Dick Farney – No Waldorf (1960)
Boa noite, prezados amigos cultos e ocultos! Segue aqui mais um grande disco, mais um álbum do Dick Farney. Por certo, entre os garimpeiros, esta é uma pedra já bem tocada. Muitos blogs e outras fontes já o divulgaram em outras épocas. Para que a chama não se apague, vou dar a minha colaboração por seis meses. Depois, não adianta pedir reposição. Como sempre digo, a fila anda…
Segue assim, “Dick Farney no Waldorf”, um álbum que reúne uma série de músicas apresentadas por ele em sua temporada no famoso hotel Waldorf Astoria, de New York City. São dez músicas, um repertório, claro, de clássicos do jazz. Mas cabe também a belíssima “Não Tem Solução”, música de Dorival Caymmi e Carlos Guinle. E ainda “Waldorf Blues”, do próprio Dick Farney. Sem dúvida, um excelente disco!
Quem gosta de Dick Farney, fique atento. Segunda é dia dele no “Grand Record Brazil”, com a sempre completa resenha do nosso amigo Samuel Machado Filho. Fiquem ligados!
Ed Lincoln – Orgão E Piano Elétrico (1967)
Olá amiguíssimos, cultos e ocultos! Hoje vamos de Ed Lincoln, em um álbum bem ‘na onda’, com se dizia naquele tempo, naqueles anos 60. “Ed Lincoln – Orgão e Piano Elétrico” é um de seus discos que eu mais gosto. Isso, muito pelo fato de que neste álbum, quem lhe deu o formato foi o José Roberto Bertrami, grande músico, que além de cuidar dos arranjos, dizem, também tocou muito neste trabalho. Eis aí um disco bacana, pop e muito bem feito. Podemos dizer que se trata de um dos precursores do estilo ‘samba-rock’. Não sei porque ninguém ainda não pensou em relançá-lo em uma nova edição. Bem que merecia, em cd e vinil. Eu compraria um, só para fazer companhia para o original. Destaque para todas, mas “Saci Pererê” faz a cabeça 😉 Muito bom, confiram…
Tito Madi – A Saudade Mata A Gente (1958)
Conjunto 3D – Tema 3D (1964)
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Virando a direção de nosso barco, vamos agora percorrer outros mares. Se nada me atrapalhar, pretendo nesta semana postar alguns discos que sempre ficaram para trás, talvez esperando a badalação passar. Como vocês já devem saber, eu não gosto de ficar postando o que já tem em outras fontes, outros blogs… Mas também não vou me negar ao direito de postar aquilo que realmente fez do Toque Musical o blog que é, música de qualidade, raridades e curiosidades!
Finalmente, temos aqui o disco “Tema 3D”, álbum raríssimo, nunca relançado em cd ou mesmo na versão vinil. Um disco que faz a alegria de qualquer colecionador de vinil e levanta a moral de um blogueiro como eu. Este álbum eu já o encontrei nas feiras sendo vendido a 400 pratas! Muito por conta da sua falta de reedição. É, sem dúvida, um excelente trabalho e que merece sempre o destaque. O conjunto 3D surgiu em 1964, do encontro de três grandes músicos: Antônio Adolfo, Rubens Bassini e o argentino Cacho. Eles iniciaram tocando na boate “Little Club”, onde faziam uma bossa-jazz no agrado. Foram logo contratados pela RCA Victor onde lançaram este delicioso lp. Curiosamente, alguns chamam o 3D de conjunto, outros de trio, mas isso é lá a mesma coisa, convenhamos… Eram realmente um trio, mas ao gravarem este disco podemos dizer que viraram um conjunto, pois nas gravações aparecem ainda Arísio, no violão e Claudinho, no piston. E ainda teve a participação maior do baterista Dom Um Romão, que toca em cinco das faixas.
O 3D depois de estrear com este disco viria a lançar, creio eu, mais uns três ou quatro lps, um em 65, com ilustres convidados, outro com a Beth Carvalho e Eduardo Conde, em 67 e no ano seguinte um ao vivo com a cantora Eliana Pittman, em 68, mas já nessa altura com outra foramção, tendo apenas o Antonio Adolfo, que também já estava pensando em outros vôos… Confiram logo, porque aqui não tem mais reposição, ok?
