Bom dia a todos! Inicialmente eu quero avisar aos amigos cultos e ocultos, que solicitaram reativação de ‘toques’ antigos, para que aguardem com paciência, pois alguns arquivos eu estou refazendo e incluindo, em alguns casos, os complementos como contracapa, encartes e selos, que não constavam na primeira edição. Sei que as vezes demora. Me falta tempo e além do mais são muitos. Paciência…
Seguimos hoje, na ‘terça clássica’, com o Coral Madrigal Renascentista, em seu segundo álbum, lançado pela Chantecler em 1959, ainda sob a regência do Maestro Isaac Karabtchevsky e a contralto Maria Lúcia Godoy. Temos neste lp, que creio eu, nunca mais chegou a ser relançado, um repertório misto, bem variado, contemplando músicas renascentistas espanholas, inglesas, francesas e italianas; músicas do folclore português, israelita, americano, brasileiro e até Villa-Lobos.
O coral Madrigal Renascentista, reconhecidamente um dos mais importantes grupo brasileiro, continua sempre ativo. Atualmente, como nos conta o próprio site do coral, eles mantém uma parceria com duas grandes instituições no Estado, o Instituto Inhotim e o SesiMinas, além do apoio de leis culturais.
A Próxima Atração – Trilha Original Da Novela (1970)
Bom dia, meus prezados amigos cultos e ocultos! Eis que aqui chegamos na segunda feira das trilhas para a próxima atração. É isso mesmo, A Próxima Atração, trilha sonora da novela da Rede Globo, de 1970. Taí uma trilha dos bons tempos, quando quem fazia a seleção musical para as novelas era gente que realmente entendia de música e prezava pela qualidade. Uma época em que na música brasileria haviam grandes nomes, grandes compositores, orquestra… Hoje também tem, mas já não é mais a mesma coisa. Melhor que falar é comparar um disco como este com uma trilha de uma novela atual. É nessa hora que a gente tem vontade de entrar no túnel do tempo e voltar atrás. Não vou nem entrar em detalhes sobre este disco, lembrando apenas que dos relançamentos em cd de trilhas de novelas da Globo, este é um dos que eu acredito não ter sido relançado. Já vi por aí, no Mercado Livre, o cd importado sendo vendido a preço de ouro. Será que vale tanto assim? Eu sou mais o vinil.
Mas independente de qualquer coisa, temos aqui uma seleção muito boa, com ótimos artistas e aquelas músicas que a gente não escutava há muito tempo. Um trabalho bem produzido, dirigido pelo Nelson Motta. Os arranjos ficam por conta de um time de primeira: Francisco de Moraes, Rogério Duprat, Arthur Verocai, Roberto Menescal e Paulo Machado. Confiram…
The Pop’s – Estas São Joinhas… Joinhas… Tá Falado (1971)
Boa tarde a todos, amigos cultos e ocultos! Parece mentira, mas mesmo no fim de semana eu estou conseguindo tempo para as nossas postagens. O jeito é ir na brecha. Relaxa que encaixa…
Antes de tudo, quero aqui me retratar. Acho que fui um pouco injusto com o Nilo Sergio Jr. na postagem de sexta feira. Eu, no fundo, fiquei foi um pouco chateado, como quando a gente leva um fora da menina. Uma espécie de desilusão passageira. Eu creio que falei demais e sem saber. O cara é uma pessoa bastante esclarecida, extremamente educado (como não podia deixar de ser um filho do Nilo Sérgio) e me contou um pouco das dificuldades da família em manter uma gravadora do porte da Musidisc. Pelo pouco e resumido e-mail deu para se ter uma ideia de como é difícil manter uma empresa brasileira, tendo como concorrentes diretos e indiretos grandes multinacionais, gravadoras que eu nem preciso citar nomes. Tentar manter uma gravadora pequena e sem grandes pretensões é difícil, mas ainda assim se mantinham, mas quando se trata de uma que queira ser até melhor que as estrangeiras, daí o bicho pega. E pegou para o Nilo Sergio, a ponto dele acabar tendo que ceder à pressões, abdicando de novos sonhos. Coisa muito chata… Mas essa história, eu espero, o Nilo Jr, ou um outro alguém, precisa contar. Merece realmente um livro. Uma história de vida que vale a pena ser sempre lembrada. Como eu previa, o Nilo Jr. me permitiu manter as postagens, obviamente sem os links, o que eu de imediato já fiz. E ainda se colocou à disposição para qualquer esclarcimento ou dúvida a respeito de alguma passagem dessa belíssima história. Eu peço aqui, em público, as minhas desculpas ao Nilo Sergio e sua família.
Bom, falando agora da postagem do domingo, tenho aqui para vocês este disco do The Pop’s que eu comprei ontem lá na Feira do Vinil. Taí um disco que eu não conhecia. Coisa curiosa, nunca tinha visto este disco antes na minha vida. O álbum é de 71, produzido por Oswaldo Cadaxo e seu selo Equipe. O The Pop’s gravou grande parte dos seus discos por essa etiqueta. Na contra capa dessa joinha e mesmo no selo, não há muitas informações além da relação de músicas, por sinal um repertório bem interessante. Não sei e nem vou ter tempo para localizar quem eram os integrantes do grupo neste disco. Deixo essa para assunto no Comentários. Tá falado? 😉
Bresil En Rose – Coletânea BossaNovaBrasil (2011)
Francisco Mário – Revolta Dos Palhaços (1980)
Muito bom dia a todos, amigos cultos e ocultos! Bom dia mesmo, tem que ser! Pois, pelo jeito o bicho tá pegando… Eu enviei ontem para uma parte dos amigos cultos que estão na minha lista de e-mail uma mensagem da ONG AVAAZ. Na verdade, um alerta e uma mensagem de oposição ao já conhecido Projeto de Lei do político Eduardo Azeredo, o PL 84/99. Todo aquele que não concorda com essa jogada política, que só serve para restringir o nosso já pouco direito, não deve ficar de fora. Entre no site da Avaaz e envie o seu protesto. Liberdade, liberdade e liberdade!
