Seu nome era José Abelardo Barbosa de Medeiros e o apelido Chacrinha nasceu quando ele ainda era radialista. A emissora onde trabalhava era numa pequena chácara e ele se referia a ela como ‘chacrinha’, daí pegou. Mas a figura do Chacrinha surge mesmo no final dos anos 50, quando a TV Tupi estréia o programa Discoteca do Chacrinha. Ao longo do tempo ele trabalhou em diversas emissoras de tv, mantendo consigo o estilo do velho palhaço e o mesmo formato de programa. Foi a cada dia acrescentando novidades, como a cartola, a buzina, o disco numérico de telefone e muitas cores. Tudo isso para decorar ainda mais a festa com artistas diversos, cantores e calouros. Quem não se lembra do troféu abacaxi? Era uma época boa e farta, tinha até bacalhau distribuido na platéia. Era uma zorra total. Mas o melhor mesmo eram as dançarinas, as famosas “chacretes”. Me lembro de algumas como, Lia Hollywood, Gracinha Copacabana, Índia Amazonese, Índia Poti, Sarita Catatau, Fernanda Terremoto, Leda Zepepelin e a mais famosa de todas, até hoje botando para quebrar, Rita Cadillac.
Este disco foi gravado em 1972, com produção de Milton Miranda e direção musical do maestro Gaya. Nele temos o velho guerreiro cantando e fazendo das suas ao lado de um côro, possivelmente de chacretes. O repertório é bem variado e as músicas não são separadas por faixas. É festa do lado A e do lado B.
mon amour, meu bem, ma femme
agora eu sei
eu quero botar meu bloco na rua
concerto par um verão
são coisas da vida
cavaleiro de aruanda
fio maravilha
nó na cana
gato e sapato
vou tirar você desse lugar
esta noite você vai ter que ser minha
o jornalista (o enviado especial)
rock and roll lullaby
alone again
let me sing, let me sing