Bom dia, amigos cultos e ocultos! Eu ainda não tive tempo de repor todos os ‘toques’ solicitados e nem sei se o conseguirei fazê-lo neste fim de semana. Mas podem ficar tranquilos que no mais breve possível tudo ficará resolvido, ok? Enquanto isso, vão curtindo aí as postagens dos últimos dias.
Como eu já havia comentado, na semana passada tivemos em Belo Horizonte o Conexão Vivo, lá no Parque Municipal. Rolou um bom e variado espetáculo, com os mais diferentes artistas. Nos dois dias em que eu pude estar presente, foi possível assistir a muitos shows. Entre tantos que por lá passaram, veio também o Di Melo que se apresentou ao lado da banda Black Sonora. Para os que não se lembram, o Di Melo é aquele artista pernambucano, que nos anos 70 gravou pela EMI-Odeon um álbum muito interessante, tendo como participação nomes como Heraldo do Monte, Hermento Pascoal, Claudio Bertrami e outros… (inclusive o pai do Taiguara tocando bandoneon). Eu já tive este disco, mas por alguma razão o passei para frente.
O Di Melo voltou a tona depois que nos anos 90 foi redescoberto por DJs ingleses. A sua música “A vida em seus métodos diz calma” foi na época incluida na coletânea “Blue Brazil 2” para o mercado internacional. Como sempre acontece, bastou ser resgatado lá fora para que o pessoal aqui dentro redescobrisse ou reconhecesse o talento do cara. Di Melo volta a ganhar projeção e interesse das novas gerações, já tem inclusive um filme sendo finalizado sobre sua trajetória. Sinceramente, não conheço a história do cara, mas será que vale um filme? Ele é considerado por muitos como um dos importantes artistas que contribuiram para a formação de um estilo ‘blacksoulmusicsambarock’ (o mesmo onde são colocados Tim Maia, Cassiano, Hyldon, Trio Mocotó e por aí a fora…)
O certo é que no Conexão, o Di Melo volta à cena trazendo debaixo do braço um cd de coletâneas. Quando vi o ‘cedezinho’, achei que fosse piada. Produção caseira, reunindo além das músicas de seu disco de 1975, outras composições. A piada não é pela produção caseria, mas pela capa que estampa uma caricatura sua (até bem feita). Quem vê aquele cd há de pensar que se trata de um disco de piadas ou historinhas infantis. Sinceramente, não me contive… Após ouvir o disco (vendido por ele por 25 paus e sem autógrafo) e por sugestão de um amigo, pensei: pô, esse cara é uma pedra bruta! Precisa de uma lapidação, uma capa nova e mais divulgação! Vou postá-lo no Toque Musical!
Para quem está querendo retomar a carreira na mesma ‘pompa’, além de uma música boa (que ele já tem) é preciso também ter uma boa apresentação. Foi aí que eu resolvi criar essa nova capa, algo mais apropriado para o nosso artista. Modéstia a parte, acho que ficou ótima. Eu me sentiria muito honrado se o Di Melo passasse a usá-la. Tenho certeza que ninguém mais vai lhe fazer piadinhas.
Nelson Cavaquinho (1973)
Bom dia, prezados amigos cultos e ocultos. Nesta semana, sem intenção, tenho postado discos dos anos 70. Taí uma década que eu adoro, principalmente pelo lado musical. Acho que foi o ápice da indústria fonográfica no Brasil. Era um tempo onde quem administrava as gravadoras entendia de música, tinha sensibilidade e competência. Depois vieram os administradores formados em universidades e transformaram tudo em negócios. E pode-se dizer que foram péssimos administradores, pois, ofuscados pelo brilho do ‘compact disc’, deixaram-se levar por um caminho sem volta. Sucatearam a indústria do vinil e o pior, também a nossa música e os nossos artistas. Sinceramente, não fossem os blogs musicais, em sua anarquia cultural, atuando nos últimos dez anos, muita coisa ainda estaria perdida, esquecida… nas mãos dos gringos que vão relançando lá fora aquilo que aqui ninguém se lembra mais.
Putz, nem sei porque eu comecei de novo esse assunto… uma coisa leva a outra, deve ser… Melhor falarmos do disco do dia 🙂
Hoje segue aqui uma bela coletânea do Nelson Cavaquinho, lançada em 1973 pela EMI-Odeon, através de seu selo especial Fenix. Nela encontramos alguns dos clássicos de Nelson e seus parceiros. Embora não conste no lp informações (além de um diálogo transcrito entre o jornalista Sérgio Cabral e Nelson), eu suponho que a seleção do repertório inclui novas gravações. Digo isso porque algumas músicas cantadas por ele me soaram diferente ao ouvido. Deve ser talvez porque já faz um tempo que eu não escuto o sambista. Nem me lembrava dele cantando junto com o seu mais fiel parceiro, Guilherme de Brito, que aqui também marca presença. Foi muito por conta disso que este álbum está sendo postado agora. Não é nenhuma raridade, inédito ou novidade. Mas cá pra nós, quem consegue aqui no Brasil enjoar de arroz com feijão?
