Razão 7 – Linha Quente (1968)

Já tivemos aqui a oportunidade de falar sobre os selos e gravadoras de ‘segunda linha’, as pequenas e obscuras editoras fonomusicais. Eram essas as responsáveis pelo lançamento de discos vendidos por correspondência, a domicílio, os boxes de gêneros sortidos, trazendo sucessos de velhas orquestras populares. Por vezes, tinham também seus artistas contratados com nomes inventados, cantando ou tocando versões de músicas de sucesso. Muitos desses artistas trabalhavam de forma anônima, apenas fornecendo seus talentos, outros eram amadores e por aí vai… Essas gravadoras/editoras trabalhavam com esse material, lapidando, transformando e até mesmo negociando fonogramas entre elas mesmas, como acontecia com Coledisc, Paladium, Codil… E é justamente uma produção da Codil, através de seu selo Ritmos, que apresentamos agora. Este arquivo/disco me foi enviado há tempos atrás, buscavam informações sobre o conjunto que está tocando, o Razão 7. Se procurarem na internet não irão encontrar muita coisa além de gente vendendo o lp como se fosse uma incrível raridade. Raro ele é, divertido também, mas não vai além da curiosidade e dos anseios de alguns jd’s. “Razão 7” é algo que, suponho, gerou apenas um disco. Pegaram um conjunto amador com sete artistas, um repertório ‘jovial’ curtido em Jovem Guarda. Qual o nome para o conjunto? Razão 7. Tem razão! 🙂
 
de perna bamba
contrato e distrato
chora tua tristeza/triste madrugada
fora de tempo
vida minha
balantema
sonho de canção
deixa o tempo passar/caderninho
there’s a kind of hush 
eu te amo mesmo assim/teresa
grovin’
cha cha cha do pato
 
 
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