Moleque De Rua (1991)

E seguimos nossas postagens trazendo hoje o Moleque de Rua, grupo formado por jovens da periferia de São Paulo, no final dos anos 80. Ganhou destaque por conta de seus integrantes criarem instrumentos ritmicos a partir de sucatas, de materiais como latas, tubos e tambores. Criando também as suas próprias músicas, o Moleque de Rua foi assunto no Fantástico, programa da TV Globo. Em 1991 tiveram então a oportunidade de gravarem este disco, produzido por Charles Gavin, dos Titãs.
 
rap do moleque
herodes
pagode japonês
fim de feira
zé do brasil
os insetos
o sósia
assaltar papai noel
dor de dente
filosofia do bom malandro
ensaio geral
 
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Carlinhos E Seu Conjunto – Como É Bom Dancar (1956)

Seguindo em nosso agosto e ao gosto de gregos e troianos, pois aqui o importante é que todos seja felizes 😁, hoje vamos com este lp de 10 polegadas do acordeonista paulista, Carlinhos Maffasoli e seu conjunto. Este foi o seu segundo lp, lançado pela Columbia, em 1956. Assim como o primeiro, lançado no mesmo ano, reúne músicas gravadas entre 1954 a 56 em discos de 78 rpm. O repertório segue bem o que se produzia nessa época, música para dançar. E no repertório, um misto com temas populares nacionais e internacionais que bem agradava a turma daquela tempo. Quem não podia ir às boate$, dançava na sala de casa mesmo. 
 
como é bom dançar
me lodijj adela
os pobres de paris
bigode de arame
carlos gardel
tristeza marina
jura-me
hoje quem paga sou eu
 
 
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Deo – Mudou Pra Melhor (1957)

Em um outro momento, postamos aqui um lp do Déo (Ferjalla Rizkalla), cantor que fez muito sucesso nos anos 30 e 40. Era conhecido como o “ditador de sucessos” pois só interpretava sucessos de outros cantores e por certo, fazia também sucesso. Por falha, percebemos que Déo também havia gravado lps de 10 polegadas. Aqui temos ele interpretando oito sucessos dos anos 30 e 40 e também daqueles anos 50. Disco lançado pelo selo Columbia, em 1957.
 
zazá
para o bem de nosso bem
quem foi que disse
olho grande
mudu pra melhor
a morena que eu gosto
eu nasci no morro
triste fim
 
 

Neyde E Nancy – Distração Musical (1958)

