oliveria – Parabéns Belém (1966) 

Há tempos atrás alguém me enviou os arquivos deste curioso e raro compacto com a cantora Dalva de Oliveira, disquinho este que até então eu não conhecia. Trata-se de um lançamento promovido por uma antiga e famosa loja de departamento, a Radiolux (tipo Mappin, Mesbla, Casas Bahia…), que existia em Belém do Pará, comemorando os 350 anos da cidade, naquele ano de 1966. Segundo contam, a composição principal do disquinho, “Parabéns Belém”, é uma homenagem à cidade, de autoria dos proprietários das Lojas Radiolux. Certamente, a produção foi limitada e assim poucos devem ter ouvido ou conhecer essa raridade. O compacto simples foi gravado por Dalva de Oliveira quando atuava pelo selo Odeon, em 1966. Nesta época, Dalva ainda se recuperava do terrível acidente de transito que vitimou quatro pessoas, sendo que ela também se machucou bastante. Ela retomaria a carreira e ao público de verdade, no início dos anos 70. Portanto, este compacto, para a grande maioria de nós, era até então um trabalho obscuro. Para os que não conhecem, confiram no GTM…
 
parabéns, belém
consagração do samba
 
 
 
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Fafá Lemos E Luiz Bonfá – Bonfafá (1958)

Seguimos nesse alternado, desta vez com um lp. E que disco bacana, diga-se de passagem… Aqui temos dois grandes instrumentistas, Luiz Bonfá e Fafá Lemos. Um encontro musical da melhor qualidade, momento em que Fafá Lemos assinava com a Odeon, permitindo assim esse encontro musical. Para completar, eles vem acompanhados por Ed Lincoln no contrabaixo e Hugo Lander na bateria. O repertório é dos mais agradáveis, entre sambas e ‘standards’ da música americana. Só clássicos…
 
o apito no samba
april in paris
na pavuna
speak low
favela
pastorinhas
carinhoso
a voz do morro
stella by starlight
tantos anos
tanto amor
uma prece
 
 
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Steve Bernard – No Tempo do Onça (1958)

Olha aí mais um compactozinho das antigas. Este sim, um dos primeiros, ainda no padrão internacional de 45 rpm e com o furo central adaptável para jukebox e radiolas. Outra curiosidade deste compacto é que ele faz aqui o papel de um lp de 10 polegadas. Creio que era um momento onde dois formatos se consagram, o lp de 12 polegadas e o disco compacto, de 7. A produção das bolachas de 78 rpm já sendo reduzida. No caso aqui, temos um compacto pensado para jukebox, para momentos dançantes, privilegiando um estilo, o ‘charleston’ (musica de cabaré americano, se é que se pode dizer assim). E no caso aqui o que temos é uma seleção de uns 15 minutos de cada lado, um ‘medley’ com uma seleção de 12 temas da música americana.
Steve Bernard nós já o apresentamos aqui no Toque Musical algumas vezes, organista romeno que veio para o Brasil na década de 50. Tocou nas famosas boates do Rio e São Paulo. Acompanhou conjuntos, orquestras e cantores. Lançou um dezena de discos pela Sinter, RCA, Victor, Polydor, Continental e Odeon.
 
charleston
sweet georgia brown
margie
i can’t give you anything but love
whispering
ain’t she sheet
dardanella
dinah
fascinating rhythm
black botton
i had to be you
charleston
 
 
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Avena De Castro – Suave E Dançante (1960)

Começamos a semana trazendo de volta os ‘long plays’. Por certo, ainda não esgotamos nossas postagens de compactos, esses também continuam alternando dentro da nossa vontade e necessidade. Por hora, vamos com este lp lançado em 1960, pela Odeon. Temos aqui e mais uma vez no Toque Musical o instrumentista Avena de Castro numa seleção de sucessos dançantes, nacionais e internacionais, bem comum naquela época, com arranjos e regido por Leo Peracchi e Lindolfo Gaya. Avena de Castro foi um citarista que adaptou a cítara  para a música popular, fazendo muito sucesso e despertando novos entusiastas para o instrumento.
 
