

E vamos nós com uma boa curiosidade… Coisas do tempo em que a indústria fonográfica era uma ‘terra de oportunidades’. Onde valia o requentado, o falsificado e o reciclado… Por certo, estamos falando aqui das artemanhas das gravadoras e editoras musicais, principalmente nos anos 60. Como já mencionamos outras vezes, era muito comum o uso e abuso de fonogramas entre gravadoras, principalmente aquelas pequenas, obscuras, que montavam suas produções, muitas vezes, encima de gravações cedidas ou compradas de outras. A coisa não se limitava aos encartes, capas e fotos, mas o produto num todo. Não é incomum deparamos com discos, músicas e artistas cujo o trabalho aparecme em diferentes selos, com diferentes nomes e diferentes capas. É bem o caso deste aqui, “Quarteto Arpoador – Bossa no Castelinho”. Um lp que aparece editado em, pelo menos, dois pequenos selos: Esquema e Egal, com quase a mesma capa. Consta que foram lançados entre 1963 e 65 e certamente, sem informações sobre o tal Quarteto Arpoador. Apenas o repertório é igual. E para a surpresa geral, é o mesmo disco lançado por Hélio Mendes e o seu Trio Vagalume. Ou seja, na verdade, o Quarteto Arpoador é nada mais, nada menos que Hélio Mendes e seu trio, cujo o lp original se chama “Na Bossa” e fora lançado também por um pequeno selo, o Musiplay. Descontando essa prezepada, não há o que reclamar do repertório. É samba, bossa noca clássica e instrumental, da melhor qualidade. Vale a pena conferir…
mas que nada
menina feia
vagamente
influencia do jazz
moça flor
vai de vez
sapo
bossa na praia
baiãozinho
amor de nada
ela é carioca
rio
.