5º Festival De Música Popular Brasileira De Juiz De Fora (1972)

De volta aos lendários festivais de música popular, aqui temos um disco que ainda não havíamos apresentado. Trata-se da quinta edição do Festival de Música Popular Brasileira de Juiz de Fora, cidade do sudoeste de Minas Gerais, que já naquele início dos anos 70 era palco para eventos históricos da música popular. Aliás, de 1968 a 1973 a cidade mineira (de sotaque carioca) já trazia esse gosto cultural, coisa que mesmo a capital, Belo Horizonte, mais distante que o Rio de Janeiro e talvez por conta disso mesmo, não se destacava com tanta desenvoltura. Conforme nota da época, o 5º Festival de Juiz de Fora, foi um festival dos mais concorridos, apresentando grandes nomes e expoentes da música popular, como Milton Nascimento, Paulinho da Viola, Alaide Costa, João Nogueira, Gonzaguinha e muitos outros. Diferente de outros festivais, esse acabou, por decisão dos organizadores e juri, tendo um caráter não competitivo, sendo assim mais seletivo e visto mais como uma ‘feira muiscal’. O disco, lançado pela Odeon traz um registro histórico, gravado ao vivo, apresentando os onze finalistas…
 
tristeza pé no chão – clara nunes
viva méxico – piri
depois do trovão – luiz gonzaga junior
zero zodíaco – alaide costa
pessoas – joyce
alô madureira – joão nogueira
vamos por aí – sá rodrix e guarabyra
o que será de nossas vidas – lucinha lins
stelapar nº1 – sonia ferreira
 
 
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Trio Irakitan (1963)

Aqui mais um long-play do lendário Trio Irakitan e no caso, em um dos mais interessantes discos de sua carreira. Álbum lançado em 1963, pela Odeon. Neste lp vamos encontrar um repertório onde eles flertam com a Bossa Nova, mas também há espaço para o samba e o bolero. Disco com produção artística de Ribamar, direção de Lyrio Panicalli e orquestrações de Paulo Tito.
 
lá muito além
camarqadinho
balansamba
a flor saudade
minha imaginação
rancho da encruzilhada
samba simples
último beijo
só danço samba
sozinho
tão só
 
 
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Sacha – Seven To Seven With Sacha (1960)

Seguindo, aqui temos mais uma vez o lendário pianista Sacha Rubin que fez parte da história das casas noturnas dos anos 50 e 60. Foi pianista de boates como a ‘chiquérrima’ Vouge e também das não menos badaladas, Balaio e Seven To Seven, de sua propriedade. Este lp, assim como outros de Sacha, procura trazer a atmosfera musical, o repertório do que embalava as noites nessas boates. As músicas são apresentadas em sequência, sem pausa, num extenso pot pourri, sendo mais de vinte, entre temas nacionais e internacionais. Um pianista divagando entre um variado leque de canções e ritmos, eventualmente acompanhando por um conjunto com músicos como Cipó, Dom Um Romão, Luiz Marinho, Rubens Bassini e outros.. Por aí já dá pra sentir a qualidade da coisa…
 
‘til tomorrow
the very thought of you
too marvelous for words
ace in the hole
a felicidade
eu sei que vou te amar
o nosso amor
samba de orfeu
manhattan
ich waer’so gern einmal verliebt
close to you
roses of picardy
frag night warum ich gehe
rede rose for a blue lady
in einem kleinen cafe
tua
carina
indiscreet
dancing on the ceiling
the best of everything
talk to me
chuvas de verão
brigas nunca mais
o orvalho vem caindo
a room with a view
just in time
please
the last time
 
 
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Golden Boys – Só Vou Criar Galinha (1971)

