Trio Irakitan – Sempre O Bolero (1970)

E no embalo do bolerão, aqui temos outro ótimo lp, Trio Irakitan e seu “Sempre o Bolero, lp lançado pela Odeon, em 1970. E, claro, trazendo um repertório fino, cheio de clássicos que fizeram o prazer de muita gente que viveu (e ainda vive) essa época. Trio Irakitan é um grupo que dispensa maiores apresentações. Já tivemos por aqui vários outros discos do trio que ao longo de sua existência passou por reformulações com mudanças de seus membros, mas nunca perderam o encanto. Confiram aí mais um memorável lp…
 
desamparada
maria elena
fascinação
eternamente
hsitória de um amor
minha carta
a mentira
palavra de mulher
nunca jamais
não digas nada
senhora
adeus
 
 
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Osny Silva – Pisando Corações (1961)

Mais uma vez, temos por aqui o cantor Osny Silva, radialista, cantor e compositor. Iniciou profissionalmente como cantor nos anos 40 e como compositor na década seguinte. Gravou dezenas de disco por diversas gravadoras. Era conhecido como o cantor da mais bela voz do rádio paulista. Atuou como cantor até os anos 60. “Pisando Corações” é um lp que ele gravou pela Odeon, em 1961. Neste, temos um repertório clássico de serestas que por certo, todos já conhecem, mas que vale a pena ouvir na voz deste cantor.
 
noite cheia de estrelas
dirce
folhas ao vento
pálida morena
mimi
a deusa da minha rua
pisando corações
há um segredo em teus cabelos
nancy
amando sobre o mar
aurora
tardes de lindóia
 
 
 

 

Marizinha (1978)

Mais uma cantora para nossa sequência de compactos… desta vez temos Marizinha, que segundo consta, fez parte do Trio Esperança, em 1968, substituindo sua irmã, a cantora Evinha, que partia para carreira solo. No grupo, gravou quatro lps até 1975. Marizinha (Mariza Corrêa) gravou outros compactos e depois seguiu para a França em um novo projeto ressucitando o Trio Esperança, gravando novas coisas, agora em cd.
Este foi o seu segundo compacto simples trazendo duas canções que chegara a fazer um relativo sucesso nas rádios do Rio e São Paulo. Confiram  aí…
 
quanto mais te vejo
você chegou pra ficar
 
 
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Quarteto Forma (1970)

Seguimos aqui com mais um quarteto. Desta vez um quarteto vocal, o delicioso Quarteto Forma que acompanhava o pianista Osmar Milito em seu primeiro disco solo e também em trilhas de novelas da Rede Globo. O grupo lançou seu único lp em 1970, pela Odeon. Formado por Ana Magalhães, Márcio Proença, Eduardo Lage e Flávio Faria. Em 1971 lançaram também um compacto na mesma linha. Mas acabaram ficando por aí… Na era do cd o disco foi lançado novamente, desta vez incluindo como bonus as quatro músicas do compacto duplo. Logo que recomeçarmos uma nova fase de publicação de compactos a gente posta ele aqui para vocês, ok?
 
forma
raindrops keep fallin’ on my head
teletema
que pena
água clara
manhã de carnaval
de onde vens
e nós aonde vamos
rapaz de bem
moon river
mariana
all the things you are
 
 

Irany E Seu Conjunto – Boleros Em Surdina Nº 2 (1958)

Começando a semana, temos Irany e seu conjunto, na série “Boleros em Surdina”. Há poucos meses atrás postamos aqui o Número 3. Em ordem decrescente, agora vamos para o Número 2. 
Neste álbum, de 1958, temos um repertório selecionado com 12 boleros clássicos e a intepretação instrumental impecável de Irany e seu conjunto. Os arranjos ficam por conta do maestro Orlando Silveira.ok
 
eclipse
la ultima noche
oracion caribe
quiereme mucho
sinceridad
flor de lys
interesseira
perfidia
frenesi
contigo en la distancia
tarde demais
solamente una vez
 
 
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A Roda Do Iê Iê Iê – Gravado Ao Vivo (1966) 

