Yana Purim – Bird of Brazil (1990)

Diazinho cheio este meu… Só agora consegui sentar diante ao computador para nossa postagem. E tem que ser rápido, pois a labuta continua.
Tenho aqui “Bird Of Brazil”, um álbum dos mais interessantes da cantora e compositora Yana Purim, irmã de Flora Purim. Yana é uma artista tão respeitada lá fora quanto sua irmã, circula pelos mesmos ambientes do jazz e fusion. Este disco já havia sido lançado originalmente em 1989 com o nome de “For A Distant Love”, lá fora. Depois saiu também pelo selo Eldorado e teve uma segunda edição pela RGE/Young com um novo nome (Bird of Brazil), uma nova capa e o som remasterizado. O álbum foi produzido Yana e Arnaldo Souteiro, que também contribui na percussão. “Bird of Brazil” vem recheado de grandes nomes, nacionais e internacionais. Só para se ter uma ideia, temos Luiz Bonfá(!), Airto Moreira, Hugo Fattoruso, Artur Maia, Pascoal Meirelles, Toninho Horta e outras feras mais… O repertório é curto, com apenas nove faixas, mas é ótimo. Cheio de grandes músicas e grandes parcerias. É ouvir e gostar… 😉

choro das águas
bebê
for a distant love
all mine
diana
manhã de carnaval
spain
bird of brazil
serenade

Os Iguais – Compacto (1967)

Boa noite! Apesar do calor e do tempo curto, eu estou curtindo esse fim de noite com um compacto. Não sei até onde eu irei com isso, mas enquanto houver animação, lá vou eu… sem compromisso 😉
Segue aqui um compacto gostosinho de ouvir. Vocês se lembram do quarteto vocal “Os Iguais?” Este foi mais um daqueles interessantes grupos da época da Jovem Guarda. No compacto, gravado em 1967 pela RCA, eles cantam a divertida “Romance de uma caveira”, criada e eternizada por Alvarenga e Ranchinho. A outra música, “Volte”, é uma composição do grupo, com todos os elementos que fizeram a chamada onda da jovem dos anos 60.

romance de uma caveira
volte

Orquestra Violinos De Ouro – Boleros (1963)

Bom dia! Rapidinho, aqui vai a nossa postagem do dia. Estou trazendo este álbum orquestral, lançado no início da década de 60, um dos primeiros discos estereofônicos da Odeon. Para quem estava acostumado a ouvir discos monos e em vitrolinhas, ao ouvir este lp deve ter achado uma glória. E é interessante observar como a qualidade dos primeiros discos ‘stéreos’ eram bem mais caprichadas. Parece que os caras faziam os discos com mais carinho e preocupação. Esta gravação da ‘Orquestra Violinos de Ouro’ é fenomenal, mesmo vindo de um disco com quase 50 anos e já bem surrado. A gente consegue perceber com clareza toda a riqueza instrumental.
A ‘Orquestra Violinos de Ouro’ é o nome dado para este disco à orquestra de estúdio da Odeon sob a batuta do Maestro Lyrio Panicalli e com direção musical de José Ribamar. No disco encontraremos um repertório de sucessos internacionais ao ritmo orquestral de boleros. Uma pegada latina para temas do momento. Confiram…

quando – parlami d’amore mariu – legata a un – granello di sabbia
stormy weather – ruby
concerto nº2 para piano, em dó menor
my love for you
i can’t stop loving you
come sinfonia
be my love – in the still of the night
o pescador de pérolas
ti guardero nel cuore
allthe thing you are
days of wine and roses
begin the beguine

Irmãs Castro – Compacto (1976)

Para acabar de fechar, principalmente os meus olhos que eu já não estou conseguindo mantê-los abertos, aqui vai um compacto duplo muito interessante. Trata-se dupla sertaneja, formada pelas irmãs Maria de Jesus e Lourdes Amaral Castro. Iniciaram a carreira no final dos anos 30. Foi a primeira dupla feminina a gravar música sertaneja. Aqui temos quatro de seus maiores sucessos. Me parece que são regravações feitas na década de 70. Músicas que vieram a ser também sucesso nas vozes de outros artistas. Confiram aí, porque eu já vou dormir…