Nesses tempos de retorno da cultura do disco de vinil, o que não falta é malandro especulando encima do que eles entendem por ‘raridades’, principalmente e por conta do Discogs e mais ainda do Mercado Livre. Camarada tem um disco antigo e acha que está com um tesouro nas mãos. Longe eu de não acreditar em tesouros musicais… Sem dúvida para um colecionador, um amante do vinil e de múisca há discos que são mesmo um tesouro, mas isso não quer dizer que sua raridade se limita pelo fato de ser um único oferecido no mercado. Por exemplo, nunca entendi o porquê aquele disco horroroso, “Louco por você”, do Roberto Carlos tenha tantos idiotas pagando 5 ou até 10 mil reais num exemplar. Nada justifica, ou se justifica é apenas para um colecionador específico e mesmo assim tem que ser um louco para desembolsar essa nota preta. Mas acho que essa especulação toda se dá, não pelo disco em si, mas porque há nele uma possibilidade real de venda, uma espécie de ‘moeda de troca’. É algo parecido com uma obra de arte, onde o que está em jogo, na verdade não é exatamente a obra, mas sim a vaidade, o poder de compra e porque não dizer, o ‘eu tenho’. No caso dos discos, eu vejo que a coisa acontece assim, o camarada tem um disco antigo, entra no Mercado Livre, vê que não há outro igual à venda, vai então e coloca um preço bem alto. Logo em seguida, aparece outro vendedor e baseia seu preço em paridade com o primeiro. Assim nasce a cotação dos vendedores de discos, que em sua maioria não entendem nada do que é realmente uma raridade, muito menos de música. Daí é que surgem os preços abusivos, a lei dos especuladores. Quando vejo coisas como essas, me dá vontade de perguntar o porquê desse preço exorbitante. Mas depois entendo que para os expertos existem os idiotas. Ou, como dizem por aí, o que não falta nesse mundo é trouxa. Estou dizendo isso, muito por conta deste disco, que embora seja uma maravilha e até raro de se ver e ouvir, não vale o que estão cobrando por aí. Ou, mais ainda, o que um ‘experto’ pensa em conseguir por ele. Estou falando tudo isso porque acho lamentável o que se transformou o mercado do vinil hoje em dia. Nao posso negar também que indiretamente, o Toque Musical contribuiu para que coisas como essa acontecessem. Pois, muita coisa que ‘desenterramos’ e publicamos por aqui, o fizemos tratando como tesouros, raridades e sei que muita gente por aí se baseia em nossa opinião, ou toma como métrica. Já vimos isso acontecer com diversos discos e artistas aqui apresentados. Porém, se por um lado isso foi ruim, por outro foi bom, porque na ânsia de fazer um troco e dentro dessas cotações absurdas vão aparecendo mais exemplares e dependendo do disco a coisa cai de mil para cem, ou até menos. Sem falar no fato de que alguns desses discos acabam sendo relançados, aplacando um pouco a hegemonia daqueles que se achavam os donos da bola. Contudo, ainda há a máxima daqueles vaidosos, “mas o meu é original de época”… Bela merda! Como se os relançamentos não tivessem as qualidades do original. As vezes não tem mesmo, mas a questão aqui é somente uma, ou duas… soberba e vaidade. Esta minha crítica não é diretamente a este disco. Caberia a muitos outros publicados no TM. E se não o fiz em outro momento, foi mesmo por falta de tempo para sentar e escrever. Acho que fiquei um pouco indignado quando fui consultar “Neyde e Nancy – Distração Musical”, no Mercado Livre. Então, é com prazer que compartilho com aqueles que não poderiam ter o disco, sua versão digital. Assim, pelo menos, quem quiser pode conhecer e não apenas olhar na vitrine do inacessivel. 
Eis que temos Neyde e Nancy, uma dupla de cantoras que nasceu aqui em Minas Gerais, cantando nas rádios da capital. Se destacaram representado a música regional mineira num concurso musical de cunho folclórico, na Argentina. Daí, seguiriam uma carreira profissional ainda maior quando passaram a se apresentar na gigante Rádio Nacional, no Rio de Janeiro. Toda essa história é contada na contracapa deste lp e que vocês poderão certamente ler com mais facilidade no arquivo que compartilhamos em nosso GTM (Grupo do Toque Musical) e também ouvir suas músicas, claro! O disco é mesmo muito interessante e não demora para que os mais expertos (que não sou eu) o publique no Youtube. 
A propósito, para quem tem interesse neste lp, vai encontrar por um preço honesto na Acervos Discos, da Savassi, aqui em ‘Belzonte’. 😁
Para mim, para nós, é com disse Paulo Cesar Pinheiro naquela canção, “o importante é que nossa emoção sobreviva”. O importante é compartilhar as emoções. A vida é curta, então curta… ✌
 
areia branca
mamãe quero dançar
na porteira
carreta campesina
dulce dulce dulce
mente
terra querida
bilú bilú
miguelito
eh cavalinho
 
 
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Brasil Campeão Do Mundo (1958)

Abrindo um momento para além do musical, vamos dar espaço para outras curiosidades do mundo fonográfico. Desta vez vamos com um disco raro, documentando o Brasil como campeão do mundo de futebol, em 1958: “Brasil, Campeão do Mundo” com a então equipe esportiva da Rádio Bandeirantes. O disco intercala momentos de apresentação dos jogos do Brasil com sambas, marchas e batucadas de Denis Brean e Osvaldo Guilherme. Um documento sonoro dos mais interessantes sobre copa do mundo e futebol.
 
brasil x austria
futebol em tempo de samba
brasil x inglaterra
reis do futebol
brasil x russia
a copa que pedimos a deus
brasil x país de gales
vingamos o maracanã
brasil x frança
brasil campeão do mundo
brasil x suécia
aquarela da vitória
 
 

Alexandre Gnatalli E Orquestra – Samba, Samba, Samba Vol. 2 (1961)

Samba, samba, samba! Um dia postamos aqui a orquestra de Alexandre Gnatalli num show musical dedicado ao samba. Maravilha de lp! Eis que passado tanto tempo, agora encontramos um segundo volume, disco tão bom quanto o primeiro. Uma seleção de sambas clássicos para orquestra e côro. Recomedadíssimo!