Mais um sortido, buscado aleatóriamente em nossos arquivos. Desta vez temos um disco jovem, jovem dos anos 60, quando a ‘onda’ era o “iê iê iê”.  Trata-se de uma coletânea ao vivo, lançada pela gravadora Odeon, em 1967, reunindo vários artistas do movimento da Jovem Guarda, uma espécie de ‘snapshot’ do cenário ‘iê‑iê‑iê’no palco daquela época. O repertório mescla músicas autorais e covers de hits internacionais, como Beatles, clássico latino-americano e sucessos da Jovem Guarda. Um lp que ainda pode ser encontrado no Mercado Livre e por um preço acessível.
 
roda do iê iê iê
vou dizer que não – robert livi
parecida a uma boba – denise barreto
perfídia – humberto garin
i saw her standing there – os lordes
vai ser bom
você me acende – denise barreto
alguém na multidão / help – golden boys
guantanamera – humberto garin
roda do iê iê iê
day tripper – os lordes
la bamba – humberto garin
deixa de banca – denise barreto
what’d i say – robert livi
festa de arromba
mamãe passou açucar em mim – trio esperança
run for your life – os lordes
celia – robert livi
quero que vá tudo pro inferno
 
 
 
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Neyde Fraga – Um Milhão De Estrelas (1959)

Aqui temos Neyde Fraga (ou Neide Fraga) em seu primeiro lp, ainda no tempo dos discos de dez polegadas, lançado em 1959, pela Odeon. Este é um disco que reune alguns de seus discos de 78 rpm lançados pela gravadora nos anos 50. Uma oportunidade de ouvir diferentes momentos da cantora que a partir dos anos 60 foi se afastando das gravações. Gravou apenas mais um disco, o qual nós já apresentamos aqui. 
 
lili
fica bonzinho
mãe eu juro
a dança do beijo
um milhão de estrelas
juca
banco de jardim
bangalo de chocolate
 
 
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Francisco Alves – O Bom Chico Alves (1965)

“O Bom Chico Alves”, eis aí uma coletânea das mais interessantes do inesquecível cantor, lançada pela Odeon, em 1965, quando então faziam já 13 anos de sua morte. A seleção musical abrange doze sucessos dos anos vinte ao cinquenta em gravações originais de época.
 
malandrinha
lua nova
a voz do violão
pálida morana
ouve esta canção
boa noite amor
culpe-me
minha terra
adeus, cinco letras que choram
velhas cartas de amor
pra esquecer
 
 
 

Taiguara (1968) 

Mais um compacto Odeon de sucesso. Desta vez, tem um 7 polegadas de Taiguara. Por certo, já apresentamos aqui a versão completa, ou seja, o lp. Mas já que estamos nessa vibe de compactos Odeon, porque não? Aqui, então, Taiguara em compacto lançado em 1968 trazendo os sucessos…
 
um novo rumo
helena helena helena
 
 
 
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Clara Nunes (1973)

E não é que temos ainda mais discos da Odeon? Aqui um lançamento promocional trazendo em compacto simples, a inesquecível Clara Nunes. Disquinho de 1973 anunciando o lançamento do lp, também naquele mesmo ano de 73, trazendo o sucesso “Tristeza pé no chão”. Este lp ainda não trouxemos por aqui, mas uma hora aparece 🙂
 
tristeza pé no chão
o mais que perfeito
 
 
 
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Eliana Pittman (1971) 

Só tá dando compactos da Odeon por aqui… E nesta, vamos trazendo aqui um compacto da Eliana Pittman, de 1971. Por um engano, acabamos trocando as capinhas dos disquinhos. Esta é do compacto “4 Sucessos”, que não é do selo verde e rosa. Mas tudo bem…tá valendo, né? São tantas as emoções, como diria Roberto Carlos. Então, seguimos com a cantora Eliana Pittman trazendo “Porto Seguro” e o grande sucesso “Das 200 para lá”. Músicas que estariam presentes em seu lp, também daquele mesmo ano de 71.
 
das 200 para lá
porto seguro
 
 

Silvinha (1970)

