Sonia Santos – Crioula (1977)

Mais uma Sônia, aproveitando o ensejo… Desta vez, Sônia Santos, cantora e compositora em seu segundo álbum, lançado pela Som Livre, em 1977. Seu primeiro disco foi lançado em 75, também pela Som Livre, com a promessa de uma nova cantora de samba. Na época, as cantoras de samba estavam fazendo muito sucesso. Sônia Santos já era conhecida do público através de outras músicas que gravou dentro das trilhas de novelas como “O Espigão” e “O Rebu”, todas de 74. Sônia viria a lançar mais um disco, o seu terceiro lp, o “Brasileirinha”, em 1982 e daí seguiria carreira nos Estados Unidos, onde parece viver até hoje. De todos os discos gravados por ela aqui, não há um que se possa dizer ser um disco fraco, muito pelo contrário, todos, trabalhos de excelência, tanto na escolha de repertório quanto nos arranjos e instrumentação. Seus discos continuam modernos, alguns foram relançados inclusive no exterior.
 
a lavadeira
quando nasce o filho de um sambista
a polícia bateu
o bom malandro
não falo em viola
fracassos
crioula
retrato oficial
distância
afinal eu encontrei
taí a história pra mostrar
joão ninguém
 
 
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Paula – Luzes Do Morro (1985)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Hoje vamos de samba! Foi assim que pensei, logo que escolhi este disco para postar. Porém, não fazia ideia da dificuldade para achar informações ao seu respeito, considerando se tratar de um lp dos anos 80 e lançado pela Som Livre. Procurar informações sobre uma cantora chamada apenas de ‘Paula’ num universo musical onde há tantas outras Paulas, chega quase a ser uma missão impossível, principalmente quando na internet as informações só nos leva ao disco para venda. Só mesmo quem é do ‘métier do samba carioca’ poderia nos ajudar. Como até o momento não apareceu ninguém, me limito ao que o disco nos tem a oferecer. Temos aqui um autêntico disco de samba e uma cantora de voz pequena, mas personalíssima, se encaixando bem num repertório de sambas de raiz. Agrada em cheio. Tem uma boa produção, a cargo de Rildo Hora que também é responsável pelos arranjos e regência. Disco de qualidade que merece nosso toque musical. Confiram…
 
luzes do morro
fogo no tacho
samba do trabalhador
samba de roda da cachoeira
coração apaixonado
vida roceira
amor oculto
pião na unha
coração
sonho de criança
se deus quiser
boa noite cidade maravilhosa
 
 

Astor Piazzolla Y Su Orquesta – Pulsacion (1972)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Continuo seguindo o que disse há algumas postagens atrás, vez por outra estarei postando também algum artista/disco internacional que eu ache pertinente, seja pela relação com a música brasileira, ou comigo mesmo, ou seja, com meu gosto pessoal, hehehe…
E falando em gosto pessoal, eis aqui um disco dos que eu gosto muito e que por certo muita gente também gosta, o argentino Astor Piazzolla e sua orquestra, em um lp marcante, “Pulsacion”, que mereceu uma edição brasileira através do selo Som Livre, lançado em 1972. Por certo, foi um disco que ajudou muito a divulgação do genial ‘bandonionista’ aqui no Brasil, pois o selo Som Livre, nesta época, fazia chamada de lançamento pela televisão, no caso a Rede Globo, que era a dona do selo. E sem dúvida, ter a vitrine da Globo naquela época era sucesso garantido. Entre os muitos lançamentos da Som Livre, este foi um dos internacionais que me fez descobrir a música deste argentino. “Pulsacion” é um trabalho genial, marcado pela modernidade criativa deste grande artista. “Pulsación” é também a trilha musical para um filme de mesmo nome do diretor  Carlos Páez Vilaró. Vamos conferir? 🙂
 
pulsación nº1
pulsación nº2
pulsación nº3
pulsación nº4
fuga y misterio
contramilonga a la funerala
allegreto tangabile
tocata rea
tangata del alba
 
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Senhora – Trilha Sonora Da Novela (1975)

Olá, amigos cultos e ocultos! Em meio aos discos compactos temos também as trilhas de novelas. Aqui, uma de 1975, da novela “Senhora”, exibida pela Rede Globo. Temos neste, um compacto duplo trazendo Francisco Petrônio e Dilermando Reis, Paulo Tapajós, Waltel Branco e a Orquestra Romanza. Disquinho bacana e músicas que só se encontram nesta edição. Confiram, no GTM…
 
quem sabe – francisco petronio e dilermando reis
ontem ao luar – paulo tapajós
aurelia – orquestra waltel branco
reocordando – orquestra romanza
 