ouça
maria helena
sorriu pra mim
dos almas
around the world
moritat
always in my heart
nova ilusão
ruega por nosotros
por você
by thelight of the silvery moon
avalon
 
 
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Quinteto Da Escola De Minas De Ouro Preto (1959)

Olha aí o toque desta quinta feira… Aqui temos um raríssimo e porque não dizer, obscuro disquinho que os amig@s vão tod@s apreciar. E logo, não demora, vai estar completo no Youtube, monetizado como cabe a tudo que passa por aqui de graça. A graça e o prazer de ouvir com outros olhos…
Mas voltando ao que interessa, aqui temos um compacto duplo, em 45 rpm, lançado pela Odeon no ano de 1959, trazendo um grupo musical vindo da cidade de Ouro Preto. Trata-se de um jovem quinteto formado por estudantes da Escola de Minas, de Ouro Preto. Formado por Ubirajara Quaranta Cabral (Bira) no piano; Helser Dornas Antunes (Madrugada) no acordeon; Fernando Versiani dos Anjos (Passarinho) no sax; Roberto Augusto Barbosa (Menescau) no contrabaixo e Petronius Trópia Marzano (Van Johnson) na bateria. Este conjunto fazia sucesso nas noites frias daquela cidade barroca. Segundo consta, o grupo se apresentava nos finais de semana, em bailes e shows, tinham um repertório sofisticado, antenados com o jazz e a bossa nova que ecoava entre as montanhas e em especial nesta cidade turística. Infelizmente, não ficou muita coisa registrada sobre eles, não muita referência na rede e talvez quem ainda se lembra do quinteto é o povo do lugar. E este disquinho… ah, este disquinho, apesar dos estalos, vale ter na coleção 😉
 
love is here to stay
toma que é teu
seleção caymmi
situação irregular
 
 
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Teddy Milton (1964)

Olá, meus amigos… seguindo com mais um compacto. Desta vez trazendo o cantor Teddy Milton, representante da Jovem Guarda no interior paulista, vindo de Jundiaí. Foi descoberto por Tony Campello, que também foi quem cunhou o nome artístico do cantor Milton da Cunha. Como tantos outros artistas da fase Jovem Guarda, ficou também só nos compactos, ao que se sabe, gravou ao longo da carreira uns cinco 7 polegadas até por volta dos anos 70. Este, ao que parece, foi seu segundo disco, lançado pela Odeon em 1964. Compacto simples, traz duas versões…

meu broto (my bonnie)
primeira estrela  (first star)
 

Fafá Lemos – Violino Travesso (1959)

Bom dia a todos, amigos cultos e ocultos! Aqui e mais uma vez temos a presença do violinista Fafá Lemos, em disco pelo selo Odeon, lançado em 1959. O lp traz uma seleção bem variada de sucessos entre samba, fado, bolero, música francesa e ‘standard’ da música americana. Nosso artista, além de dominar seu violino com maestria, também canta e encanta :), fazendo assim deste “Violino Travesso” um agradável momento, para dançantes e outros ouvintes. Confiram…
 
carne de gato
tudo isso é fado
jamais
mon couer est un violon
melodie d’amour
over the rainbow
ora veja só
auf wiedersehn, my dear
samba pizzicatto
darling je vous aime beaucoup
 
 
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Trio Irakitan – Mais Sambas Que Gostamos De Cantar (1961)

Boa hora, amigos cultos e ocultos! Aqui mais um, ‘prata da casa’, com o dizem… Temos hoje e mais uma vez, o delicioso Trio Irakitan, grupo que tem entre nós uma legião de fãs. Já postamos vários discos deles e agora trazemos mais um, o  “Mais sambas que gostamos de cantar”, uma continuação de discos anteriores onde o repertório era todo de sambas. Aqui, mais uma vez, eles nos trazem essa série que tem Noel Rosa, Assis Valente, Benedito Lacerda e muitos outros… Figurinha bem comum, mas sempre apreciada. Confiram no GTM.
 
maria boa
rosa maria
juracy
o sol nasceu pra todos
enlouqueci
helena vem me buscar
emilia
despedida de mangueira
abrea janela
não me diga adeus
século do progresso
 