Mais um disquinho Odeon selo verde e rosa. Compacto simples trazendo a cantora Silvinha com dois sucessos que fizeram parte de seu lp, lançado também naquele ano de 1970. São duas versões de canções italiana que faziam muito sucesso naqueles anos 60, “Cammino sulle nuvole” e “Parole d’amore”.
 
palavras de amor
caminhos sobre nuvens
 
 
 
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Fernando Mendes, Agnaldo Timóteo, Lincoln e Conjunto Nosso Samba 4 Sucessos (1975)

E aqui, fechando essa série de compactos Odeon (verde e rosa), temos agora um disquinho duplo, ou seja, com quatro faixas. Ou ainda, quatro  de seus artistas. Disquinho feito para promover seus artistas populares. Uma amostra onde temos Fernando Mendes, Agnaldo Timóteo, Conjunto Nosso Samba e Lincoln.
 
ídolo de cera – fernando mendes
a noiva – agnaldo timóteo
batuqueiro – lincoln
tom maior – conjunto nosso samba
 
 
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Luiz Cláudio (1970) 

E eis aqui um terceiro compacto Odeon, trazendo o cantor e compositor mineiro Luiz Claudio, artista que iniciou sua carreira ainda nos anos 50, tendo gravado diversos discos, alguns deles já apresentado no nosso Toque Musical. E agora temos este compacto simples, de 1970, com duas canções que não chegaram a ser lançadas em lp…
 
menina
primeira namorada
 
 
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Paulo Diniz (1970)

Olha aí, outro compacto simples de uma das boas fases da Odeon, tempo dessas memoráveis e charmosas capinhas e selo em verde e rosa. Desta vez, trazendo outro artista famoso desta gravadora, o pernambucano Paulo Diniz, com duas canções de sucesso que fariam parte de seu lp, naquele mesmo ano de 1970…
 
quero voltar pra bahia
poe um arco-iris na sua moringa
 
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Silvio Cesar (1969)

Seguindo em nossas postagens, vamos com este compacto do cantor e compositor Silvio Cesar, artista que fez muito sucesso nos anos 60 e 70. Aqui temos dele este disquinho lançado pela Odeon, sua gravadora, em 1969, trazendo duas canções: “O bonde alegria” e “Eu quero que você morra”, sendo esta segunda canção lançada em seu álbum “Minha prece de amor”, em 1970. Disco este, já apresentando em nosso Toque Musical.
 
o bonde alegria
eu quero que você morra
 
 
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Irany E Seu Conjunto – Boleros Em Surdina Nº3 (1959)

Temos para hoje um disco de bolero, na suavidade do violino de Irany Pinto e seu conjunto. Este já é o terceiro volume, lançado no final dos anos 50 pelo selo Odeon. Os outros dois irão entrando ao longo de nossas próximas publicações e sem seguir a ordem. Aqui, temos uma seleção musical que como o próprio título nos informa, de boleros e em surdina, ou seja, na suavidade de Irany e seu conjunto. Muito bom, não deixem de conferir…
 
quizas, quizas…
tudo foi ilusão
adios mariquita linda
amapola
que te parece
tu me aconstubraste
aperta-me em teus braços
maria la o
volveras
espinita
hipocrita
pecadora
 
 
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Luiz Bonfá E Silvia Telles (1960)

Mais um disco compacto, de sete polegadas, raridade do inicio dos anos 60 e também um dos primeiros disquinhos, ainda da fase dos 45rpm, lançado pela Odeon e divulgando dois de seus artistas contratados, Luiz Bonfá e Silvia Telles. Trata-se de um compacto duplo, ou seja, com duas músicas de cada lado, No caso aqui, quatro composições de Luiz Bonfá, que ao lado de Sylvia Telles fazem deste, um disquinho especial, intimista onde se destacam perfeitamente voz e violão. Um belo disco, com certeza!
 
de tanto amor
de braços lassos
meu sonho
perdido de amor
 
 
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Deny E Dino (1967) 

Uma das melhores duplas do pop nacional e Jovem Guarda foi, sem dúvida, Deny e Dino que surgiram nos anos 60. Gravaram dezenas de compactos e alguns lps a partir de 66, pela Odeon. Dupla de cantores e compositores de sucesso que tem como destaque “Coruja”, musica lançada no primeiro disco e por certo levantando a bola dos rapazes que viriam ainda a fazer muito coisa. Aqui o segundo compacto duplo trazendo versões e composições próprias, sucessos, com certeza!
 
