Trio Guarás (1955)

Muito bom dia a todos, amigos cultos e ocultos! Seguindo em nossa mostra diária, hoje temos aqui um raro lp do Trio Guarás, disco lançado em 1955 pelo selo Rádio. O trio vocal Guará surgiu nos anos 40, formado pelos irmãos Chalub: Juca no acordeom, Pimentinha no violão e Toninho no pandeiro. Este grupo só chegou a gravar este lp e antes disso, em 45, gravaram um 78 rotações pela Continental trazendo dois sambas de Príncipe Pretinho: “Adivinhação” e “Palhaço apaixonado”. Ao que se sabe, apenas Juca (Abdalla Chalub) seguiu em carreira gravando outros discos. Era conhecido como Juca e Seu Acordeom e atuou na música até o final dos anos 60.
Neste pequeno lp temos uma seleção musical onde o trio nos apresenta oito canções sendo essas cinco temas regionais e cabendo ainda espaço para a música portenha e árabe. Disquinho dos mais interessante, sendo também objeto de desejo de muitos colecionadores por aí. Vamos conferir no GTM?
 
nostalgias tucumanas
quixeramobim
papagaio indiscreto
hakini atelfon
dedilhando a gaita
encantos de diamantina
pra casá
banats candary
 
 

Alceu Bocchino – Temas Brasileiros Em Estilo Clássico (1952)

Bom dia a todos os amigos cultos e ocultos! Nosso encontro neste domingo é com Alceu Bocchino, pianista, compositor, maestro e professor, nascido em Curitiba. Músico de formação clássica e erudita, foi fundador de diversas orquestra sinfônicas, em especial a Orquestra Sinfônica Nacional da Rádio MEC, na qual também foi seu diretor. Atuou como maestro na Orquestra Sinfônica Brasileira e também foi um dos criadores da Orquestra Sinfônica do Paraná. Também foi diretor de rádio, arranjador e produtor. Embora sempre envolvido com a música popular, Alceu Bocchino era um músico essencialmente clássico. Aqui temos este lp de 10 polegadas, lançado em 1952, pelo selo Rádio, onde ele nos apresenta oito temas populares tradicionais ao piano e de forma clássica. Os arranjos para essas músicas ao piano são realmente maravilhosos e como intérprete, então, impecável. Taí, um disco muito bonito que vale a pena conhecer. Confiram no GTM…
 
prenda minha
sapo jururu
lampeão
não quero que ninguém me prenda
boi barroso
meu boi morreu
pau rolou… caiu
mestre carreiro
 
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Rosita Gonzales (1956)

Olá, amigos cultos e ocultos! Enfim, chegamos ao fim de mais um mês… eu eu achando que hoje é que era o aniversário do Toque Musical. Sempre me engano 🙂 Mas é agora em julho, 30 de julho 🙂
Na alternância entre um disco de 10 e outro de 12 polegadas, hoje é dia do disquinho, os de dez. E aqui temos pela primeira vez em nosso Toque Musical a cantora Rosita Gonzales, mais uma das inesquecíveis cantoras do rádio. Seu nome verdadeiro era Jussara de Melo Vieira. Iniciou sua carreira nos anos 40, na Rádio Nacional. Passou também por outras rádios, gravou uma dezena de discos, inicialmente os bolachões de 78 rpm. Ao que parece, este foi seu primeiro lp de 33 rpm, gravado em 1956 pelo selo Rádio. Cantora de estilo romântico e e voz forte, naeste  pequeno lp sintetiza bem suas preferências musicais, sempre aos estilos latinos como bolero, tango, samba… Aqui ela vem acompanhada por Waldir Calmon interpretando as seguintes faixas…
 
pecado
oye corazón
dejame en paz
desespero de amor
me voy pal pueblo
no mas
muchachito
babalu
 