 
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Francis Hime – Passaredo (1977)

Olá, amigos cultos e ocultos! Hoje, neste segundo dia do ano, vamos nos surpreender com o “Passaredo”, de Francis Hime, disco gravado por ele em 1977, pelo selo Som Livre. Por certo, um clássico da nossa MPB, disco fundamental em qualquer discoteca e certamente, já bem rodado em todas as praças. Mas é aqui que ele vem marcar o ponto. Que seja eterno aqui enquanto dure.
Em ‘Passaredo’ vamos encontrar Francis assinando as treze faixas do disco, todas em parceria com outros grandes compositores, em especial Ruy Guerra e Chico Buarque, que também participa do disco. Belíssimo trabalho que agora vocês podem conferir aqui e no GTM…
 
passaredo
máscara
trocando em miúdos
meu homem
lindalva
último retrato
pouco me importa
carta
maravilha
ave-maria
anoiteceu
meu melhor amigo
luisa
 
 
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Um Novo Tempo – Rede Globo – Compacto (1973)

Bom dia a todos os amigos cultos e ocultos! Desejo a todos um ótimo Natal, mesmo diante a um momento tão difícil pelo qual passamos e em especial aqui no Brasil, onde além da pandemia também passamos pela praga de um (des)governo genocida, corrupto e miliciano. Por certo não irei citar os nomes dos canalhas, pois aqui neste espaço não caberia tamanha infâmia. 2020 foi, neste sentido, o pior ano de nossas vidas, perdemos amigos, parentes e muitos dos nossos ídolos da música que aqui tanto prezamos. Que tamanha infelicidade abateu sobre nós, Ou ainda, por outra, como haviam fascistas no armário! A estupidez e a ignorância amplificadas através de redes sociais e em especial o WhatsApp, onde não há nenhum controle. Tamanha infelicidade descobrir que até mesmo aquele tio velho, aquele primo ou irmão passaram a comungar dessa praga chamada ‘fakenews’. Meu Deus, como o nosso povo é ignorante, preconceituoso, racista e mal caráter. Sim, um povinho mal educado que age como gado e não sabe o quanto está sendo manipulado. O Brasil, hoje, voltou a ser uma republiqueta, um país rico mas cheio de miseráveis, estamos a cada dia regredindo, Terra plana, kit gay, vacinas que transformam as pessoas em jacarés, Jesus na goiabeira… Pqp! Como deixamos essa gente subir ao pode? 
Pois bem, estamos na lona, hoje já temos mais de 200 mil pessoas mortas de Covid, por conta da incompetência e crueldade desse governo. E ainda temos de aturar uma legião de idiotas que não quer se vacinar (que morram, então). É de lamentar a nossa situação.
É por essas e por outras que desejo ao Papai Noel dois presentes, a vacina e o fim dessa política nefasta. Que tenhamos mais consciência de classe, que sejamos mais tolerantes e mais fraternos. Precisamos reconstruir o Brasil. Chega de patifaria! Este é o presente que quero para todos nós. 
Aqui, hoje, para não dizer que não falei de discos, tenho para vocês este compacto lançado pela Som Livre em 1973. Safra muito boa, mesmo em plena ditadura. “Um novo tempo” foi uma música composta pelos irmãos Marcos e Paulo Cesar Valle e em parceria com Nelson Motta. Um tema que ficou famoso na televisão e até hoje é lembrado. Críticas a parte, neste sentido, devemos muito a Rede Globo, pois principalmente nesta época a emissora veiculou muitos programas importantes e na música então nem se fala. Mas isso é assunto para um outro dia, talvez. Enfim, temos este compacto que também traz os Salmos de Davi recitados por Cid Moreira e boa parte do elenco da Globo, naqueles bons tempos musicais. Tudo a ver com o momento presente. Esperamos todos por um novo tempo. Deus é pai!
 
um novo tempo
os salmos de davi
 
 
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Casa Das Máquinas (1974)