Laila Curi – Laila, A Noite E A Música (1958)

Bom dia, amigos cultos e ocultos. Hoje eu estou trazendo uma cantora que talvez, poucos irão se lembrar, Laila Curi. Esta cantora de origem libanesa, surgiu em São Paulo nos anos 50, fez parte do ‘cast’ da RGE em sua fase de ouro. Gravou inicialmente dois discos de 78 rpm com temas folclóricos nacionais e também árabes. A singularidade ao cantar músicas libanesas e também em inglês, lhe garantiram um relativo sucesso e atenção por parte dos meios de comunicação da época. Laila foi vista e ouvida também no rádio e televisão, principalmente na capital paulista. Sei que ela gravou outros discos, compactos e lps.
Neste lp, que foi o primeiro, temos um repertório curioso, mesclando toadas, beguine, samba canção, música árabe e até uma espécie de rock libanês. Como destaque temos a música “Minha Véia” tema popular recolhido pela cantora e “Passado, Presente e Futuro”, samba canção de Billy Blanco. As orquestrações e arranjos são dos Maestros Simonetti e Rubens Perez “Pocho”.
Infelizmente eu estou meio sem tempo. Daí não tive como pesquisar sobre a sua discografia e trajetória artística. Mas sei que não é difícil obter informações. Deixo a postagem em aberto para para os fãs, amigos e parentes. Quem quiser complementar a postagem, fique a vontade. A seção de comentários foi feita também para isso 😉

ondas do mar
minha véia
ya habibe
além
se ele vier
mamim
era bom
daddy lolo
souvenir
sodade véia
quando a saudade vem chegando
passado presente e futuro

Dom Salvador – Compacto (1970)

Aqui vai o meu boa noite… um compactozinho da hora, raridade total. Temos aqui Dom Salvador e sua turma neste compacto lançado pela CBS, após eles se classificarem no V Festival Internacional da Canção Popular”, em 1970. No ano seguinte Dom Salvador lançaria o álbum “Som, Sangue e Raça”, mas as duas músicas desse compacto não foram incluídas no lp. Em outras palavras, as músicas “Juazeiro”, de Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga e “Abolição 1860-1980”, de Salvador e Arnoldo Medeiros só saíram neste compacto.
*No dia 15 de outubro, a primeira eliminatória do V FIC teve início, sendo transmitida em cores para Estados Unidos e Europa. Além do júri oficial, presidido por Paulinho da Viola, foi criado um júri popular, com votação independente, sob o comando de Chacrinha. Os dois primeiros a apresentar foram Maria e Luís Antônio, à frente de um grupo com seis músicos negros, todos vestidos com batas africanas coloridas, para interpretar “Abolição 1860-1980” (Dom Salvador e Arnoldo Medeiros). Muito aplaudida, a apresentação deu a pista do que seria a tônica do festival em 1970: a soul music. (leia mais)

abolição 1860-1980
juazeiro

Ely Camargo – Cantigas Do Povo – Água Da Fonte (1983)

Bom dia para todos! Há pouco tempo atrás um de nossos visitantes estava à procura da discografia da Ely Camargo. Eu acredito que tenho disponível quase todos os seus discos. Mas mesmo no caso desta grande artista (que eu adoro), prefiro não postar tudo de uma só vez. Vou aos poucos, em dosagem homeopáticas. Um disco aqui, outro ali, assim vai… Não quero que por aqui ela caia logo no esquecimento. Vez por outra vamos ter sempre aqui a Ely Camargo.
“Cantigas do povo” foi um álbum lançado por ela no início dos anos 80, numa produção para a Edições Paulinas Discos. No lp vamos encontrar diversos cânticos populares ligados às danças e aos autos de natureza religiosa, como os hinos e benditos de procissão, além das canções de embalar, os pregões, cânticos de velórios e de pedir esmolas. São temas recolhidos, adaptados por Ely e o Frei Francisco Van Der Poel. Participam também do disco a Banda de Pífanos de Caruarú. Os arranjos e regência são do Maestro Jorge Kaszás. Um belo disco, podem conferir…