Quando digo que o bicho está pegando, não me referi apenas ao Azeredo. Há também por aqui outra situação azereda, que dizer, azeda. Ontem eu recebi um e-mail do filho do Nilo Sérgio, o Nilo Jr., no qual ele solicita que eu retire todos os ‘toques’ relacionados aos discos da Musidisc. Segundo ele, o catálogo da gravadora continua sendo relançado a cada dois anos. Eu, sinceramente, nunca soube disso. Sei que alguns títulos chegaram a ser relançado pela Som Livre nos anos 80, por sinal de uma maneira tão pobre e porca que deve ter feito o velho Nilo se remexer no caixão. Afinal, os discos da Musidisc e Nilser eram de padrão internacional, um primor para os padrões comerciais da época. Coincidentemente, quando eu já preparava uma série de títulos dos mais raros da Nilser e Musidisc para trazer até vocês, o detentor dos direitos veio solicitar a retirada do que já foi postado. É mesmo uma pena, tanto pelos que á foram postados quando para os que viriam em seguida. São discos que com certeza nem o próprio herdeiro deve ter ou saber de sua existência. O que dizer de uma nova e possível reedição? Vão esperando… Neste final de semana eu estarei retirando todos os links deixado nas postagens relacionadas aos discos da Musidisc e Nilser. Eu fiquei meio chateado e cheguei mesmo a pensar em retirar também as postagens. Mas agora, pensando melhor, acho que irei mantê-las, pelo menos para que todos saibam que um dia o Toque Musical tentou trazer à luz (e aos ouvidos) o que insistentemente querem manter no esquecimento. O que o TM não pode fazer, outros milhares de blog o farão. Como eu já disse outras vezes, essa é uma estrada sem volta. O pão que não foi comido na hora só se preserva por um tempo. Depois, ou vira farinha ou vira bolor. Depende de quem guarda, não é mesmo?
E assim tudo se perde e se transforma e só mesmo por força do destino algo ainda permanece. E permanece enquanto estiver oculto, escondido, esquecido ou limitado à poucos olhos e ouvidos. Essa é uma grande verdade e se aplica também à situação do blog Toque Musical, que, assim com foi o Loronix, hoje ocupa uma posição de destaque no cenário blog musical. Por conta de sua tamanha visibilidade e exposição se torna também vulnerável, alvo fácil de ações repressoras. É como diz o velho ditado, quanto mais alto, maior o tombo (que o diga o WTC). Melhor aqui é desacelerar…
Mas nós, os palhaços aqui, continuamos revoltados. Foi na analogia do meu pensamento que eu me lembrei deste disco do Francisco Mário para a postagem de hoje. Caiu como uma luva, principalmente porque se trata também de um disco independente, apropriado para a nossa sexta feira do TM.
“Revolta dos Palhaços” foi o segundo disco gravado por Francisco Mário que contou com a ajuda e participação de muita gente boa, a começar pelas primeiras duzentas pessoas que compraram o disco antes mesmo dele ficar pronto. Uma ideia interessante, principalmente se o artista for um nome de talento e ainda trazer na bagagem outros grandes nomes como, Ivan Lins, MPB-4, Boca Livre, Lucinha Lins, Mauro Senise, Danilo Caymmi, Gianfrancesco Guarnieri, o irmão Henfil, Aldir Blanc e outros…
Para acabar de vestir a luva eu incluo, muito apropriadamente, o que dizia o Chico Mário a respeito deste disco: “Com este disco eu denuncio a ilusão montada para ver a nossa realidade subdesenvolvida de país de terceiro mundo e que até poderia chocar as pessoas que estavam sonhando e não queriam acordar, preferindo acreditar na falsa realidade criada a cada dia.”
Quarteto Teorema – Mengo 70 (1969)
Olha aí, como disse, aqui está o outro disco do Quarteto Teorema. Este compacto duplo foi lançado em 1969. Uma produção exclusiva criada pelo Clube de Regatas Flamengo. Uma boa jogada, só que de ‘marketing’, que consitia na venda deste compacto premiado. Ou seja, cada disco podia trazer dentro de sua capa (lacrada), além do disquinho, um prêmio em dinheiro. A ideia foi lançada no intuito de arrecadar fundos para o time do Flamengo comprar novos jogadores e fazer bonito nos campeonatos de 1970. Não deve ter sido por outro acaso que o time neste ano conquistou a sua primeira Taça Guanabara.
