Desta vez vamos o um grupo de Brasília, de música instrumental, surgido no início dos anos 80. Liderando pelo pianista e compositor Renato Vasconcelos e trazendo ainda um time de jovens músicos, entre os quais, Andréa, Beth e Jaime Ernest, filhos da famosa flautista Odette Ernest e outros músicos, como se pode ver na contracapa deste compacto duplo. O disco foi gravado em Belo Horizonte, no Estúdio Bemol, em 1982. O Instrumental & Tal foi um grupo pioneiro na cena da capital federal. Conforme as informações, “Suíte Brasilia” é um dos temas mais importantes da música instrumental brasilience. Um trabalho inovador para a época. Curioso pelo gênero, lançado em compacto de capa dupla. Para quem se liga no instrumental, eis a chance de conhecer essa produção independente. Confiram no GTM…
Falamos na última postagem como é raro aparecer aqui artistas/discos paranaenses, eis que temos mais um. Desta vez trazemos outro compacto com este artista, que talvez só sendo mesmo curitibano para conhecer. Leozi é o nome dele. Não achamos informações sobre. Consta que existe existe um Leozi paraense que é DJ, mas certamente não é o mesmo artista. Nosso músico do compacto, hoje, deve ser um senhor sessentão, talvez um ilustre desconhecido, sabe-se lá… O certo é que este seu compacto é até interessante, bem produzido e com uma pegada que pode agradar. Confiram…
E eis que temos aqui uma produção paranaense, coisa rara de vê e ouvir. De momento, só nos lembramos do genial Carlos Careqa, um piá curitibano, que gosta Cu… ritiba. Mas, não é só ele e a prova está aqui neste disquinho da dupla, Dino e Paulo Chaves. “Piá Curitibano” é uma composição deles lançada de forma independente neste compacto que aparece em quatro momentos/faixas/versões, uma com os seus autores, outra com um coro infantil (a piazada da Angela) e outras duas os ‘play backs’, faixas somente instrumentais. Certamente, quem é curitibano deve conhecer bem essa canção. Quem não conhece, olha aí a oportunidade…
E aqui vai mais um compacto… Disquinho de sete polegadas, duplo, com quatro faixas. Pegando pela capa logo a gente pensa, deve ser uma banda de rock. Mas como outro disco do selo Coomusa, que já postamos aqui, não é exatamente isso, as capas enganam, nem para melhor e nem para pior. A Coomusa foi um selo criado, ao que parece, no final dos anos 70. Um selo independente da Cooperativa de Músicos e Autores, criada pelo Sindicato dos Músicos do Rio de Janeiro. Através deste selo foram lançados diversos trabalhos, em sua maioria compactos, contemplando artistas e autores que só mesmo dessa forma poderia lançar seus trabalhos no mundo fonográfico. Entre esses tantos discos temos então a Banda 22, um trio voltado para a mpb com influências jazzísticas, devido a participação também de outros músicos e instrumentos que incorporam ao trabalho um ‘caldo’ mais consistente. Não há maiores informações sobre a Banda 22 além do que temos no próprio disquinho. Até onde chegamos é isso aí… Mas, certamente, vale uma conferida…
Mais um daqueles disquinhos que é um verdadeiro quebra-cabeças. A gente tem que ir juntando as peças para poder entender… Arthur Rezende, músico que esteve a frente da União de Artistas Brasileiros, uma entidade que surgiu, segundo consta, com a proposta de representar e unir profissionais da artes no Brasil nos anos 60 e 70. Este disquinho foi talvez fruto desse movimento. Arthur Rezende é um nome tão comum, inclusive no mundo musical, que fica até difícil saber ao certo sobre ele. Também, não há outras referencias a UAB. Mas do pouco que se sabe sobre este compacto é que teve arranjos de Rogério Duprat e a participação do então guitarista de rock André Geraissati, que é quem dá o tom em “Sua fuga não vai adiantar”, música que desperta o interesse daqueles que vivem buscando uma sonoridade jovem, de rock. Interessante, ou no mínimo curioso. Vale uma conferida…
Desta vez vamos com o Willie, Willie de Oliveira, cantor, compositor, saxofonista e violonista paulista. Iniciou sua carreira nos anos 70. Fez parte do grupo de apoio de Rita Lee como backing vocal, onde participou de vários disco dela. Depois, nos anos 80, se juntou a Wander Taffo, Lee Marcucci e Gel Fernandes e montaram o Radio Taxi, banda pop que fez muito sucesso na época. Paralelo a isso também gravou em carreira solo, se envolvendo em outros projetos, tal como este compacto aqui, que traz a música “Suspenso no ar”, trilha do filme “Tropclip”.