Boa noite caros amigos cultos e ocutlos! Temos aqui o Casa das Máquinas, grupo de rock paulista em seu primeiro disco, lançado em 1974, pela Som Livre. O Casa das Máquinas foi formado em 1973 pelo baterista dos Incríveis, o Netinho. Inicialmente a mudança foi para Os Novos Incríveis, mas quando surgiu a oportunidade de gravar, mudaram o nome para Casa das Máquinas. O grupo, ao longo do tempo passou por diferentes formações e continua ainda hoje atuando, mantendo aceso o nome desta que foi uma das melhores bandas de rock dos anos 70. Neste primeiro lp eles ainda mantem uma sonoridade e estilo próximo que estava sendo feito pelos Incríveis em fase final. 
“O disco conta com a maior parte de suas canções compostas por Aroldo e Carlos Geraldo, com participações pontuais de Netinho e Piska. O texto da contracapa do disco mostra que, apesar de Netinho ser o líder da banda, Aroldo era a cabeça pensante e quem trazia os temas de religiosidade e contracultura para as letras do álbum. Para promover o disco, a gravadora lançou a canção “Tudo Porque Eu te Amo”, em um compacto duplo – 2 + 2 – dividido com artistas internacionais e com o Azymuth. Após o lançamento do disco, o quinteto roda o Brasil já que a banda dispunha de uma das aparelhagens mais modernas do mercado de shows no Brasil, além de famoso ônibus para excursões e um escritório que cuidava da promoção e agendamento de apresentações, tudo herdado por Netinho de Os Incríveis. Este acabaria sendo o único álbum lançado com a formação original, já que Pique saiu da banda antes da gravação do próximo disco.”*
Este lp é hoje uma raridade, até porque só chegou a ser relançado, timidamente, em uma versão cd. Confiram, no GTM… 
 
a natureza
tudo porque eu te amo
mundo de paz
quero que você me diga
canto livre
trem da verdade
preciso lhe ouvir
cantem esse som com a gente
domingo a tarde
sanduiche de queijo
 
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Moraes Moreira (1975)

Olá, amigos cultos e ocultos. Que triste dia o de hoje, heim? Pois é, perdemos o ‘novo baiano’ Moraes Moreira. Já era uma estrela e agora foi de vez morar no céu. Toda perda, toda partida, sempre é de se lamentar, mais ainda quanto acontece num infeliz acaso, sem a gente estar esperando. Como dizem, cada vez mais o andar de cima está ficando melhor que este. Nossos grandes artistas, as pessoas que admiramos vão aos poucos nos deixando. Qualquer hora também chega a nossa vez e isso é inevitável. Então, sigamos em frente. A vida é mesmo uma baforada…
Em homenagem ao Moraes Moreira eu publico aqui este lp de 1975, lançado pelo selo Som Livre, seu primeiro disco solo. Para mim, este foi, sem dúvida, seu melhor trabalho. Aqui ainda ecoa o espírito dos Novos Baianos, quase a mesma sonoridade. De um tempo em que a música brasileira era ainda mais brasileira. E como disse anteriormente, em outro post, a década de 70, principalmente em sua primeira metade, foi o período onde ela mais se frutificou. A melhor safra fonomusical se deu nessa época (claro, sem esquecer que a base de tudo veio dos anos 50 e 60). Neste lp Moraes Moreira vem acompanhado do trio Armandinho, Dadi e Gustavo Schroeter, que já eram o princípio da banda A Cor do Som e logo viriam também a partir para um vôo solo, ou melhor, em grupo. Discão bacana que agora passa a ser ainda mais procurado e por conta disso se torna ainda mais caro. Confiram no GTM.

desabafo e desafio
guitarra baiana
sempre cantando
chinelo do meu avô
chuva no brejo
nesse mar nessa ilha
do som
ps
loucura pouca é bobagem
anda nega
se você pensa
violão vagabundo



Vanusa – Vanusa 30 Anos (1977)

Bom dia, amiguíssimos cultos e ocultos! Mais uma vez marcando presença em nossas postagens temos aqui a cantora Vanusa, desta vez em seu álbum de 1977, o “Vanusa 30 Anos”. Quem não sabe, ou não leu ainda a contracapa, há de pensar que os 30 anos são de carreira, mas não, nessa data ela estava fazendo seus 30 de idade. Lançado pela Som Livre, creio que este tenha sido um de seus melhores trabalhos na década de 70. Tem um repertório bacana, com músicas de Caetano Veloso, Belchior, Zé Ramalho, Arnaud Rodrigues, Assis Valente e outros… Os arranjos são de Lincoln Olivetti, com produção de Augusto Cesar Vanucci. Vale a pena relembrar… 😉

estado de fotografia
brincando com a vida
desencontro
a aranha
avôhai
duas manhãs
lá no pé da serra
boas festas
só nós dois
problemas
prece de caritas
maria madalena



