Dick Farney – Ao Vivo (1986)

Bom dia! Começamos a semana super bem acompanhado pelo nosso ‘jazzman’ Dick Farney. Um artista que já não carece de tantas apresentações aqui no Toque Musical. Seu talento e sua história são notórios. Excelente instrumentista, cantor e compositor. Talvez nos dias atuais (e após a sua morte) ainda mais conhecido e reconhecido do grande público como um dos precursores da Bossa Nova. Seus discos passaram a ter um interesse ainda maior. Até os seus primeiros álbuns, raridade total, voltaram a pipocar em todos os lugares e principalmente nos blogs musicais. Tenho para mim a certeza (e sem pretensões) de que nós blogueiros contribuímos muito para que isso acontecesse. A onda da Bossa Nova é eterna e se constitui na modernidade como a base de criação para muitos artistas, não apenas no Brasil. Daí, tudo ligado a ela é de interesse. Dick jamais ficaria fora dessa, mas seu valor não se limita a um único gênero. Dick Farney foi demais…

O álbum que apresento foi seu último trabalho fonográfico. Gravado ao vivo, em agosto de 1986, no restaurante Inverno & Verão de Romualdo Zanoni. Naquela década o empresário da noite trazia para a sua casa grandes nomes da MPB como Cauby Peixoto, Zimbo Trio, Raul de Souza, Tito Madi e muitos outros. As apresentações eram todas gravadas para a produção em discos com tiragens exclusivas, os quais eram distribuídos aos seus clientes. Entre os diversos artistas e títulos lançados, Dick Farney também foi um deles. Neste álbum não há nada inédito, seu repertório é formado de ‘standards’, músicas que marcaram a sua carreira. O que não deixa de ser ótimo, ainda mais sendo ao vivo. Dick vem acompanhado por músicos que já o seguiam de outras jornadas, como o baterista Antonio Pinheiro Filho, o Toninho, que faz com ele a parceria vocal em “Tereza da praia”. Exatamente um ano depois Dick Farney viria a falecer. Se Zanoni tivesse uma bola de cristal, talvez tivesse gravado um álbum triplo.
Este álbum, embora tenha sido lançado pela Band Discos, pode ser considerado como independente. Daí, a ‘segundona’ fica valendo como tal… Confiram o toque…
perdido
copacabana
este seu olhar
nick bar
a saudade mata gente
aeromoça
tereza da praia
uma loura
pouporri cassino da urca
(i only have eyes for you)
(embraceable you)
(tea for two)
(night and day)

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