Bom, quanto ao compacto e o Quarteto Teorema, tudo de bom. Compacto duplo com quatro faixas, tendo como carro chefe a música “Mengo 70”, composição de Fernando Lona e Vidal França. De contra peso e endossando a mensagem temos também “Aquele abraço”, de Gilberto Gil, já ouviu? (putz, até rimou)
Quarteto Teorema (1973)
Bom dia, amigos cultos e ocultos! A semana está passando tão rápido que eu nem notei que hoje já é quinta feira. E antes que os dias livres da semana se acabem, lá vou eu com mais uma escolha não premeditada. Trago para vocês o Quarteto Teorema, um grupo vocal aos moldes do MPB-4, que esteve muito atuante no final dos anos 60 e início dos 70. Encontrar informações na rede sobre esse grupo é tão difícil como procurar o Wally. Sites que se colocam como verdadeiras enciclopédias de música brasileira, também não informam nada. E olha que não se trata apenas de discos ou artistas sem expressão. Eu, muitas vezes já me dei conta disso, discos/artistas importantes, mas sem referências. É por essas e por outras que nós que amamos verdadeiramente a música brasileira estamos aí na anarquia (?) fonomusical.
O Quarteto Teorema, até onde eu sei era um grupo liderado pelo ator, cantor e compositor baiano Fernando Lona, parceiro de Geraldo Vandré em “Porta estandarte”. Participava também do grupo (creio eu) outro baiano, o cantor e compositor Vidal França. Formando o quarteto, temos ainda mais dois nomes, os quais (suponho eu) foram Nazareno Vieira e Pena Branca, dupla a qual eu já postei um disco aqui. Embora essas informações não sejam precisas, foram montadas por mim, tomando como base as diversas peças de um quebra cabeças que se encaixam com perfeição. Aqueles que por ventura tiverem infomações complementares, não deixem de fora dos nossos comentários. É assim que vamos desembassando nossa história musical.
Me lembrei agora de um outro disco deste quarteto, um compacto lançado no final dos anos 60 para o time do Flamengo. Vou ver se o encontro e se possível, ainda hoje coloco aqui para você, ok? Confiram o Teorema…
Cátia De França – 20 Palavras Ao Redor do Sol (1979)
Muito bom dia ao cultos e ocultos! Para manter o cardápio bem variado, atendendo a todos e inclusive a mim, estou hoje trazendo um disco que eu gosto muito e que sempre pensei em postá-lo aqui no Toque Musical, Cátia de França e seu excelente “20 palavras ao redor do sol”. Este álbum, lançado nos anos 70, foi o primeiro disco solo gravado por esta artista paraibana, cantora, compositora e escritora. Nascida em João Pessoa, Cátia de França tem a sua trajetória musical que começa nos anos 60, quando já participava de festivais e grupos folclóricos. Neste álbum de estréia a cantora nos apresenta doze composições próprias e parcerias, músicas essas (algumas) compostas, tendo como base a poesia de João Cabral de Melo Neto.
As músicas deste disco são ótimas e ela ainda conta com participações importantes como as de Sivuca, Zé Ramalho, Chico Batera, Paulo Machado, Amelinha, Elba Ramalho e muitos outros. Se tem alguém aqui que ainda não conhece este disco, tá na hora… bão demais!
Orquestra Sinfônica Brasileira – Carlos Gomes – Aberturas E Prelúdios (1969)
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Como informei, até o fim do ano ou enquanto durarem os estoques, farei a semana mais ‘setorizada’, incluíndo além da ‘sexta independente’ e do ‘sábado de coletâneas’, a ‘segunda da trilha’, a terça do erudito e até quem sabe um dia extra para o compacto. Vou tentar manter esse ritmo nos próximos meses. Vamos ver… (e ouvir, claro!)
Para começar a nossa terça mais ‘erudita’, vamos com este excelente lp da Orquestra Sinfônica Brasileira, gravado em 1969, pela Odeon, através de seu selo Angel, para música clássica. Temos aqui reunidos alguns dos famosos prelúdios e aberturas de óperas de um dos mais célebres compositores da música clássica brasileira, Carlos Gomes. Também como podemos ver logo pela capa, a OSB é regida pelo seu Maestro Eleazar de Carvalho. Na contracapa há um texto de apresentação de outro compositor, o maestro Marlos Nobre. Pelo pouco que sei de música clássica e erudita no Brasil e suas gravações, este é um registro fonográfico difícil de se encontrar hoje em dia. Se é difícil e raro, tá para nós, não é mesmo? Confiram…
Corrida Do Ouro – Trilha Sonora Original Da Novela (1974)
Bom dia a todos, amigos cultos e ocultos! Agosto chegou e eu também. Estou de volta para retomarmos os nossos toques ‘fonoaudiomusicais’. Neste fim de semana, logo que pude, fui procurando colocar em dia as nossas correspondências e postagens, atendendo aos pedidos para restaurar antigos toques. Infelizmente, alguns títulos postados, eu não terei como repor imediatamente. Pretendo para esses refazer os arquivos que antes não estavam devidamente completos, com contracapas, selos e encartes. Peço aos solicitantes que tenham um pouco mais de paciência e aguardem…
Para recomeçar, eu pensei em fazer desta uma semana temática, dedicada, mais uma vez, às trilhas sonoras de novelas. Gosto muito de trilhas, em geral sempre trazem coisas que a gente não ouvirá em outros discos. Músicas e artistas que muitas vezes acabam ficando limitados, apenas como parte da trilha, algo parecido também com os compactos, não é mesmo? Por outro lado, me lembrei agora, que já havia planejado uma outra estratégia de programação, manter (até quando for possível) um esquema onde pudéssemos dedicar cada dia à um tipo de disco/artista, como já venho fazendo com as sextas feiras de independentes e os sábados de coletâneas. Sei que estou arrumando mais sarna para coçar, mas vamos tentar… Adotaremos as segundas feiras então para as trilhas, ok? Amanhã, quem sabe, pode ser para os clássicos e eruditos. Também tenho muitos títulos nesses gêneros e gostaria de mostrar a vocês.