Taí, outro disco que ainda não havia entrado em nossa lista de toques, “Só vou criar galinha”, lp de 1971 do trio vocal Golden Boys, lançado pela Odeon. Disco este que fez muito sucesso. Aliás, todos os discos dos Golden Boys foram sucesso…
 
good night my love
avião supersônico
sem essa
by by cristina
só vou criar galinha
chuva de verão
bahia baia
ando na velocidade
vou voltar pro meu país
o nazareno
venha logo
com a lembrança apenas
 
 
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Steve Bernard E Seu Conjunto – Mosaico (1958) 

E aqui, mais uma vez marcando presença, Steve Bernard, ou ainda Stephen Bernahardt, organista e pianista romeno radicado no Brasil no início dos anos 50. Fez muito sucesso por aqui, no Brasil, tocando nas principais boates do Rio de Janeiro. Já apresentamos no Toque Musical outros discos dele. Aqui temos este lp, “Mosaio”, de 1958, um disco ainda no formato 10 polegadas, produzido pela Odeon. Neste álbum, como o próprio título indica, temos um repertório misto, com músicas de sucesso, de compositores nacionais e internacionais. Seleção boa, com destaque para o instrumental, “Se todos fossem iguais a você”, de Antonio Carlos Jobim…
 
o apito no samba
love me forever
cabuloso
ouça
an affair
to remember
choro de criança
hora stacatto
gadu namorando
wild is the wind
ay cosita linda
se todos fossem iguais a você
por quanto tempo
 
 
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Kyd Bayano – Compacto (1975)

Curiosidades que cabem como uma luva em nosso blog Toque Musical. Aqui temos este compacto da Odeon, lançado em 1975, trazendo o cantor e compositor Kid Bayano, que como o próprio nome indica, trata-se de um arista baiano, vindo lá de Feira de Santana. Ele foi morar no Rio de Janeiro, nos anos 60, em busca do sonho de se tornar músico profissional. Por mais de 20 anos ele esteve trabalhando com os mais diversos artista, tocando violão e guitarra. Acompanhou músicos da Jovem Guarda, músicos populares e até Nelson Gonçalves. Trabaqlho também em boates e casas noturnas do Rio. Conseguiu finalmente, em 75 gravar este compacto que aqui apresentamos. Influenciado musicalmente por seus conterraneos, compôs em parceiria com outro, ‘Pitter Pitter’ dois sambas bem suingados e curiosos, pois são quase plágios descarados e em especial a faixa “Eu não tenho onde morar”, titulo também do clássico de Caymmi e que como esta tem o mesmo refrão, ou parte dele e da melodia. Não sei como Caymmi, ou seus empresários deixaram passar isso. O certo é que Kid Baiano acabou não vingando e voltou para Feira de Santana. Seu nome voltou a tona quando alguns dj’s descobriram esse disquinho, que soa muito bem nas discotecagens. Confiram…
 
roda baiana
eu não tenho onde morar
 
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Sonia Mello – Grandes Mulheres Grandes Sucessos (1980)