Trio De Ouro – Seleção 78 RPM Do Toque Musical Vol. 101 (2014)
Ultrapassando a barreira das 100 edições , o Grand Record Brazil chega justamente à centésima-primeira. E, para abrilhantá-la em grande estilo, eis aqui um dos grupos vocais mais queridos e populares de nossa música popular: o Trio de Ouro. A história do trio começa em 1932, ocasião em que Herivelto Martins e Francisco Sena faziam parte do Conjunto Tupi, de J. B. de Carvalho, e ao mesmo tempo formaram a Dupla do Preto e do Branco. Com a morte prematura de Sena, em 1935, Herivelto reorganiza a dupla, agora com Nilo Chagas. No ano seguinte, Herivelto conhece Dalva de Oliveira, e esta, a seu convite, passa cantar junto com o duo. Inicialmente conhecidos como Dalva de Oliveira e Dupla Preto e Branco, foram depois rebatizados como Trio de Ouro. O grupo estreou em gravações na Victor, em 1937, interpretando “Ceci e Peri” e “Itaquari”. Nessa ocasião, Herivelto e Dalva se casam, e dão a seu primeiro filho o nome de Pery (o excelente cantor Pery Ribeiro), tirado justamente da marchinha “Ceci e Peri” (se fosse menina, claro, seria Ceci, conforme combinado com os ouvintes de rádio). O Trio de Ouro, em sua primeira fase, deixou um acervo de mais de 50 gravações, a maioria na Odeon, com passagem também pela Columbia, futura Continental, repertório esse de grande valor artístico, sem as exigências comerciais que se registrariam tempos depois. Entretanto, o grupo se desfez em 1949, com a ruidosa separação de Dalva de Oliveira e Herivelto Martins. Um ano mais tarde, o Trio de Ouro retoma suas atividades, ainda com Nilo Chagas (já com as relações bastante estremecidas com Herivelto) e, agora, com Noemi Cavalcanti, descoberta por Príncipe Pretinho, que a ouvira no programa de César de Alencar, na Rádio Nacional, levada pelo também compositor Raul Sampaio, capixaba de Cachoeiro de Itapemirim. Ele desempenhou papel decisivo para que o trio não acabasse de vez com a retirada de Dalva, e tem mais de 250 músicas gravadas como autor, entre elas clássicos como “Eu chorarei amanhã”, “Nono mandamento” e “Meu pequeno Cachoeiro” (que seu conterrâneo Roberto Carlos converteu em hit nacional, em 1970). O primeiro disco dessa segunda formação, lançado em agosto de 1950, trouxe o samba “A Bahia te espera” e o samba-canção “Caminho certo”. Essa fase, porém, dura pouco, pois, no começo de 1952, Nilo Chagas e Noemi Cavalcanti abandonam Herivelto Martins em definitivo, deixando um saldo artístico de 15 discos gravados, todos pela RCA Victor. Uma noite, Herivelto Martins e Raul Sampaio foram à casa de Nélson Gonçalves, a fim de entregar uma nova composição de Herivelto para o “metralha do gogó de ouro” gravar. É quando a então mulher de Nélson, Lourdinha Bittencourt, se oferece para cantar no Trio de Ouro. Assim começa a terceira fase do grupo vocal, com Lourdinha, Herivelto e Raul. O primeiro disco do novo trio sai pela RCA Victor em agosto de 1952, trazendo uma regravação do clássico “Ave-Maria no Morro”, e o bolero “Se a saudade falasse” (este último aqui incluído). Aqui, já se registra, de forma mais acentuada, a necessidade de sucesso imediato, e até versões como “Índia”, “Luzes da ribalta” (ambas nesta seleção) e “Vaya com Diós” são gravadas pelo trio, atendendo a interesses comerciais, mas o grupo nunca deixou de cultivar nossas origens. Nessa fase, o Trio de Ouro gravou 32 discos em 78 rpm, quase todos pela RCA Victor, e a formação duraria bem mais tempo: até 1979,com o falecimento de Lourdinha Bittencourt. Contudo, para matar as saudades de seus fãs, Herivelto e Raul continuaram a recompor o Trio de Ouro em ocasiões especiais, com a colaboração da excelente cantora Shirley Dom. A morte de Herivelto Martins, em 1992, encerraria definitivamente a longa trajetória do Trio de Ouro. Trajetória esta que agora o GRB revive, apresentando 13 gravações de suas três fases (principalmente da primeira, com Herivelto, Dalva de Oliveira e Nilo Chagas), sempre se mantendo em alto nível artístico. A seleção abre com uma gravação da terceira fase, a conhecidíssima guarânia paraguaia “Índia”,de José Asunción Flores e Manuel Ortiz Guerrero, em versão de José Fortuna. Como todos sabem, este foi um dos carros-chefes da dupla Cascatinha e Inhana, que lançou a versão com êxito arrebatador em 1952. Aqui, a gravação do terceiro Trio de Ouro, na RCA Victor, datada de 13 de março de 1953, e lançada em maio seguinte com o número 80-1120-A, matriz BE3VB-0045. Pulamos depois para a primeira fase, com o batuque “Lamento negro”, de Constantino “Secundino” Silva e Humberto Porto (este falecido prematuramente, em 1943, aos 35 anos), lançado pela Columbia em maio de 1941, sob número 55270-B, matriz 385. Lourdinha Bittencourt e Raul Sampaio voltam a cantar com Herivelto na faixa seguinte, “Luzes da ribalta” (“Limelight”), de Charles Chaplin, do filme de mesmo nome, o último em que ele interpretou Carlitos, só lançado nos EUA em 1972, uma vez que o comediante estava na lista negra do macartismo. A versão de Antônio Almeida e João de Barro, o Braguinha, teve inúmeros registros, e o do Trio de Ouro, na RCA Victor, em ritmo de bolero, é de 14 de agosto de 1953, lançada em outubro seguinte com o número 80-1216-A, matriz BE3VB-0239. Já do final da primeira