Seguindo em nossa jornada de ‘setembro sete polegadas’, vamos com este compacto do conjunto Sindicato, lançado em 1976, de forma meio que independente por um selo (BINN Records). Sindicato foi uma banda paulsita e uma fase na vida do ator Ricardo Petraglia, que também atuou na música, no início dos anos 70. Petraglia antes deste compacto já havia gravado outro, em 71 e também participou do Joelho de Porco. Mas se tornou conhecido como ator, onde trabalhou em diversas novelas e produções da Rede Globo. Depois disso, deu um sumiço, ficou recluso e foi cuidar de sua vida espiritual. Comprou um sítio e foi plantar de ‘bananas’ (leia-se maconha). Taí um cara que sabe aproveitar bem a vida 😉
Quanto o Sindicato, o grupo, era formado por ele (Dick) Petra (vocal), Tadeu Passarelli (guitarra), Zé Português (baixo), Edu Rocha (bateria) e Gigante Brasil (percussão).
Aqui, outro compacto obscuro… lançado pelo selo Beverly, provavelmente, em 1968. Sem dúvida, uma curiosidade trazendo Atayde Lara acompanhado pelo grupo Os Carbonos. Mais um disco sem informações e que aqui, infelizmente, também não apresenta um bom áudio por conta do estado do disquinho que temos, além de empenado, bem arranhado. Mas ainda assim, vale a pena conhecer o cantor e compositor das duas canções. Ele vem acompanhado pelo conjunto Os Carbonos. Conforme nos apontou o amigo Fares, provedor de boa parte desses compactos, Atayde Lara, além de cantor e compositor foi também apresentador de programa na televisão e empresário. Foi ‘crooner’ de orquestra. Tinha formação em Direito, Economia e Jornalismo. Tinha também como ‘hobby’ conhecimentos em motonautica e chegou a ser campeão brasileiro. Pelo jeito, avião foi só uma onda.
Por conta do estado do compacto, cheio de arranhões e também um pouco empenado, estou aguardando alguém que tenha o áudio em melhor estado que o nosso para nos enviar. Por hora, apenas para matar a curiosidade…
Na sequencia dos compactos vamos trazendo o cantor de terno psicodélico Legnini, uma verdadeira obscuridade fonográfica nos dias atuais, mas consta que foi também humorista (e a gente nem se lembrava) na antiga TV Excelsior, onde criou o bordão ‘magina’, que aqui neste disquinho é também o título de uma das música. Imagina só… E ao que parece, gravou apenas este compacto, bem na onda da Jovem Guarda. Lançado pela Rozenblit/Mocambo, em 1966, teve lá seu momento nas rádios, mas como tantos outros compactos lançados por este selo, não vingou. Mas é no Toque Musical que ele volta para vocês conferirem e quem sabe até monetizar no Youtube. Confiram no GTM… (valeu Fares, pela correção)
Para hoje, nosso encontro é Elizeth Cardoso, num compacto simples, mas que fez sucesso. Sucesso nos dois lados do disquinho. Começando com ela ao lado de Sérgio Bittencourt e seu maior destaque, “Naquela mesa”, música que ele fez para o pai, Jacob do Bandolim. Essa música marcou época e foi gravada por vários artistas. E do outro lado, o samba de Eduardo Gudin e Paulo Cesar Pinheiro, “Olha quem chega”, que também foi gravado por outros artistas, inclusive o próprio Gudin em seu lp de 1975.
Mais uma cantora para nossa sequência de compactos… desta vez temos Marizinha, que segundo consta, fez parte do Trio Esperança, em 1968, substituindo sua irmã, a cantora Evinha, que partia para carreira solo. No grupo, gravou quatro lps até 1975. Marizinha (Mariza Corrêa) gravou outros compactos e depois seguiu para a França em um novo projeto ressucitando o Trio Esperança, gravando novas coisas, agora em cd.