labareda
beijo na boca
se acaso você chegasse
se eu errei
couro do falecido
só danço samba
liberdade demais
me queimei
larga o meu pé
beija-me
este samba tem parada
gamação
 
 

Britinho E Seus Azes Do Ritmo – Dançando Em Hi-Fi (1960)

Enfim, agora, fechando de fato o mês, seguimos nesta postagem trazendo o grande, Leal Brito, também conhecido como “Britinho”, pianista e ‘bandleader’ de mão cheia, acompanhado pelo seu conjunto Azes do Ritmo, em disco lançado pelo selo Columbia, em 1960. Disco moderno, ‘hi-fi’, trazendo uma seleção de primeira com temas nacionais e internacionais, que vale a pena recordar. Confiram..
 
teleco-teco nº2
não quero não
sabes mentir
balada da saudade
marina
carina
adão e eva
mustafá
o amor e a rosa
deixa
serenata suburbana
kriminal tango
 
 
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Luiz Cláudio – Encontro Com Luiz Cláudio (1956)

Outro artista que também gostamos muito e já postamos dele vários discos é o mineiro Luiz Claudio, cantor, compositor, que agora aqui retorna em seu primeiro lp de 10 polegadas. “Encontro com Luiz Claudio” foi lançado pelo selo Columbia, em 1956. O ‘long play’ de oito faixas traz uma série de músicas lançadas antes, em discos de 78 rpm. 
 
como é bom dançar
foi num trem
saudade chegando
os pobres de paris
história de um amor
mademoiselle de paris
joga a rede no mar
não morro sem ver paris
 
 
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Salinas E Seu Conjunto – Tarde No Rio (1957)

Boa noite, meus prezados amigos cultos e ocultos! Segue aqui mais um disco interessante e como o de ontem, um dos primeiros lps de 12 polegadas que começariam a chegar no final dos anos 50, quando até então ‘long plays’ eram só os de 10 polegadas e geralmente com apenas oito faixas.
Aqui temos Daniel Salinas, agora em seu primeiro lp de 12, numa seleção musical que remete a ‘cidade maravilhosa, o Rio de Janeiro. Ou seja, um disco com muito samba e choro 🙂 Leiam o texto na contracapa e confiram o conteúdo no GTM…
 
copacabana
aos pés da santa cruz
peguei um ita no norte
tico tico no fubá
delicado
cabeça inchada
favela
para que recordar
asa branca
maracangalha
maria escandalosa
aquarela do brasil
 
 
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Luizinho – Sambas Da Saudade (1956)

Boa hora, amigos cultos e ocultos! Fechando nosso mês de outubro, tenho para vocês este raro disquinho de dez polegadas do compositor e pianista Luiz Eça. Este foi o seu segundo lp, ainda na fase dos discos de dez polegadas, lançando pelo selo Columbia, no ano de 1956. Aqui, Luiz Eça é um jovem pianista e ainda tratado como Luizinho. Ele nos traz neste disco uma seleção de sambas clássicos, das antigas, músicas que de uma certa forma já fazem parte do cancioneiro popular, principalmente aqui no Toque Musical onde em diferentes discos e artistas elas sempre aparecem. Mas é sempre bom ouvir diferentes interpretações, ainda mais quando se trata de um artista desse quilate. Confiram…
 
é bom parar
morreu o meu primeiro amor
foi ela
a infelicidade me persegue
a cora do rei
a primeira mulher
enlouqueci
me queimei
 
 
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Carlinhos – Tangos Inolvidables (1958)

Buenas noches, meus amigos cultos e ocultos! Que tal fecharmos o domingo ouvindo tango? Com certeza vai haver alguém aqui que irá aprovar e independente de qualquer coisa, o importante é o nosso toque musical, trazendo a cada dia um disco diferente. E eis aqui um belo exemplar. Taí, um disco que atrai, logo pela belíssima capa e nos remete mesmo ao tango… Para tanto, temos como intérprete, Carlinhos. Mas quem é este Carlinhos, ou somente Carlinhos como nos apresenta o lp de 10 polegadas, da Columbia? Vamos logo descobrir que se trata do acordeonista Carlinhos Mafasoli, um dos músicos mais requisitados em estúdio. Um mestre do acordeom e dos teclados, presente em dezenas de discos de diversos artistas, em especial da música sertaneja. Mas aqui temos dele o que foi seu primeiro lp de 33 rpm, um disquinho de dez polegadas totalmente dedicado ao tango. Embora nem todas as músicas sejam originalmente tango, ‘Carlinhos transformou tudo isso em agradável desfile de ritmo portenho.’
Confiram no GTM…
 
ribalta
el pañuelito
nostalgias
mentira
para que recordar
a vingança do cupido
ta-hi p’ra vocÊ gostar de mim
plegaria
 