Temos aqui, Sonia Mello… Um bom exemplo de artista moldado pela indústria fonográfica. Não que boa parte dos artistas, no auge da produção dessa indústria, deixasse de passar por isso. Poucos na verdade, são (ou foram) os artistas que tiveram total liberdade na produção e direção de seus discos, aliás, dos seus trabalhos. Na verdade, o que queremos dizer é que existem duas classes de artistas nesse então mundo fonográfico: os artistas que naturalmente criam músicas, quem tem um trabalho autoral e os que são contratados, cooptados, formados ou moldados para atender a uma demanda essencialmente comercial. Sonia Mello é parte dessa segunda classe. Trata-se de uma moça, ainda muito nova, colegial, que gostava de ficar nas portas de gravadoras tietando os artistas. Foi vista pelo produtor Nilton Miranda, talvez encantado pela moçoila, levou ela para uns testes no estúdio, sendo em seguida contratada pela Odeon. Seu grande feito, ou que dá a essa cantora um certo destaque foi ter gravado um primeiro disco com um repertório exclusivamente de Roberto e Erasmo Carlos. Uma produção, por certo encomendada, pois algumas dessas músicas foram usadas em temas de novelas (saía mais barato usar um intéprete do que o autor). E foi regravando músicas do RC e aparecendo em programas de auditório que Sonia Mello conseguiu se destacar. Gravou somente para a Odeon dois lps com músicas de Roberto e Erasmo, um compacto duplo e este último lp, “Grandes Mulheres Grandes Sucessos”. Como os demais, este foi outro disco onde a gravadora aposta numa coletânea de sucessos de outras cantoras e de diferentes gravadoras e para isso, coloca a Sonia Mello numa interpretação que nada mais é que um ‘cover’, mantendo sempre os mesmos arranjos. Enfim, nessa condição, a cantora tem aqui apenas a função de incluir sua voz. E frente às gravações originais, dá uma certa preguiça ouvir e uma inevitável comparação.
Sonia Mello após esses discos, desapareceu da mídia e ao que se sabe, se afastou do meio artístico. Hoje, virou apenas uma lembrança para um pequeno grupo de fãs no Facebook. Aliás, ao visitar o perfil da ex-cantora, inevitavelmente nos deparamos com fotos de seu ‘mito’. A mulher se tornou uma apoiadora do crápula golpista. Agora a gente entende de onde vem tanto ressentimento… 
 
momentos
folhetim
grito de alerta
nosso estranho amor
foi deus quem fez você
clareana
começar de novo
menino do rio
mania de você
amor meu grande amor
romaria
 
 
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Omar Izar E Seus Harmonicistas (1959)

Uma boa raridade é este compacto duplo de 45 rpm, primeira geração dos disquinhos de 7 polegadas, lançado pela Odeon e trazendo três grandes gaitistas/harmonicistas brasileiros: Omar Izar, Clayber de Souza e Raymundo Paiva, Os Harmonicistas. Disco imperdível para os amantes da gaita 🙂
 
seleção de choros
summertime
tudo é bahia
carioca
 

 

Garoto – Revive Em Alta Fidelidade Ary Barroso (1957)

Eis aqui um disco curiosamente interessante… “Garoto Revive Em Alta Fidelidade Ary Barroso” é um lp lançado pela Odeon, em 1957, trazendo um trabalho inédito de Anibal Augusto Sardinha, o genial Garoto, onde ele interpreta músicas de Ary. Porém, trata-se de um disco póstumo. Gatoro havia falecido dois anos antes, em 1955. Um técnico da Odeon achou, por acaso, uma fita com gravações feitas pelo violonista, ao que parece, seria um projeto para um disco que ficou esquecido. A gravação trazia Garoto, numa tacada só, interpretando ao violão essa série de música sem pausa. Como a gravação era pequena demais para um disco, tiveram a ideia de engrossar o caldo. Chamaram o maestro Leo Peracchi para colocar uma orquestra dentro dessa gravação, realmente encorpando uma obra onde agora Garoto era o solista. O trabalho de fundir uma gravação com orquestra ficou muito bom. Com certeza Garoto teria aprovado 🙂
 
maria
no rancho fundo
tu
na baixa do sapateiro
terra seca
risque
aquarela do brasil
 
 
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Joel De Almeida – O Cidadão Carnaval (1973)

Este disco era para ter sido apresentado aqui no periodo do carnaval. Acabou ficando para depois… Mas diante do nome de Joel de Almeida, cabe a qualquer momento. Cantor e compositor (também radialista), dedicou boa parte de sua vida ao carnaval, com intérprete e compositor. Atuou no cimena cantando em uma dezena de filmes. Formou dupla com o cantor Gaúcho (Joel e Gaucho) e também gravou vários discos. Já postamos algumas outras coisas dele aqui no TM e desta vez, temos um lp lançado em 1973 pela Odeon onde ele interpreta boa parte desses seus sucessos…
 