o ciúme
pare pare pare
pra ver você chorar
lição de moral
 
 
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Majó – Compacto (1974) 

Aqui um compacto da Odeon que fez um relativo sucesso nas rádios naqueles anos 70. Muitos hão de se lembrar de “As Sementes”, do cantor e compositor Majó. Segundo contam, este artista era irmão de Agnaldo Timóteo. Este teria sido seu terceiro trabalho fonográfico em compacto, que infelizmente não rendeu um lp. Majó era um artista bem criativo e certamente nesta época teria feito um bom álbum. Mas, ao que parece, teve problemas com a gravadora e censores, ou algo assim, de forma que era proibido apresentar essa música. Mas tanto “As sementes”, quanto “Nem tudo que reluz é ouro” são duas músicas muito boa, sendo que essa última passou a fazer parte do ‘playlist’ dos antenados DJ’s. Majó aparece novamente em disco, agora um lp, em 1976, o “Carimbó”, lançado pelo selo Soma. Ainda lançou mais uns dois ou três compactos. Logo que possível, a gente trazmais coisas de Majó. Por hora, vamos no embalo do compacto…
 
as semente
nem tudo que reluz é ouro
 
 
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5º Festival De Música Popular Brasileira De Juiz De Fora (1972)

De volta aos lendários festivais de música popular, aqui temos um disco que ainda não havíamos apresentado. Trata-se da quinta edição do Festival de Música Popular Brasileira de Juiz de Fora, cidade do sudoeste de Minas Gerais, que já naquele início dos anos 70 era palco para eventos históricos da música popular. Aliás, de 1968 a 1973 a cidade mineira (de sotaque carioca) já trazia esse gosto cultural, coisa que mesmo a capital, Belo Horizonte, mais distante que o Rio de Janeiro e talvez por conta disso mesmo, não se destacava com tanta desenvoltura. Conforme nota da época, o 5º Festival de Juiz de Fora, foi um festival dos mais concorridos, apresentando grandes nomes e expoentes da música popular, como Milton Nascimento, Paulinho da Viola, Alaide Costa, João Nogueira, Gonzaguinha e muitos outros. Diferente de outros festivais, esse acabou, por decisão dos organizadores e juri, tendo um caráter não competitivo, sendo assim mais seletivo e visto mais como uma ‘feira muiscal’. O disco, lançado pela Odeon traz um registro histórico, gravado ao vivo, apresentando os onze finalistas…
 
tristeza pé no chão – clara nunes
viva méxico – piri
depois do trovão – luiz gonzaga junior
zero zodíaco – alaide costa
pessoas – joyce
alô madureira – joão nogueira
vamos por aí – sá rodrix e guarabyra
o que será de nossas vidas – lucinha lins
stelapar nº1 – sonia ferreira
 
 
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Trio Irakitan (1963)

Aqui mais um long-play do lendário Trio Irakitan e no caso, em um dos mais interessantes discos de sua carreira. Álbum lançado em 1963, pela Odeon. Neste lp vamos encontrar um repertório onde eles flertam com a Bossa Nova, mas também há espaço para o samba e o bolero. Disco com produção artística de Ribamar, direção de Lyrio Panicalli e orquestrações de Paulo Tito.
 
lá muito além
camarqadinho
balansamba
a flor saudade
minha imaginação
rancho da encruzilhada
samba simples
último beijo
só danço samba
sozinho
tão só
 
 
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Sacha – Seven To Seven With Sacha (1960)

Seguindo, aqui temos mais uma vez o lendário pianista Sacha Rubin que fez parte da história das casas noturnas dos anos 50 e 60. Foi pianista de boates como a ‘chiquérrima’ Vouge e também das não menos badaladas, Balaio e Seven To Seven, de sua propriedade. Este lp, assim como outros de Sacha, procura trazer a atmosfera musical, o repertório do que embalava as noites nessas boates. As músicas são apresentadas em sequência, sem pausa, num extenso pot pourri, sendo mais de vinte, entre temas nacionais e internacionais. Um pianista divagando entre um variado leque de canções e ritmos, eventualmente acompanhando por um conjunto com músicos como Cipó, Dom Um Romão, Luiz Marinho, Rubens Bassini e outros.. Por aí já dá pra sentir a qualidade da coisa…
 