Pois bem, seguimos então com a trilha do dia. Temos aqui a da novela setentona da Rede Globo, “Corrida do Ouro”, levada ao ar no horário das 19 horas. As músicas que fazem parte dessa trilha são todas do genial Zé Rodrix, numa de suas melhores fases de criação. Aliás, o Zé Rodrix, eu considero, foi um dos nossos maiores compositores ‘de encomenda’. Quero dizer, um daqueles compositores que melhor soube criar encima de trabalhos encomendados. Não foi por acaso que ele criou alguns dos mais bonitos e criativos jingles da propaganda brasileira. O Zé era fera! Nesta trilha, produzida por Guto Graça Mello e Eustáquio Sena, temos 12 temas interpretados aqui não apenas pelo seu criador, mas também por alguns artistas do ‘cast’ da Som Livre. Os arranjos são do próprio Zé Rodrix. Um excelente disco, vale conferir 😉
Romeu Féres e Orquestra E Coro De Luiz Arruda Paes – Tardes Orientais (1957)
Boa tarde, amigos cultos e ocultos! Finalmente estou de férias!!! Tô viajando no domingo, sem falta! Finalmente vocês poderão ficar livres de mim até o fim do mês. Só volto em agosto, se Deus quiser.
Como última postagem, vou trazendo para vocês um disco diferente. Nada de Samba, Bossa Nova, Baião ou Xaxado. Nada de MPB… Pode parecer estranho, afinal o Toque Musical é um blog voltado para a música brasileira. Mas, não podemos esquecer, é também um espaço para a produção internacional quando esta se faz pertinente, ou relacionada à temas e artistas brasileiros. É o caso desde disquinho de 10 polegadas, lançado em 1957 pelo Odeon.
Temos aqui o cantor de origem libanesa Romeu Féres, acompanhado de côro e a orquestra do Maestro Luiz Arruda Paes. Embora o repertório seja totalmente de música árabe, o disco foi gravado aqui no Brasil. “Tardes Orientais” nasceu em consequência do sucesso de um outro disco, “Jóias Árabes”, lançado pela mesma gravadora um ano antes e com o mesmo cantor. Muitos acreditam que Romeu Féres fosse também árabe, mas ele nasceu em São Paulo, em 1918. Com um descendente árabe, foi criado dentro das tradições de seus pais. Tocava alaúde, um dos mais antigos instrumentos de cordas do mundo. É considerado o primeiro cantor profissional da música árabe no Brasil. Iniciou a sua carreira nos anos 40, onde atuou no Cassino da Urca, ao lado de outros grandes nomes como Elvira Rios, Pedro Vargas e José Mojica. Cantava em sete idiomas, o que lhe dava um leque de um amplo repertório internacional. Suas primeiras gravações saíram pelo selo Continental. Gravou música brasileira, versões e outras em idiomas francês, inglês, italiano, alemão, espanhol e árabe. Atuou não apenas no Brasil, mas também na Europa e em países da América do Sul. Como a comunidade árabe no Brasil é muito grande, Féres fez sucesso com seu disco “Jóias árabes” e por conta disso, no ano seguinte lançou este “Tardes Orientais”, um álbum com oito belíssimas canções de autoria do próprio Romeu Féres em parceria com o poeta árabe Tanios Baaklini. Os arranjos e orquestração são de Luiz Arruda Paes, que procurou ser o mais fiel na aproximação com o estilo musical árabe. Um disco realmente interessante e curioso. Vale conferir!
Times Square – Trilha Sonora Do Melhor Show Musical Da Televisão (1964)
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Continuo agarradão, cheio de serviço e doido para ir para casa. Na folga, antes do último ‘round’, enquanto como um pão de mel, vamos ao disco do dia.
Tenho aqui “Times Square”, trilha sonora original de um programa musical de televisão nos anos 60. Por certo, alguns de vocês irão lembrar. Este programa era apresentado na TV Excelsior, Canal 2, do Rio de Janeiro. Era produzido pelo Carlos Manga. Os textos de Haroldo Barbosa e Mario Meira Guimarães. A produção musical e as próprias músicas são de João Roberto Kelly. No elenco desse grandioso espetáculo participaram figuras como Daniel Filho, Dorinha Durval, Grande Otelo, Castrinho, Ema D’Avila e muitos outros. Deve ter sido realmente um musical dos mais interessantes. As músicas são ótimas, confiram…
Juca Mestre And His Brasileiros – Panorama Musical Do Brasil (1962)
Mais um muito bom dia a todos os amigos cultos e ocultos! À medida em que vou me aproximando das férias os dias parecem ficar ainda mais bonitos. Que maravilha! Já estou com tudo pronto…
Na sequência da semana, vamos agora com outro disco, também uma raridade, objeto de desejo de muitos discófilos e colecionadores. Vale uma nota boa um exemplar como este. Disco gravado para gringo, ou seja, um trabalho feito no capricho. Gravações de alta qualidade, feitas em equipamento de ponta da época, coisa que ainda hoje muito estúdio digital nem chega perto. Este álbum, quando tocado em um bom aparelho, com uma boa agulha e boas caixas de som faz a gente sentir o que um mp3 jamais conseguiria nos dar. Estou dizendo isso, mas não sou do tipo que se preocupa tanto com a pureza do som a nível de incluirmos aqui uma versão em flac ou wave. Um mp3 de 320 kbps já tá de bom tamanho, pelo menos para mim.