40 carnavais
pierrot apaixonado
dansa do bolim-bolacho
mulata (rainha do meu carnaval)
cai cai
quem sabe sabe
chatolino
saco de confete
aurora
a mulher do padeiro
madureira chorou
deixa o sol brilhar
vai ver que é
depois de horas
 
 

Conjunto Melódico Norberto Baldauf – Encontro Dançante (1960)

“Encontro Dançante”, com o Conjunto Melódico Norberto Baldauf, mais um disco deste formidável conjunto instrumental de Porto Alegre que surgiu para todo o país a partir dos anos 50. Como já foi dito aqui, em outras postagens de outros discos que apresentamos, o Conjunto do pianista Norberto Baldauf era a sensação do rádio e dos bailes no Sul. Tanto assim que logo chegaria aos ouvidos da Odeon, responsável pelos primeiros discos do grupo. Fizeram muito sucesso, tanto pelo repertório quanto pela qualidade e personalidade própria do conjunto. Aqui, neste lp de 1960 podemos constatar isso mais uma vez nesta série com temas nacionais e internacionais, moldados para a dança a dois. Repertório bacana, olha só…
 
bom que dói
la barca
a certain smile
este seu olhar
tu me acostumbraste
to the ends of the earth
scapricciatiello
da cor do pecado
el bordeguero
brigas nunca mais
no dimenticar
eu sei que vou te amar
 
 
 
 
 

Brasil Bi Campeão Do Mundo (1962)

Mais um disco de Copa do Mundo. Ou, no caso, mais um disco do bi-campeonato do Brasil na Copa de 1962. Desta vez pela Odeon e da mesma forma, apresentando os melhores momentos. Trechos originais das transmissões da Rádio Guanabara do Rio de Janeiro.
oitavas de final:
brasil x méxico
brasil x tchecoslovaquia
brasil x espanha
quartas de final:
brasil x inglaterra
semi final:
brasil x chile
final:
brasil x tchecoslováquia
 
 
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Pelé, Seus Gols, Sua Vida… (1962) 

Vamos entrar numa pausa por aqui. Estamos precisando de férias. Então, voltaremos em breve, no próximo mês continuando nossos toques e retoques, ok? 
Então, mais um disco de futebol. Desta vez, outro raro exemplar, “Pelè, Seus Gols, Sua Vida”, lançado pela Odeon em 1962, certamente após a conquista do bi campeonato mundial de futebol, a Copa do Mundo, no Chile. Pelé se tornou o maior jogador de futebol do mundo, um ídolo respeitado em todos os quatro cantos do planeta. Um esportista que iria se eternizar e se tornar símbolo do futebol. Prova disso é este lp que agora vocês poderão conferir…
 
 
 
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Paulo, Cláudio E Maurício (1972)

No balaio das diversidades, temos desta vez um raro disquinho de rock, de 7 polegadas que vamos postando antes que caia no esquecimento e mais uma vez vá ficando… Aqui um compacto duplo lançado em 1972 pela Odeon, com produção de Marcos Valle. Trata-se do trio formado pelos irmão gêmeos Paulo (voz e flauta) e Claudio Guimarães (guitarra e voz) e Maurício Maestro (baixo e voz). O trio fazia um misto de mpb com rock progressivo, algo bem parecido com A Barca do Sol. Fizeram um relativo sucesso na cena do rock carioca a ponto de serem escolhidos para abrirem o show do Ravi Shankar, no Rio e SP, em sua primeira vinda ao Brasil.
Eles gravaram apenas este compacto, com quatro músicas autorais. Participa também o baterista Gustavo Schroeter (Bolha, Cor do Som). O disquinho tem cheiro de uma prévia para um lp, mas por alguma razão não vingou…
 
gato no telhado
pudim
morais acadêmicas
acordar acender
 
 

Celly Campello – Os Grandes Sucessos De Celly Campello (1962)