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Custódio Mesquita – A Musica de Custodio Mesquita (1957)

promessa – oswaldo borba
saia do meu caminho – dalva de oliveira
rosa de maio – trio irakitan
preto velho – roberto paiva
mulher – carolina cardoso de menezes
noturno – roberto paiva
velho realejo – orlando silva
pretinho – claudia moreno
 
 
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João Gilberto – O Amor O Sorriso E A Flor (1960)

Boa hora, caros amigos cultos e ocultos! Hoje vamos ‘chover no molhado’, como dizem. Aqui temos um disco e um artista que dispensa apresentações, nosso genial João Gilberto e talvez nem precisaríamos postar dele um lp oficial, visto que já publicamos muitas outras coisas, como alguns registros históricos e em especial as gravações na casa do fotógrafo Chico Pereira, que deu muito ibope e o que falar… Mas desta vez, achei por bem trazer esta rara versão de “O amor, o sorriso e a flor”, segundo álbum de João, lançado em 1960, com produção de Aloysio de Oliveira. Duas curiosidades fazem parte deste disco, foi a primeira vez que se colocava impressa na contracapa as letras das músicas, dando assim ao ouvinte a oportunidade de acompanhar o conteúdo musical. Um tendência que seria adotada desde então para muitos discos. Outra curiosidade e aqui foi a que nos levou a postá-lo, uma versão estereofônica, coisa ainda incomum para discos lançados no Brasil naquela época. E este lp aqui é uma versão original, certamente lançada com a versão mono que é a mais comum. Difícil de se ver um exemplar deste e também de se ouvir. É por essas e por outras que hoje ele é o nosso toque musical. Confiram no GTM…
 
samba de uma nota só
doralice
só em teus braços
trevo de quatro folhas
se é tarde me perdoa
um abraço no bonfá
meditação
samba de uma nota só
o pato
corcovado
discussão
amor certinho
outra vez
 
 
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Dorival Caymmi – Canções Praieiras (1955)

Boa hora a todos, amigos cultos e ocultos! Passando pelo “D”, achei outro disquinho aqui que há tempos já devia ter sido postado no Toque Musical. Disquinho, no bom sentido, talvez pelo tamanho, um lp de 10 polegadas, aqueles dos anos 50. Dorival Caymmi é um medalhão da nossa MPB e por certo, um dos poucos que fazemos questão, aqui no TM, de compartilhar em nosso grupo, muito embora sabendo que facilmente pode ser baixado e ouvido integralmente em várias outras ‘praças’. Além do mais, convenhamos, este baiano era foda! E aqui temos dele o lp, lançado em 1955, pela Odeon, no qual temos a deliciosa seleção de algumas das suas mais famosas canções relacionadas ao mar, a praia, pescadores, seus amores e suas jangadas. Um retrato musical de uma Bahia litorânea que para muitos ficou na saudade. Além do mais, ouvir Caymmi é sempre uma benção. Estejamos hoje todos abençoados. Salve o baiano!
 
quem vem pra beira do mar
o bem do mar
o mar
pescaria (canoeiro)
é doce morrer no mar
a jangada voltou só
a lenda do abaeté
saudades de itapoã
 
 
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Trio Esperança (1965)

Boa hora, amigos cultos e ocultos! Em nossa última semana de janeiro, ainda nos compactos, trago aqui este disquinho do Trio Esperança. Ele já foi apresentado aqui há algum tempo atrás, mas em bloco, com outros discos de sete polegadas e na época foi sem a capa original. Assim, já com o disco na mão, porque não postá-lo novamente, né? 🙂 Então, aqui temos dois sucessos que ficaram marcados nos anos 60: “Festa do Bolinha”, música de Roberto e Erasmo Carlos  e “Downtown”, hit internacional em uma versão de Rossini Pinto que se chamou “Não me abandone”. Nada de novo no ‘front’, mas que agrada em cheio. Confiram no GTM…
 
não me abandone
festa do bolinha
 
 
 

Marcos Valle (1968)

