Lafayette (1967)

Voltando aqui com mais um compacto. Desta vez, um dos muitos disquinhos que o tecladista da Jovem Guarda gravou pela CBS, onde era músico contratado da gravadora. Lafayette tocou em mais de 50 discos da Jovem Guarda, principalmente nos de Roberto Carlos e Erasmo Carlos. Já falamos dele aqui em outras postagens. Lafayette teve também um série de discos lançadas pela CBS, chamada “Lafayette Apresenta Os Sucessos”. Este compacto é uma amostra de um desses lps que faziam muito sucesso em 1967 e nele encontramos dois sucessos internacionais…
 
music to watch girl by
cassino royale
 
 
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Roberto De Regina – 25 Anos Do Conjunto (1976)

bon jour bon moys
je ne vis oncques la pareille
petite camusette
ou mettra l’on ung baiser favorable?
les cris de paris
ce sont gallans
que vaut catin?
en ung chasteau
erdre le sens devant vous
mit ganczen willen
pater noster
due villotte del fiore
dale si le das – cancionero de palacio
besad me e abraçad me
dezilde al caballero
falai meus ollos
oy comamos y bebamos
 
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Niquinho E Seu Conjunto – Mixidinho (1966)

Olá, caríssimos amigos cultos e ocultos! Temos hoje para vocês, “Mixidinho”, disco de 1966, lançado pela CBS e trazendo o músico instrumentista carioca Agnaldo Luz, mais conhecido como Niquinho, apelido esse que ganhou ainda na infância, por conta de ficar sempre pedindo um ‘niquinho’ para comprar doces. Niquinho foi também compositor. Aprendeu a tocar sozinho e aos sete anos já começava a tocar cavaquinho, bandolim e violão. Como profissional da música atuou em diferentes regionais, inclusive ao lado de Altamiro Carrilho. Formou seu conjunto e nos anos 60 gravou discos pela CBS, como este que estamos apresentando. Um lp cheio de choro, samba e até bolero. Bem bacaninha, vale a pena conhecer e ouvir…
 
no tempo do vovô
sossega violão
começa tudo assim
vem meu grande amor
ginga de morro
um bandolim no samba
mixidinho
beija-me
ninguém
sorriso da zilah
esperança perdida
 
 
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Simone – Amor E Paixão (1986)

Bom dia, meus caros amigos cultos e ocultos! Hoje eu estou atendendo a um pedido especial de uma amiga que para a minha surpresa não conhecia o Toque Musical e eu, por outro lado não sabia que ela era fã (de carteirinha) da cantora Simone. Tem todos os discos da cantora, exceto este. Eu até estranhei, afinal, “Amor e Paixão”, assim como outros discos dela, a gente encontra, literalmente, para dar e vender. E apesar de tudo, confesso, eu mesmo só tinha ouvido umas duas ou três músicas aqui deste disco, pelo rádio. Penso que discos de artistas, principalmente os mais populares e de grandes gravadoras, na década de oitenta, ficaram encalhados devido ao surgimento dos cds. A CBS foi uma das gravadoras que sempre investiu pesado em seus lançamentos e mesmo com essa transição ainda jogou no mercado um número acima do que venderiam. Acho que foi a forma que eles acharam de ‘desovar’ de vez o vinil e entrar de cara no cd. Enfim, temos aqui um desses lps e para a nossa felicidade, uma boa produção, ainda que nessa altura a cantora Simone tenha esgotado o brilhantismo da década passada. Seja como for, vale a pena conferir no GTM…
 
amor e paixão
esquinas
tanto e mais
mania de você
raras maneiras
em flor (too young)
amor explícito
iolanda
bálsamo
rei por um dia
 
 
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Fernando Brant – Amigo É Coisa Pra Se Guardar (1987)