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Rock Horror Show (1975)

Olá, amigos cultos e ocultos! O Toque Musical oferece hoje o álbum com a trilha sonora do musical “Rock Horror Show”, com o elenco da montagem levada no Teatro da Praia, no Rio de Janeiro, em 1975, sob a produção de Guilherme Araújo. É um espetáculo de origem britânica, com canções e enredo de Richard O’Brien, homenagem bem-humorada aos filmes B de ficção-científica e de terror do final da década de 1940 até o início dos anos 1970. Na história, um casal recém-noivado pego em uma tempestade busca refúgio na casa de um cientista maluco travesti no dia da inauguração de sua nova criação: uma espécie de Frankenstein na forma de um homem musculoso artificialmente fabricado, totalmente crescido, fisicamente perfeito, chamado Rock Horror, “com cabelo loiro e bronzeado”. O elenco brasileiro do espetáculo contou com nomes do porte de Zé Rodrix, Kao Rossman (também responsáveis por sua tradução, ao lado de Jorge Mautner e Antônio Bivar), Wolf Maia e Lucélia Santos, esta última em início de carreira, antes de se consagrar como a escrava Isaura na TV. Zé Rodrix e Guilherme Araújo também assinam a produção deste disco, que certamente é mais uma relíquia que o TM coloca à nossa disposição. 

science fiction – lucélia  santos
o anel de noivado – wolf maia e diana strella
luz na casa de frankstein – diana strella, wolf maia e kao rossman
a espada da morte – acácio gonçalves e nildo parente
eu te faço ser homem – eduardo conde
nostalgia rock’n’roll – zé rodrix
me toque, me toque, toque, toque – diana strella
é só me chamar, tudo bem – wolf maia e diana strella
eu vou partir – eduardo conde
só o amor interessa – wolf maia, diana strella e nildo parente

*Texto de Samuel Machado Filho

Chico Rei – Trilha Sonora do Filme (1985)

Olá amigos cultos e ocultos! Já que postamos nesta semana um disco de trilha de filme, que tal outro? Aqui temos a trilha sonora original do filme ” Chico Rei”, de Walter Lima Jr, lançados em 1985. O filme conta a história de Galanga, rei do Congo, que fora aprisionado e vendido como escravo. Trazido da Africa para o Brasil, passa a se chamar Chico Rei ao conseguir sua alforria e também se tornando o primeiro negro proprietário de uma mina. Sua história é mesmo cinematográfica e para tanto, merecia uma trilha sonora original com gente de peso, como Milton Nascimento. Clementina de Jesus, Grupo Vissungo, Wagner Tiso e outros. Uma trilha realmente muito bonita que merece o nosso toque musical. Confiram no GTM…

santa efigênia – milton nascimento
quilombo do dumbá – clementina de jesus
ulelelé – samuka e coro
andambi – samuka esprito santo e laércio
samba de roda – samuka e coro
chico reina – clementina de jesus
saudade do kongo – espirito santo e coro
kanjonjo – espirito santo e samuka
niangas – grupo vissungo
título – wagner tiso
chegada a ouro preto… wagner tiso
chico rei – milton nascimento
 

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Pixinguinha – Vida E Obra (1978)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Estou novamente respostando este disco, pois só agora me dei conta de que havia postando ele parcialmente. Prometi o segundo disco, mas acho que acabei me esquecendo. Não fosse o amigo Denys, este disco teria ficado mesmo pela metade. Por outro lado, por duas vezes eu repus aqui o link para o álbum e completo, só não havia me atinado para isso. Inclusive, os arquivos que circulam pelos ‘torrents’, vieram desta lavra aqui. Então, mais uma vez, temos o álbum Pixinguinha – Vida e Obra, lançado pelo selo Som Livre, em 1978. Este álbum, como foi dito, foi lançado pela gravadora como brinde de fim de ano da Rede Globo de Televisão. Trata-se, portanto de uma edição exclusiva e limitada, que até onde eu sei nunca chegou a ser lançada comercialmente. Uma seleção com vários artistas e também com fonogramas pouco conhecidos. Daí o preciosismo e raridade deste disco que hoje poucos o tem. O álbum duplo ainda traz um encarte/livreto com muitas informações importantes sobre Pixinguinha (vida e obra) em texto do jornalista Sérgio Cabral, este por sinal, também responsável pela produção e seleção musical.
Desta vez, segue completo para a alegria de todos. Confiram no GTM!

