Bom dia, prezados amigos cultos e ocultos! Aqui vai mais um compacto para preenchermos o nossa lista musical. Trago hoje um disquinho que de melhor só mesmo o discão, que qualquer hora dessas eu posto aqui. Hoje ficaremos apenas no deguste. Dois belíssimos sambas da dupla baiana Antonio Carlos e Jocafi. O interessante dos compactos é que as vezes eles traziam versões diferentes da mesma música lançada em lp. Ainda não verifiquei, mas creio que a música “Minhas razões” aparece aqui um pouco diferente. Ou será que eu me enganei? Confiram as minhas razões. 😉
Golden Boys (1970)
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Segue aqui mais um compacto e mais uma vez com direito a homenagem. Desta vez, vai para o meu Galo Doido que disputa hoje a final da Recopa no Mineirão. Vamos no fumacê dos Golden Boys que cabe bem de acordo com o estilo atleticano. Galo Doido, uai!
Compacto duplo com quatro grandes sucesso desses quatro garotos de ouro. Vocês se lembram? 😉
Capitão Gay (1982)

Olá amigos cultos e ocultos! Nesta semana vou recorrer aos meus ‘discos de gaveta’ para salvar o dia, ou os dias. Tenho aqui alguns compactos e acho que já é hora de colocá-los na roda. Começo com este divertido disquinho lançado nos anos 80, época em que o humorista Jô Soares encarnava em seus programas na tv o bizarro ‘Capitão Gay’, ao lado de seu parceiro ‘Carlos Suely’, interpretado pelo ator Eliser Motta. No programa de tv, a dupla entrava em ação sempre cantando a música tema, ‘Capitão Gay’ e de brinde ainda tinha o tal ‘Um Croquete’. Vai encarar?
Estou postando este disco em homenagem ao time do Cruzeiro, que até o momento continua como lider absoluto no Campeonato Nacional. Estou fazendo esta homenagem para rebater as críticas que as vezes recebo por conta de postar só discos do meu Galo Doido. Qual o quê? Aqui não tem disso, no Toque Musical todos recebem a sua devida atenção. Segura este croquete aí que ele ainda está quentinho 😉
Emilinha Borba – Seleção 78 RPM Do Toque Musical Vol. 109 (2014)
Turma Da Brasa – É Uma Lenha (1966)
Bom dia, amigos cultos e ocultos! De volta às curiosidades, fazendo valer a máxima de se “ouvir com outros olhos”, aqui vai mais um disco do lendário selo mineiro MGL (Minas Gravações Limitada), do Sr. Dirceu Cheib (Estúdio Bemol). Eis aqui mais um álbum que descobri deste selo que deu origem às primeiras gravações profissionais em Belo Horizonte. Como todos os discos da MGL, nenhum traz informação sobre data ou coisa assim. São verdadeiros mistérios que só mesmo o Dirceu Cheib poderia nos desvendar, mas creio que nele e nem ninguém está mais interessado nessa história. Uma pena, pois mesmo não sendo obras autorais, regravações de sucessos da época que visavam apenas uma atividade comércio musical, esse trabalho tem uma história importante, tanto no que diz respeito ao pioneirismo fonográfico em Minas, quanto no seu aspecto artístico, dos músicos e instrumentistas que por aí passaram. Eu suponho que toda essa história não traz interesse por diversos motivos, mas principalmente porque levanta a questão de direitos autorais, afinal, nessa época, nos anos 60, música no Brasil era meio que ‘terra de ninguém’. Gravava-se tudo, sem ter permissão, sem ter noção. E isso não era coisa só da MGL e Paladium, haviam outras gravadoras, até mesmo as grandes.
O certo é que este é mais um disco da pequena produção da Minas Gravações Limitada. “A Turma da Brasa” é o nome do grupo, que bem provavelmente foi formado com os músicos da cidade, que atuavam em bailes, boates de Belo Horizonte. Para não variar, o repertório é sempre aquele, alguns sucessos específicos da música internacional, bem ao estilo ‘bailinho’, conjunto de beira de piscina, ou coisa assim… Também, considerando o repertório e todo o contexto visual, acredito que este lp tenha sido lançado em 1966 ou 65, época de transição da MGL, quando então nascia o selo Paladium.