Bom dia, companheiros, amigos cultos e ocultos! Porque hoje é sábado… hehehe… Uma boa desculpa ou razão para trazer de volta este compacto do Marcos Valle, uma amostra do seu lp de 1968, “Viola Enluarada”. Eu já havia postado este disquinho aqui há uns 10 anos atrás, mas só que foi em bloco, num conjunto de outros discos de sete polegadas, creio que ninguém nem lembra mais, nem eu me lembrava e talvez sabendo disso, nem teria re-postado, mas em se tratando de um artista como o Marcos Valle, sempre vale a pena ver e ouvir de novo. Aqui temos ele em dois momentos apresentando a canção título do lp, “Viola enluarada”, com a participação de Milton Nascimento e “Pelas ruas do Recife”, também de sua autoria com o irmão Paulo Sérgio. Disquinho encantador, merece estar aqui e em destaque 😉
 
viola enluarada
pelas ruas do recife
 
 
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Abílio Manoel – Compacto Bom Dia Amigo (1973)

Bom dia, amigo, bom dia, irmão! Bom dia, meus caros amigos cultos e ocultos! Com o espírito do positivismo e aquele esperança que não morreu, aqui vamos no embalo de um novo ano, esperançoso de que 2022 seja um ano de renascimento, em todos os sentidos. Afinal, como dizem, após a tempestade vem a bonança. Que seja este o ano da iluminação.
Para hoje, vamos com este disquinho compacto que eu gosto muito e me acompanha há tempos. Temos aqui o cantor e compositor Abílio Manoel, um artista o qual já apresentamos aqui em dois momentos. Creio até que este disquinho entrou de bônus numa dessas postagens, mas independente disso, hoje ele será nosso destaque. Abílio Manoel, um cantor de origem portuguesa, naturalizado brasileiro foi um artista muito atuante no final dos anos 60 e durante os anos 70. Gravou um dezenas de lps e em quase todos teve também os compactos. Aliás, há mais compactos dele do que lps. Em 1973 a Odeon lançou três disquinhos, dois compactos de lps e este contendo com destaque a canção “Bom dia, amigo”, música que só saiu neste disquinho e que foi um dos seus grandes sucessos. Abílio Manoel teria tido mais sucesso em sua carreira se nesse período não tivesse ido para o México, perdendo assim oportunidades para se firmar mais ainda com um grande compositor brasileiro. Mas ainda assim é um artista que não poderemos esquecer. Vamos mais uma vez prestigiar este disquinho que, evidentemente, não foi repostado aqui por acaso. Ele é uma saudação aos amigos cultos e ocultos, com votos de um feliz 2022. Vamos lá? 🙂
 
bom dia amigo
se eu fosse rei
 
 

Luiz Gonzaga Jr. (1972)

Boa hora, amigos cultos e ocultos! Depois do pai, é hora do filho… quer dizer, depois do Gonzagão, que tal um Gonzaguinha? Está aí, um compacto da melhor qualidade. E, pessoalmente, acho, este foi o melhor disquinho de 7 polegadas deste artista. Digo isso porque nele temos duas de suas pérolas, músicas que viriam a serem lançadas em seus dois lps, de 73 e 76. Duas músicas que continuam muito atuais e diz muito a respeito do momento cretino que hoje vivemos…
 
um sorriso nos lábios
comportamento geral
 
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Dorival Caymmi – Eu Vou Pra Maracangalha (1957)

Boa hora, meus caros amigos cultos e ocultos! Vez por outra fico meio sem tempo e sem meus auxiliares, daí o diário acaba ficando no atraso… Hoje e mais uma vez vou postando aqui um ‘disco de gaveta’. Por sinal, um disco sempre tentador e que talvez já deveria estar por aqui. Mas estamos falando de Dorival Caymmi e muito embora a gente já tenha publicado vários de seus disco, este é um clássico, ainda em 10 polegadas. Nem carece de maiores apresentações. Quando o chamo de ‘disco de gaveta’ é porque eu queria manter o ritmo 10-12 polegadas. Hoje é dia de 10′ e este foi o primeiro que tirei da gaveta, para a nossa grata surpresa. Sem mais, vamos com Caymmi pra Maracangalha…
 
samba da minha terra
saudade da bahia
acontece que eu sou baiano
fiz uma viagem
vatapá
roda pião
365 igrejas
 