PS.: VAI LÁ EM CASA OUVIR ESTE DISCO, EU FAÇO UMA CÓPIA PARA VOCÊ!
João Nogueira – E Lá Vou Eu (1974)
Boa noite, amigos cultos e ocultos. Continuo devendo a reposição de alguns ‘toques’ solicitados. Peço que me desculpem, mas remar este barco sozinho não é fácil. E as vezes, algumas ‘reposições’ merecem uma ‘reedição’, daí demora mesmo.
Tenho hoje para vocês um disco de João Nogueira. Mais precisamente o segundo álbum de sua carreira, lançado em 1974 pela Odeon. “E lá vou eu” é um álbum bacana, como todos os outros que ele gravou, mas que há muito andava sumido da praça. Me lembro de tê-lo visto relançado há tempos atrás, naquela série criada pela Odeon, a “2 em Um”, onde em um único cd haviam dois álbum de um determinado artista, no caso do João foi “E lá vou eu” com o “Vem que tem”. No presente lp vamos encontrar doze faixas, sendo dez delas composições de João Nogueira e parceiros (Gisa Nogueira e Paulo Cesar Pinheiro). Duas outras faixas vão pra o clássico de Noel Rosa, “Gago apaixonado” e “De rosas e coisas amigas”, de Ivor Lancellitti, que também participa na gravação. Taí meu toque do dia, ligeirinho, pois tem mais boi na linha 😉 Deixa eu ir…
Zé Luiz Mazziotti – Zéluiz (1979)
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Ontem eu, na pressa, acabei não conseguindo fazer direito os meus ‘contatos mediúnicos’ com a turma lá de cima. Daí eles só me mandaram a capa e só no fim do dia é que veio o tão esperado ‘toque’. Hoje isso não irá acontecer, pois a Elis Regina, mais uma vez veio trazer essa colaboração. Estou falando deste disco, do cantor e compositor paulista Zé Luiz Mazziotti, também conhecido apenas como Zéluiz. Para aqueles que não o conhecem, ou não se lembram mais, ele fez parte, nos anos 60, do grupo vocal Canto 4, com o qual participou de festivais de música da TV Excelsior e faturou o primeiro prêmio no “Festival da TV Record, defendendo a música “São Paulo meu amor”, de Tom Zé. Como intérprete solo, participou também de outros festivais. Durante muito tempo cantou na noite, trabalhando em boates ao lado de nomes como Vera Brasil, Paulinho Nogueira, Johnny Alf, Alaide Costa e muitos outros. Trabalhou também com ‘jingles’ e participou como intérprete em faixas de discos de trilhas de novela e no seriado infantil da TV Globo, “O sítio do Picapau Amarelo”, onde ele canta a música “Dona Benta”, de Ivan Lins e Vitor Martins. Somente em 1979 é que ele gravou este que foi o seu primeiro álbum solo. Um disco de estréia muito bem produzido, com direção musical de Dori Caymmi e Gilson Peranzzetta. Um time de músicos e convidados de primeira linha. Gente como Tavito, Toninho Horta, Tunai, Robertinho Silva, Luiz Alves, Helio Delmiro, Márcio Lott… putz, tem gente até… só conferindo no encarte. Não posso esquecer da Nana Caymmi, que aqui interpreta com Zéluiz a faixa “Pra sempre”, de Tunai e Sérgio Natureza. Falando ainda do repertório, temos no álbum músicas do próprio Zéluiz em parceria com Sérgio Natureza, Gilberto Gil, Ivan Lins e Vitor Martins, Sueli Costa, Tom e Vinícius, João Bosco e Aldir Blanc e Baden com PC Pinheiro. Taí, em primeira mão, um excelente disco que agora vai rodar… 😉
Djalma Ferreira – Bicharada (1978)
Muito bom dia a todos os amigos cultos e ocultos! Na semana que passou, tivemos em Belo Horizonte mais uma edição do Conexão Vivo de Música. Um evento que aconteceu no Parque Municipal, durante cinco dias, com dois palcos montados e shows direto, um atrás do outro, apresentando grandes nomes da nossa música, gente que está começando agora e também os veteranos. Neste festival houve espaço também para a Feira do Vinil e CD’s Independentes, onde diversos colecionadores e lojistas de discos estiveram vendendo e trocando suas raridades. Eu, na falta de tempo (e cabeça), acabei esquecendo de anunciar a feira aqui no blog. Mesmo assim, acredito que quem é atenado com música e estava na cidade, com certeza foi informado por outros canais. Os shows foram um sucesso e a feira também. Quem esteve por lá não saiu com as mãos e os ouvidos vazios (no máximo o bolso). Vendi muitos discos e também comprei e troquei outros tantos. Está aqui um dos álbuns que comprei, uma coletânea do Djalma Ferreira, lançada em 1978 pela RGE Fermata. Nele encontramos os seus grandes clássicos. Músicas ao lado de seu conjunto Milionários do Ritmo, tendo Miltinho como o vocalista. Há também outras faixas extraídas de seus discos, lançados pelo selo Drink (que era do próprio Djalma) e RGE. Este disco fecha a discografia do artista, pelo menos no Brasil. Djalma Ferreira morreu em Las Vegas em 2004. Até os anos 80 visitou com frequência o Brasil, fazendo apresentações, restaurando para os saudosistas alguns momentos com seu antigo conjunto e, novamente, com Miltinho de ‘crooner’.