 
 
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Salinas – Sangue Guarani (1957)

Muito bom dia a todos, amigos cultos e ocultos! Começando outubro seguindo no esquema do 10-12 polegadas, ou seja, cada dia alternando entre um disco de 10 e outro de 12 polegadas. Assim, começamos o mês com este lp do pianista Daniel Salinas, lançado em 1957 pelo selo Columbia. Já tivemos aqui a oportunidade de conhecer o trabalho de Salinas em outro disco, em uma outra fase, nos anos 70. Há tempos não se fala mais dele além de referencias por conta desses seus poucos discos. Ele foi também um maestro, arranjador, músico de estúdio, tendo atuado muito nos anos 60 e 70. Trabalhou com diversos artistas, principalmente da fase da Jovem Guarda. Agora temos aqui este disquinho que ele gravou, creio eu, o seu primeiro 33 rpm, com temas essencialmente paraguaios, que na época faziam por aqui muito sucesso. Vamos conferir?
 
meu primeiro amor
recuerdos de ipacarai
mi delirio
india
anahi
que será de ti
sangue guarany
noches del paraguay
 
 
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Yma Sumac – Voice Of The Xtabay (1951)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! E segue o barco… Aqui vamos com um disquinho estrangeiro e por certo, dos mais interessantes. Temos desta vez o primeiro disco de Yma Sumac, a lendária cantora peruana que nos anos 50 foi sucesso internacional por conta de seu surpreendente alcance vocal, que ia de baixo-barítono a soprano ultra ligeiro, ou seja, ia do grava ao agudo como poucos cantores de opera. Aliás, segundo contam, ela os superava. Cantou também diversas árias de óperas quando esteve na Itália. Aqui no Brasil ela já era conhecida desde a década de 40. No texto de contracapa deste lp de 10 polegadas há uma citação extraída do jornal O Globo, em 1944:“Yma Sumac sensibilidade artística domina todo o Brasil com sua voz mágica e divina os problemas do nosso mundo moderno são esquecidos através do magnetismo deste dom fabuloso, que nos vem descendente direto de Atahualpa, o último rei Inca”. Este disco fez mesmo um grande sucesso. Foi produzido por Les Baxter, assim como as composições, em parceria com Moisés Vivanco, compositor peruano e marido de Sumac, O álbum entrou em várias paradas da Billboard logo que foi lançado. Algumas das canções também vieram a ser usadas em um filme, “Segredo dos Incas”.”Voice Of The Xtabay” mereceu vários relançamentos e podemos dizer que surpreende até hoje. Confiram no GTM…
 
virgin of the sun god
high andes
chant of the chosen maidens
earthquake
dance of the moon festival
dance of the winds
monkeys
lure of the unknown love
 
 
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Josephine Baker – Encores Américaines (1951)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! E aqui continuamos nossa dobradinha 10-12 polegadas, não esquecendo da inclusão de alguns títulos/artistas internacionais que de alguma forma se relacionam com o Brasil. Então, aqui vai um disquinho de dez polegadas dos mais interessantes, um lp lançado pelo selo Columbia, em 1951. Trata-se, claro, de um disco importado, edição americana e nossa artista é a fabulosa Josephine Baker, dançarina e cantora, nascida nos Estados Unidos, mas que foi morar na França, país onde que ela adotou de coração, se tornando uma cidadã francesa. Foi lá que ela conquistou a glória e fez seu nome. Era conhecida como “Vênus Negra”, uma verdadeira sensação de Paris. Sua história é um filme e creio que até já o fizeram. Não vou entrar em detalhes pois a coisa fica longa. Quem se interessar em saber mais sobre ela encontra com facilidade um rico material de pesquisa pela internet e vale a pena…
“Encores Américaines” é uma seleção musical de temas exclusivamente americanos, gravados por ela, creio, no pós-guerra e no qual aparecem também a música latina e aqui, em especial, uma versão da “Aquarela do Brasil, de Ary Barroso, conhecida internacionalmente apenas como “Brazil”. 
Vamos conferir este disco no GTM? 😉
 
nuits de miami
afraid to dream
partir sur un bateu tout blanc
brazil
 besame mucho
the loveliness of you
j’ai un message pour toi
i’m fellin’ like a million
 