 
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Mário Gennari Filho – Ritmos Dançantes (1954)

Boas horas, amigos cultos e ocultos! Aqui temos para hoje, em nossa mostra ’10-12 polegadas’, um disco do paulista Mário Gennari Filho, compositor e multi-instrumentista, mas com destaque para o acordeom, instrumento para o qual ele criou até uma escola, tendo formado inúmeros acordeonistas. Já apresentamos outro disco dele aqui no Toque Musical e mais uma vez estamos trazendo este que foi o primeiro 33 rpm gravado por ele. Se não há engano, as músicas deste disco foram lançadas originalmente em bolachões de 78 rpm que ele gravou logo no inicio dos anos 50. Aqui vamos encontrar um repertório de sucessos e entre esses, há de se comentar, a faixa “Zingara’, música na qual participa o genial Garoto tocando guitarra havaiana, um primor e uma das interpretações mais interessante dessa música. Na verdade, o disco é todo bom, vale conferir quem ainda não o conhece.
 
ta-hi
velho romance
maringá
baião caçula
de papo pro ar
zingara
casinha na colina
garota
 
 
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Nelson Cavaquinho (1973)

Boa hora, amigos cultos cultos e ocultos! Boa hora é uma boa, pois serve para qualquer momento e não apenas para o momento do blogueiro aqui 😉 A qualquer dia, a qualquer hora, está valendo a saudação. Vou adotar, a partir de agora, ok?
Muito bem, nosso artista/disco de hoje é mais um daqueles que estavam faltando por aqui, tanto a pedidos quanto pela própria necessidade. Já tivemos no Toque Musical praticamente tudo do Nelson Cavaquinho, inclusive estas mesmas gravações lançadas com outra capa em disco do mesmo ano para o selo Fenix, da Odeon. O lp que apresentamos parece ser a edição original, com selo Odeon. Esta então é uma nova oportunidade de conferir no GTM um dos melhores discos de samba feitos até hoje.
 
juízo final
folhas secas
caminhando
minha festa
mulher sem alma
vou partir
rei vadio
a flor e o espinho
se eu sorrir
quando eu me chamar saudade
pranto de poeta
é tão triste cair
pode sorrir
rugas
o bem e o mal
visita triste
 
 

Adoniran Barbosa (1974)

Ilustríssimos amigos cultos e ocultos, meu cordial boa noite! Finalmente, conseguimos reativar nossa conta no Mediafire. Vocês irão observar isso no GTM.
Para hoje temos um disco que sempre quis postar aqui, mas por razões diversas acabou ficando… E hoje é então o seu dia 🙂 Dia de Adoniran Barbosa (não é aniversário não, viu, gente?) Estava aqui dando sopa, achei por bem publicar de uma vez. Não há nada de novidade neste lp, disco de carreira, lançado em 1974, um clássico, com certeza e que não pode faltar em nossa discoteca. Aqui temos Adoniran regravando, de maneira definitiva um pouco de sua obra. Imperdível… 😉
 
abrigo de vagabundo
bom dia tristeza
as mariposas
saudosa maloca
iracema
já fui uma brasa
trem das onze
prova de carinho
acende o candieiro
apaga o fogo mané
véspera de natal
deus te abençoe
 
 

Conjunto Melódico De Norberto Baldauf – Ritmos Da Madrugada (1955)

Boa noite, meus prezados amigos cultos e ocultos! Aqui estamos com mais um disquinho de 10 polegadas. Desta vez temos os gaúchos, Norberto Baldauf e seu Conjunto Melódico em seu primeiro lp, lançado pela Odeon, em 1955. Este grupo viria a trilhar os mesmos caminhos do já conhecido nacionalmente, Grupo Farroupilhas. Eles foram para o Rio de Janeiro gravar uma bolacha de 78 rpm, acabaram fazendo sucesso, o que lhes rendeu outros retornos a Cidade Maravilhosa e mais discos gravados. Desses, para um lp com várias músicas, não tardou a chegar. Muito bem recebidos pelo público, acabaram conseguindo a chance de gravar este que foi o lp de estreia. “Ritmos da Madrugada” fez grande sucesso, o que garantiu ao grupo outros lançamentos. Em seu repertório temos uma seleção de sambas clássicos, baião e tango. Duas dessas composições (Baião na Espanha e Duas Rotações) são de autoria de Victor Canella, o grande acordeonista do grupo. Tudo feito de maneira dançante, transformando o lado A, num verdadeiro pot pourri. Muito bom esses gaúchos, vale a pena conhecer…
 
