Pedro Santos – Krishnanda (1968)

Nas alternadas musicais, temos hoje um disco raro e conhecido por poucos. Eu mesmo, até pouco tempo atrás, nunca havia reparado na presença de Pedro Santos e seu “Krishnanda”. Um disco que vai cair bem com o clima Marcos Valle da semana. Este disco/arquivo me foi enviado por um colaborador, que como eu, pouco sabia sobre o álbum e seu artista. Por várias vezes pesquisei na rede sobre Pedro Santos, mas nunca consegui chegar além dos vagos comentários e ofertas nos ‘eBays’ da vida moderna. Em total obscuridade, este artista e o álbum tem tudo a ver com a letra da música “Um só”, terceira faixa do lp. “… aquele que na palavra entender, no nome não se prender, pode ver bem quem eu sou. Mas quem no pé da letra cair, do nome não vai sair, porque no nome não estou…” Realmente, não houve muito o que pudesse vir a luz simplesmente pelo nome. Depois de muito fuçar, acabei caindo no blog do Ed Motta. O cara é mesmo antenado… se liga em tudo, tem um ótimo faro musical e além do mais ainda tem um blog!. Aliás, diga-se de passagem o Ed é o ‘supra-sumo’ da sofisticação – cada dia mais apurado. Foi justamente através dele (pelo blog) que me interei mais a respeito do Pedro Santos. “Percussionista importante em vários discos no Brasil, um experimentalista por excelência, inventou vários instrumentos entre eles a Tamba, tocada por Helcio Milito no Tamba Trio, e que por essa ligação é o produtor desse raro disco de 1968, o Krishnanda lançado pela CBS.” Palavras de Mr. Ed, especialíssimo!

PS.: Vivendo e aprendendo… quero colocar aqui um complemento, quase 12 horas após a publicação deste post. Na minha total ignorância, não me passou pela cabeça uma coisa que nosso amigo, o Lindo107, em seu comentário me alertou. Pedro Santos é Pedro Sorongo. Depois, pesquisando novamente, descobri que o Pedro Santos Sorongo foi aquele pandeirista do grupo de Jacob do Bandolin, famoso por seu estilo e inovações. Ele foi um inventor de instrumentos percussivos e fez muita experimentação nesse campo. O Sorongo tocou em discos de uma ‘pá de gente’ e ao contrário do que achávamos sobre ser um artista esquecido, eu diria que na verdade ele foi pouco lembrado. Fica aqui então a nossa contribuição a memória deste percussionista. Valeu?

ritual negro
água viva
um só
sem sombra
savana
advertência
quem sou eu
flor de lotus
dentro da selva
desengano da visita
dual
aranbindu

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