O Sapo Astronauta (1970)

Aqui um lp a ser considerado… Por certo, um disco voltado para o público infantil. Lançado em 1970 pelo selo Ritmos. Este é um álbum que se destaca logo o colocamos para tocar. Ao contrário de muitos outros trabalhos fonográficos destinado a um público infantil, “O Sapo Astronauta” não é um disco de historinhas, mas de músicas e diga-se de passagem, bem acima do esperado, com qualidades, tanto na criação quanto na produção. Um trabalho que também agrada ao público adulto. Músicas criadas por Esther Flora Glanzer, em parceiria com outros compositores, entre os quais, Reginaldo Bessa que também assina a direção musical. Não há muita informação sobre Ester (aqui, sem o H), mas ao que tudo indica, ela deve ter sido uma educadora e também aparece em outras parceirias musicais, inclusive com o Bessa. O disco é mesmo muito bom de se ouvir, talvez agrade mais aos adultos 🙂
 
o sapo astronauta
um dia depois do outro
história e geografia
namoradinhos
histórieas em cubinhos
aventuras no amazonas
o saci e o tubarão
minha rua
caixinha de música
o bondinho
viagem supersonica
eu vou ser
 
 
.
 

Armandinho – Armando Macedo (1970) 

Desta vez, temos Armandinho, da Cor do Som, aqui então, Armando Macedo, em seu primeiro disco, lançado em 1969. Ainda um adolescente, mas já com um domínio excepcional de instrumentos de corda. Foi através do lendário programa, A Grande Chance, do também lendário Flávio Cavalcanti que o jovem Armando Macedo faturou o primeiro lugar e com isso a chance de gravar um compacto que algum tempo depois viraria este lp, lançado pela Codil e seu selo Ritmos…
Veririficando aqui agora, percebo que já havia postado este lp ainda em 2010. Sem querer ser repetitivo e até porque já havíamos programado, segue mais uma vez o disco e também o compacto de bonus.
 
arrependimento
viola enluarada
tico tico no fubá
martinha
desespero
hino do senhor do bonfim
aquarela do brasil
peguei um ita no norte
iracema
vassourinhas
prenda minha
minas gerais
são paulo quatrocentão
cidade maravilhosa
na baixa do sapateiro
pra frente brasil
molambo
divagando pelo cais
bentevi atrevido
carolina
o destino desfolhou
 
 
 
 

Razão 7 – Linha Quente (1968)

Já tivemos aqui a oportunidade de falar sobre os selos e gravadoras de ‘segunda linha’, as pequenas e obscuras editoras fonomusicais. Eram essas as responsáveis pelo lançamento de discos vendidos por correspondência, a domicílio, os boxes de gêneros sortidos, trazendo sucessos de velhas orquestras populares. Por vezes, tinham também seus artistas contratados com nomes inventados, cantando ou tocando versões de músicas de sucesso. Muitos desses artistas trabalhavam de forma anônima, apenas fornecendo seus talentos, outros eram amadores e por aí vai… Essas gravadoras/editoras trabalhavam com esse material, lapidando, transformando e até mesmo negociando fonogramas entre elas mesmas, como acontecia com Coledisc, Paladium, Codil… E é justamente uma produção da Codil, através de seu selo Ritmos, que apresentamos agora. Este arquivo/disco me foi enviado há tempos atrás, buscavam informações sobre o conjunto que está tocando, o Razão 7. Se procurarem na internet não irão encontrar muita coisa além de gente vendendo o lp como se fosse uma incrível raridade. Raro ele é, divertido também, mas não vai além da curiosidade e dos anseios de alguns jd’s. “Razão 7” é algo que, suponho, gerou apenas um disco. Pegaram um conjunto amador com sete artistas, um repertório ‘jovial’ curtido em Jovem Guarda. Qual o nome para o conjunto? Razão 7. Tem razão! 🙂
 
de perna bamba
contrato e distrato
chora tua tristeza/triste madrugada
fora de tempo
vida minha
balantema
sonho de canção
deixa o tempo passar/caderninho
there’s a kind of hush 
eu te amo mesmo assim/teresa
grovin’
cha cha cha do pato
 
 
.