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Lago Azul (1955)

Boa noite, caros amigos cultos e ocultos! Daqui há pouco menos de uma semana estaremos completando 14 anos, oficialmente, de atuação constante, levando a todos o nosso toque musical. 
Seguindo, temos aqui uma pequena mas boa coletânea do selo Columbia trazendo uma seleção de alguns de seus artistas de sucesso. Uma maneira de unir o útil ao agradável, ou seja, a gravadora reunia num lp de divulgação seus diversos artistas e o público tinha a oportunidade de ter uma amostra de cada uma desses num só disco. E esta, de 55 está bem sortida, vejam só….
 
lago azul – ellen de lima com renato de oliveira e sua orquestra
tu, só tu – cauby peixoto
teu olhar – helena ribeiro com renato de oliveira e sua orquestra
mar negro – déo
sorri – ivan de alencar
sedução – zezé gonzaga
canção sem nome – carlos henrique com renato de oliveira e sua orquestra
valsa do adeus – mary duarte e orquestra
 
 
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Alexandre Gnatalli E Orquestra – Samba, Samba, Samba (1961)

Boa noite, meus caros amigos cultos e ocultos! Hoje tenho para vocês um excelente disco de orquestra e coro, sob a direção do maestro Alexandre Gnattali. Só por aí já seria uma bela dica, mas para ficar ainda melhor é também um disco de sambas. Sim, uma seleção de sambas canções clássicos, muitos desses já apresentados aqui em outras versões e interpretações. Álbum lançado pela Columbia em 1961, uma boa safra, com certeza! Vamos conferir no GTM…
 
mulata assanhada
apito no samba
fechei a porta
volta
enlouqueci
carnaval
guarda a sandália dela
jarro da saudade
solução
a fonte secou
a voz do morro
não me diga adeus
 
 
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Teatro Folclorico Brasileiro Brasiliana De Miecio Askanasy – Ritmos Danças E Canções Do Brasil (1955)

Bom dia a todos, amigos cultos e ocultos! Segue aqui um disco dos mais interessantes, colhido aqui mesmo na internet, em um dos muitos blogs de música que já fecharam suas portas, acredito que seja do saudoso Sintonia Musikal. Enfim, temos aqui este lp lançado pelo selo Columbia, apresentando o Brasiliana -Teatro Folclórico Brasileiro, grupo cênico-musical formado no Rio de Janeiro no final dos anos 40. Uma grande companhia, grupo formado por trinta artistas, entre cantores, bailarinos, músicos e atores. Fizeram muito sucesso logo em sua estreia. Logo em seguida partiram para uma turnê vitoriosa e longa, de quatro anos pela Europa. Este lp foi gravado na França e lançado no Brasil logo que o grupo regressou ao Brasil. Neste disco de 10 polegadas encontramos oito temas clássicos do nosso cancioneiro popular. Na contracapa, como se pode ver, temos mais detalhes sobre o disco. Temos como cantor principal Nelson Ferraz. O grupo aqui é acompanhado pela orquestra do francês Leo Chauliac que também cuida dos arranjos juntamente com José Prates e Ary Silva. Sem dúvida, um disquinho dos mais interessantes e raros de se ver e ouvir nos dias de hoje. Confiram no GTM…
 
peguei um ita no norte
roda moenda
vou vender meu barco
carrapato
maracatu
gingando
velha bahia
ninguém me ama
 
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Gallo E Seu Conjunto – Um Galo Dancante (1958)

Olá, amigos cultos e ocultos! O TM está trazendo de volta o maestro e pianista Fernando Gallo, acompanhado de seu conjunto, mais o coral de Severino Filho. Desta vez, apresentamos “Um Galo dançante”, lançado pela Columbia, hoje Sony Music, em 1958. O disco vem com seis faixas, cada uma com três músicas, apresentando, como de costume nesse tempo, uma seleção de sucessos nacionais e internacionais. Portanto, lembra a estrutura dos álbuns de Waldir Calmon, que na época vendiam feito água. A última faixa apresenta três clássicos da MPB em ritmo de rock: “Na Baixa do Sapateiro”, “Aquarela do Brasil” (ambas do mestre Ary Barroso) e “Maracangalha” (esta de autoria de outro mestre, Dorival Caymmi). Este, portanto, é mais um disco que vale a pena ouvir e dançar. É ir ao GTM e conferir.
 