fase do trio é a marchinha “Minueto”, sucesso do carnaval de 1948. De autoria de Herivelto Martins e Benedito Lacerda, é gravação Odeon de 27 de novembro de 47, lançada um mês antes dos festejos momescos, em janeiro, disco 12830-A,matriz 8299. Dessa fase também é o samba “Calado venci”, que, segundo o próprio Herivelto Martins, foi a única parceria dele com Ataulfo Alves. É do carnaval de 1947, gravado na Odeon em 6 de dezembro de46, lançada bem em cima da folia, em fevereiro, sob número 12758-B, matriz 8145. Waldemar de Abreu, o Dunga, e Mário Rossi assinam o samba “Fantasia”, que o Trio de Ouro grava na “marca do templo” em 2 de outubro de 1945 e é lançado em novembro do mesmo ano com o número 12644-A,matriz 7915. Lauro “Gradim” dos Santos e Príncipe Pretinho vêm em seguida com outro samba, “Sorri”, para o carnaval de 1941, que o trio grava na Columbia em 11 de novembro de 1940, com lançamento ainda em dezembro, disco 55252-B, matriz 343. “Adeus, Estácio”,outro samba, é de Benedito Lacerda e Gastão Viana,para o carnaval de 1939, numa gravação Odeon do primeiro Trio de Ouro, feita em 8 de dezembro de 38 e lançada bem em cima da folia momesca, em fevereiro, disco 11696-B, matriz 5989. Da terceira fase do grupo é a regravação, em ritmo de baião, do samba-canção “Um caboclo apaixonado”, da parceria Herivelto Martins-Benedito Lacerda, originalmente lançado em 1936 por Sílvio Caldas. Herivelto, Raul Sampaio e Lourdinha Bittencourt o reviveram na RCA Victor em 13 de março de 1953, com lançamento em maio do mesmo ano, disco 80-1120-B, matriz BE3VB-0046. Voltando à primeira fase, temos o interessante samba-crônica “Bom dia, Avenida”, dando boas vindas à Avenida Rio Branco, antiga Central, como novo palco dos desfiles das escolas de samba cariocas, em substituição à Praça Onze de Junho, demolida para dar lugar a outra avenida, a Presidente Vargas (nem se sonhava com o atual Sambódromo da Rua Marquês de Sapucaí!). De autoria de Herivelto Martins e do ator Grande Otelo (Sebastião Bernardes de Souza Prata), que também fizeram pouco antes o clássico “Praça Onze” (glosando tal demolição), foi gravado pelo trio na Odeon em 23 de novembro de 1943, sendo lançado um mês antes do carnaval de 44, janeiro, disco 12406-B, matriz 7425. Voltando à terceira fase, temos outro samba de Herivelto, agora em parceria com David Nasser: “Maria Loura”, gravação RCA Victor de 14 de agosto de 1953, lançada em outubro seguinte com o número 80-1216-B, matriz BE3VB-0240. Da segunda fase do trio (Herivelto, Nilo Chagas e Noemi Cavalcanti) é a penúltima faixa, o samba-canção “Vingança”, de Lupicínio Rodrigues, gravado na mesmíssima RCA Victor em 10 de abril de 1951, e lançado em junho do mesmo ano, disco 80-0776-B, matriz S-092932. Este registro original, porém, passou em branco, pois, como todos sabem, “Vingança” só fez sucesso meses mais tarde, na interpretação de Linda Batista, que o tornou um clássico, sendo talvez o maior de todos os hits de Lupicínio como autor (com os direitos autorais da música, ele até comprou um carro que apelidou de “Vingança”!). Foi inspirado numa mulher com quem Lupi viveu seis anos, e a quem ele abandonou ao descobrir que ela o traía (quando ela tentou uma reconciliação, Lupi compôs “Nunca”, hit de Dircinha Batista, irmã de Linda, um ano mais tarde). Encerrando esta seleção do GRB, temos justamente o lado A do primeiro disco da terceira fase do Trio de Ouro, o RCA Victor 80-0957, do qual falamos lá atrás: o bolero “Se a saudade falasse”, de Herivelto sem parceiro, gravação de 11 de junho de 1952, lançada em agosto do mesmo ano, matriz SB-093321. Uma seleção que traz aos amigos cultos, ocultos e associados do GRB e do TM um pouco da trajetória do Trio de Ouro, que, durante todos esses anos, sempre fez por merecer seu nome. Ouçam e confirmem!
* Texto de Samuel Machado Filho
Tânia Braz – Mistura Pura (1992)
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Chegamos aqui a mais uma postagem dedicada aos artistas do meu bairro, quero dizer, da minha cidade de Belo Horizonte 🙂 Trago agora para vocês a cantora e compositora Tânia Braz, uma artista que se estivesse vivendo no Rio ou em São Paulo, certamente estaria por aí fazendo o maior sucesso. De formação acadêmica, iniciou sua jornada artística no renomado coral da UFMG, o Ars Nova. Formada em Arquitetura, acabou se ‘bandeando’ para a música onde também se graduou em composição e orquestração na Escola de Música da UFMG. Estudou canto lírico, teatro e dança, sendo assim uma artista bem completa. Sempre esteve envolvida em projetos culturais da cidade, principalmente na década de 90, quando então teve a oportunidade de gravar este que foi o seu primeiro disco. Tânia Braz é mesmo uma artista e tanto, mostrando sua arte em diversos e diferentes espetáculos. Passou pela música espanhola e latino americana com seu grupo “Agny”, com o qual realizou diversas apresentações em Belo Horizonte. Trabalhou também com o grupo Uakti e foi vocalista e compositora no grupo de rock progressivo “Arion” com quem gravou um cd , voltado principalmente para o mercado internacional. O disco foi distribuído pela gravadora Rock Symphony/Musea e Tânia consagrada como uma das melhores cantoras de progressivo no mundo em 2001.