Mara Do Nascimento – Instrumental (1982)
Elas Cantam Samba – Volume 1 (2011)
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Depois de uma semana dedicada às cantoras, obviamente a coletânea deve seguir na mesma linha. Preparei então esta seleção, equivalente a um álbum triplo. Um álbum virtual generoso, com trinta e seis sambas escolhidos a dedo. Só sinto pelo fato de que nesta coletânea de cantoras eu não consegui colocar todas as que eu queria. Por essa razão é que dei ao subtítulo o nome de ‘Volume 1’.
Temos aqui uma série de sambas interpretados por cantoras das décadas de 30, 40 e 50. Muitas das músicas contidas aqui fazem parte de álbuns já postados no Toque Musical, mesmo assim, não deixa de ser interessante. Afinal, reunir todas num mesmo ‘disco’ só seria possível dessa maneira.
Coletâneas sempre foram uma boa pedida e quando são bem feitas acabam fazendo muito sucesso. Espero que a minha “Elas Cantam Samba” esteja no agrado de vocês. 🙂
Maria Eugênia – Para Ser Feliz (1989)
Bom dia! Chegamos a mais uma ‘sexta independente’ e como a semana é dedicada às cantoras, fui buscar algum disco que se encaixasse à proposta – produção independente, lançado a mais de 20 anos atrás. Procurei também privilegiar alguma cantora que fosse pouco conhecida. Daí, acabei dando de cara como este lp que me chamou a atenção, principalmente pela capa, um estilo bem diferentão, nem parece coisa dos anos 80. Outro detalhe curioso diz respeito à informação da técnica de gravação, chamada aqui de “Sistema DMM -Direct Metal Mastering”, a qual aparece impressa no álbum como sendo a última palavra em tecnologia de gravação em vinil, como se fazia em lp’s produzidos nos anos 60. Nunca ouvi o disco, mas diante a tantos dados instigantes, me vi naquela de ouvir com outros olhos.
Maria Eugênia é uma boa cantora, seu jeito me faz lembrar muito algumas cantoras mineiras. Aliás, o disco tem bem um estilo das produções mineiras, mas pelo que podemos constatar na contracapa, o produto é paulista. Provavelmente a nossa cantora aqui também deve ser paulista.
“Para ser feliz” é um álbum com boas canções, algumas são do compositor Lula Barbosa, que já foi gravado pelos mais diversos artistas, nacionais e internacionais. Os arranjos, muito bons por sinal, são dos veteranos e lendário grupo Os Carbonos. Confiram esta postagem e se possível complementem as informações. Continuo curioso para saber mais e que fim levou a cantora Maria Eugênia.
Nana Caymmi – Mudança Dos Ventos (1980)
Numa semana dedicada às cantoras, mesmo num limitado sete dias, ou sete postagens, eu não poderia deixar de fora uma das cantoras que eu mais aprecio, Nana Caymmi. Por certo, há dezenas ou centenas de grandes cantoras, umas até desconhecidas do grande público, que seriam as mais indicadas para a nossa mostra, mas não me contive ao desejo de ouvir e ter aqui no Toque Musical mais um belíssimo trabalho desta maravilhosa cantora.
“Mudança dos Ventos” foi lançado pela EMI-Odeon no ínicio dos anos 80. Felizmente, o que mudou foi só os ventos, pois a cantora aqui continua a mesma, senão melhor. Um excelente repertório, bons músicos, bons arranjos e boa produção. O grupo vocal Boca Livre participa do disco em duas faixas: “Meu bem querer”, de Djavan e “Estrela da terra”, de Paulo Cesar Pinheiro e Dori Caymmi.