um galo dançante – samba fantástico – samba do galo
when i am with you – chances are – love letters
cachito – night and day – silbando mambo
lamento – nosso samba – casa da loló
mente – haja o que houver – falam meus olhos
na baixa do sapateiro – aquarela do brasil – maracangalha
 
 
*Texto de Samuel Machado Filho

Al Brito E Seu Piano – Arco-íris Musical (1958)

Olá, amigos cultos e ocultos! O TM apresenta hoje mais um LP do compositor e pianista João Leal Brito, o Britinho. É “Arco-íris musical”, lançado pela Columbia em 1958, e que ele gravou sob o pseudônimo de Al Brito. O repertório compõe-se de sucessos nacionais e internacionais de ocasião, compondo um verdadeiro arco-íris musical e, portanto, fazendo jus ao título. Acompanhado de orquestra, Al Brito (ou Britinho) traz ótimas execuções ao piano em faixas como “Besame mucho”, “Nos braços de Isabel”, “Foi a noite”, “All the way” e “Mocinho bonito”. Enfim, um trabalho muito bem elaborado, digno de merecer o nosso Toque Musical. É ir ao GTM e conferir.
 
un angelo e sceso a brooklyn
besame mucho
nos braços de isabel
i’ll close my eyes
foi a noite
podes voltar
il nostro giorno
if should lose you
mocinho bonito
faça de conta
all the way
porque e para quê
 
 
 
*Texto de Samuel Machado Filho 
 

Claudio Cartier (1982)

Bom dia, prezados amigos cultos e ocultos! Estamos hoje trazendo o compositor e instrumentista Cláudio Cartier, artista carioca que além da música é também um artista gráfico. Seu nome está associado ao de Octávio Burnier (ou chamado de Tavynho Bonfá) com quem fez a dupla Burnier & Cartier, atuando em boa parte dos anos 70. A partir dos anos 80 ele segue em carreira solo e lança este que foi o seu primeiro lp, pela Opus Columbia. É um disco bem bacana onde ele divide as composições com o parceiro Paulo Cesar Feital. Mas há também “Mil atrações” feita em parceria com Aldir Blanc e “Abelhas”, com Heitor de Pedra Azul. Os arranjos são de Cesar Camargo Mariano, que também toca no disco. Há também outros grandes músicos no time, o que valoriza ainda mais o trabalho deste artista. Confiram no GTM…

1789
saudações
deveria
fala geral
mil atrações
abelhas isso não
dois por quatro
última noite
real grandeza
resgate



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Renato De Oliveira – O Melhor Dos Festivais (1968)

Boa noite, caríssimos amigos cultos e ocultos! Espero que todos estejam bem, em suas casas, ou em qualquer outro lugar, mas seguros, longe de qualquer forma de contágio com esse vírus que está mudando a rotina de todos nós. Sejamos pacientes, resistentes e confiantes. Tudo isso irá passar. Tenhamos fé!
Hoje estamos trazendo um disco para quem gosta de orquestras e também de músicas de festivais. Temos aqui uma produção do selo Copacabana realizada em 1968. Um disco que reúne músicas selecionadas do II Festival Internacional da Canção e do III Festival da Música Popular Brasileira, realizados pela antiga TV Record, de São Paulo. Trata-se de um disco instrumental orquestrado, tendo a frente os arranjos e regência do Maestro Renato de Oliveira. Confiram este lp no GTM…

eu e a brisa
kubatokuê mulata
fala baixinho
per una donna
margarida
roda viva
wenn die liebe kommt
uma dúzia de rosas
travessia
celebration
volta amanhã
carolina
 


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Zila Fonseca – Sambas Da Saudade Vol 2 (1958)