Internacional Super Som T. A. – Dança Que Eu Quero Ver (1991)
Olá amigos cultos e ocultos! Aqui estamos de volta, faltando mais político no Congresso, mas sempre que possível, dando aquele toque musical. E hoje, por ser sábado, dia de festas e bailes, aqui vamos nós nos ensaiando para a dança. Trago hoje para vocês a Internacional Super Som T. A., um super conjunto de bailes, tradicional, principalmente para os paulistas. Criando no final dos anos 60 pelo músico Nilo de Souza Mello, este conjunto que é quase uma orquestra, já fez muita gente dançar em bailes memoráveis pelo Brasil. Me lembro que lá em casa tínhamos um disco deste conjunto, nunca mais vi e nem ouvi. Ontem, fuçando no Youtube, descobri que tinha este outro disco deles, e nem me lembrava. “Dança Que Eu Quero Ver” é um álbum muito interessante e eu nem me toquei, nem tive antes a curiosidade de ouvir. Mas hoje, ouvido no meu Diatone o disco ainda novinho, aprovei inteiramente. Muito boa esta orquestra-banda-conjunto. Músicos de qualidade, arranjos impecáveis e um repertório bem sortido que faz a cabeça e os pés de qualquer um num baile.
Olha aí, se por acaso vocês forem a um baile e o conjunto estiver meio fraco, saquem do bolso o arquivo deste disco e salvem a noite. 😉
A Música De Alvaiade E De Djalma Mafra – Seleção 78 RPM Do Toque Musical Vol.108 (2014)
O Rock Do Augusto – 60 Pedras Escolhidas A Dedo (2011)
Paulinho E Sua Orquestra – Metais E Surdina (1963)
Olá amigos cultos e ocultos, muito bom dia! Aproveito a folguinha matinal para ir logo dando o toque musical desta sexta feira. Trago para vocês, mais uma vez (creio até que completando a discografia), o músico Paulinho Magalhães e sua orquestra, também conhecido como Paulinho Baterista. E com já deve ser do conhecimento de todos por aqui, ele foi um baterista de carreira internacional, migrou para os ‘States’ junto com aquela leva de artistas brasileiros que foram para lá na onda da Bossa Nova.
O lp “Metais e Surdina foi lançado pelo selo Euterpe, que na verdade era uma espécie de subsidiária do selo Prestige, no qual o Paulinho já havia gravado os seus outros discos. Ao que tudo indica, pelas características, este lp é de 1963, ou 62. Traz um repertório praticamente internacional, sendo o primeiro lado dedicado a ‘standard’ da música americana e do outro lado a música latina, brasileira e francesa. Um disco de conjunto e orquestra, com grandes instrumentistas e arranjos do maestro Carioca. Confiram!
Elizeth Cardoso – Naturalmente (1959)
Olá amigos cultos e ocultos! Uma boa noite para todos! Hoje eu estou atendendo a um pedido especial do ‘frère’, Chris Rousseau, que lá de Marselha aguarda ansioso por este toque. Esta é na verdade uma recomposição de uma velha postagem feita aqui algum tempo atrás. Creio que irá agradar a todos, num geral.
Temos aqui a grande Elizeth Cardoso, ou Elizete, como aparece escrito as vezes em seus discos. Temos mais uma vez o álbum “Naturalmente”, apresentado agora em seu formato original, lançado em 1959, conforme consta no selo do relançamento. O álbum traz um texto de apresentação assinado pela escritora Eneida de Moraes, um nome, por sinal, pouco lembrado nos dias de hoje. Eneida foi uma jornalista e escritora e aparece aqui na foto de contracapa, ao lado da Elizeth Cardoso. “Naturalmente” é um lp fino, com doze músicas escolhidas a dedo. E a dedo também deve ter sido a escalação dos músicos que compõe o trabalho. Não é por acaso ele que desperta o interesse de tanta gente, não apenas por conta da cantora, mas também pela orquestra e músicos que a acompanham. Vou aqui apenas reproduzir o texto da escalação:Severino Filho é o responsável pelos arranjos, neste elepê. Também foi o irmão moço de Ismael Netto,o regente da orquestra, que contou com a colaboração preciosa dos pistões Laerte Rezende, José Moura, Alberico Moura, Hercule Calastri, dos trombones Edmundo Maciel, Armando Palla, Waldemar Moura e Francisco, dos violinos Nirenberg, Homero, Pascoli, Adolfo, Colaccico, Pinchito, Jorge e Pinheiro, dos violóes Cezar e Flinkas, dos celos Guerra e Oliani. Ao piano este Chaim, o bateria foi Paulinho, o contrabaixo Sebastião Marinho, a harpa foi Fumagália, a guitarra Temistocles de Araújo, Chuca-Chuca no vibrafone, Nicolino Cópia na flauta, o oboé e corningles foi Hans, o violão foi JOÃOZINHO GILBERTO. Os ritmistas foram Alberto de Souza, Bide, Geraldo Barbosa. No côro de Sereverino Filho as vozes são de Hortência, Odaléa e Ivone, de Altair, badeco Cosme, Quartéra e Waldir.”