reisado de alagoas (quatro temas, maceió 1973)
que noite tão bonita (folia de reis, nova resende-mg 1979
pastorinhas (seis temas, pirenópolis-go 1973)
bendito são josé (virgem da lapa – tumtm-mg 1974)
cantiga de mendiga (palmeira dos índios-al 1973)
deus te salve a casa santa (congos, quatro temas – go 1973)
puxada do mastro de são sebastião (ilhéus-ba 1981)
cantos para pedir chuva (dois temas – araçuaí-mg 1980)
25 de dezembro (folia de reis – goiás 1973)
bendito de santa luzia (juazeiro do norte-ce 1980)
incelências (cantigas de velório, virgem da lapa-mg 1974)
adeus minha lapinha (canto de beijar, araçuaí-mg 1980)

Jingles Políticos

Olá amigos cultos e ocultos, eleitores do meu Brasil! Vamos votar direito nesta eleição para depois não ficarmos ai tiririca da vida. Escolham bem o candidato que irá representar você e os seus interesses. Mas antes de chegar a alguma conclusão, priorize o interesse coletivo. Pense no bem estar de todos. Nosso país só vai ser mesmo grande no dia em que deixarmos de pensar apenas no nosso umbigo e aquilo que está em volta dele. Temos que pensar de forma coletiva. A base é essa. Chega de políticos profissionais, de popularescos, de celebridades e corruptos! Precisamos de gente honesta dutante todo o mandato. O difícil é isso acontecer, pois para se chegar a essa posição o camarada tem que passar pelo ‘crivo’ da ideologia ou da política maquiavélica de cada partido. Em outras palavras, querendo ou não ele vai se sujar, não tem jeito. Fazer política é como trocar o pneu de um carro, querendo ou não a gente sempre suja as mãos. Por isso é que alguns políticos preferem pagar pelo serviço completo do borracheiro.
Olha, sinceramente, eu acho um saco esse papo de política. De qualquer maneira, para marcarmos bem essa data, estou trazendo aqui uma série de jingles políticos da últimas eleições. Sinceramente eu não sei se alguém vai ter interesse em ouvir esses hinos à demagogia. De qualquer forma devem servir, nem que seja para torrar a paciência dos vizinhos. Já que o dia é de tortura eleitoral, toma aqui a minha colaboração… (disso tudo, o que eu mais gostei foi de criar a ilustração, essa ideia foi mal explorada pelos meios de comunicação, vocês não acham?)

lula presidente 89
eymael presidente 89
fernando collor presidente 89
ulysses presidente 89
fernando henrique presidente 94
francisco rossi prefeito osasco 88
mário covas governador sp 94
angela amin prefeita florianopolis 96
luiz fernando mainard prefeito bajé 92
orestes quércia governador são paulo 98
lula presidente 94
fernando henrique cardoso presidente 98
eduardo suplicy senador são paulo 2000
marcelo alencar governador rio 94
pedro simon senador rio grande do sul 90
tarso genro prefeito porto alegre 92
antonio ermínio governador são paulo 85
paulo maluf governador são paulo 90
lídice da mata prefeita salvador 92
silvio santos presidente 89

The Fools – Embaladíssimo (1968)

Olás! Hoje eu estou com o dia tomado. Em pleno sábado, todo mundo se arrumando para a festa e eu agarrado no serviço. Estou dando uma pausa, apenas para fazer a nossa postagem. Sábado me faz lembrar as ‘horas dançantes” na casa da minha tia. Eu era menino e ficava lá vendo os meus primos mais velhos dançando ao som da Jovem Guarda. Todos os sábados tinham esses encontros, era ótimo!
Aqui temos um disco típico dos embalos de sábado a tarde. Um álbum, diga-se de passagem, muito bem conservado. Na estante do meu depósito ele ficou, por certo, uns 15 anos sem nunca ser tocado. É interessante pensar isso. Como as coisas ficam paradas no tempo e depois ressurgem num estalo. Temos aqui um obscuro grupo de ‘ei-ei-ei’ chamado ‘The Fools’. O estilo e repertório é idêntico ao The Pop’s. Eu até cheguei a pensar que fossem eles, afinal aquela turma estava por trás de tudo quanto é coisa ‘curiosa’ lançada por esses selos desconhecidos. Porém, o embaladíssimo The Fools aqui é formado por outros músicos. Consta até na contracapa o nome deles, mas em nada acrescenta essa informação. Melhor ficarmos apenas no “ei-ei-ei’.
Putz! Até esqueci que amanhã é dia de eleição.
FAÇA UM POLÍTICO TRABALHAR, NÃO VOTE NELE!