Iolanda Ribeiro Angarano, aliás Zilá Fonseca (São Paulo, 12/4/1919-Rio de Janeiro, 30/5/1992), bate ponto novamente aqui no Toque Musical. Desta vez, oferecemos a nossos amigos cultos e ocultos um álbum em que ela recorda sambas clássicos de nossa música popular. É “Sambas da saudade – volume 2”, lançado em 1958 pela Columbia, hoje Sony Music, ainda no formato de dez polegadas.  O disco tem um repertório excelente, que dispensa comentários. Estão nele verdadeiras joias do samba brasileiro, tais como “Se acaso você chegasse”, “Agora é cinza”, “Diz que tem” e “Implorar”.  Sem sombra de dúvida, é mais um trabalho que merece figurar em nosso Toque Musical. A conferir no GTM, sem falta. 

se acaso você chegasse
pelo amor que eu tenho a ela
agora é cinza
implorar
o orvalho vem caindo
diz que tem
aperto de mão
choro sim




*Texto de Samuel Machado Filho

Telma Costa (1983)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Já na reta final, vamos aqui com mais um lp de cantoras, para fechar bem o ano. Hoje eu trago Telma Costa, em seu primeiro e único disco solo. Mineira, de Juiz de Fora, iniciou sua carreira ao lado das irmãs, as compositoras Lisieux e Sueli Costa formando o grupo vocal Trieto. No início da década de 70 mudou-se par o Rio de Janeiro e iniciou sua carreira profissionalmente integrando o grupo vocal que participou de shows de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, ao lado das cantoras Miucha, Olívia Hime e Elizabeth Jobim. Participou ao longo dos anos 70 de shows e gravações de vários artistas, se apresentando também em casas noturnas. Em 1983, finalmente lançou este que foi o seu primeiro e único disco. Infelizmente, faleceu prematuramente, aos 36 anos. Telma, além de irmã de duas excelentes compositoras, também é a mãe das cantoras Branca Lima e Fernanda Cunha.
Neste lp, lançado em 1983, Telma vem muito bem assessorada e acompanhada, a começar pela produção de Dori Caymmi, arranjos e regências de Dori, Cesar Camargo Mariano e Alberto Arantes. Participam também diversos artistas de peso, entre esses, Caetano Veloso, Danilo Caymmi, Gilson Peranzetta, Helio Delmiro. Luiz Alves, Robertinho Silva, Maurício Einhorn e muitos outros… Por aí já dá para se ter um ideia do conteúdo musical, dez belas canções de diferentes e consagrados autores. Um trabalho, sem dúvida, muito bonito que merece o nosso toque musical. Confiram no GTM.

coisa feita
lembra
ilusão
fruta boa
não vale mais chorar
certeza da beleza
adoração
espelho das águas
sem dor
chuá chuá

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Esse Rio Que Eu Amo (1961)

Olá, amigos cultos e ocultos! O Toque Musical apresenta hoje mais um álbum relacionado ao cinema. É a trilha sonora do filme “Esse Rio que eu amo”, produção de 1961 dirigida por Carlos Hugo Christensen (Santiago del Estero, Argentina, 15/12/1914-Rio de Janeiro, 30/11/1999), com roteiro de Millôr Fernandes. Tendo como pano de fundo o carnaval carioca, o filme adapta quatro contos da literatura brasileira: “Balbino, o homem do mar” e “Milhar seco”, ambos de Orígenes Lessa, “A morte da porta-estandarte”, de Aníbal Machado, e “Noite de Almirante”, de Machado de Assis. No elenco, grandes artistas da época: Jardel Filho, Odete Lara, Tônia Carrero, Diana Morel, Wilson Grey e Francisco Dantas, entre outros. No lado A, temos uma regravação da “Sinfonia do Rio de Janeiro”, de Tom Jobim e Billy Blanco, na interpretação de Lana Bittencourt e Haroldo de Almeida, com orquestração e direção de Lírio Panicalli. Tem ainda o samba “Ele é engraxate”, grande sucesso na época, interpretado por coro infantil, e o samba-canção “Dentro da noite”, de Normando e Édison Borges, na voz do próprio Normando. Por último, no lado B, uma seleção de sambas carnavalescos, tipo “Levanta Mangueira”, “Madureira chorou” e “Quero morrer no carnaval”. Em suma, este é mais um disco que merece a postagem do nosso TM, com toda a justiça. Confiram no GTM. 

sinfonia do rio de janeiro
a montanha, o sol, o mar
ele é engraxate
dentro da noite
você passou
levanta mangueira
madureira chorou
no outro carnaval
lágrimas
perdi a esperança
quero morrer no carnaval
foi ela
saudade de cetim



*Texto de Samuel Machado Filho