Este foi o seu segundo compacto simples trazendo duas canções que chegara a fazer um relativo sucesso nas rádios do Rio e São Paulo. Confiram aí…
Novamente e em um outro compacto temos a queridíssima Eliana Pittman. Já andamos publicando outros compactos com ela e se voltamos, pode ter certeza, tem muita gente que a adora. Aqui temos ela em um compacto duplo, de 68. Lançado pela Rozenblit, o compacto nos traz, quatro canções, sendo essas…
Aqui, uma curiosidade. Um compacto com a música “Ella sou eu”. Uma espécie de jingles para um comercial de cigarros para mulheres, o Ella. Quem se lembra? A música aparece no compacto em duas versões, cantada e instrumental, lançada pela Continental (que não é outra marca de cigarros) em 1979. Maria foi um pseudônimo criado para a cantora, que na verdade é Alciony Menegaz, artista pouco conhecida fora do eixo paulista, onde trabalhou em boates e gravou outros compactos. O disquinho traz arranjos e regência de Eduardo Souto.
Na onda dos compactos, temos hoje “a internacional”, ou ainda, a “diva passional”, a cantora Lana Bittencourt. Já tivemos o prazer de apresentá-la aqui no Toque Musical e agora voltamos trazendo este compacto lançado em 1968 pelo selo Copacabana. Dentro de uma versatilidade que a ajudou em sua carreira, interpretando de tudo, neste compacto ela nos apresenta dois temas românticos com arranjos bem no clima da época, notadamente, a Jovem Guarda, com aquele orgão ao estilo Lafayette. Foi um dos ultimos discos que ela gravou antes de dar uma pausa na carreira para cuidar de sua vida pessoal.
Vamos aqui com Claudia Regina, cantora e compositora que atuou em festivais nos anos 70. Consta como única referência defendendo a música “Diálogo” de Baden Powell e Paulo Cesar Pinheiro, em 1972, ao lado do cantor Tobias, tendo essa canção lançada em uma coletânea do VII Festival Internacional da Canção e também em um compacto espanhol, pela Philips. Há no Youtube um vídeo onde ela, com Tobias e Baden se apresentam num festival cantando essa mesma canção.
Neste compacto simples da Mocambo em 1967, provavelmente seu primeiro disco, temos Claudia Regina interpretando duas canções…
E já que postamos ontem um compacto, vamos aproveitar a semana, quem sabe talvez até o mês para trazermos aqui outros tantos disquinhos de 7 polegadas que coincidentemente recebemos do nosso querido amigo paulista, o Fares, tremendo colecionador de discos, dono de preciosidades que nos encanta. Ele generosamente nos emprestou alguns tantos compactos que vão caber aqui como luva. Uma variedade a qual estaremos aqui selecionando para vocês.
E começamos com este disquinho promocional dos postos de combustíveis da bandeira Atlantic. Quem dessa época não se lembra disso? Propaganda dos postos de gasolina Atlantic, que hoje já não existe mais. A Banda do Ratinho Atlantic, o mascote da marca, é aqui, na verdade Altamiro Carrilho e sua bandinha. O flautista é quem assina a direção musical e certamente é quem também toca esse jingles que muita gente cantou: “quem não é o maior tem que ser o melhor’.
Vale a pena ouvir de novo, pois até o momento, isso ainda não chegou no Youtube, Certamente, algum de nossos amigos ocultos vai logo monetizar ele em seu canal (o mundo é desses expertos). Ouçamos a Marcha do Ratinho: Quem não é o maior, tem que ser o melhor.
Ainda nos ‘quartetos’, temos para hoje o raríssimo compacto duplo do Quarteto Nova Era. Grupo surgido em Niteroi, no final dos anos 60. Formado por Francisco Aguiar, Mauro Simões, Bia e Renata Giglio. Gravaram apenas este disquinho, que por muito tempo ficou esquecido, só vindo a ser descoberto décadas depois, se tornando uma preciosidade e objeto de desejo de muitos colecionadores. O Quarteto Nova Era, segundo contam, atuava em bailes e também em programas de tv. Gravou este compacto por terem sido classificados em 4º lugar no Festival Fluminense da Canção Popular. Faziam uma música inspirada em grupos famosos da época, como os Mutantes e The Mamas And The Papas. Consta que o disquinho chegou a ser relançado fora daqui por um selo europeu, Groove Records. Tudo isso por conta também de terem entrado numa coletânea gringa intitulada “Obsession”, com outras bandas obscuras. Nessa, até Os Novos Baianos entraram.