Seguimos aqui, amigos cultos e ocultos… Hoje trazendo este disco, uma homenagem ao compositor mineiro Fernando Brant. O lp foi lançado em 1987 e por certo, uma justa homenagem a um dos grandes compositores brasileiros, que ao lado de Milton Nascimento e tantos outros músicos da chamada turma do Clube da Esquina compôs músicas que se tornaram verdadeiros e eternos sucessos. Gravado por inúmeros artistas, nacionais e internacionais. Aqui temos um disco que é mesmo uma joinha, trazendo dez das mais conhecidas obras de suas parcerias, em fonogramas célebres e com diferentes artistas. Um caso raro de se ver e ouvir em discos, onde cada artista é de gravadora diferente. Difícil conseguir essa proeza, mas a CBS e sua linha Songs conseguiu reunir um pouco do melhor. Fernando Brant faleceu em 2015 e este disco, embora tenha sido lançado década antes, quando o compositor ainda vivia, parece trazer algo de póstumo, até porque não é datado. Mas é, sem dúvida, uma seleção maravilhosa e na qual temos as seguintes ‘pepitas’…
 
travessia – milton nascimento
canção da américa – elis regina
veveco panelas e canelas – beto guedes
solar – gal costa e roupa nova
ponta de areia – nana caymmi
maria maria – simone
san vicente – ney matogrosso
paisagem da janela – lô borges
menestrel das alagoas – fafá de belém
nos bailes da vida – milton nascimento
 
 
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The Sunshines (1968)

Boa hora, meus prezados amigo cultos e ocultos! No nosso encontro de sete polegadas, hoje temos o conjunto The Sunshines que fez parte da onda da Jovem Guarda. Surgiram em 1964, gravando versões de sucessos da música pop internacional, como era de costume naqueles dias. The Sunshines era formado pelos filhos dos comediantes Brandão Filho e Walter D’Avila. Seu primeiro disco foi em 66, numa produção independente trazendo versões de músicas dos Beatles, mas sem muito sucesso. Foi, porém na CBS que eles se firmaram, gravando assim seu segundo lp, produzido por Leno e Jairo Pires. Ao que consta, o grupo lançaria novos discos (compactos) pela CBS até 1968, quando então a banda se separou. O disquinho que temos deles, creio, foi o último lançamento, trazendo duas versões para “Kicks” e “Friday In My Mind”, que aqui aparecem respectivamente como “Por você tudo faria” e “Quando for bem tarde”, músicas essas que foram lançadas no CD “O Último Trem”, disco/lp lançado originalmente em 68. Confiram…
 
por você tudo faria
quando for bem tarde
 
 
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Heladio – Compacto (1976)

Olá, amigos cultos e ocultos! Tenho para hoje este raro disquinho de sete polegadas que certamente irá agradar a muitos por aqui. Estou falado de Haládio, ou mais ainda, Carlos Eládio, músico baiano que começou a carreira ao lado de Raul Seixas. Eládio era o guitarrista dOs Panteras, grupo formado por Raul e com o qual gravaram um único disco em 1967. Com a saída de Raul Seixas o grupo se desfez e Eládio foi tocar na banda de apoio de Jerry Adriani. Eládio voltaria a se encontrar com Raul Seixas quando este o convidou para participar de seu quarto disco, o “Novo Aeon”, de 75. Esse reencontro rendeu ao guitarrista novos shows com o maluco beleza e também lhe abriria as portas na CBS para gravar um disco. Creio que acabou ficando apenas neste compacto, lançado no ano seguinte e trazendo duas de suas composições, que por sinal estão impregnadas do estilo Raul Seixas. Talvez, por isso mesmo, acabou sendo visto apenas como um dos muitos ecos de Raul. Eládio se tornou publicitário, mas também continuou atuando em show, principalmente em tributos ao roqueiro baiano. Confiram o disquinho aqui, pois ele só vai estar Youtube depois que algum dos amigos ocultos forem buscar o áudio no GTM 😉
 
marginal militante
deixe eu cantar o meu
 
 
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Roberto Carlos – La Distancia (1974)