Segue assim este álbum supimpa, um disco que agrada de cara a qualquer um, principalmente os estrangeiros. Temos aqui Juca Mestre e Seus Brasileiros, um nome fictício, que esconde, principalmente na versão brasileira do lp o verdadeiro mestre que direciona o conjunto, Severino Filho. Acredito que no álbum lançado no Brasil, no texto da contracapa, por questões contratuais, o nome de Severino não podia aparecer.
“Panorama Musical do Brasil” é mesmo um retrato pintado por gringos, que até então só conseguiam ouvir o que ecoava no Rio de Janeiro. Aliás, o disco deveria ter mesmo esse nome, “Panorama Musical Carioca”. Tem tudo a ver e a ouvir. Um disco só de samba, com o líder dOs Cariocas (embora seja paraense) e uma capa onde o Brasil é apenas um postal do Rio de Janeiro. Tá certo, foi por lá que se fez a porteira do Brasil.
Brazilian Jazz Quartet – Coffee & Jazz (1958)
Muito bom dia a todos os amigos cultos e ocultos! Finalmente está chegando as minhas merecidas férias. Espero até o fim da semana já estar com o pé na estrada, sem hora para chegar ou sair, sem lenço, mas com documentos! Vou levar comigo o computador e muita música na bagagem, mas isso não é garantia de que teremos postagens regulares. Pode ser que eventualmente, eu com saudades, dê um toque aqui, outro ali… vamos ver… 🙂
Nesta manhã linda de sol e céu azul me inspirou na escolha do disco do dia. Vamos ouvir jazz! “Coffee & Jazz” é uma dessas pérolas que todo amante de jazz e discófilo cuida com todo o carinho. Conheço pelo menos uns três tipos que são bem assim, apaixonados por Dick Farney e toda aquela turma dos antigos festivais de jazz de São Paulo. Esse disco em especial, do Brazilian Jazz Quartet então, nem se fala. Quem os tinha e eu pedi, me deixaram até hoje esperando, na promessa de me enviarem uma cópia em mp3, com suas respectivas capinhas e selo. Sei que não foi por esquecimento, mas sim um capricho. Quiseram esnobar, mas o que é do homem o bicho não come. Eu agora também tenho o meu exemplar e o que é o melhor, um álbum em perfeito estado. E para matar ainda mais nego de raiva estou postando o disco aqui. Música é para ouvir, tocar, cantar e compartilhar. De que me adianta ter uma infinita e rara coleção de discos se não compartilho essa emoção com os outros?
Pois é, temos aqui este quarteto genial lançado por Roberto Corte-Real nos dois festivais de jazz que aconteceu em São Paulo, nos anos 50. Formado pelo pianista Moacyr Peixoto, irmão do Cauby; Casé no saxofone; Rubens Barsotti na bateria e Luiz Chaves na guitarra. Depois de tocarem juntos, numa tremenda sintonia, nesses famosos festivais de jazz em Sampa, os quatro foram convidados pela Columbia para gravarem um autêntico disco de jazz. Sem se preocuparem muito com a escolha das músicas, o álbum foi nascendo de maneira natural. Como cabe ao jazz, muita improvisação e arranjos feitos na hora, de ouvido. Os caras chegam no estúdio, pegam seus instrumentos, sintonizam-se uns aos outros e mandam bala… Tocam o que gostam, jazz… com direito ao cafezinho 😉
Brasa 4 (1968)
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Tenho percebido que toda a postagem que faço no fim de noite, acaba entrando como se fosse do dia seguinte. E olha que muitas vezes são postagens que eu abro logo pela manhã, para garantir a vaga do dia. Mas, por alguma razão essa minha manobra não tem dado certo. Preciso ficar esperto e liberar tudo logo cedo. O que falta é tempo! Quando se trabalha no passado, as coisas tendem a andar sempre atrasadas, deve ser isso 🙂
Hoje eu vou postando aqui um disco que há muito eu vinha trabalhando, tentando extrair ao máximo suas músicas, que infelizmente neste exemplar estavam quase impossíveis de ouvir, devido ao seu mal estado de conservação. Me fez lembrar aquele disco do Germano Mathias que eu postei aqui no Toque Musical há algum tempo atrás. Tentei de todas as formas dar uma melhorada, mas não adiantou muito. Fiquei na esperança de que um outro, em melhor estado, aparecesse por aqui. Acontece que os velhos discos do Germano são mais difícieis de achar que nota de 100. No caso do Brasa 4 não é muito diferente. O álbum estava um lixo, tanto a capa como o vinil. Mas sabendo eu que este disco é pura raridade, com certeza outro igual e em melhores condições, tão cedo não irá aparecer por aqui (e nem por aí…). Daí, me debrucei sobre o disquinho e fiquei quase um mês dando um trato na ‘obra’. Para quem não conhece a história deste disco, ao baixá-lo e ouvi-lo há de pensar: “com tanto disco bom, o cara foi pegar logo esse para arrumar”. Isso porque o presente álbum é uma sucessão de ‘covers’, uma interpretação copiosa e bem amadora, (no geral), de hits dos anos 60 e sucessos da Jovem Guarda. A qualidade dos nossos artistas aqui, principalmente dos cantores, não é lá uma maravilha. Talvez por conta disso mesmo, ele tenha se limitado à um número de cópias suficiente apenas para os mais interessados, os próprios artistas, seus familiares e amigos. Mas não seria apenas por conta disso que eu me dispus a restaurá-lo e trazer para ser publicado no blog. Como todos sabem, o Toque Musical é um espaço para se ouvir com outros olhos. Este lp, embora limitado artísticamente, é uma obra rara que registra um momento musical da juventude belorizontina nos anos 60.