Novamente Celly Campello, aqui em seu último disco, no auge da fama, se afasta da carreira de artista para se tornar o sonho de toda mulher naquele tempo, casada. E lá foi ela, aos 20 anos de idade se casar, encerrando assim, ou pelo menos por um bom tempo, a carreira de cantora. Este lp reúne alguns de seus maiores sucessos. É, sem dúvida, um excelente resumo de seus grandes sucessos.
 
belo rapaz
estupido cupido
túnel do amor
lacinhos cor de rosa
billy
banho de lua
mal-me-quer
broto legal
trem do amor
hey mama
teddy
gosto de você meu bem
 
 
 
 
 
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Ronaldo Lark – O Piston Quente De Ronaldo Lark (1969)

Como uma coisa leva a outra, seguimos agora trazendo Ronaldo Lark, músico instrumentista, pistonista integrante do conjunto Os Versáteis. Após o final do grupo, Ronaldo Lark partiu para uma carreira solo, se destacando como um grandes instrumentistas de sua época. Gravou alguns discos solo e também acompanhou diversos outros artistas da música popular.  Aqui temos seu primeiro lp lançado pela Odeon, em 1969. 
 
barbarella
hang’em high
soulful strut
alegria de você voltar
nosso recanto
ce grand bateau
baby baby
grazing in the  grass
scarbourgh fair
moment to moment
bug eyes
tema de minha solidão
 
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Bolinha Cidoca E Suely – Quando A Lua Brilha No Céu Do Sertão (1960)

Ainda não é junho e nem época de quadrinha (no bom sentido) e embora a capa, este não é exatamente um disco temático, mas atende bem aos anseios do antigo popular rural/sertanejo. Aqui temos um trio formado no final dos anos 50 pelo cantor e compositor Euclides Pereira Rangel, mais conhecido como Bolinha, que fez parte do Trio Mineiro, um dos importantes grupos sertanejos daquela época. Gravou dezenas de discos em 78 rpm. Bolinha montou um novo trio com duas vozes femininas, Aparecida Silvério (a Cidoca) e Suely Barreto com as quais passou a se apresentar na Rádio Tupi. Não demorou muito para logo estarem gravando diversas bolachas de 78 pela Odeon. Foi também por essa gravadora que lançaram em 1960 este lp que agora apresentamos. 
 
a boneca chorou
a menina
reinado de bonecas
empregando artista
você mentiu
meu sertão
conveniência
andarilho
meu castigo
criança crescida
teu bilhete
40 janeiros
 
 

Bola Sete – Bola 7 E 4 Trombones (1959)

Voltando aos pioneiros da guitarra elétrica, hoje temos o genial Bola 7, músico que ganhou espaço e fama internacional, principalmente a partir dos anos 60 quando se mudou de vez para os Estados Unidos, seguindo uma sólida carreira como instrumentista ligado ao jazz. Já postamos outro disco dele aqui, creio que o primeiro, lançado em 57 pela Odeon. Agora, temos ele de novo, ainda nos anos 50, acompanhado por quatro trombones, num repertório bem ao estilo da época, voltado para os dançantes.
Repito aqui o texto de apresentação do artista que fizemos no disco anterior…
Djalma Andrade, mais conhecido como Bola Sete. Violonista prodígio, iniciou sua carreira nos anos 40. Trabalhou ao lado de Ary Barroso por alguns anos no Programa “Trem da Alegria”. Formou logo em seguida seu conjunto, tendo como cantora Dolores Duran. Nos anos 50 excursionou pela América Latina e também esteve na Europa, se apresentando na Espanha com sua orquestra. Já era um músico destacado e internacional. Entre os diversos artistas brasileiros que debandaram para os ‘states’, Bola Sete foi um deles. Seguindo os passos de Luiz Bonfá e Laurindo de Almeida nos anos 50, o violonista foi também em busca do estrelato. Participou da noite de estreia da Bossa Nova, no Carnegie Hall, com o seu trio formado por Tião Neto no baixo e Chico Batera na percussão. Depois de algumas apresentações na terra do Tio Sam, ele acabou sendo contratado como artista exclusivo da rede de hotéis Sheareton, onde trabalhou durante uns três anos. Tocou com feras do jazz como, Dizzie Gillespie e Vince Guaraldi. Era considerado por muitos como o precursor do chamado ‘Latin Jazz’. Gravou por lá uma dezena de discos, dos quais poucos chegaram ao Brasil. Como adotou os Estados Unidos como sua morada, acabou se tornando esquecido em seu pais natal. Morreu na California em 1987.
 