Boa hora a todos, amigos cultos e ocultos! Como já dizia o ditado, “toda araruta tem seu dia de mingau”. E aqui, sem com isso querer ser pejorativo (muito pelo contrário), eu hoje estou trazendo o Roberto Carlos, figura, claro, que dispensa apresentações e talvez por isso mesmo, por ser um ‘medalhão’, não carecesse de estar por aqui, pois como todos já devem saber, no Toque Musical a gente só publica coisas que nem sempre se vê e se ouve por aí. Mas, em se tratando de um disco em espanhol do Bob, a gente até anima, afinal, foram lançados lá fora, né? “La Distancia” foi um dos muitos discos que Roberto gravou para o mercado latino, tanto para Europa quanto aqui, em países da América do Sul. Nada de novo, mas ainda assim de grande interesse, principalmente quem gosta do Rei. E aqui cabe bem, como curiosidade, porque não? Confiram no GTM…
 
la distancia
te amo te amo te amo
detalles
una palbra amiga
el dia que me queiras
eu daria minha vida
por amor
quero me casar contigo
120… 150… 200 kms por hora
la montaña
la ventana
ana
 
 
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Leno E Lilian (1966)

Boa hora, amigos cultos e ocultos! Há poucos dias atrás uma amiga me trouxe de presente este disco da dupla Leno e Lilian. Se lembrou do tempo em que éramos criança, de quando a gente ficava no alpendre de sua casa vendo seus irmãos mais velhos e amigos dançando ao embalo da Jovem Guarda. Este lp era um dos muitos que eles punham para rodar e na época era um dos que eu mais gostava. Cheguei inclusive a copiar a capa com lápis creon em cartolinha rosa e essa amiga se lembrou disso e trouxe para mim o velho disco que a gente tanto ouvia. Para meu espanto, passados mais de 50 anos, o disco continua em bom estado, segundo ela, ficou por décadas guardado e somente agora foram descartados. Ela jogou tudo no lixo e só salvou este disco porque lembrou de mim. Lembrou pelas metades, né? Hehehe… Podia ter me dado todos, ao invés de jogar fora, fiquei chateado… Enfim antes um do que nada. Adorei 🙂 e agora eu o compartilho com vocês. Por certo, este é um disco já bem rodado em blogs musicais e facilmente de achar no formato digital, porém, por essas e outras razões eu não poderia deixá-lo de fora, não é mesmo? Então aqui temos  Leno e Lilian, dupla que surgiu na onda da Jovem Guarda. Gravaram um primeiro compacto trazendo as músicas “Devolva-me” e “Pobre menina”, duas versões que fizeram muito sucesso e abriram para eles a chance de gravarem o primeiro disco, no caso, este lançado em 1966. O lp fez ainda mais sucesso pois trazia outras canções que conquistaram o público, como “Eu não sabia que você existia”. Disquinho bacaninha…
 
desculpas
o jogo do amoir
devolva-me
meu coração bate
veja se me esquece
eu já sei
eu não sabia que você existia
o balão vermelho
pobre menina
meu sonho de amor
o sol se poe no horizonte
um rostinho de criança
 
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Olivia Byington E João Carlos Assis Brasil (1989)

Olá, amigos cultos e ocultos! Para mantermos a diversidade fonomusical, que é uma característica do nosso blog, vamos a cada dia sempre com uma boa surpresa. Hoje eu resolvi encaixar aqui este belíssimo trabalho, lançado em 1989 pela CBS, trazendo um encontro dos mais perfeitos, a afinadíssima cantora Olívia Byington ao lado do excelente pianista João Carlos Assis Brasil. O repertório é uma seleção de algumas das mais belas composições de autores como Cole Porter, Gershwin. Tom Jobim, Cartola, Kurt Weill, Villa-Lobos e mais… Lindo disco, vale muito a pena ouvir. Confiram no GTM…
 
just one of those things
i get a kick out of you
let’s do it (let’s fall in love)
summertime
bess you is my woman
embraceable you
canta mais
anos dourados
por toda a minha vida
o mundo é um moinho
acontece
la vie en rose
don’t be afraid
september song
uva de caminhão
luar do sertão
tico tico no fubá
caravela
beau soir
villa-lobos medley
 
 
 

Cirino – Estrela Ferrada (1978)

Boa noite, meus amigos cultos e ocultos! Tenho aqui mais um disco, dos últimos enviados pelo meu bom amigo Fares, Cirino e seu álbum “Estrela Ferrada”, lançado em 1978. Este foi o primeiro lp de Wilson Cirino, cantor, compositor e violonista cearense. Disco este dirigido por Jairo Pires e arranjos de Cirino com o pianista e maestro Gilson Peranzzetta. Taí um disco bem bacana, quase todo autoral, hoje um clássico entre os discos de artistas vindos do nordeste. Para quem não conhece, cola lá no GTM…
 
maré de senões
quarto de pensão
a vela e os tubarões
tu me querias pedra
pé de terra
baião do coração
sobrados de aracati
passarinho
chorinho do coração
prá la de cego aderaldo
 