O Brasa 4 era um programa de auditório realizado aos sábados pela antiga TV Itacolomi, em Belo Horizonte. Produzido pelo, hoje já lendário, Dirceu Pereira, o nome Brasa 4 vem, obviamente da expressão usada pela turma do Roberto Carlos (é uma brasa, mora?) e o 4 vem do número da emissora, o velho canal 4. Eu nessa época também frequentava o auditório da TV Itacolomi, só que era para assistir o Gurilândia.
O programa Brasa 4 era uma espécie de versão mineirinha dos programas da Jovem Guarda. Se não me falha a memória, ele entrava no ar uma hora antes do oficial, apresentado pelo Roberto Carlos. Era um programa jovem e de calouros. Por lá passavam todos os aspirantes à Roberto, Erasmo, Wanderléa, Martinha, Ronnie Von, Os Incríveis… Apesar de todo o amadorismo de nossos artistas, a produção, ao contrário, buscava ser bem profissional. Contratavam músicos profissionais para manterem ‘a cozinha’ funcionando, convidavam artistas consagrados e também os conjuntos locais que já eram bem conhecidos por aqueles que frequentavam os bailes em clubes da cidade.
Este álbum foi gravado como uma espécie de estímulo à esses novos e pretensos artistas. Foram selecionados aqueles que melhor se apresentaram durante o ano. O disco foi gravado no estúdio Bemol, considerando o repertório, provavelmente em 1968. Além dos ‘hits internacionais do momento’ e da Jovem Guarda, há também uma versão (com certeza a primeira) de” Travessia”, de Milton Nascimento e Fernando Brant. Depois de ouvir o Milton cantar a sua “Travessia”, ouvir o Edinho é uma travessia em brasa (e descalço), mora?
Billy Blanco – Definitivamente (2011)
Boa noite, amigos cultos e ocultos. Mais uma vez eu estou chegando na última hora. Passei o dia na Feira do Vinil, ouvi de tudo um pouco. Só faltou mesmo dinheiro para comprar os incontáveis albuns que eu tive por lá. Mas eu não me esquento, eles, aos poucos vão chegando definitivamente para mim 😉
E por falar em ‘definitivamente’, este é o nome que dei a uma super coletânea do Billy Blanco. Ontem, infelizmente, ele faleceu. Uma grande perda para a Música Popular Brasileira. Mas como a maioria de nós ainda não atingiu o centenário, depois do 70, o negócio é ir para a fila…
Fiquei chateado com a morte do Billy Blanco e eu que nunca postei um disco dele aqui no Toque Musical. Desta vez, definitivamente, faço a minha postagem, em memória ao talento deste grande compositor brasileiro. Reuni nesta coletânea bem mais que algumas músicas consagradas. Temos uma seleção que contempla inteiramente dois de seus discos, apresentações e interpretações de diversos outros artistas de suas músicas.
Temos reunidas 58 músicas, algumas se repetem, mas em interpretações diferentes.
O arquivo desta coletânea vem compactado em 4 partes, de maneira que para abri-lo, basta apenas o primeiro.
Nilson Chaves – Dança De Tudo (1981)
Elza Laranjeira – A Noite Do Meu Bem (1960)
E as férias estão chegando. Humm… não vejo a hora de por o pé na estrada e sair da rotina. Ficar pelo menos uma semana sem ter nenhuma obrigação, apenas vontades… isso é bom demais!
Antes, porém, da nossa pausa eu quero deixar tudo em ordem. Já comecei a atualizar os toques solicitados e vamos em frente pois o ‘tsunami de discos’ não pode parar.
Para hoje eu reservei este disco nota 10 da Elza Laranjeira. Lançado pela RGE em 1960, “A noite do meu bem” foi o primeiro lp desta cantora e também o que lhe rendeu mais sucesso. No álbum ela interpreta além de Dolores Duran, as dupla Evaldo Gouveia e Jair Amorim, Vinicius e Tom, Hervé Cordovil e Vicente Leporace e outros… Há também o samba ‘Podem falar” do seu marido, o também cantor Agostinho dos Santos.
Elza vem acompanhada de um côro masculino e orquestra da RGE, regida e com arranjos do mestre, o Maestro Simonetti. Um belo disco que merece ser lembrado 😉 Confiram o toque…
José Roberto – Trio (1966)
Olá, amiguinhos cultos e ocultos! Hoje o meu dia vai ser osso para mim. Por conta disso, separei uns três discos da melhor qualidade para ir ouvindo no Ipod ao longo das árduas horas de trabalho que terei pela frente. Entre os discos que vou ouvindo, escolhi este do José Roberto Bertrami como o toque do dia. Um álbum excelente de bossa jazz, raro, porém já bem divulgado na blogosfera. Quem ainda não o ouviu, não pode perder a oportunidade. Vale mesmo cada faixa.
José Roberto Bertrami vem acompanhado por Claudio Henrique Bertrami no contrabaixo e Jovito Coluna na bateria. Juntos eles dão um show de música instrumental entre temas autoriais e composições outras de Marcos Valle, Tom Jobim, Manfredo Fest, Baden e Vinicius, Adylson Godoy e Durval Ferreira.
Este álbum foi lançado pelo selo gaucho Farropilha em 1966, um dos primeiros disco do Zé Roberto. Ao longo de sua carreira ele ainda iria fazer parte do grupos A Turma da Pilantragem e o internacional Azymuth. Não deixem de conferir. Um discaço!