o recado
o touro solitário
winchester cathedral
love letters
vivo só
un homme et une femme
oh suzana
tequilla
pepinos
estrelita
noites de moscou
exodus
the sunny side of the steet
the shadow of your smile

Os Celestiais – No Copão (1971)

Para fecharmos a noite com o compacto, aqui vai um também independente. Alguém aí já ouviu falar nOs Celestiais? Eu não. Qualquer notícia será bem vinda… Tenho aqui um disquinho interessante, possivelmente gravado no início dos anos 70, ou antes. Não sei nada além do que temos na capa e selo. O que me atraiu neste compacto foi a capa e mais ainda uma versão de “Mustang cor de sangue”, de Marcos e Paulo Valle (instrumental). A propósito, o compacto é duplo, quer dizer, contem quatro faixas. São quatro músicas, sendo duas instrumentais e as outras duas tendo a frente o cantor “Miltão”. É interessante notar que o nome do “Miltão” Só aparece em destaque no selo. Na capa já haviam estrelas demais. Todos merecem brilhar, afinal o grupo é afiadinho, bem agradável de ouvir. Confiram aí…
(onde será o Copão?)
recordando odeon
desilusão
mustangue conr de sangue
tudo não passou de ilusão

Paulo Britto – Mapa Da Alegria (1999)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Chegamos a mais uma sexta feira (êta dia bão, sô!). Virando o lado do disco, aqui vai mais um independente, especialmente para o Toque Musical.
Há exatos dois anos atrás eu postei aqui um disco do cantor e compositor baiano Paulo Britto, o “Atenção”. Naquela época eu não tinha muita informação sobre ele, além do fato de saber que era um compositor baiano e de conhecer algumas de suas músicas. Foi depois daquela postagem que o artista entrou em contato comigo, agradecendo a postagem e me prometendo outros trabalhos para serem apresentados aqui no blog. Ficamos amigos e durante esse tempo temos trocando e-mails, e eu enchedo o saco do cara para me mandar mais coisas. Finalmente, depois de muita insistência da minha parte, ele acabou enviando um pacote com diversas coisas. Eu não teria insistido se não acreditasse de verdade no trabalho dele. Sua música é mesmo muito boa. Aliás, essa geração de artistas baianos até o início dos anos 80 é fabulosa (daí pra frente eu não conheço muito). Se vocês gostam de Tom & Dito, Antonio Carlos & Jocafi, certamente irão gostar do Paulo Britto. Sua música segue a mesma linha e não é por acaso ou somente por ser da Bahia. São semelhanças de estilo e também de geração. Paulo tem músicas e parcerias com Antonio Carlos e Jocafi, inclusive gravadas em discos da dupla. Tom da Bahia, Oneida e Xangai, também são outros artistas que já gravaram ou fizeram parcerias com o Paulo Britto. Uma prova de excelência e qualidade. O cara é realmente muito bom.
Neste álbum, “Mapa da alegria”, lançado de maneira independente em 1999, ele nos traz doze composições próprias, sendo apenas “Querubim” uma parceria com o Dito, da dupla Tom & Dito. Outro detalhe interessante que merece destaque é a participação especial das cantoras Lana Bittencourt e Maria Creuza. A música de Paulo Brito é gostosa de ouvir. Temos aqui samba, forró, frevo, valsa e canções. Como bom baiano, seguindo a ideia do Dorival Caymmi, tem até uma receita em forma de canção. Quem não gostar do disco, pelo menos vai saber preparar um delicioso caçonete 🙂

esforço
manifesto
bahia meu amor
trato
mapa da alegria
do in
vovô brasil
querubim
flagrante
receita de caçonete
vide bula
cio da praça