Este álbum, pelo que eu pude verificar, já foi bem divulgado em outros blogs. Possivelmente os amigos cultos e ocultos já o localizaram. Mesmo assim, como disse, não resisti a tentação. Além de ser um disco que eu gosto muito é um dos melhores trabalhos fonográficos lançados naquela bendita década. Tem que conferir…
Maria Martha – Meu Romance (1979)
Como a semana vem passando de pressa, não é mesmo? Já estamos na quarta feira e eu ainda nem peguei o embalo nesta de ‘cantoras’. Ainda temos muitas vozes femininas esperando sua vez e semanas são o que não nos falta, graças a Deus! Vamos no ritmo diário, sem pressa…
Seguindo a linha e o timbre, trago agora e mais uma vez a cantora Maria Martha. Quem acompanha o Toque Musical já teve a oportunidade de ver aqui a cantora em seu primeiro álbum e se certificar do talento que ela é. Pessoalmente, acho a Maria Martha uma das melhores cantoras do Brasil, infelizmente muito pouco divulgada. Só mesmo aqui no TM se pode ouvir artistas como ela.
Em “Meu Romance” (que não é uma versão da célebre canção de Richard Rodgers e Lorens Hart) – seu segundo lp – temos a cantora ainda mais solta, desfilando um repertório seleto que traz coisas interessantíssimas como a primeira composição gravada de João Gilberto, “Você esteve com meu bem”, que ele fez em parceria com Russo do Pandeiro. Tem “Considerando”, de Capinan e Edu Lobo; “Caminhos cruzados”, de Tom Jobim e Newton Mendoça; “Mãos de afeto”, de Ivan Lins e Vitor Martins (que não ficou muito longe da interpretação magistral de Nana Caymmi). São algumas das músicas que eu mais gosto no disco. Mas tem mais… Vale conferir aqui também o time de músicos que dá a esse trabalho uma qualidade acima da média. Os arranjos e regência, além da participação em todas as faixas é de César Camargo Mariano. Chamo a atenção também para a presença de Heraldo Do Monte que, com sua guitarra, casa tão bem com os teclados de César Camargo. Taí um excelente disco de MPB que, eu acredito, nunca veio a ser relançado. Merece o nosso toque musical 😉
Marília Barbosa – Filme Nacional (1978)
Olás! Acho que vou dedicar as postagens da semana às nossas cantoras. As vezes eu percebo que a voz feminina está fazendo falta por aqui. Daí começo a pensar e lembrar de algumas cantoras que eu gosto e que há muito não tenho ouvido. É bem o caso da Marília Barbosa, uma ótima cantora, que fez muito sucesso nos anos 70 e 80, hoje anda bem sumida, pelo menos para mim. Na curiosidade, fui procurar informações atuais sobre ela. Coisa difícil também. Consta que nos anos 90, Marília foi para os Estados Unidos. Voltou para o Brasil alguns anos depois, trabalhou na Rede Globo como atriz e fez também alguns shows. Pelo que eu entendi ela mora atualmente na cidade mineira de Poços de Caldas. Como um detetive, fui seguindo algumas pistas que me levaram a um blog pessoal. No cabeçalho há uma foto de uma mulher, mas que nada me lembrou a Marília cantora. Por certo as pessoas mudam e as mulheres então nem se fala, mas a Marília Barbosa que eu encontrei está muito diferente. Não comenta de música, não fala do passado, não traz nenhum sinal que nos possa confirmar tal identificação. As coincidências ficam apenas no nome, no fato dessa Marília Barbosa ser também uma ‘cantriz’ e poeta. Olhando bem o rosto da moça, comparando às fotografias da cantora, chego mesmo a acreditar que seja a mesma pessoa.
Marília Barbosa, como eu disse, fez muito sucesso nos anos 70. Foi uma cantora do ‘cast’ da Som Livre e atriz da Rede Globo, o que deu a ela uma projeção ainda maior. Um de seus discos mais apreciado é o “Filme Nacional”, álbum lançado em 1978 e que traz como destaque músicas como “Manifesto”, de Mariozinho Rocha e Guto Graça Mello; “Antes que aconteça”, de Renato Teixeira e “Olha”, de Roberto e Erasmo Carlos. Confiram…
Nazaré Pereira – Amazonia (1980)
Bom dia a todos! Eu havia prometido colocar a casa em ordem neste fim de semana, mas realmente não deu. Troquei o fim de semana sentado na frente do computador por um sábado e domigo nas trilhas, pedalando pelas montanhas aqui de Minas. As noites foram para descansar. Um ‘chocolatezinho básico’ para relaxar e um filmezinho, que agora eu assisto na cama, deitado, no meu Mac 😉 No máximo que consegui foi manter o ritmo das postagens. Tardei, mas não faltei 🙂
Começamos a semana com este disco que só pela capa encanta qualquer um. Mas sua beleza não fica só na estampa. Temos aqui a cantora, compositora e atriz Nazaré Pereira, uma artista, nascida em Xapurí, no Acre, que vem desde os anos 70 levando, através de sua arte, a música e a cultura do Norte para o resto do Brasil e principalmente para a Europa. Aliás, acredito eu, que ela seja mais conhecida lá fora do que aqui no Brasil. Isso se deve muito ao fato de Nazaré ter vivido muitos anos na França, local onde ela gravou a maioria dos seus discos.