 

Neco E Seu Violão – Coquetel Bossa Nova (1963)

Olá, amiguinhos cultos e ocultos! E segue a bossa e os diversos discos a ela relacionados. Discos esses já bem divulgados em diversos outros blogs que hoje já nem existem mais. E assim sendo, o Toque Musical os recebe de herança. Digo herança porque muitas vezes eu prefiro pegar o arquivo pronto original ao invés de digitalizar discos e capas. Só tenho feito isso quando os arquivos de áudio estão em baixa qualidade ou incompleto, sem contracapa ou selos. Enfim, é no Toque Musical que tudo se completa e eterniza (que seja eterno enquanto dure!)
Então, temos desta vez a presença de Daudeth Azevedo, músico carioca mais conhecido pela alcunha de Neco. Foi um instrumentista e arranjador. Participou de shows e gravações de centenas de discos da MPB. Era essencialmente um músico de estúdio, mas também foi integrante de grupos como Os Ipanemas, com Astor Silva; Banda Veneno, de Erlon Chaves; Os Catedráticos, de Eumir Deodato e Os Gatos, de Durval Ferreira. Gravou também quatro discos solos, sendo este “Coquetel Bossa Nova” seu primeiro disco, gravado em 1963 e lançado em 64. Os arranjos deste disco são Astor Silva, padrão CBS. Confiram já, no GTM…
 
jogado fora
você
está nascendo um samba
se chegou assim
ah! se eu pudesse
corcovado
nós e o mar
com amor não se brinca
tem dó
a mesma rosa amarela
tristeza e solidão
sorriu para mim
 
 
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Carlos José (1959)

Olá, amiguinhos cultos e ocultos! Hoje temos a presença do cantor Carlos José, que infelizmente nos deixou em maio, vitimado pelo Covid 19. Essa praga está mesmo ceifando a vida de muita gente boa, infelizmente vivemos momentos péssimos, pois boa parte do mundo está nas mãos de gente canalha, ignorantes, radicais e fascistas. Aqui no Brasil essa chaga é ainda maior, pois temos um governo de merda, mais sujo e mais corrupto, cujo o líder é mesmo a encarnação do que temos de pior no ser humano. É ainda mais triste perceber a ignorância desse nosso povo. O brasileiro, em boa parte, é um canalha, estúpido e ignorante, pois mesmo passando por tudo que está passando ainda não conseguiu enxergar. Taí uma coisa que é comum a pobres e ricos, a ignorância e estupidez. Por conta de tudo isso que estamos passando tive várias vezes vontade de encerrar o Toque Musical. São tantos os desgostos que esse (des)governo me traz que chego a desanimar. Por outra, só de pensar que entre os amigos cultos e ocultos existem também os idiotas, apoiadores desse lixo de governo fascista, já me deixa muito puto. Mas em nome da razão e de todos os queridos e verdadeiros amigos cultos, o Toque Musical continua ativo. Mas já estamos providenciando a exclusão de todo e qualquer ‘fascistinha’. Aos poucos estão sendo expulsos, pois desse tipo de gente eu não quero nem lembrança. Aceito o camarada ser de Direita, conservador, mas fascista não! Apoiador de presidente canalha, também não! Então, fica esperto e pianinho por aqui, senão tá fora, ok?
Bom, mas voltando ao disco de hoje. temos aqui o que entendo como sendo o segundo lp de Carlos José, antes ele só havia gravado os bolachões de 78 rpm. Inclusive, seu primeiro lp também já foi postado aqui em outras épocas. Neste, lp gravado pelo selo CBS, ao que consta foi lançado em 1959. É um dos seus discos que eu acho mais interessante. Cheio de boleros, como cabia para aqueles tempos, mas também e principalmente, do lado B, temos um flerte com uma música moderna que naquele momento estava nascendo, a Bossa Nova. Eis aqui um disco importante, que por certo, um bom conhecedor de música popular brasileira não dispensa. Não deixem de conferir no GTM…

diga se é verdade
sabor de nada
a barca de ouro
queria
a barca
quando chegares
coisa n. 1
lágrimas de sonho
tema do amor triste
foi noite assim
sem você sou assim
maria bonita