“Mistura Pura”, seu primeiro disco solo, é um lp muito interessante, onde Tânia nos apresenta suas boas composições e também interpreta com estilo outras, como “Gracias a la vida”, de Violeta Parra; “La vien rose”, de Edith Piaf; “Don’t cry for me Argentina”, da obra “Evita”, de Andrew Lloyd Weber.
Tânia passeia bem por todos os gêneros que se envolve. Ao longo desse tempo ela gravou, pelo menos, mais uns dois cds. Eu não os conheço, mas acredito que sejam tão bons quanto este. 😉
Geninho Lima – Vida Belvedere Blues (1990)
Amigos cultos e ocultos, boa noite! Continuando a mostra dos artistas e conjuntos mineiros, segue aqui mais um. Desta vez eu apresento a vocês, Geninho Lima, um guitarrista e violonista que foi destaque nos anos 80 na música feita em Minas Gerais. Pelo pouco que eu sei, ele gravou uns três disco solo e esteve presente em gravações de outros artistas. Há tempos ele anda sumido, não sei se ainda continua produzindo. O que se encontra de informação é somente através de suas músicas, publicadas no Youtube. Quem sabe, uma hora dessas alguém, ou ele próprio, apareça por aqui esclarecendo um pouco mais as coisas?
“Vida Belvedere Blues”, creio eu , foi o seu terceiro disco, produção independente de 1990. Um álbum de capa dupla, bem produzido e um repertório autoral acima da média. O disco foi gravado no Estúdio JG, do baterista João Guimarães, que também marca presença no disco ao lado de outras feras como Mário Castelo e Gilberto Diniz (Agência Tass), Reginaldo Silva (Kamikaze), Marcos Gauguin (Sgt. Pepper’s Band), Carlos Ivan e Fernando Chico. Um bom disco, podem conferir…
Edição Extra – Tudo Trocado (1987)
Olá amiguíssimos cultos e ocultos! Na sequência das postagens dos grupos de Beagá, eu escolhi para hoje um disco que não me desse trabalho. Rápido de digitalizar, pois se trata de um EP, um disco com apenas quatro faixas, porém para contrariar as minhas expectativas, trata-se de uma banda totalmente desconhecida, inclusive em pesquisas no Google. Eu como não tenho tempo a perder, nem vou correr atrás de informação. Esta, por certo, uma hora aparece. Sempre tem alguém que conhece, que sabe alguma coisa… quando não, até mesmo os próprios artistas. Por onde será que anda essa moçada hoje em dia?
A música do Edição Extra reflete bem a atmosfera dos anos 80, porém eu imagino que eles não decolaram por conta da sua música, que ao meu ver (e ouvir) fica numa indecisão entre pop, rock… meio que rebuscado, sei lá… acho que faltou uma pega, um refrão… Talvez ao vivo a música do Edição Extra funcionasse melhor. Independente de qualquer coisa, penso que a banda merece uma segunda chance, por isso é que ela está aqui. Faz parte da história da música jovem feita em Minas. Querem conhecer?
Fernando Rodrigues – Tocar E Ser Livre (1984)
Olá meus prezados, cultos e ocultos! Eis que acho uma hora aqui para a nossa postagem. Esta, em especial, eu estava segurando, tentando conseguir informações sobre o artista. “Tocar e ser livre” foi o único disco do compositor mineiro Fernando Rodrigues. Na verdade um álbum póstumo, lançado, acredito eu, em 1984. Do pouco que sei, Fernando Rodrigues era um músico promissor. Tocou e gravou com diferentes artistas nacionais. Neste lp podemos ouvi-lo tocando ao lado de Afonsinho, Alexandre Lopes, Calos Bala, Claudio Venturini, João Guimarães, Lincoln Cheib, Luiz Avelar, Marcus Viana, Nico Assumpção, Telo Borges… Putz, é gente que não acaba mais… Tá tudo aí, na capa!
Esta postagem, por hora, fica assim. Por certo, algum dos amigos cultos virá complementar as informações, trazendo um pouco de luz e lembranças deste jovem artista que nos deixou prematuramente.
Eugênio Brito – Trilha Mineira (1991)
Olá amigos cultos e ocultos! Eu pensei que iria ficar mais folgado a partir deste mês, tendo assim mais tempo para me dedicar às postagens, mas realmente está difícil. Morreu o Jair Rodrigues, teve o Dia das Mães… e eu acabei não prestando as minhas homenagens. Podia até fazê-las agora, porém ainda estou na dívida com a ‘minerada’. Vou continuar nesta semana apresentando a música que vem de Minas.