 
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Aldo Taranto E Orquestra Rádio – Valsas Brasileiras (1954)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Como eu sei que aqui não faltam amantes de valsas, os famosos “pé de valsa”, não poderia deixar de trazer para essa nossa mostra mais um disquinho de 10 polegadas do gênero. Aqui temos Aldo Taranto com a Orquestra Rádio e seus solistas em disco lançado em 1954. O repertório nos traz sete famosas valsas brasileiras, números clássicos que aqui no Toque Musical, muitos deles, já foram apresentados em outros discos. Contudo, é sempre bom conhecer novos velhos discos e suas diferentes interpretações, não é mesmo? Confiram no GTM…
 
abismo de rosas
primeiro amor
glória
clélia
elegantíssima
terna saudade
tardes em lindoia
 
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Heitor Dos Prazeres E Sua Gente – Macumba (1956)

Olá, prezados amigos cultos e ocultos! O Toque Musical oferece hoje um pouco do mais puro som afro-brasileiro, através deste álbum intitulado “Macumba”, um dez polegadas lançado pelo selo Rádio em 1956 e gravado por um nome lendário na MPB, Heitor dos Prazeres, acompanhado de “sua Gente”, isto é, um coro feminino. Nascido no Rio de Janeiro em 23 de setembro de 1898 e falecido na mesma cidade em 4 de outubro de 1966, Heitor foi um pioneiro do samba carioca. Filho de um marceneiro e clarinetista da banda da Guarda Nacional e de uma costureira, ficou órfão de pai aos sete anos. Sobrinho do pioneiro dos ranchos cariocas, Hilário Jovino Ferreira, ganhou do tio seu primeiro cavaquinho. Aos doze anos, trabalhou como engraxate, jornaleiro e lustrador, vivia constantemente em companhia do tio Hilário e frequentava a casa das tias baianas (Tia Ciata e Tia Esther), onde teve contato com os bambas da época: Donga, João da Baiana, Pixinguinha, Sinhô, Caninha e Getúlio “Amor” Marinho. Como compositor, deixou um acervo de mais de 300 músicas, entre elas “Canção do jornaleiro”, “Pierrô apaixonado” (com Noel Rosa), “Mulher de malandro”, “Lá em Mangueira” (com Herivelto Martins)e “Carioca boêmio”. Por volta de 1937, Heitor passou a se dedicar também à pintura, aliás a capa do presente álbum reproduz um quadro seu. Todas as oito faixas são de autoria do próprio Heitor dos Prazeres, com ou sem parceiros, e a contracapa, além de explicar o que é macumba, apresenta um perfil de Heitor dos Prazeres, dando-o até mesmo como criador da escola de samba. Enfim, um trabalho primoroso, merecedor de nosso Toque Musical, e atraente até mesmo para quem não é adepto da umbanda ou do candomblé.  A conferir no GTM, sem falta.
 
tá rezando
quem é filho de umbanda
vem de aruanda
nego véio
mamãe oxum
segura a pemba
vem cá mucamba
dom migué
 
 
 
*Texto de Samuel Machado Filho 

Sexteto Rex – Ritmos Favoritos De Dança N. 2 (1957)

Olá, amigos cultos e ocultos! É com muita alegria que o Toque Musical oferece a vocês o segundo LP do Sexteto Rex, grupo formado no início dos anos 1950 em Porto Novo do Cunha, interior de Minas. É o segundo volume de “Ritmos favoritos de dança”, lançado pela Rádio em 1957 seguindo a mesma linha do primeiro, já postado anteriormente pelo TM, ou seja, sucessos antigos e então recentes, em arranjos dançantes.  Entre eles, temos  “Conceição”, eterno carro-chefe de Cauby Peixoto, “In the mood”, clássico do repertório do “bandleader” norte-americano Glenn Miller, aqui em ritmo de samba, “La mer”, fox do francês Charles Trenet que mereceu mais tarde, nos EUA, uma expressiva gravação da orquestra e coral de Ray Conniff, os boleros “Nunca jamais” e “História de um amor”, e um arranjo para fox do “Noturno”, de Chopin.  Em suma, o disco apresenta, conforme diz a contracapa, “uma miscelânea bem cuidada, bem escolhida e magnificamente executada”. Portanto, merecedora de mais esta postagem do TM. É só conferir.

joá
meu benzinho
tu precio
charmaine
historia de un amor
monalisa
conceição
nunca jamais
in the wood
i love you
la mer
noturno de chopin
 


*Texto de Samuel Machado Filho