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Madrugada E Seu Conjunto – Só Sucessos Vol. 2 (1964)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Vamos lá, disquinho de gaveta pra não dizer que não falei de flores… Hoje temos Madrugada e Seu Conjunto. Já postamos aqui outros discos desse pseudônimo que nada mais foi além de uma criação do pessoal da CBS, um artista fictício, que lançou ao longo dos anos  60 e 70 dezenove discos. Aqui temos o segundo volume, de 1964 trazendo um repertório ao ritmo do bolero, com músicas nacionais e internacionais. Confiram no GTM…
 
nunca mais brigarei contigo
fallaste corazon
sabor a mi
oferenda
não me esquecerás
foi tudo loucura
otra carta
juro
sombras
sentimental demais
separados
sigamos pecando
 
 
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Tania Maria E Seu conjunto – Para Dançar Vol. 2 (1963)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Ainda no embalo da dança, ou melhor dizendo, no embalo de discos feitos para dançar, coisa muito comum nos anos 40. 50 e 60, tenho hoje para vocês a pianista Tania Maria, artista já apresentada aqui através de outros três de seus discos. Desta vez temos o lp Tania Maria Para Dançar – Volume 2, disco gravado por ela em 1963. Curioso notar que este seja o volume 2, o que nos leva a entender que ela tenha gravado antes o volume 1, por certo. Mas lendo o texto de contracapa, é dito que este foi seu disco de estréia. Busquei, numa pesquisa rápida informações sobre o primeiro volume. Qual nada… Estou certo de que esse disco não existe e assim entendo que houve aí algum erro da gravadora. “Para Dançar” foi gravado quando Tania Maria tinha apenas 15 anos de idade. Ela, na verdade, começou a estudar piano com 3 anos de idade, aos 14 já tinha seu próprio conjunto, era uma ‘band leader’. Daí, a gente entende porque ela é hoje um dos nomes mais respeitados do jazz internacional. Neste disco ela já demonstra seu talento, nos trazendo um repertório que passeia pelo samba e também pelo jazz, em arranjos feitos para dançar. Não deixem de conferir no GTM, o tempo é limitado!

é luxo só
chor sim
come september
cha cha cha da moça
marise
stella by starlight
quem é
el reloj
stranger in paradise
rosário
nunca mais
meu nome é ninguém



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Waldemar Moura E Barreto – Um Pistão Um Trombone E… (1963)

Muito bom dia a todos, amigos cultos e ocultos! Como sempre tenho dito nesses últimos tempos, FIQUE EM CASA!, aproveitem o momento para fazerem aquilo que não coube num fim de semana, dentro de casa, obviamente… Ler um livro, ouvir um disco, trocar o papel de parede do quarto e até mesmo (porque não?) pesquisar aqui no Toque Musical discos que já não se ouvem mais.
Hoje temos a Orquestra do maestro Alexandre Gnattali, irmão de outro grande, o inesquecível Radamés, acompanhada pelos solistas de metais, o pistonista Barreto e o trombonista Waldemar Moura, irmão do saxofonista Paulo Moura. Este disco, da CBS, segundo informações, foi lançado em 1963, mas eu cá tenho as minhas dúvidas e diria que talvez fosse um pouco depois, em 65. Mas vamos deixar a bolacha rodar e ouvir aqui alguns dos grandes ‘standards’ da música internacional. Confiram no GTM…

ebb tide
when i fall in love
night and day
joie de vivre
over the rainbow
trree coins in the foutain
danke schoen
an affair to remember
all the way
warm
too young
stella by starlight



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Claudia Telles (1979)