não vou pra brasília
mambeando
mister jimmy
the i love
intrigas no boteco do padilha
foi você
eu quero um samba
calypsilone
piteuzinho
jersey bounce
mañana
ouça/dó ré mi/maria
 
 
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Luiz Delfino E Os Esquilos Cantores (1959)

Uma rara curiosidade temos hoje para vocês, Luiz Delfino e Os Esquilos Cantores. Segundo nos informa o saudoso Samuca em um comentário no Youtube, no canal do colecionador Luciano Hortêncio, esta gravação foi lançada em 1959, originalmente em disco de 78 rpm pela Odeon, que no ano seguinte relançaria no formato 7 polegadas (BZA 1026). Trata-se de um versão de “Christmas don’t be late”, de Ross Bagdasarian, criador de “David Seville and the Chipmunks”, em 1958 e que logo seria transformado em “Alvin e Os Esquilos”, uma franquia de sucesso que também virou desenho animado e foi também explorado com sucesso como programa na televisão americana. Aliás, um sucesso que acabou chegando aqui no Brasil, tendo o ator Luiz Delfino como o protagonista ao lado dos ‘esquilos’. Delfino, para os que não sabem começou no rádio, foi casado com a cantora Marlene, atuou também em muitos filmes e se popularizou na televisão em programas de humor, novelas e mini séries. Esta versão gravada por ele foi também lançada em Portugal pelo selo Parlophone. Como não existe uma capa para o disquinho, nós aqui procuramos fazer a embalagem de maneira que o produto ficasse mais atraente. Confiram no GTM 😉
 
a gaita do alvinho
canção dos esquilos
 
 
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Silvia (1967)

Ainda vamos neste rodízio fonomusical alternando entre um lp e um compacto. Em breve, abriremos também para os cd’s, afinal, como já dissemos outras vezes, muita produção musical a partir dos anos 90 foi órfã do vinil, não tiveram a oportunidade de serem verdadeiramente um álbum, um lp…
Mas deixemos de conversa e vamos logo apresentando o disquinho de hoje, um compacto duplo, o primeiro disco da cantora Silvinha. Disco este que já sinalizava para o primeiro lp, que viria em seguida, graças ao sucesso deste 7 polegadas que tem…
 
minha primeira desilusão
ri melhor quem ri por último
nunca mais
a gatinha
 
 
 
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Dalva De Oliveria – Parabéns Belém (1966) 

Há tempos atrás alguém me enviou os arquivos deste curioso e raro compacto com a cantora Dalva de Oliveira, disquinho este que até então eu não conhecia. Trata-se de um lançamento promovido por uma antiga e famosa loja de departamento, a Radiolux (tipo Mappin, Mesbla, Casas Bahia…), que existia em Belém do Pará, comemorando os 350 anos da cidade, naquele ano de 1966. Segundo contam, a composição principal do disquinho, “Parabéns Belém”, é uma homenagem à cidade, de autoria dos proprietários das Lojas Radiolux. Certamente, a produção foi limitada e assim poucos devem ter ouvido ou conhecer essa raridade. O compacto simples foi gravado por Dalva de Oliveira quando atuava pelo selo Odeon, em 1966. Nesta época, Dalva ainda se recuperava do terrível acidente de transito que vitimou quatro pessoas, sendo que ela também se machucou bastante. Ela retomaria a carreira e ao público de verdade, no início dos anos 70. Portanto, este compacto, para a grande maioria de nós, era até então um trabalho obscuro. Para os que não conhecem, confiram no GTM…
 
parabéns, belém
consagração do samba
 
 
 