E aqui vai mais um quarteto… Em disco lançado pelo selo Beverly, em 1977. Trata-se do Quarteto Nostalgia. Um nome, que ao pesquisarmos na internet, não passamos da capa, ou seja, não há informações além do que consta no próprio lp. Porém, com a ajuda de um amigo muito culto, mas um tanto vascilante, chegamos a conclusão que este lp pode ser um relançamento, algo talvez produzido no início dos anos 70. Tem uma sonoridade bem da época. Talvez até seja mesmo de 77, mas já vimos essa capa ligeiramente diferente, o que nos gera a dúvida. Como se vê, na capa não há informações técnicas, mas juntando pecinhas, chegamos a conclusão de que se trata do pianista israelense Chaim Lewak, músico que chegou ao Brasil nos anos 50, se tornando bem popular tocando em casas noturnas famosas do Rio de Janeiro. Certamente, este lp é dos anos 70 e Chaim e seu conjunto trabalham um repertório tudo a ver com coisas dos anos 50, razão pela qual se chama Quarteto Nostalgia. Quem nos enviou este arquivo/disco, não nos trouxe informações, mas é bem provável que seja isso mesmo. Independente de qualquer coisa, temos aqui um disco bem legal, com destaque para o piano de Chaim. Confiram…
PS.: conforme bem indicado por um de nossos amigos, encontramos e nos lembramos que este lp apareceu primeiro no saudoso Loronix e depois no blog do amigo Martoni, Radio Forma & Elenco. E nesses consta que o lançamento original seria de 1960. Mas ainda assim, pela sonoridade, nos faz acreditar que tenha sido nos 70. Enfim…
Seguimos aqui com mais um quarteto. Desta vez um quarteto vocal, o delicioso Quarteto Forma que acompanhava o pianista Osmar Milito em seu primeiro disco solo e também em trilhas de novelas da Rede Globo. O grupo lançou seu único lp em 1970, pela Odeon. Formado por Ana Magalhães, Márcio Proença, Eduardo Lage e Flávio Faria. Em 1971 lançaram também um compacto na mesma linha. Mas acabaram ficando por aí… Na era do cd o disco foi lançado novamente, desta vez incluindo como bonus as quatro músicas do compacto duplo. Logo que recomeçarmos uma nova fase de publicação de compactos a gente posta ele aqui para vocês, ok?
Este é um álbum que merece ser visto (e ouvido) por inteiro, por essa razão, as estampas dos encartes estão completos. Eis um disco que estava faltando aqui. Ou melhor dizendo, que não poderia faltar e essa é uma das razões porque o Toque Musical não pode parar. Ainda há tantas ‘obras’ a serem apresentadas. E de certa forma, não importa se já foram mais que badalas em outras praças e sítios, pois é aqui que tudo se assenta e no final se apresenta (putz, até rimou).
Então, é chegada a vez deste discaço, “Obras”, do excepcional Quarteto Edson Machado. Lp lançado em 1970 pelo selo Stylo. Um selo que não possui registros amplamente divulgados na rede, oque indicasua atução pontual, ou seja, foi um selo criado exclusivamente para este disco e novamente para o que podemos chamar de um segundo volume, o lp do mesmo grupo, “Obras 2”, lançado no ano seguinte, 1971.
Quanto ao conteúdo, o que dizer que já não tenha sido dito? Formado por Edson Machado, na bateria; Alfredo Cardim no piano; Ion Muniz no sax e flauta; Ricardo Santos no contrabaixo e ainda a participação de um quinto elemento, Wheads Brito da Fonseca no violão.