Para hoje eu trago esta produção independente do compositor Eugênio Brito, lançada em 1991 pela editora Letra & Música e gravado na Bemol. Este álbum é resultado da premiação de Eugênio Brito no 1º Festival de Música da Cidade de Vespasiano, realizado em 1990. Neste festival, produzido também pela Letra & Música, Eugênio faturou o primeiro lugar com a canção “Trilha Mineira” e teve também outra música, “Giramundo”, classificada entre as oito finalistas. O lp saiu no ano seguinte, sendo produzido pelo próprio artista e contando com a participação de outros grandes nomes da música mineira, como Maurício Tizumba, Fernando Rodrigues e outros. André Dequech e Renato Mota, que também tocam nas faixas, são os responsáveis pelos arranjos. Por aí já dá para sentir as qualidades deste trabalho. Confiram!
Maysa – Seleção 78 RPM Do Toque Musical Vol. 100 (2014)
Agência Tass – Vida Clip (1989)
Olá amigos cultos e ocultos! Conforme eu havia dito, nesta semana, irei postando um pouco da produção feita aqui na cidade. Até à década de oitenta a produção musical em Belo Horizonte era muito própria e característica, o que talvez dificultasse sua penetração no mercado fonográfico nacional. Poucos eram aqueles que se destacavam e isso não é por falta de competência, pois qualidade musical e talento, aqui nunca faltou. Faltou talvez uma produção mais afinada com o cenário comercial da época e um vôo mais dedicado por conta dos artistas. O problema é que mineiro quer ser antes de artista, músico e nem sempre está disposto a entrar no ‘esquemão’, ou abrir mão do seu pão de queijo e suas montanhas. Um bom exemplo é o Agência Tass, formado na década de 80 por um grupo de jovens talentosos, músicos que também tocavam com os ‘peixes grandes’ como Milton Nascimento e a turma do Clube da Esquina. O Agência Tass trazia em sua formação os músicos Alexandre Lopes e Eduardo Guimarães na guitarra, Gilberto Diniz (Giló) no baixo e Mário Castelo na bateria. Curiosamente, neste que foi o único disco da banda, o nome de Eduardo Guimarães, ou Eduardo Toledo, como passou a se chamar em carreira solo, só aparece neste disco como participante. Nos destaques e na foto da capa só aparecem os outros três músicos. Creio que quando este disco foi gravado, em 1986, Eduardo ainda não era efetivo da banda, embora conste em outras fontes que ele foi um dos fundadores do grupo e algumas das músicas deste lp são de sua autoria. “Vida Clip” foi outro disco gravado no estúdio do baterista João Guimarães (do Kamikaze) e lançado pelo selo RGE. O álbum, mesmo com a chancela de uma grande gravadora, não decolou para além da montanhas de Minas. As músicas eram boas, mas faltava um pouco mais de fermento e aquele velho refrão que sempre faz a coisa grudar no ouvido. Nem “Proibido Proibir”, de Caetano Veloso conseguiu segurar. Pessoalmente e como bom mineiro, só tenho elogios para essa turma. Gostava mais das apresentações ao vivo. Bons tempos, apesar dos pesares…
Serpente (1985)

Olá amigos cultos e ocultos, boa noite! Para esta semana eu resolvi reunir aqui algumas coisas do ‘bairro’. Ou melhor dizendo, alguns discos dos diferentes ‘clubes de esquina’ que temos nessa Belô. As vezes é bom tirar a poeira, ressuscitar os mortos e os esquecidos, assim como dar luz a prata da casa. Tem muita coisa interessante que merece ser lembrada. Vou começando por essa que foi, com certeza a mais ‘descolada’ banda de rock da cidade: Serpente. Um grupo que tinha tudo para decolar, não fosse as montanhas de Minas que os impediam de serem vistos e ouvidos como as diversas bandas que surgiam no país naqueles anos 80. No meu entendimento, faltou a eles um bom produtor, ou mais ainda, uma gravadora. A banda surgiu em 82, formada por Kêta (vocal) e Dida (baixo). O Serpente fazia sucesso por onde passava. Tinham aquela essência do bom rock’n’roll. Para ser mais exato, os caras se incorporavam na melhor banda da Terra, os Rolling Stones, ao lado dos Beatles, claro 😉 Traziam aquela atitude da dupla Jagger e Richards, sem serem caricatos. Tocaram muito nas noitadas de Beagá, nas Calouradas da Puc e Ufmg. Outro grande barato do Serpente era que os caras se empenhavam em criar músicas próprias. Seu grande ‘hit’ foi “Poe na roda”, um rock com todos os ingredientes ‘stoneanos’ e uma letra na medida, mensagem simples e direta, como convém ao estilo. Outra música que também merece destaque é “Dia louco”. Esta talvez, seja aquela com maior apelo comercial, uma música que bem produzida e com outros arranjos, estaria agora figurando entre os sucessos da música pop nacional dos anos 80. Em 1985 eles gravaram este EP no estúdio do João Guimarães, baterista de outra saudosa banda, o Kamikaze. O disco foi uma produção independente, o que quer dizer que o número de cópias também não grande. Hoje o lp se tornou uma raridade, peça procuradíssima por colecionadores, inclusive estrangeiros. Este vinil é uma peça importante da história do rock em Belo Horizonte. Ah, eu já ia me esquecendo… O grupo Serpente foi o embrião da banda mais que cover, mais que over dos Stones, a carismática ‘It’s Only Rolling Stones’. Sem bairrismo, a melhor banda de Rolling Stones do Brasil 😉