“Amazônia” foi também gravado na França, em 1979, através do selo Cezame. Lançado no Brasil no ano seguinte pela Top Tape, o disco traz alguns de seus maiores sucessos, como “Xapurí do Amazonas” e “Flexa de fogo” (de sua autoria), além de outras composições famosas como “Riacho do navio” (de Luiz Gonzaga e Zé Dantas), “Sodade meu bem, sodade” (de Zé do Norte e A. do Nascimento), “O Baião em Paris” e “Kalú” (de Humberto Teixeira), “Boi bumbá” (de Waldemar Henrique) e mais… Disco bacana, bem produzido e imprescindível em nosso Toque Musical. Confiram…
Chicletes Com Banana – Estação Das Cores (1982)
Amigos cultos e ocultos, axé! Finalmente aqui estou para bater o ponto também no domingo. Hoje ainda tenho muitas atualizações para fazer no nosso Toque Musical. Fui deixar acumular, agora é resolver…
Eu hoje vou postar (com outros olhos) este disco da banda baiana, ‘Chiclete com Banana’. Para aqueles que costumam torcer o nariz para derivados musicais baianos a partir dos anos 80 pra cá, esta postagem pode parecer mais um ‘devaneio augustiano’. Mas, qual nada, estou postando “Estação das Cores” porque se trata de um disco que até hoje não chegou a ser relançado em cd. Se vai fazer muita falta eu não sei. Eu sei é que ao ouví-lo me pareceu até bem agradável. Me fez lembrar em alguns momentos coisas como A Cor do Som ou Moraes Moreira. Este álbum, embora não seja inédito na blogosfera, é hoje também difícil de achar. Portanto, para fazer a alegria daqueles que haviam me feito essa solicitação e principalmente para os que ainda não conhecem, vamos para a Estação das Cores, uma parada ainda idealista.
Bossa Pelo Mundo – Volume 2 (2011)
Olá, amigos cultos e ocultos. Mais uma vez encima da hora vamos chegando, nos últimos trinta minutos do sábado. Meu dia foi meio tumultuado, daí só agora é que estou podendo colocar a casa em ordem.
Embora eu tenha aqui algumas coletâneas enviadas por amigos, vou hoje publicar mais uma do Toque Musical. Temos aqui um segundo volume da seleção especial TM, “A Bossa pelo mundo”. Neste novo volume, quem gosta de bossa e de jazz, não vai se arrepender. Seleção fina para gosto sofisticado. São vinte músicas, conhecidas por ‘bossa nova’, interpretadas aqui por um variado leque de músicos internacionais. Deliciosamente bom de se ouvir 😉 Não deixem de conferir…
Ladston Do Nascimento – Simbora, João! (2002)
Benedito Costa – Um Cavaquinho No Sertão (1982)
Muito bom dia, amigos cultos e ocultos! Inicialmente eu gostaria de informar que as solicitações para novos links estão sendo feitas na medida do possível. Prometo que atenderei a todos, no mais tardar, até o fim de semana, ok? Meu tempo é, ó… curtinho… (mas não largo o osso)
Depois do disquinho de ontem, ‘música sertaneja vestidinha para ir à cidade’, me deu uma vontade danada de postar mais um no gênero. Escolhi então “Um cavaquinho no sertão”, disco do instrumentista Benedito Costa, produzido pela Discos Marcus Pereira para a gravadora Copacabana, em 1982. Pela segunda vez temos aqui um disco desse mestre do cavaquinho. Como já foi dito, este músico, embora pouco citado, foi um dos grandes nomes do Choro. Maestro, compositor, arranjador e produtor paulista, da região de Ribeirão Preto, Benedito Costa tocou ao lado dos maiores chorões, participando de diversos discos e apresentações ao vivo e em rádios. Virtuoso do instrumento, foi ele quem criou o cavaquinho de cinco cordas.