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Fafá Lemos E Luiz Bonfá – Bonfafá (1958)

Seguimos nesse alternado, desta vez com um lp. E que disco bacana, diga-se de passagem… Aqui temos dois grandes instrumentistas, Luiz Bonfá e Fafá Lemos. Um encontro musical da melhor qualidade, momento em que Fafá Lemos assinava com a Odeon, permitindo assim esse encontro musical. Para completar, eles vem acompanhados por Ed Lincoln no contrabaixo e Hugo Lander na bateria. O repertório é dos mais agradáveis, entre sambas e ‘standards’ da música americana. Só clássicos…
 
o apito no samba
april in paris
na pavuna
speak low
favela
pastorinhas
carinhoso
a voz do morro
stella by starlight
tantos anos
tanto amor
uma prece
 
 
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Steve Bernard – No Tempo do Onça (1958)

Olha aí mais um compactozinho das antigas. Este sim, um dos primeiros, ainda no padrão internacional de 45 rpm e com o furo central adaptável para jukebox e radiolas. Outra curiosidade deste compacto é que ele faz aqui o papel de um lp de 10 polegadas. Creio que era um momento onde dois formatos se consagram, o lp de 12 polegadas e o disco compacto, de 7. A produção das bolachas de 78 rpm já sendo reduzida. No caso aqui, temos um compacto pensado para jukebox, para momentos dançantes, privilegiando um estilo, o ‘charleston’ (musica de cabaré americano, se é que se pode dizer assim). E no caso aqui o que temos é uma seleção de uns 15 minutos de cada lado, um ‘medley’ com uma seleção de 12 temas da música americana.
Steve Bernard nós já o apresentamos aqui no Toque Musical algumas vezes, organista romeno que veio para o Brasil na década de 50. Tocou nas famosas boates do Rio e São Paulo. Acompanhou conjuntos, orquestras e cantores. Lançou um dezena de discos pela Sinter, RCA, Victor, Polydor, Continental e Odeon.
 
charleston
sweet georgia brown
margie
i can’t give you anything but love
whispering
ain’t she sheet
dardanella
dinah
fascinating rhythm
black botton
i had to be you
charleston
 
 
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Avena De Castro – Suave E Dançante (1960)

Começamos a semana trazendo de volta os ‘long plays’. Por certo, ainda não esgotamos nossas postagens de compactos, esses também continuam alternando dentro da nossa vontade e necessidade. Por hora, vamos com este lp lançado em 1960, pela Odeon. Temos aqui e mais uma vez no Toque Musical o instrumentista Avena de Castro numa seleção de sucessos dançantes, nacionais e internacionais, bem comum naquela época, com arranjos e regido por Leo Peracchi e Lindolfo Gaya. Avena de Castro foi um citarista que adaptou a cítara  para a música popular, fazendo muito sucesso e despertando novos entusiastas para o instrumento.
 
ouça
maria helena
sorriu pra mim
dos almas
around the world
moritat
always in my heart
nova ilusão
ruega por nosotros
por você
by thelight of the silvery moon
avalon
 
 
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Quinteto Da Escola De Minas De Ouro Preto (1959)