Para aqueles mais ‘antenados’ no ‘rock tupiniquim’, interessados em saber um pouco mais da história do grupo Serpente e do It’s Only Rolling Stones, eu sugiro assistirem documentário “Vinte Anos na Estrada do Rock”, de Flávia Barbalho. Demorei com este disco, mas agora já estou pondo na roda, valeu? 😉
Jackson Do Pandeiro – Seleção 78 RPM Do Toque Musical Vol. 99 (2014)
Ritmos E Melodias Na Música Popular – Música Da Juventude (1966)

Sui Generis (1979)
Olá amigos cultos e ocultos! Depois do passeio de Taxi eu me lembrei de outro disco que tenho aqui. Um álbum que, pela capa, me fez pensar que se tratava de uma banda de rock. Com essa pinta toda, eu sinceramente, fui na onda… Mas para um olhar mais atento, um ouvido ainda surdo, basta ler a lista das músicas. O repertório é quase todo de músicas internacionais e ao contrário do que eu esperava, só tem música de discoteca. Aqueles temas dançantes tipo Bee Gees, a la John Travolta e por aí a fora… Embora não seja exatamente um tipo de música que eu aprecio, não posso negar as qualidades dessa produção e de seus músicos que, seja lá como for, rezaram a missa direitinho.
Fui procurar informaçoes sobre essa banda, o que de uma certa forma não foi fácil de achar. Descobri apenas que os caras vieram de Natal, no Rio Grande do Norte. Ao que parece, o Sui Generis já existia desde o início dos anos 70, fazendo bailes na Capital. Em 1978 eles chegaram a São Paulo e certamente, loucos para gravar. Sendo um grupo de bons músicos, buscando um lugar ao sol, não pensaram duas vezes antes de encarar esse projeto. Infelizmente, nessa época, nem sempre era o artista quem escolhia o repertório. As vezes, toda a produção ficava por conta da gravadora. Este álbum, me parce, foi algo assim. O Sui Generis, ao que parece, gravou apenas este disco. A banda se desfez nos anos 80 com a saída do tecladista Romário Peixoto que voltou para Natal. Parece que ele depois disso tentou voltar com o Sui Generis em sua terra, com outra formação, mas os tempos eram outros… E tudo acabou se transformando em forró…
Taxi – Dois Em Um (2014)
Eduardo Assad – Chanson Pour Anne (1983)
Olá amigos cultos e ocultos! Passado o mês de abril quase fechado, sem muitas postagens, volto agora, retomando as publicações. Embora com um arsenal dos mais variados em termos de discos, com os mais diferentes títulos e gêneros, fico ainda assim sem saber por onde começar. Por outro lado, há também uma constante preocupação diante as novas medidas surgidas com o Marco Zero da Internet. Ainda não sei bem ao certo como anda isso, mas creio que em breve, na melhor das hipóteses, teremos que nos adaptar as novas condições para não fechar de vez.
Hoje, Dia do Trabalho, eu deveria postar aqui algo condizente, mas sinceramente, ando numa preguiça de dar gosto a baiano. Vou lançar mão daquilo que está bem próximo, os ‘discos de gaveta’. Vamos com este lp do pianista compositor e arranjador paulista, Eduardo Assad. Um álbum com um repertório misto, entre temas da música clássica e popular, alguns inclusive autoriais, do próprio Assad. Ele vem acompanhado por orquestra e coro, sob sua regência. Eduardo Assad, para os que não sabem, foi um músico muito atuante nos anos 60 e 70. Nos anos 80 se dedicou as adaptações de temas românticos e instrumentais. De formação erudita, mas acabou mesmo se enveredando pelo lado da música popular, onde veio a trabalhar com diversos artistas, principalmente da Jovem Guarda. Acompanhou por um bom tempo o Ronnie Von com a banda dos Menestréis, posteriormente chamada de B-612. Morreu novo, em 1990, aos 40 anos. Era diretor artístico da Rádio América, de São Paulo. Em 1989 ele recebeu o Prêmio Sharp como melhor arranjador na categoria de música popular. Gravou poucos discos, mas esteve envolvido em muitos projetos, o que lhe garante aquela estrela no céu dos artistas da Música Brasileira.
Heitor Villa-Lobos – Os Choros De Câmara (1977)

Olá amiguíssimos cultos e ocultos! Como já deu para perceber, nos últimos dias nós não tivemos postagens. O tempo anda curto para mim. Deixa esse abril passar, logo estarei mais presente. Disco é o que não falta 😉
Para manter acesa a chama, vai aqui um disquinho que deveria ter sido postado na Semana Santa, por ser um tipo de música mais apropriado para o momento, calma e tranquila. Mas eu realmente não achei um tempinho, por isso vai hoje e agora, nesses cinco minutinhos que me restam de folga.