Para quem gosta de jazz, bossa nova, música instrumental brasileira de altíssima qualidade, não pode deixar de ouvir isso aqui…
Pelo jeito, vamos entrando numa sequência de quartetos. Paramos nos arquivos do Q e estamos gostando… 🙂 Desta vez, temos o Quarteto Bossamba, disco lançado pelo selo Som/Maior, em 1966. Um disco de bossa instrumental e da melhor qualidade, com um repertório fino e uma interpretação magistral. Contudo, no texto da contracapa, nos é informado que o nome dos músicos não poderia aparecer devido a serem eles músicos de outras gravadoras. Optaram estratégicamente por dizerem isso, ao invés de simplesmente criarem pseudônimos. Mas, basta ouvirmos a primeira faixa para termos certeza de que ali tem os dedos de Walter Wanderley e certamente, os demais músicos eram os mesmo que faziam parte de seu conjunto na época, José Marino, Claudio Slon e um outro no sopro (não identificado). No ano seguinte este disco seria também lançado, através da Fermata, nos ‘States’ e no Canadá, pelo selo World Pacific. Diga-se de passagem, com uma capa um pouco brega. Brega, considerando a comparação com o trabalho gráfico da original.
E vamos nós com uma boa curiosidade… Coisas do tempo em que a indústria fonográfica era uma ‘terra de oportunidades’. Onde valia o requentado, o falsificado e o reciclado… Por certo, estamos falando aqui das artemanhas das gravadoras e editoras musicais, principalmente nos anos 60. Como já mencionamos outras vezes, era muito comum o uso e abuso de fonogramas entre gravadoras, principalmente aquelas pequenas, obscuras, que montavam suas produções, muitas vezes, encima de gravações cedidas ou compradas de outras. A coisa não se limitava aos encartes, capas e fotos, mas o produto num todo. Não é incomum deparamos com discos, músicas e artistas cujo o trabalho aparecme em diferentes selos, com diferentes nomes e diferentes capas. É bem o caso deste aqui, “Quarteto Arpoador – Bossa no Castelinho”. Um lp que aparece editado em, pelo menos, dois pequenos selos: Esquema e Egal, com quase a mesma capa. Consta que foram lançados entre 1963 e 65 e certamente, sem informações sobre o tal Quarteto Arpoador. Apenas o repertório é igual. E para a surpresa geral, é o mesmo disco lançado por Hélio Mendes e o seu Trio Vagalume. Ou seja, na verdade, o Quarteto Arpoador é nada mais, nada menos que Hélio Mendes e seu trio, cujo o lp original se chama “Na Bossa” e fora lançado também por um pequeno selo, o Musiplay. Descontando essa prezepada, não há o que reclamar do repertório. É samba, bossa noca clássica e instrumental, da melhor qualidade. Vale a pena conferir…
Dizem os estudiosos das tecnologias que o formato ‘blog’ é algo ultrapassado e o formato do Toque Musical e suas versões, pelo WordPress e pelo Blogger não se comunicam de forma eficiente com os buscadores de conteúdos. Razão pela qual já nos tornamos apenas apenas lenda no Reddit e alguns poucos indexadores. O Toque Musical, embora tenha entre seus associados quase 5 mil inscritos, está a cada dia se tornando mais invisível ao grande público. E isso, de fato, é culpa minha que não busquei uma atualização e mais ainda, não faço muitos engajamentos através de redes sociais. Por outro lado, também temos a questão de que o assunto o qual este blog trata já não desperta tanto interesse, consierando também que o acesso ao seu conteúdo, hoje, parece ser mais complicado e desistimulante. Assim, hoje em dia, temos pouco mais de uma centena de amigos cultos e ocultos fiéis ao TM. Mas, ainda assim, a gente vai remando… vai postando, seja pra mil, seja pra dez… seja para mim mesmo.
E falando da postagem de hoje, temos este álbum da cantora Vanusa. LP lançado em 1975, pelo selo RCA Victor. “Amigos novos e antigos” é um disco bem produzido e um repertório acima da média. Foi um dos discos mais vendidos da cantora. Contou com arranjos de Francisco de Moraes, Sérgio Sá, José Briamonte e Lincoln Olivetti. Destaque para “Paralelas”, de Belchior, “Amigos novos e antigos”, de João Bosco e Aldir Blanc, “Outubro”, de Milton Nascimento e Fernando Brant e também “Congênito”, de Luiz Melodia, músicas de sucesso que a cantora interpretou com maestria. Este lp foi relançado em cd trazendo bônus. Um dos melhores disco de Vanusa, com certeza.