feitiço da vila
no rancho fundo
sinceridad
peguei um ita no norte
felicidade
canção da volta
fita amarela
baião na espanha
copacabana
mano a mano
duas rotações
 
 

Dorival Caymmi – Sambas (1955)

Olá, amigos cultos e ocultos! Entre tantos discos que já postamos aqui, alguns são realmente essenciais e se nunca chegaram a ser publicados, um dia acaba acontecendo… Os discos de Dorival Caymmi são um bom exemplo. E no caso deste grande artista, a vontade é de ter por aqui toda a sua discografia, mesmo que apresentada em doses homeopáticas 🙂 É sempre um grande prazer postar no Toque Musical discos e artistas dos quais sou realmente fã. E aqui, no caso, tenho este pequeno lp, maravilhosa e original edição em dez polegadas, lançada pela Odeon, em 1955. “Sambas de Caymmi” é um disco clássico, onde encontramos um repertório praticamente quase todo inédito e que inevitavelmente faria o maior sucesso. Aqui está ele, o exemplar que ganhei de um vizinho. O álbum está muito bem conservado, apenas com uma avaria na contracapa. Mas o que me chama a atenção é que nele veio um encarte trazendo as letras das canções. Coisa rara de se ver nesses albinhos dos aos 50. Eis aí um exemplar que merece o nosso toque musical. Como sempre, arquivo completo, podem conferir no GTM 😉
 
sábado em copacabana
não tem solução
nunca mais
só louco
requebre que eu dou um doce
vestido de bolero
vizinha do lado
roda morena
 
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Os Cinco Crioulos – Samba No Duro Vol. 2 (1968)

Boa noite, meus caríssimos amigos cultos e ocultos! Era para começarmos pelo primeiro volume, mas nem sempre conseguimos seguir essa ordem. Eis aqui Os Cinco Crioulos e o “Samba no duro”, volume 2. Este lendário grupo, com cinco feras do samba carioca: Jair do Cavaco, Nelson Sargento, Elton Medeiros, Mauro Duarte e Anescarzinho do Salgueiro surgiu em 1967, gravando o primeiro volume dos três que se seguiram, em 1967. Todos os três discos foram lançados pela Odeon. É certo que no primeiro volume, no lugar de Mauro Duarte havia Paulinho da Viola. Mauro entra a partir deste segundo disco. Realmente, um time fantástico de sambistas e uma seleção musical exemplar, não foi atoa que rendeu três disco. Neste volume 2 vamos encontrar…
 
primeira escola
lavadeira
arrasta a sandália
juro
quanta dor
bom conselho
abre a janela
grande dor
vaidosa
eu só voltarei
desculpar não desculpei
eu e o samba
 
 
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Steve Bernard – Interpretações De Steve Bernard (1958)

Boa noite a todos amigos cultos e ocultos! Nosso encontro de hoje é com o organista Steve Bernard, figura que já esteve presente aqui em coletâneas da Odeon, onde este artista gravou seus primeiros discos no Brasil. Steve Bernard era um músico romeno que fugindo da guerra na Europa, veio parar por aqui, onde acabou se tornando conhecido como músico, tocando em rádios, televisão e também fazendo apresentações em algumas casas noturnas. Steve Bernard acompanhou Edith Piaf, Yves Montand e outros grandes nomes da música internacional. Seu instrumento era o orgão Hammond e aqui neste pequeno lp de dez polegadas temos ele acompanhado por um conjunto, numa seleção musical dançante, mista, com temas famosos, nacionais e internacionais. Sinceramente, me atraiu mais pela capa, mas isso é uma questão pessoal. Posso dizer que boa parte do que postei até hoje no Toque Musical, necessariamente, não é o meu gosto pessoal. Ou por outra, eu diria, tudo em sua hora. O que não pode faltar é qualidade ou algo de especial ou diferente, que valha estar aqui em nosso Toque Musical. E nesse sentido, este lp não foge a regra. Confiram no GTM…
 
love is a many splendored
moriat
stardust
lisboa antiga
ninguém me ama
nosso adeus
só pode ser você
corcovado
 