‘til tomorrow
the very thought of you
too marvelous for words
ace in the hole
a felicidade
eu sei que vou te amar
o nosso amor
samba de orfeu
manhattan
ich waer’so gern einmal verliebt
close to you
roses of picardy
frag night warum ich gehe
rede rose for a blue lady
in einem kleinen cafe
tua
carina
indiscreet
dancing on the ceiling
the best of everything
talk to me
chuvas de verão
brigas nunca mais
o orvalho vem caindo
a room with a view
just in time
please
the last time
 
 
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Golden Boys – Só Vou Criar Galinha (1971)

Taí, outro disco que ainda não havia entrado em nossa lista de toques, “Só vou criar galinha”, lp de 1971 do trio vocal Golden Boys, lançado pela Odeon. Disco este que fez muito sucesso. Aliás, todos os discos dos Golden Boys foram sucesso…
 
good night my love
avião supersônico
sem essa
by by cristina
só vou criar galinha
chuva de verão
bahia baia
ando na velocidade
vou voltar pro meu país
o nazareno
venha logo
com a lembrança apenas
 
 
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Steve Bernard E Seu Conjunto – Mosaico (1958) 

E aqui, mais uma vez marcando presença, Steve Bernard, ou ainda Stephen Bernahardt, organista e pianista romeno radicado no Brasil no início dos anos 50. Fez muito sucesso por aqui, no Brasil, tocando nas principais boates do Rio de Janeiro. Já apresentamos no Toque Musical outros discos dele. Aqui temos este lp, “Mosaio”, de 1958, um disco ainda no formato 10 polegadas, produzido pela Odeon. Neste álbum, como o próprio título indica, temos um repertório misto, com músicas de sucesso, de compositores nacionais e internacionais. Seleção boa, com destaque para o instrumental, “Se todos fossem iguais a você”, de Antonio Carlos Jobim…
 
o apito no samba
love me forever
cabuloso
ouça
an affair
to remember
choro de criança
hora stacatto
gadu namorando
wild is the wind
ay cosita linda
se todos fossem iguais a você
por quanto tempo
 
 
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Kyd Bayano – Compacto (1975)

Curiosidades que cabem como uma luva em nosso blog Toque Musical. Aqui temos este compacto da Odeon, lançado em 1975, trazendo o cantor e compositor Kid Bayano, que como o próprio nome indica, trata-se de um arista baiano, vindo lá de Feira de Santana. Ele foi morar no Rio de Janeiro, nos anos 60, em busca do sonho de se tornar músico profissional. Por mais de 20 anos ele esteve trabalhando com os mais diversos artista, tocando violão e guitarra. Acompanhou músicos da Jovem Guarda, músicos populares e até Nelson Gonçalves. Trabaqlho também em boates e casas noturnas do Rio. Conseguiu finalmente, em 75 gravar este compacto que aqui apresentamos. Influenciado musicalmente por seus conterraneos, compôs em parceiria com outro, ‘Pitter Pitter’ dois sambas bem suingados e curiosos, pois são quase plágios descarados e em especial a faixa “Eu não tenho onde morar”, titulo também do clássico de Caymmi e que como esta tem o mesmo refrão, ou parte dele e da melodia. Não sei como Caymmi, ou seus empresários deixaram passar isso. O certo é que Kid Baiano acabou não vingando e voltou para Feira de Santana. Seu nome voltou a tona quando alguns dj’s descobriram esse disquinho, que soa muito bem nas discotecagens. Confiram…
 
roda baiana
eu não tenho onde morar
 
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Sonia Mello – Grandes Mulheres Grandes Sucessos (1980)