Neste álbum Benedito toca em seu cavaquinho uma série de temas sertanejos entre composições próprias e algumas outras que já se tornaram clássicos da música caipira, como “Fuscão preto”, “Estrada da vida” e “Moreninha linda”. Não deixem de conferir…
Rogério Duprat Orquestra E Côro – “Nhô Look” As Mais Belas Canções Sertanejas (1970)
Boa noite, amigos cultos e ocultos. Finalmente achei um tempinho aqui para a postagem do dia. Tenho para vocês um álbum que ainda ontem eu não conhecia. Fiquei encantado quando o ouvi e ao mesmo tempo achei estranho um lp tão bacana ter ficado todo esse tempo esquecido. Se formos procurar no Google, pouca coisa iremos encontrar. Aliás, existem vários trabalhos do Maestro Rogério Duprat que são pouco conhecidos, inclusive em blogs musicais. “Nhô Look” é uma saudação à música caipira. Um trabalho de releitura de alguns clássicos da autêntica música sertaneja em arranjos refinados que dão a esse gênero musical uma outra roupagem.
Infelizmente, eu não tive tempo para dar um ‘trato’ no áudio, que vai aí secão mesmo, até segunda ordem… Confiram essa raridade…
Paulinho E Seu Conjunto – Para Animar Sua Festa Nº3 (1960)
Zezinho E Os Copacabana – Um Coquetel E Uma Dança (1961)
Parada Continental 1 (1953)
Opa! Ainda nos últimos minutos do que resta do domingo, aqui vou eu com a postagem do dia. Confesso que que esqueci completamente desta tarefa mais que diária. Cheguei tarde, mas trouxe uma boa recompensa para vocês, um raro exemplar de 10 polegadas e 33 rpm, o primeiro lançado pela Continental, em 1953. Temos aqui uma coletânea com oito artistas do ‘cast’ da gravadora, certamente extraídos de bolachas de 78 rpm. Como se pode ver logo a baixo, trata-se de um encontro bem interessante, uma verdadeira parada de sucessos, com a qualidade Continental. Taí um disquinho bem contado, raridade para qualquer colecionador, que eu comprei baratinho na mão de um catador de papel. Salve, salve!!!
Samba Gastronome – Coletânea (2011)
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Aqui estamos nós nesta noite de sábado com mais uma boa coletânea, selecionada pelo amigo Thierry, do blog Bossa Nova Brasil. Ele nos enviou um repertório de músicas que de alguma maneira falam de comida e sabores. Como ele mesmo disse, trata-se de um seleção eclética. Realmente seria, não fosse o fato de que duas outras músicas escolhidas por ele deram problema na hora de descompactar. Justamente as duas que mais destoavam, fazendo valer o ecletismo, foram então substituídas pela “Linha de passe”, do João Bosco e “Tô voltando”, de Paulo César Pinheiro e Maurício Tapajós. Há também no grupo outras duas músicas que não são brasileiras – “Batucada Feijoada”, trilha de Vladimir Cosma para o filme “Le retour du grand blond” e “Les mains d’une femme dans la farine”, com Claude Nougaro – dão ao nosso ‘disco virtual’ o tempero que faltava. A ‘embalagem’, eu procurei fazer, seguindo o estilo de um cardápio. Vamos conferir as opções? 🙂
Alexandre Salles – Homem De Plástico (1984)
Carlinhos Vergueiro – Felicidade (1983)
Jair Amorin – Tudo De Mim – Poemas E Canções (1963)
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Está ficando cada vez mais difícil, para mim, encontrar tempo para me dedicar ao blog. Além de uma hora ou duas digitalizando discos, preciso de pelo menos mais uns 15 minutos para finalizar e publicar a postagem. Parece fácil, mas tem dia que o bicho pega por aqui. Daí, nem sempre as postagens saem como eu queria.. Enfim, são os altos e baixos de qualquer atividade, vocês entendem, não é mesmo? 🙂
Vamos hoje com as composições de Jair Amorim, interpretadas por dez grandes cantores do ‘cast’ da gravadora Copacapaba no início dos anos 60. Segundo contam, este álbum foi uma homenagem da gravadora ao compositor. Lançado em 1963, “Tudo de mim” reúne doze composições de sucesso de Jair e seu mais frequente parceiro, Evaldo Gouveia. Cabem também no lp três faixas de sucesso: “Se eu pudesse”, parceria com José Maria de Abreu e interpretada por Elizete Cardoso; “Conceição”, parceria com Dunga, grande sucesso de Cauby Peixoto, aqui na voz de Dolores Duran e “Quando o amor chegar”, feita por ele e Altamiro Carrilho, interpretada pela cantora Silvana. De quebra ainda temos “Noturno de Ouro Preto”, cantada por Agnaldo Rayol, letra e música de Jair.