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Conjunto Brasil Sonoro – Uma Aventura Em Ritmos Brasileiros (1956)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Aqui vai mais um disco de 10 polegadas, e também uma boa raridade, dessas que a gente só encontra nos blogs musicais e no Mercado Livre, sempre com preços absurdos como cabe aos especuladores. Para se ter uma ideia, tem maluco vendendo este disco por 800 pratas! Sem dúvida se trata de uma raridade, mas mesmo um colecionador de verdade não pagaria tanto, creio eu. Digo isso por se tratar de um título muito específico e um gênero musical que hoje em dia pouco interessa ao público consumidor de vinil. Só mesmo o colecionador e esse quando o é de verdade, só paga caro se for o único e item que falta para fechar coleção. Enfim, cada um vende e compra da forma que quiser, “o importante é que a nossa emoção sobreviva”, já dizia o poeta.
Mas então, temos aqui o Conjunto Brasil Sonoro, um disquinho de dez polegadas produzido e encabeçado pelo flautista Altamiro Carrilho que comanda o time de músicos deste conjunto instrumental. Segundo informações, após gravarem este disco, no ano seguinte, a Odeon estaria lançando um segundo lp, desta vez em disco de doze polegadas, na linha dançante, e desta vez destacando o nome de Altamiro na capa. Aqui, neste primeiro disco o Conjunto Brasil Sonoro procura nos mostrar um repertório com músicas de diferentes gêneros existentes no Brasil. Tem choro, samba, baião, polca, maracatu e tango, tudo muito bem produzido e buscando nuances sonoras originais. Bem bacana e diferente para a época. Vale muito conhecer…
 
candolé
elegante
festa popular
não é bem isso
polquinha do realejo
viva o samba
maracatu
fazenda da boa união
 
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Sua Excelência O Samba Canção (1957)

Olá, a todos os amigos cultos e ocultos! Segue o toque… Hoje é dia de dez polegadas e aqui temos um disquinho da Odeon, uma coletânea na qual ela apresenta oito de seus artistas em oito momentos musicais. E em se tratando de Odeon o time aqui não é qualquer um: Sylvia Telles, Dorival Caymmi, Heleninha Silveira, Roberto Luna, Trio Irakitan, Orlando Silva, Dalva de Andrade e Isaura Garcia. Todos defendendo uma só bandeira, a do samba canção, verdadeira excelência e riqueza da nossa música popular. E nesta seleção musical não há como errar, é ligar o som e cantar junto 😉
 
foi a noite – sylvia telles
só louco – dorival caymmi
molambo – roberto luna
não diga não – heleninha silveira
prece – dalva de oliveira
contando estrelas – isaura garcia
braza – orlando silva
siga – trio irakitan
 
 
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Dalva De Oliveira – A Voz Sentimental Do Brasil (1953)

Bom dia, boa madrugada a todos amigos cultos e ocultos! E enquanto houver estoque, vamos nessa dobradinha de postagens, alternando com discos de 10 e 12 polegadas. 
Aqui um exemplar do primeiro lp gravado por Dalva de Oliveira em 33 rpm e também um dos primeiros lps lançados no Brasil, este, da Odeon, em 1953. Nele temos Dalva de Oliveira e orquestra interpretando uma seleção musical com sete sambas e uma toada, um repertório de sucessos, algumas dessas músicas já gravadas por ela. Mas aqui ganham mais personalidade, a marca oficial do ‘Rouxinol do Brasil’ ou ainda, ‘A Voz Sentimental do Brasil’, a inesquecível Dalva de Oliveira.
Vamos conferir no GTM…
 
ave maria
poeira do chão
senhor do bonfim
palhaço
segundo andar
errei sim
calúnia
esta noite serenou
 
 
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