Temos aqui, Sonia Mello… Um bom exemplo de artista moldado pela indústria fonográfica. Não que boa parte dos artistas, no auge da produção dessa indústria, deixasse de passar por isso. Poucos na verdade, são (ou foram) os artistas que tiveram total liberdade na produção e direção de seus discos, aliás, dos seus trabalhos. Na verdade, o que queremos dizer é que existem duas classes de artistas nesse então mundo fonográfico: os artistas que naturalmente criam músicas, quem tem um trabalho autoral e os que são contratados, cooptados, formados ou moldados para atender a uma demanda essencialmente comercial. Sonia Mello é parte dessa segunda classe. Trata-se de uma moça, ainda muito nova, colegial, que gostava de ficar nas portas de gravadoras tietando os artistas. Foi vista pelo produtor Nilton Miranda, talvez encantado pela moçoila, levou ela para uns testes no estúdio, sendo em seguida contratada pela Odeon. Seu grande feito, ou que dá a essa cantora um certo destaque foi ter gravado um primeiro disco com um repertório exclusivamente de Roberto e Erasmo Carlos. Uma produção, por certo encomendada, pois algumas dessas músicas foram usadas em temas de novelas (saía mais barato usar um intéprete do que o autor). E foi regravando músicas do RC e aparecendo em programas de auditório que Sonia Mello conseguiu se destacar. Gravou somente para a Odeon dois lps com músicas de Roberto e Erasmo, um compacto duplo e este último lp, “Grandes Mulheres Grandes Sucessos”. Como os demais, este foi outro disco onde a gravadora aposta numa coletânea de sucessos de outras cantoras e de diferentes gravadoras e para isso, coloca a Sonia Mello numa interpretação que nada mais é que um ‘cover’, mantendo sempre os mesmos arranjos. Enfim, nessa condição, a cantora tem aqui apenas a função de incluir sua voz. E frente às gravações originais, dá uma certa preguiça ouvir e uma inevitável comparação.
Sonia Mello após esses discos, desapareceu da mídia e ao que se sabe, se afastou do meio artístico. Hoje, virou apenas uma lembrança para um pequeno grupo de fãs no Facebook. Aliás, ao visitar o perfil da ex-cantora, inevitavelmente nos deparamos com fotos de seu ‘mito’. A mulher se tornou uma apoiadora do crápula golpista. Agora a gente entende de onde vem tanto ressentimento… 
 
momentos
folhetim
grito de alerta
nosso estranho amor
foi deus quem fez você
clareana
começar de novo
menino do rio
mania de você
amor meu grande amor
romaria
 
 
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Omar Izar E Seus Harmonicistas (1959)

Uma boa raridade é este compacto duplo de 45 rpm, primeira geração dos disquinhos de 7 polegadas, lançado pela Odeon e trazendo três grandes gaitistas/harmonicistas brasileiros: Omar Izar, Clayber de Souza e Raymundo Paiva, Os Harmonicistas. Disco imperdível para os amantes da gaita 🙂
 
seleção de choros
summertime
tudo é bahia
carioca
 

 

Garoto – Revive Em Alta Fidelidade Ary Barroso (1957)

Eis aqui um disco curiosamente interessante… “Garoto Revive Em Alta Fidelidade Ary Barroso” é um lp lançado pela Odeon, em 1957, trazendo um trabalho inédito de Anibal Augusto Sardinha, o genial Garoto, onde ele interpreta músicas de Ary. Porém, trata-se de um disco póstumo. Gatoro havia falecido dois anos antes, em 1955. Um técnico da Odeon achou, por acaso, uma fita com gravações feitas pelo violonista, ao que parece, seria um projeto para um disco que ficou esquecido. A gravação trazia Garoto, numa tacada só, interpretando ao violão essa série de música sem pausa. Como a gravação era pequena demais para um disco, tiveram a ideia de engrossar o caldo. Chamaram o maestro Leo Peracchi para colocar uma orquestra dentro dessa gravação, realmente encorpando uma obra onde agora Garoto era o solista. O trabalho de fundir uma gravação com orquestra ficou muito bom. Com certeza Garoto teria aprovado 🙂
 
maria
no rancho fundo
tu
na baixa do sapateiro
terra seca
risque
aquarela do brasil
 
 
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