E para hoje, vamos com este disco, “Atardeder Carioca”. De imediato se percebe que se trata de um lançamento internacional, visto pela capa e principalmente pelo título. Trata-se de um lançamento do selo Columbia argentino trazendo (Daniel) Salinas e o seu conjunto, no qual também temos a cantora Leny Caldeira, interpretando um repertório com 16 clássicos da música popular brasileira.
Interessante também notar a contracapa do disco que traz outros lançamentos da gravadora de artistas brasileiros. Uma prova que a música brasileira encanta nossos ‘hermanos’ não é de hoje. Confiram…
Aqui, novamente, Nelsinho e seu trombone. E não faz um mês quando então postamos no Toque Musical o seu primeiro lp pela RCA Victor. Agora temos outro, “Bossa do Samba”, lançado no mesmo ano de 1960, uma continuação, respondendo a sucesso do primeiro álbum. Repertório selecionadíssimo, não tem como desagradar…
Então, temos mais uma vez a presença de Daudeth Azevedo, violonista carioca, mais conhecido por Neco. Postamos aqui, há coisa de um mês atrás, o “Samba e Violão”, o que seria o volume 1. Agora, partimos para o volume 2, que pode-se dizer, é uma continuação de um excelente trabalho. Mais uma vez Neco nos traz uma seleção de sambas, então, modernos, sambas de festivais, hoje verdadeiros clássicos da nossa MPB. Também, como no primeiro volume, Neco vem acompanhado de um conjunto na medida. Infelizmente, por mais que pesquisássemos, não encontramos nenhuma referência de quem são os músicos. Segue o baile… Segue em frente. Discão bancana, que vale a pena ouvir.
No balanço do samba seguimos agora com mais um lp de samba-bossa, João Roberto Kelly e seu conjunto vocal feminino. Lp lançado pelo selo Musicolor, em 1962. Já estampado na capa temos o repertório, recheado de sambas com uma pegada dançante, marcada pelos ritmos que estavam em alta naquele início dos anos 60, como a bossa nova e o samba balançado. As ‘vocalistas’ são o destaque, adicionam um charme e suavidade nas composições. Mais um disco bem legal de se conhecer e ouvir. Confiram no GTM…
E já que falamos de Meirelles, de disco bacana, olha então isso aqui… Caramba, um agrupamento musical de primeiríssima linha. Além do Meirelles temos nessa nova formação do Copa 5, Roberto Menescal, Eumir Deodato, Waltel Branco, Gusmão e Edson Machado, um time de músicos que despensa maiores apresentações. Um autêntico disco de samba-jazz, bossa-jazz, que não dá para passar batido. O repertório, também impecável. Disco nota 10!
E aqui uma curiosidade internacional… Mas que, por certo, tem algo com o Brasil. Este é o conjunto Gimmicks, uma banda de origem suéca que surgiu no início dos anos 70. Trata-se de um grupo pop muito interessante que neste disco nos traz um trabalho bem ao estilo do que fazia Sérgio Mendes e seu Brasil 66 misturando outras influências do pop europeu e de Los Angels naqueles tempos, cheio de ‘groove’. Certamente o tempero deste grupo tem a ver com a participação especial do nosso João Theodoro Meirelles (o Meirelles do Copa 5) que atua no sax, na flauta e nos arranjos, dando todo o sabor. E por conta disso, como vocês verão e ouvirão, tem um repertório suingado com músicas brasileiras. Sem dúvida, um disco bem legal e difícil de achar. Vale uma conferida 😉
Hoje, nosso encontro é com a cantora Norma Avian e a música italiana. Calma lá, não se trata de uma atração internacional. Para os que não conhecem, foi uma cantora que iniciou sua carreira em um grupo vocal, o Trio Itapuã, ainda nos anos 40. Norma Avian atuou em rádios e também na tv paulista. Gravou uma dezena de discos, entre 10 polegadas e lps. Um desses discos é “Piccolissima Serenata”, lp que ela gravou pela Columbia, em 1958, com arranjos e orquestra do maestro Waldemiro Lemke. Doze canções italianas… Molto bello da sentire, dai un’occhiata!