No dia 21 de fevereiro deste ano, às vésperas do carnaval, o Brasil perdeu uma de suas melhores cantoras. Claudia Telles de Mello Mattos foi-se aos 62 anos, em seu Rio de Janeiro natal, vitimada por insuficiência cardíaca e disfunção da válvula aórtica, causadas por endocardite. Instrumentista e compositora, além de cantora, Claudia Telles, de ascendência portuguesa e francesa, nasceu em 26 de agosto de 1957, filha do violonista, compositor e advogado Candinho, e de uma das precursoras da bossa nova, a também cantora Sylvia Telles.  Ainda menina, foi convidada pela mãe para subir ao palco do Teatro Santa Rosa, no último show da temporada do espetáculo “Reencontro”, que reuniu Sylvia Telles, Edu Lobo, Tamba Trio e Quinteto Villa-Lobos, para cantar “Arrastão”, parceria de Edu com Vinícius de Moraes. Ficou órfã de mãe aos nove anos, tendo sido criada por seus avós maternos, e teve pouco contato com o pai. Aos 16 anos, após ter perdido os avós, foi viver sozinha no apartamento que era de sua mãe, em Copacabana. Nesta época, trabalhava em musicais no teatro. Nossa focalizada iniciou sua carreira fazendo coro para artistas famosos em suas gravações, entre eles Roberto Carlos, os Fevers, Fafá de Belém, José Augusto, Gilberto Gil, Simone, Jorge Ben (depois Ben Jor), Simone, Belchior e Rita Lee. Foi ainda “crooner” do conjunto de Chiquinho do Acordeom, um dos mais conceituados de sua época, durante um ano. Em 1976, saía seu primeiro disco, pela CBS, um compacto simples cuja faixa principal era a balada romântica “Fim de tarde”, de Mauro Motta e Robson Jorge. A música foi o primeiro grande sucesso de Claudia, e o disco vendeu mais de 500 mil cópias. Em 1977, gravou seu primeiro LP, onde, além de “Fim de tarde”, vieram dois outros hits, “Eu preciso te esquecer” e “Aprenda a amar”, além de uma regravação de “Dindi”, de Tom Jobim e Aloysio de Oliveira, em homenagem à mãe, Sylvia Telles. Em seus shows, Claudia Telles cantava do samba ao bolero, além da Bossa Nova, sua paixão. Em entrevista, aliás, no início dos anos 1980, expressou o desejo de reviver em disco os sucessos do movimento, considerado o maior da história da música brasileira, o que seria também um tributo a sua mãe, mas a ideia nunca saiu da gaveta. Claudia era separada e teve três filhos homens, que não seguiram a carreira artística. Da discografia de Claudia Telles, o TM oferece hoje a seus amigos cultos e ocultos o terceiro LP, lançado pela CBS em 1979. Produzido por Fernando Adour, com arranjos de Eduardo Souto Netto, Eduardo Lages e Lincoln Olivetti (este na faixa “Só de você”, da própria Claudia em parceria com Mauro Motta), o disco tem onze faixas, e nele predomina o estilo romântico que celebrizou a intérprete. Há ainda uma regravação de um sucesso da mãe Sylvia, “Demais”, de Tom Jobim e Aloysio de Oliveira, e participações especiais de Guilherme Arantes (piano na faixa “Esse amor existe”, de autoria dele próprio) e do saxofonista Ricardo Pontes (na faixa “Acaba de acontecer”). Renato Teixeira, autor do clássico “Romaria”, aqui comparece com “Quarto de motel”, parceria com Eduardo Souto Netto. Tudo isso e muito mais, em uma justa homenagem póstuma que o TM presta a Claudia Telles, sem dúvida uma perda irreparável para nossa música popular. É ir ao GTM e conferir.

eu quero ser igual a todo mundo
esse amor existe
acaba de acontecer
quarto de motel
demais
só de você
é preciso tentar
vontade e medo
um momento qualquer
quero ter você pra mim
vou caminhando