Segue aqui um álbum do excelente selo Kuarup. Um disco realmente de primeira, trazendo “Os Choros de Câmara”, de Villa-Lobos em sua primeira gravação completa. Este álbum foi gravado em 1977, segundo consta na contracapa. Foi produzido originalmente para ser um brinde do Banco do Brasil no exterior, depois, mais tarde viria a ser lançado pela Kuarup.
Segundo nos contam os pesquisadores da música no Brasil, o Choro era um gênero de música instrumental urbano já bem popular, no fim do século XIX. Heitor Villa-Lobos em seus estudos musicais, ainda na infância, já mantinha contato com este tipo de música, contrariando, de uma certa forma, o rigor e formalidade da música chamada “erudita”, ou ainda, aquela na qual a sua classe social estava inserida. Villa-Lobos teve assim a oportunidade de vivenciar a música popular e dela absorver elementos fundamentais que o transformaria num dos nomes mais importante da música brasileira. Complementando um pouco mais, segue aqui um trecho de um artigo sobre Estilos Populares na Música de Câmara Brasileira, publicado no site Portal do Fagote, assinado por Janet Grice: A palavra choro significa, literalmente, chorar, e os intérpretes de choro são chamados “Chorões”. No entanto, a palavra se aplica às peças mais lentas e sentimentais, os choros-canções, mas muitas peças assim denominadas são rápidas e muito sincopadas, mais semelhantes a um samba do que a uma serenata. Em algumas fontes, pode-se encontrar que a origem da palavra “choro” derivaria de uma forma de música e dança africana chamada xolo, termo que, posteriormente, teria passado a ser escrito choro. Um conjunto tradicional de choro pode incluir instrumentos solistas de sopro, como a flauta, clarineta ou saxofone, acompanhados de violão ou outro instrumento de corda como o bandolim e o cavaquinho e o pandeiro. O termo “choro” também se refere ao repertório musical executado por esses conjuntos: danças e serenatas de origem européia que foram tocadas em festividades populares. Num choro, a linha do baixo é improvisada como um contraponto à melodia, que sofre variações a cada repetição. A improvisação típica toma a forma de variações melódicas e da criação de contrapontos entre os instrumentos do conjunto, ao contrário do jazz, onde existe a modificação da estrutura harmônica. A forma de um choro típico é uma estrutura simples de rondó consistindo em três seções de 16 compassos em tonalidades distintas, mas relacionadas. A estrutura harmônica é similar à da modinha, uma antiga canção portuguesa popular no Brasil desde a época colonial. Fagotistas familiarizados com as 16 Valsas para Fagote Solo de Francisco Mignone conhecem as melodias sentimentais e obsedantes que ele escreveu baseado em elementos da valsa, da modinha e do choro. Como Mignone, tanto Villa-Lobos como Lorenzo Fernandez captaram a essência do choro sem aderir à forma tradicional. No século XX, o choro se transformou num estilo de música e dança bem-comportado e popular, relacionado intimamente com as danças tipicamente urbanas, como o maxixe e o samba. Forma primitiva do samba, o maxixe era incrivelmente popular como uma dança e uma forma de canção no final do século XIX. Tendo recebido esse nome pela maneira de dançar a polca arrastando os pés e remexendo os quadris, tratava-se de uma dança vigorosa em compasso 2/4 que incorporava elementos africanos, hispano-americanos e europeus.
Orquestra Som Bateau – Ataca De Nostalgia (1975)
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Sobrou um tempinho, olha eu aqui de novo. E hoje trazendo mais um disco da Orquestra Som Bateau. Desta vez ela vem trazendo um bocado de sucessos dos anos 50 e 60 em forma de ‘medley’, ou como eu sempre falo aqui, o `pot-pourri’. Ao contrário dos outros álbuns, neste a Orquestra Som Bateau traz também um côro, ou seja, não se limita apenas ao instrumental. Os arranjos são do Azimuth José Roberto Bertram, que também dá seu toque nas interpretações. Um disco realmente interessante, vale uma conferida 😉
Nelson Gonçalves – Sambas E Boleros (1961)
Olá amigos cultos e ocultos! Olha eu metendo a mão nos ‘discos de gaveta’ novamente para tentar salvar o dia. Aqui vai para vocês um Nelson Gonçalves, mais batido que uma ‘carreirinha’, mas sempre muito bem vindo (hehehe…). Este álbum, assim como quase toda a discografia de Nelson, já foi bem divulgado em blogs e outras fontes. Também já foi relançado em vinil nos anos 80 e depois em cd. Quer dizer, o que estou fazendo aqui é apenas chover no molhado. Mas quando a chuva é boa a gente deixa cair, não é mesmo? Segue então, “Sambas e Boleros”, álbum originalmente lançado em 1961 e traz doze composições, sendo a maioria do próprio Nelson Gonçalves em parceria com Adelino Moreira.