Lúcio Alves – Mulheres Vestidas – Por Chico De Moraes (1975)
Bom dia a todos! Hummm… Adoro manhãs de inverno ensolaradas. Hoje está pra mim 😉 E para que o dia fique ainda melhor, eu escolhi a dedo este disquinho maneiro do Lúcio Alves. Não sei se vocês conhecem, mas este álbum tem a peculiaridade de trazer em seu repertório somente músicas com nomes de mulheres. Estão reunidas aqui algumas das mais famosas melodias do nosso cancioneiro popular. Eu cheguei mesmo a pensar em fazer uma coletânea nesta linha. Quem sabe? Pode ser bacana, não é mesmo? Que tal então se vocês me ajudassem nessa tarefa? Vamos aproveitar esse mês de julho para irmos coletando músicas com nomes de mulheres. Eu vou ficar aguardando os amigos cultos e também os ocultos. Mandem para o e-mail do Toque Musical. Quando tivermos reunidas umas 100 músicas eu publico aqui no blog, ok?
Mas por enquanto, vamos saboreado a Ana Luíza, a Januária, a Ligia, a Izabela, a Risoleta, a Juaracy, a Florisbela, a Rosa, a Maria, a Dolores e a Helena, Helene, Helena… De quebra ainda vai a “Mulher” de Custódio Mesquita e Sady Cabral. Todas aqui cantadas (no bom sentido) pelo mestre Lúcio Alves.
Disco produzido por Aloysio de Oliveira, com arranjos e regências de Chico de Moraes. Confiram…
Portinho – Ritmo Das Américas (1958)
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Eu ainda não atualizei algumas postagens que me foram solicitadas, mas prometo que ainda nesta semana o farei. Bem porque, na próxima eu já estarei de férias e espero, dar uma pausa aqui no Toque Musical por uns dias.
Hoje nós iremos como o saxofonista Antonio Porto Filho, mais conhecido como Portinho. Interessante, eu pensava que Portinho fosse um apelido, pelo fato deste instrumentista ter vindo do Rio Grande do Sul. Mas realmente não tem nada a ver. Contam que ele veio trabalhar no Rio e São Paulo através do cantor Nelson Gonçalves, que o descobriu. Na segunda metade da década de 40 ele foi para o Rio de Janeiro, onde trabalhou na Rádio Tupi – Tamoio. Depois mudou-se para São Paulo onde também tocou em rádios, gravou com diversos artistas da época, fez arranjos e regeu orquestras. Seus primeiros discos, como este “Ritmos das Américas”, são recheados de ‘standards’ da música internacional e sucessos nacionais. Mas há também espaço para as suas composições. Músicas como “Beijo nos olhos”, “Folhas soltas” e “Superstição”, “Cidade grande” e “Coração apaixonado”, que constam neste lp, são músicas suas que fizeram um relativo sucesso na época. Portinho trabalhou com os mais diferentes artistas e também ajudou a lançar outros, como Claudia Barroso. Foi uma arranjador e produtor muito atuante nos anos 60, principalmente com artistas da Jovem Guarda. Vários de seus arranjos se tornaram célebres, como a impagável “Eu não sou cachorro não”, de Waldick Soriano. Seu último grande momento foi ao lado da Orquestra Jazz Sinfônica, onde foi regente convidado. Foram vários os discos gravados por ele, mesmo assim é mais fácil identificá-lo em trabalhos de outros artistas.
Como eu disse, “Ritmos das Américas” é um álbum onde ele nos apresenta uma série mista regada de samba, bolero, beguine e fox. Seu sax alto vem acompanhado de orquestra, com arranjos e direção do maestro Hector Lagna Fietta. Confiram… 🙂
Lord Astor E Seu Conjunto – É Dança (1961)
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Não é de hoje que muitos vem me pedido para postar este disco do Lord Astor, a última postagem feita pelo Loronix. Teimei um pouco em fazê-lo, mas visto que os pedidos ainda são constantes, vou então postá-lo de uma vez e acabar com a novela. Além do mais, acho que este álbum vai cair bem no domingo. Todo mundo continua dançando.
Conforme foi dito pelo Zeca, esta capa também foi usada em outro disco do Selo Imperial. O que, aliás, era uma prática comum, visto que esses títulos eram na verdade relançamento. Não sei exatamente sobre o presente lp, na verdade nunca vi outro disco do Lord Astor com este mesmo repertório. Mas é bem provável que o álbum tenha saído com outra capa. Por outro lado, me lembrando aqui, o Selo Imperial, que era da Odeon, nasceu bem no início dos anos 60, criado para vendas a domicílio. Pelo exemplar que eu tenho em mãos é possível que tenha sido um lançamento de 1961.
O certo é que se trata de um disco muito bom, feito mesmo para dançar, tendo uma seleção musical de dar gosto. Traz em suas faixas músicas nacionais e internacionais, sucessos daquele momento, que hoje se tornaram clássicos. Lord Astor e seu conjunto é mesmo um show. Confiram…
Oliveira E Seus Black Boys Em Novas Travessuras Musicais (1962)
Boa tarde, amigos cultos e ocultos! Hoje, sábado, seria um dia dedicado à coletânea, mas foi tanta confusão neste fim de semana, que eu acabei mesmo esquecendo. Não deu nem tempo de preparar uma seleção interessante, com direito a capinha e tudo mais. Daí, hoje ficamos sem coletânea, ok?