*Texto de Samuel Machado Filho 

Ana Belen (1982)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Hoje o nosso encontro é com a  atriz e cantora espanhola Ana Belen. Uma cantora internacional, sem dúvida, porém neste álbum cantando músicas de autores brasileiros. O disco foi gravado no Brasil e finalizado na Itália. Trata-se de um álbum duplo, onde no primeiro ela canta versões em espanhol. No segundo disco ela canta, entre outras, as mesmas músicas e com os mesmo arranjos, só que desta vez em português. Na Espanha este disco saiu com o título “Ana en Rio”. Como se pode ver pela contracapa, o repertório traz músicas de Guilherme Arantes, Gilberto Gil, Lô Borges & Fernando Brant, Geraldo Vandré, Braguinha, Zé Geraldo, Ruy Maurity, Ivan Lins, Luiz Gonzaga e Chico Buarque. Este, também participa do disco em “Noite dos Mascarados”, assim como Fagner, em “Imposible”, poema de Florbela Espanca musicado por ele. Os arranjos para o disco em português ficou por conta de Lincoln Olivetti, Octávio Burnier. Vale a pena conferir a voz e o talento desta cantriz. Confiram no GTM.

balancê
hijo de la tempestad
noche de marcaras
vuelvo
de onde viene el bayon
planeta agua
expresso 2222
caminando
imposible
teresiña
impossível
planeta água
expresso 2222
voar voar
a vida do viajante
volto
noite dos mascarados
paisagem da janela
de onde vem o baião
canção menina

 

Renato E Seu Blues Caps – Compacto (1965)

Olá, amiguinhos cultos e ocultos! Mexendo em meus compactos, achei mais alguns que cabem bem aqui no nosso Toque Musical. Alguns disquinhos raros que por certo agrada muito aos colecionadores. Tenho aqui este compacto simples do Renato & Seus Blues Caps, lançado em 1965 e trazendo dois sucessos, a versão de “Shame And Scandal On The Family”, aqui chamada de “O Escandalo” e “Preciso Ser Feliz”, de Renato Barros, Paulinho e Lilian Knapp. Confiram o arquivo completo no GTM 😉

o escândalo
preciso ser feliz
 

Lafayette – Apresenta Os Sucessos Vol. 18 (1974)

Boa tarde amigos cultos, ocultos e associados! Tradicionalmente hoje seria um dia para coletâneas, assim como a sexta para independentes e segunda para GRB. Mas, por enquanto vou fugir à regra e postar o que melhor me parecer.

Hoje o nosso encontro é como o organista Lafayette, figura que foi muito atuante nos anos 60 e 70. Primeiro ao lado da Jovem Guarda, onde tocou e gravou em discos de Erasmo e Roberto Carlos. Depois, nos anos 70, seguiu em carreira solo, gravando na CBS a série “Lafayettte apresenta os sucessos”, uma coleção que rendeu ao longo do tempo mais de 30 volumes. Passou um bom tempo sem gravar, mas continuou com seu conjunto se apresentando em bares, restaurantes e bailes. Em 2004 se envolveu num inusitado projeto ao lado de Gabriel Thomaz, líder da banda Autoramas. Juntos eles formaram o conjunto “Os Tremendões”, um grupo que tocava clássicos da Jovem Guarda com uma roupagem atual. Chegaram a lançar um cd com essas músicas. A última notícia que tive do Lafayette é que ele estava agora em outra, formou uma espécie de ‘big band’ para tocar música latina pop (ups!).

O disco que eu tenho aqui para vocês é o volume 18, lançado em 1974. Nele temos reunido temas realmente de sucesso, nacionais e internacionais. Com maestria, Lafayette dá um show com seu órgão e uma banda ‘cover’ que me lembrou bem Os Carbonos. Taí um disquinho muito bom para um sábado. Se quiserem ouvir, ainda há tempo de pedir. O sábado vai até a meia noite 😉

harlem’s theme

mongonucleosis

quero ver você de perto

the fireman’s rock

despedida

feelings

let’s put it all toghether

happy man

tears

tema para um samba

eu quero apenas

banana d’agua

Tavito (1980)

Sem querer fui me lembrar de um disco que gosto muito. Na verdade eu fui lembrado ao ligar o rádio, ao ouvir essa canção, “Rua Ramalhete”. Tavito é o cara. A gente quase não escuta falar dele, mas vez por outra, nas rádios sempre toca essa canção. Uma outra música bacana dele é “Naquele tempo” e também “Casa no campo” que é uma parceria com o Zé Rodrix. Tá tudo aqui nessa seleção. Este foi seu primeiro disco solo. Para os que não sabem, Tavito foi também um dos integrantes do maravilhoso Som Imaginário. Não ouvir esse albúm é um pecado.