Este álbum foi relançado no início dos anos 80 pelo selo Beverly. Acredito que a capa seja a mesma do lançamento original. A contracapa é exemplar, vem com uma ficha técnica bem completa. Se todos os discos fossem assim, que maravilha postar!
Alcides Gerardi – Vítimas Iguais (1959)
Há algum tempo atrás, alguém que não me lembro mais, me pediu insistentemente para postar aqui mais discos do Alcides Gerardi, em especial o seu famoso “Vítimas Iguais”. Na época eu não tinha o disco em mãos, mas prometi que o faria assim que ele aparecesse. Demorou, mas finalmente o disco está aqui. Só espero que o amigo oculto ainda esteja também. Para os fãs do cantor gaúcho, temos no Toque Musical quatro outros títulos dele.
Trio Surdina – Boleros Famosos Vol. 2 (1955)
Bom dia a todos! Aqui vamos nós para mais uma jornada fonomusical da semana, trazendo sempre (que possível) aquele disquinho ou gravação esquecida, que faz a alegria de muitos cultos e ocultos visitantes.
Tenho aqui um disco do Trio Surdina. Esta é a primeira vez que eu estou postando um disco inteiro desse conjunto genial. Praticamente, quase todos os discos lançados por esse trio já foram resgatados em blogs musicais. Procurei então trazer aquilo que ainda não está nas ‘bocas’ (e nem nos ouvidos). “Boleros Famosos”, me parece, ainda estava em falta. Aliás, continua pela metade, pois eu só tenho o volume 2. O volume 1, lançado também em 1955, eu nunca vi nem a capa. Os discos do Trio Surdina, nesta fase, trazem outra formação. Inicialmente era Garoto, Fafá Lemos e Chiquinho do Acordeon. Em 1954 o trio se desfez e o produtor Nilo Sérgio, dono da Musidisc, resolveu manter o nome do grupo com outros integrantes. Sabendo do sucesso do trio, Nilo Sérgio procurou não apenas manter o estilo do grupo, mas também ocultou por um tempo quem eram os músicos da nova formação. Para aqueles que acompanhavam a trajetória do Trio Surdina, a mudança foi evidente. O estilo individual de cada instrumentista, por mais próximo que fosse a semelhança com o anterior, não era a mesma coisa. A segunda formação do Trio Surdina, também excelente, seria com Nestor Campos (violão), Auro Pedro Thomaz, o ‘Gaúcho’ (acordeon) e Al Quincas (violino). Por certo, o Trio Surdina se manteve fiel a proposta inicial e continuou gravando, este e outras excelentes bolachas.
O álbum “Boleros Famosos – Vol. 2” é uma continuação do primeiro disco. Acredito que os dois lps fazem parte da mesma fase de gravação e que na época gerou dois volumes. Não preciso nem entrar em detalhes quanto ao repertório. Só sei que nessa formação de violino, violão e acordeon, o bolero ganha uma outra roupagem. Mais suave, mais surdina…
Para conhecer a história do Trio Surdina, na íntegra, vale dar uma conferida no site do pesquisador Jorge de Carvalho Mello.
O Som Da Luizinha – Coletânea Para O Dia Das Mães (2011)
Boa noite, meus prezados amigos cultos e ocultos! Acordei hoje pela manhã e nem me lembrei que é o Dia das Mães. Pode parecer uma falha, mas depois que a minha morreu, esse dia se tornou igual aos outros. Por certo, não tem como eu, hoje, não lembrar da minha minha. Quem tem a sua, na maioria está passando o domingo com ela. A minha passa comigo a semana toda. Em diversos momentos ouvindo música, me lembro dela e estamos juntos. Acredito que muito da minha atenção pela música, que não é da minha geração, foi motivada pela minha mãe, uma figura ímpar. Seu gosto era tão variado quanto o meu. Ouvia de tudo 🙂
Me lembrando então das mães, da minha mãe, fui passando o dia selecionando e ouvindo algumas músicas que sempre estiveram presentes em sua vida e na minha com ela. Foi um bom momento para relembrar, trazer de volta coisas boas do passado. Pensei que teria um domingo melancólico, mas a música me tirou a tristeza. Foi bom ficar por conta de ouvir e preparar esta seleção musical. Segue assim a minha homenagem ao Dia das Mães. À minha mãe e a todas…
Canções De Dalto & Cláudio Rabello (2011)
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Porque hoje é sábado, vamos de coletâneas. Sei que já tem muita gente por aqui que gosta uma boa seleção musical, seja ela variada, mista ou mesmo uma antologia de algum artista. Eu também adoro, pois sempre encontro alguma música/gravação rara, ou ainda aquela que faltava. Sem falar no fato de que uma seleção, presume-se, traz sempre o melhor.