Compositores Brasileiros Contemporâneos – 13. Festival de Inverno da UFMG (1986)
Jackson Do Pandeiro – Seleção 78 RPM Do Toque Musical Vol. 98 (2014)
Egberto Gismonti – Sonho 70 (1970)
Olá amigos cultos e ocultos! Na puxada de discos da minha gaveta, outro lp que veio a mão foi o “Sonho 70”, segundo álbum lançado por Egberto Gismonti, em 1970. Este é mais um daqueles discos que ficou na gaveta pelo fato de ter sido bastante divulgado, diversos outros blogs já o haviam postado. Daí não vi muito sentido postá-lo também. Porém, devido a minha total falta de tempo para o blog,tenho que acabar investindo nos “discos de gaveta”. Este, talvez, tenha sido o último disco de Egberto antes de entrar de vez numa viagem experimental, voltando-se quase exclusivamente para as composições instrumentais e pesquisas com os mais diferentes instrumentos. “Sonho 70” foi lançado em 1970. Uma produção de Roberto Menescal, que deu ao artista toda a liberdade de criação. Egberto também é o responsável pelos arranjos e a orquestração. No álbum, ele também conta com a participação especial de Dulce Nunes, que na época já era sua esposa. A música de estaque é a que dá nome ao disco, “Sonho”, compoisção que concorreu ao III Festival Internacional da Canção, promovido pela TV Globo em 69. Este disco teve uma reedição em 1976, saíndo pelo selo Fontana. O original saiu pelo Polydor.
Trio Irakitan – Canta O Sucesso (1969)
Boa noite amigos cultos e ocultos! Lá vou eu de novo recorrer aos meus “discos de gaveta”, pois o resto da noite eu vou passar numa festa. Mas para não deixar o fluxo de postagem tão espaçado, vou marcando presença aqui. Numa escolha sortida, o que veio para hoje é este disco do Trio Irakitan. Pode parecer estranho, mas eu nunca ouvi este disco direito, só mesmo no momento de sua digitalização. Sinceramente, não é dos meus melhores, em termos de repertório. Um misto romântico bem ‘italianado’, pode-se dizer que boa parte do disco são de versões da canção italiana. Confiram daí, que eu de cá vou tomar um banho. A ‘night’ me espera!
Márcio Montarroyos – Carioca (1983)
Olá amigos cultos e ocultos! Na brecha do meu tempo, aqui vai o disco do dia (ou da noite, se preferirem). Vamos com o saudoso trumpetista Márcio Montarroyos, em disco lançado em 1983. Um álbum nota dez para quem gosta de música moderna instrumental. Fazendo juz à sua ilustre e talentosa figura, Márcio vem acompanhado pela nata do momento, músicos renomados, time de primeiríssima! Djalma Corrêa, Leo Gandelman, Jamil Jones, Victor Biglione, Ivan Conti, Ricardo Silveira, Arthur Maia, Lincoln Olivetti, Celso Fonceca… putz, a turma é grande, tem mais uns tantos… mas por aí já dá para sentir o clima. O disco foi gravado no Rio de Janeiro e finalizado em Nova York.
Albertinho Fortuna – Meus Velhos Tangos (1955)
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Como sempre a minha mesma cantilena, a falta de tempo. É verdade, ando muito sem tempo para me dedicar ao blog. Daí as postagens ficam espaçadas e até a qualidade dos textos vai caindo. Lacônico, conforme o momento e as circunstâncias…
Bom, vai aqui outro disco muito pedido por alguns e que finalmente eu resolvi botar pra fora. Temos aqui o cantor Albertinho Fortuna, figura já bem divulgada por aqui (o que não lhe falta é fã), mais uma vez desfilando os velhos tangos, em seu primeiro lp de 10 polegadas, lançado em 1955 pela Continental. Este álbum reúne quatro bolachas de 78 rotações, gravadas pelo cantor anteriormente. Temos assim oito músicas, oito tangos clássicos interpretados na voz de Albertinho, tendo o acompanhamento do paulista Eduardo Patané e sua típica. As versões desses famosos tangos foram feitas por Giuseppe Ghiaroni. Confiram!
A Música De Buci Moreira (parte 2) – Seleção 78 RPM Do Toque Musical Vol. 97 (2014)
Coral Ars Nova – Missa Em Aboio (1966)

Boa noite, meus prezados amigos cultos e ocultos. Para fecharmos a semana, aqui vai um lp excelente para se ouvir num fim de noite, principalmente deste domingo. Temos aqui um dos mais importantes corais brasileiros, o Ars Nova, formado na Escola de Música de UFMG no final dos anos 50. O nome Ars Nova veio em 64, foi sugerido pelo maestro e compositor Carlos Alberto Pinto Fonseca, regente do coral até 2003. É o grupo coral brasileiro mais premiado e conhecido internacionalmente.
“Missa em aboio” foi o primeiro disco lançado por eles. O álbum saiu pelo selo Festa em 1966. No repertório o Ars Nova nos apresenta uma obra sacra, do compositor nordestino Pedro Marinho e que dá nome a disco, “Missa em Abôio”. Dividido em faixas – Kyrie, Glória, Credo, Sanctus, Benedictus e Agnus Dei – esta obra ocupa todo o lado A. O lado B apresenta composições do maestro Carlos Alberto Pinto Fonseca.