carinhoso – pixinguinha
urubu – os oito batutas
os cinco companheiros – paulinho da viola
rosa – orlando silva
patrão prenda seu gado – almirante
1×0 – pixinguinha e benedito lacerda
vou vivendo – dilermando reis
os oito batutas – conjunto época de ouro
benguelê – conjunto época de ouro
ingênuo – jacob do bandolim
lamento – jacob do bandolim
o gato e o canário – pixinguinha e benedito lacerda
já te digo – pixinguinha
yaô – joão da baiana, clementina e pixinguinha
sofre porque queres – conjunto época de ouro
carinhoso – orlando silva
estou voltando – conjunto galo preto
que perigo – pixinguinha e velha guarda
naquele tempo – dilermando reis
a vida é um buraco – pixinguinha
marreco quer agua – pixinguinha

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Jorge Amado – Guia Das Ruas E Dos Mistérios Da Cidade Do Salvador Da Bahia (1980)

Olá, amigos cultos e ocultos! Hoje temos uma postagem com toque literário, oferecendo a vocês um LP duplo do escritor Jorge Amado (Itabuna, BA, 10/8/1912-Salvador, BA, 6/8/2001), lançado em 1980 pela Som Livre e intitulado “Guia das ruas e dos mistérios da cidade do Salvador da Bahia”. É um verdadeiro documento histórico, no qual o autor de “Gabriela, cravo e canela”, “Mar morto”, “Tocaia grande”, “Tenda dos milagres”        e “Tieta do Agreste”, entre tantas obras, descreve aspectos diversos da cidade de Salvador, capital da sua querida e amada Bahia. Tudo embalado pelo fundo musical de Egberto Gismonti. Sem dúvida, um trabalho imperdível, no qual transparece o gênio daquele que foi, indiscutivelmente, um dos maiores escritores que o Brasil já teve. É só conferir. 

título, biografia, dedicatória
convite
quem guarda os caminhos da cidade
mãe menininha do gantois
a força do povo
a bahia se leva na cabeça
poeta e cantor das graças da bahia
festa da conceição da praia
capoeira – joão gilberto em nova iorque
para o samba de roda um prato basta
olga do alaketu e stela de oxossi
o forte do mar
dois neto do boca do inferno
pelourinho
os alagados
fil no afoxé – avenidas
ex-voto – caetano veloso – igreja de são francisco
iemanjá
batidas e lambretas – coisinha baiana
dadá viúva de corisco – barba e poesia
carybé e a memória da bahia
camafeu de oxossi
dom carlos bastos, príncipe da bahia

*Texto de Samuel Machado Filho

Evita – Trilha Sonora Original Nacional (1983)

Hoje, o Toque Musical oferece a seus amigos cultos e ocultos o álbum com a trilha sonora do musical “Evita”, com o elenco brasileiro do espetáculo, lançado pela Som Livre em 1983. O musical foi escrito pelos britânicos Andrew Lloyd Weber (música) e Tim Rice (texto), e foi inspirado na vida e morte de Maria Eva Duarte de Perón, a Evita (1919-1952) e sua influência na história argentina a partir da ascensão ao poder de seu marido Juan Perón, como presidente do país. “Evita” surgiu em 1976, como álbum conceitual de ópera-rock, e seu sucesso levou a produções em Londres, em 1978, ganhando o Prêmio Lawrence de melhor musical, e na Broadway, um ano mais tarde. Foi, inclusive, o primeiro musical britânico a receber o Prêmio Tony de melhor. Em 1998, “Evita” foi adaptado para o cinema, tendo a cantora norte-americana Madonna no papel-título, e a canção “You must love me” faturou o Oscar da categoria. Em 12 de janeiro de 1983, no Teatro João Caetano do Rio, estreou a primeira produção brasileira de “Evita”, sob a direção de Maurício Sherman, tendo no papel-título a cantora Cláudya, Mauro Mendonça como Perón, Carlos Augusto Strazzer como Che, Sílvia Massari como amante de Perón e Hildon Prado como Magaldi (considerado pela história como amante de Evita). O musical fez sucesso, aliás foi o grande momento da carreira de Cláudya, a ponto de ela ser considerada a melhor intérprete do mito político argentino entre todas as versões internacionais do espetáculo. Em 1986, “Evita” foi apresentado no Palace, em São Paulo. E com o mesmo elenco que fez sucesso no Rio de Janeiro, e que gravou o presente álbum com sua trilha sonora. É uma grande produção, caprichada, sob a direção musical de Edson Frederico, em que Cláudya está de fato em sua melhor forma como Evita. E seguramente é mais um produto de nível que o TM hoje nos oferece, com a satisfação e o orgulho de sempre. É ouvir e conferir.