Em compensação, estou trazendo aqui um disco bacana, bem apropriado para um sábado. Trata-se de “Oliveira e Seus Black Boys”, em novas travessuras musicais. Bem sugestivo, vocês não acham? Pois é, foi um conjunto singular e dos mais agradáveis, surgido no início dos anos 60. Liderado pelo saxofonista Antonio Oliveira de Souza, o grupo foi formado em 1961 exclusivamente com músicos negros e de alta qualidade. Se não estou enganado, Dom Salvador também fez parte dos “Black Boys”.
Neste álbum, o segundo, creio eu, temos a participação da cantora Mariá, que dá um tempero todo especial. Sua voz e seu estilo caí como uma luva no instrumental dos rapazes. O repertório é delicioso, explorando os ritmos quentes do samba, cha cha cha, twist, bolero e fox… Música para festa e para dança. Recomendadíssimo para um sábado a noite. Não deixem de conferir…
Grupo Musa – Coisas Nossas (1974)
Cesar De Paula – Sambeat (2007)
Bom dia a todos! Estamos começando aqui o nosso 5º ano de toques musicais e outros áudios mais… É bom a gente as vezes lembrar isso, ‘esses áudios a mais’, porque embora o blog se chame Toque Musical, foi concebido na ideia de trazer também, além da música, outros áudios interessante, curiosos, raros e até mesmo inusitados. Aqui há espaço para a música, poesia, novelas, audiobooks e tudo mais que podemos ouvir com outros olhos. As vezes a gente acaba ficando preso a um determinado assunto e quando vê já se ‘caracterizou’. Toque Musical, aqui, é uma expressão mais ampla…
Esta introdução não tem nada a ver com a postagem que agora segue. Mas como estamos partindo para um novo ano, quero deixar isso bem claro. Bem porque, em breve, penso também em postar outros discos e gravações que não são necessariamente de música.
Hoje é sexta feira, dia do artista/disco independente. Excepcionalmente, para começar, farei duas postagens. Na primeira, vamos com “Cesar de Paula & Projeto S.A.mbalance“, que acabou de chegar na madrugada. O artista nos enviou esse trabalho, chamado “Sambeat”, para a nossa apreciação. Como a maioria de vocês, eu também estou conhecendo agora. Do pouco que eu ouvi, achei legal. Música, como ele mesmo chama, “extemporânea brasileira”, do balanço samba-jazz, bossa nova, pop, soul, maracatú… à modernidade eletrônica. Trata-se, no entanto, de um EP produzido em 2007. Agora, neste ano, ele está lançando um DVD, onde constam algumas das músicas deste CD. Quem é de Brasília deve, talvez, conhecer melhor o seu trabalho. Ele vem de lá… Vamos conferir?
Feliz Aniversário (1961)
Bom dia a todos os amigos cultos e ocultos! Hoje, dia 30 de junho estamos completando 4 anos de atividades. Como disse, não esperava chegar até aqui. Mas quando se conquista milhões de amigos, sejam eles cultos ou ocultos, não há como voltar atrás. Nos tornamos cativos, não só da ‘cachaça’, mas principalmente das pessoas a quem conquistamos. Como diz o Roberto Carlos, “são tantas as emoções”, hehehe… Felizmente estamos aqui e se o Toque Musical ainda existe é graças ao público que tem. Agradeço imensamente a todos e em especial àqueles que muito colaboraram para manter nosso estoque musical sempre em dia. Muito obrigado pela paciência, pela força e também os comentários. Esses, nunca devem faltar, pois é a melhor maneira de eu saber se não estou ou não no caminho certo.
De ontem para hoje eu acabei fazendo uma grande confusão com as postagens, daí, o dia de ontem ficou como se não tivesse tido postagem. Foi mais um vacilão meu. Cheguei tarde e cansado. Mas vamos colocando a casa em ordem. Os visitantes, convidados ou não, são sempre bem vindos. Vamos juntos soprar as quatro velinhas 😉
Para comemorar eu estou trazendo este disco, lançado pela Philips em 1961 (por coincidência, o ano em que eu nasci). Este álbum, por sinal, muito interessante, é um daqueles discos que antigamente se fazia específicamente para ser um presente de aniversário. Uma boa coletânea, com músicas temáticas, feito mesmo para marcar um momento. Temos nesta seleção musical apresentada por Aloysio de Oliveira, artistas (obviamente) do ‘cast’ da gravadora, figuras ilustres que todos nós, pelo menos por aqui, já conhecemos. A direção musical é do maestro Monteiro de Souza.
Se não me falha a memória, este álbum já foi usado também pelo Loronix em um de seus aniversários. Como a vela é de boa procedência, merece novamente ser acesa e soprada por todos nós. Vamos conferir?
Orquestra TV Sound – Temas De Novelas (1964)
Na sequência, aqui vai um compacto raro, que traz a trilha de abertura de uma antiga novela da TV Record, a trama “Renúncia”, de Roberto Freire, que na época fez muito sucesso. Contava com a estréia do galã, Francisco Cuoco, contracenando com a atriz Irina Greco (nunca mais ouvi falar dessa atriz).
A música tema era na verdade uma composição de Elmer Bernstein, chamada “Progress”, executada pela Orquestra TV Sound, da TV Record, tendo como arranjador e regente o maestro Ciro Pereira. Do outro lado do compacto, que é simples, temos outro tema, “Inspetor Burke” (Burke’s law), de Herschel Gilbert. Este aí fazia parte de algum seriado, suponho… não me lembro… não tenho nem cabeça para sair procurando informação. Desculpem, esgotei… Boa noite! Zzzz….