Olha aí o toque desta quinta feira… Aqui temos um raríssimo e porque não dizer, obscuro disquinho que os amig@s vão tod@s apreciar. E logo, não demora, vai estar completo no Youtube, monetizado como cabe a tudo que passa por aqui de graça. A graça e o prazer de ouvir com outros olhos…
Mas voltando ao que interessa, aqui temos um compacto duplo, em 45 rpm, lançado pela Odeon no ano de 1959, trazendo um grupo musical vindo da cidade de Ouro Preto. Trata-se de um jovem quinteto formado por estudantes da Escola de Minas, de Ouro Preto. Formado por Ubirajara Quaranta Cabral (Bira) no piano; Helser Dornas Antunes (Madrugada) no acordeon; Fernando Versiani dos Anjos (Passarinho) no sax; Roberto Augusto Barbosa (Menescau) no contrabaixo e Petronius Trópia Marzano (Van Johnson) na bateria. Este conjunto fazia sucesso nas noites frias daquela cidade barroca. Segundo consta, o grupo se apresentava nos finais de semana, em bailes e shows, tinham um repertório sofisticado, antenados com o jazz e a bossa nova que ecoava entre as montanhas e em especial nesta cidade turística. Infelizmente, não ficou muita coisa registrada sobre eles, não muita referência na rede e talvez quem ainda se lembra do quinteto é o povo do lugar. E este disquinho… ah, este disquinho, apesar dos estalos, vale ter na coleção 😉
 
love is here to stay
toma que é teu
seleção caymmi
situação irregular
 
 
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Teddy Milton (1964)

Olá, meus amigos… seguindo com mais um compacto. Desta vez trazendo o cantor Teddy Milton, representante da Jovem Guarda no interior paulista, vindo de Jundiaí. Foi descoberto por Tony Campello, que também foi quem cunhou o nome artístico do cantor Milton da Cunha. Como tantos outros artistas da fase Jovem Guarda, ficou também só nos compactos, ao que se sabe, gravou ao longo da carreira uns cinco 7 polegadas até por volta dos anos 70. Este, ao que parece, foi seu segundo disco, lançado pela Odeon em 1964. Compacto simples, traz duas versões…

meu broto (my bonnie)
primeira estrela  (first star)
 

Fafá Lemos – Violino Travesso (1959)

Bom dia a todos, amigos cultos e ocultos! Aqui e mais uma vez temos a presença do violinista Fafá Lemos, em disco pelo selo Odeon, lançado em 1959. O lp traz uma seleção bem variada de sucessos entre samba, fado, bolero, música francesa e ‘standard’ da música americana. Nosso artista, além de dominar seu violino com maestria, também canta e encanta :), fazendo assim deste “Violino Travesso” um agradável momento, para dançantes e outros ouvintes. Confiram…
 
carne de gato
tudo isso é fado
jamais
mon couer est un violon
melodie d’amour
over the rainbow
ora veja só
auf wiedersehn, my dear
samba pizzicatto
darling je vous aime beaucoup
 
 
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Trio Irakitan – Mais Sambas Que Gostamos De Cantar (1961)

Boa hora, amigos cultos e ocultos! Aqui mais um, ‘prata da casa’, com o dizem… Temos hoje e mais uma vez, o delicioso Trio Irakitan, grupo que tem entre nós uma legião de fãs. Já postamos vários discos deles e agora trazemos mais um, o  “Mais sambas que gostamos de cantar”, uma continuação de discos anteriores onde o repertório era todo de sambas. Aqui, mais uma vez, eles nos trazem essa série que tem Noel Rosa, Assis Valente, Benedito Lacerda e muitos outros… Figurinha bem comum, mas sempre apreciada. Confiram no GTM.
 
maria boa
rosa maria
juracy
o sol nasceu pra todos
enlouqueci
helena vem me buscar
emilia
despedida de mangueira
abrea janela
não me diga adeus
século do progresso
 
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Custódio Mesquita – A Musica de Custodio Mesquita (1957)

promessa – oswaldo borba
saia do meu caminho – dalva de oliveira
rosa de maio – trio irakitan
preto velho – roberto paiva
mulher – carolina cardoso de menezes
noturno – roberto paiva
velho realejo – orlando silva
pretinho – claudia moreno
 
 
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