réquiem

esta noite

buenos aires

boa noite e obrigado

ponho o mundo aos teus pés

outra maleta outro portão

nova argentina

o último amor de peron

balcão da casa rosada

já estão aos teus pés

talismã

a valsa

lamento



*Texto de Samuel Machado Filho

Chico Anísio – Roberval Taylor (1976)

Olá, amiguíssimos cultos e ocultos. Nosso encontro hoje é com o humor, com o grande radialista Roberval Tayyyylor!, personagem inesquecível do genial Chico Anísio. Roberval Taylor é uma divertida caricatura do radialista ‘das antigas’. Fazia parte do quadro no programa de grande sucesso da televisão, Chico City, que foi ao ar de 73 a 80. Neste lp temos um autêntico programa de rádio e por ser assim, a gravação é apresentada de forma linear e única. Muito divertido, vale a pena ouvir de novo. 🙂

tango
ya no quiero
tristeza mora comigo
all by myself
saudade jovem
ah! ah! ah!
cobra criada

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Celso Zambel – Espírito Da Noite (1979)

Boa noite, meus prezados amigos cultos e ocultos! Nesta semana, se tudo der certo, pretendo por em dia alguns discos e toques prometidos e ainda não postados. A semana vai ser meio rock’n’roll, ou algo assim… E para começar, estou trazendo um disco aqui que certamente passou despercebido pelos blogs, fóruns e comunidades musicais do facebook. Um tremendo e obscuro lp lançado por um também obscuro artista chamado Celso Zambel. Um disco com uma super pegada, que curiosamente poucos conhecem. Nessa, eu também me incluo, pois até bem pouco tempo eu nunca tinha visto ou ouvido falar deste disco. Foi uma grata surpresa, que caiu nas minhas mãos por acaso, encontrei numa banca de promoções de um sebo, por apenas 15 reais! Sem sombra, mais uma jóia da árvore do rock tupiniquim que ficou na obscuridade.
Lançado em 1979 pelo selo Som Livre,”Espírito da Noite” é um lp do cantor e compositor Celso Zambel, um artista, o qual, pouco temos informações. Eu quase nada encontrei sobre ele além do fato de ter sido lá por volta de 1976, o intérprete  de “Those Shadows”, música que fez muito sucesso na época, pois tocava em horário nobre da TV Globo. Era aquele tempo em que muitos artistas brasileiros gravavam músicas em inglês, usando pseudônimos de estrangeiros. Nessa ocasião, Celso Zambel era Paul Jones. Seu compacto com essa música vendeu horrores.
Em “Espírito da Noite” há também outra obscura curiosidade, o parceiro de Zambel é o violonista André Geraissati, músico hoje consagrado no mundo do jazz e música instrumental brasileira. Nessa fase e neste disco André divide com Zambel a maior parte das músicas. Apenas os dois músicos tocam no disco, mas fazem a gente pensar que tem um banda. André arrasa nas cordas elétricas e acústicas, revelando um lado rock’n’roll que muitos não devem conhecer. Celso Zambel, por outro lado, me faz lembrar o Ritchie, no Vímana, cantando (em português) como um autêntico estilo ‘popsinger’. Eis aí um disco que muita gente ainda precisa conhecer. E vou logo avisando, é um lp raro, difícil de encontrar e muito bem contado no mercado japonês. Colecionadores de vinil, fiquem espertos! Corram logo no Mercado Livre e busque os seus enquanto ainda é realmente obscuro e barato. Não dou um ano para que este disco tenha chegado à cotação de 200 pratas. Vai vendo

espírito da noite
notícia pra você
dr. rock and soul
divino espírito santo
o mágico
parada dos livres
eu não sei, você sabe?
rei do lugar
abmas
mágica dos anos 60