Hoje vamos com uma seleção musical reunindo as canções de Dalto e seu mais tradicional parceiro, Cláudio Rabello. Esta coletânea foi enviada pelo amigo Tito, autor do estreante blog Sucos de Sulcos. Ele coletou 24 músicas, interpretadas por diversos artistas da MPB, praticamente quase todas foram sucessos nas rádios.
Para tal coletânea eu criei essa capinha, aproveitando uma imagem de ‘desktop’ que tinha no meu computador. Fiz umas adaptações e captei pela antenas da barata, escondida atrás do televisor, a imagem do Dalto (muito estranho!). Taí a postagem do dia… porque hoje é sábado! 😉
Arthur Kampela – Epopéia E Graça De Uma Raça Em Desencanto (1988)
Muito bom dia, amigos cultos e ocultos. Estou trazendo hoje um disco independente, como manda o figurino das nossas sextas, que até então eu não conhecia direito – Arthur Kampela em “Epopéia e graça de uma raça em desencanto”. Cheguei a ouví-lo uma certa vez, mas naquele momento eu não estava muito para Zappas e Barnabés. Acabei não lhe dando a devida atenção. Recentemente eu voltei a encontrar o disco e acho que chegou a hora de ouví-lo com outros olhos. Eu tinha, para mim, que Arthur Kampela fosse um ator, ou algo relacionado às artes cênicas. Neste trabalho o que temos, à primeira vista e também numa primeira audição é uma obra teatral. No álbum, de capa dupla e bem produzido, as informações se limitam à ficha técnica, letras das músicas e agradecimentos. O que vem a ser a ‘epopéia e graça de uma raça em desencanto’ eu só vim a saber depois que fiz uma breve consulta à mãe dos ignorantes, hoje, a Internet (o pai continua sendo o dicionário). Eu que pensava que ao abrir algum site, sobre o Kampela, iria cair nas artes cênicas, me enganei. O cara pode até ser um ator, mas pelo que eu li ele é muito mais que isso. Sua área de atuação é mesmo a música. Doutor em Composição pela Columbia University de Nova York, é também professor nesta universidade. Violonista super premiado. Tem artigos publicados no Current Musicology de NY, ‘cyber journals’ na web, e edições acadêmicas em várias e conceituadas escolas universitárias. Segundo informações que eu colhi em um texto do Festival Internacional de Violão, o FIV, realizado em Belo Horizonte, “se distingue em duas frentes composicionais: Particularmente para o violão, criou uma nova técnica de manipulação denominada “Tapping Technique”onde emprega um arsenal de novas técnicas-estendidas para a manipulação deste instrumento. Além disso, vem trabalhando neste e em recentes trabalhos para variados instrumentos, com sua teoria de modulação micro-métrica, onde ritmos complexos (cadeias de quiálteras) são super-impostos. Graziela Bortz, da Cuny de New York escreveu sua tese de doutorado “Rhythm in the music of Brian Ferneyhough, Michael Finissy and Arthur Kampela — a Guide for Performes”, utilizando a teoria de Kampela para analisar o substrato rítmico das obras destes compositores.” Kampela, numa segunda frente, se destaca ainda, quando no Brasil, gravou em 1988 este lp, considerado uma obra pioneira, onde ele nos apresenta a desconstrução radical da música popular brasileira, usando elementos e procedimentos da música de vanguarda, chegando a um resultado ‘pop-cênico-camerístico curioso. Nessa linha, ele também mantém um trabalho com seu grupo, fazendo uma música pop de vanguarda. Confiram…
Noel Rosa – Vários Odeon (1962)
Olá! Hoje, para facilitar a minha vida e alegrar a de todos nós, vamos com a música de Noel Rosa. É como dizem, quando o doce é bom a gente não enjoa. Noel é sempre Noel, seja cantado por quem for. E aqui ele vem nas vozes e instrumentação de grandes nomes do ‘cast’ da Odeon, no início dos anos 60. Este álbum, conforme nos indica um dos textos da contracapa, foi lançado pela gravadora no sentido de relembrar o Poeta da Vila, no 25º ano de sua morte. Foram reunidos neste lp doze das mais badaladas músicas criadas por Noel Rosa, um verdadeiro festival de sucessos. Muitas dessas gravações vocês também poderão encontrar em outros discos da gravadora já postados aqui anteriormente. Na contracapa há também um texto do Sérgio Cabral falando um pouco sobre cada uma das faixas, o que facilitou ainda mais o meu trabalho.
O toque inicial eu já dei, agora vocês podem ir rolando a bola. 😉
gago apaixonado – moreira da silva