Nuno Roland – Seleção 78 RPM Do Toque Musical Vol. 107 (2014)
Emilinha Borba – Força Positiva (1981)
Olá, meus caros amigos cultos e ocultos! Depois de sete anos nessa batalha ‘blogmusical’, eu vou dizer uma coisa: ando num desânimo que vocês não fazem ideia. Sei que uma das razões dessa minha ‘broxada’ tem a ver com a interatividade que por aqui já não existe. Mas no fundo, a culpa é minha mesmo. Sou eu quem deveria estar instigando vocês através de mais postagens, mais envolvimento e conteúdo… porém, está me faltando ânimo (e tempo que anda cada vez mais curto). Mesmo assim, vamos lá, no pingado…
Tenho hoje para vocês este álbum da Emilinha Borba. Um disco lançado por ela própria, de forma independente, no início dos anos 80. Naquela época vários artistas, sem encontrar espaço nas grandes e tradicionais gravadoras, partiram para os lançamentos independentes. Nessa empreitada muitos deles acabavam se enveredando também para o trabalho de produção a ponto de criarem suas próprias empresas. Emilinha foi uma dessas. Investiu na produção criando a Discos EPA (Emilinha Produções Artísticas). Lançou assim, “Força Positiva”, um lp feito na cara e na coragem, somente com músicas então inéditas. Um repertório variado contemplando velhas e novas paixões, ou por outra, antigos e novos compositores. Embora muito bem assistida em todos os aspectos dessa produção, achei meio pobre alguns arranjos. A economia de uma orquestra faz uma falta danada para uma cantora do quilate de Emilinha.
Sanguinho Novo… Arnaldo Baptista Revisado (1989)
Olá amigos cultos e ocultos! O tempo realmente passa depressa e a gente nem percebe. Parece até que foi ontem o lançamento deste disco. Ele ainda me soa como algo novo, um verdadeiro sanguinho novo. E olha que já se passaram 25 anos! Caracas! Este lp foi lançado em 1989 reunindo alguns dos mais expressivos nomes do hard, punk e pop rock nacional da época. Grupos e artistas de uma linha mais ‘cult’, ou melhor dizendo, alternativos do rock nacional. Bandas paulistas, cariocas e mineiras prestando um tributo a um dos mais importantes nomes do rock tupiniquim, o genial Arnaldo Baptista. Não sei bem o que motivou a produção desta coletânea, na época eu até pensei, será que o Mutante se foi de vez? Afinal, tributos em música a gente só costuma ver quando o artista morre. Felizmente aqui não foi bem assim. O que rolou mesmo foi uma demonstração de afinidades, um encontro de várias bandas ligadas numa pessoa só. Um sangue novo para um grande ícone do rock brasileiro, que andava meio esquecido (até para ele próprio). São doze bandas em releituras desconcertantes de algumas das muitas composições de Arnaldo ao longo de toda a sua carreira, seja com os Mutantes ou sozinho.
Gilberto Alves – É Só… Samba (1966)
Olá amigos cultos e ocultos! Aqui estamos novamente em toques musicais descompassados, pausando mais que samba de breque. Mas estamos aí… sempre!
E por falar em samba, eu hoje vou brindar vocês um disco muito bom do cantor Gilberto Alves. Este álbum, ao que consta, foi lançado em 1966 pela selo Copacabana. “É só… Samba” já diz tudo, um disco cujo o repertório é todo de samba. O cantor nos traz aqui uma seleção muito boa com vinte sambas, alguns, verdadeiros clássicos. Com vocês poderão perceber, em algumas faixas temos até quatro músicas, formando uma espécie de pot pourri. Este é. sem dúvida, um álbum raro de Gilberto Alves, pois nem mesmo uma menção a ele a gente encontra nos canais de informação. E eu diria, sem pensar duas vezes, para mim, este é um de seus melhores discos 🙂
João Petra De Barros – Seleção 78 RPM Do Toque Musical Vol. 106 (2014)
The Pop’s Ao Vivo – O Melhor De Ontem Para Você Recordar (1990)
Olá amigos torcedores! Hoje, por certo, todo mundo é torcedor, querendo ou não. Inevitável. Torce Brasil! Torce e se contorce, senão o bicho vai pegar. Ontem foi um sufoco contra o Chile. Se o Brasil sair dessa Copa o mal humor e a indignação vão estar de volta. Enquanto isso, eu por aqui vou a passos lentos, despreocupado com tudo, inclusive com as postagens deste mês que eu deveria estar fazendo com mais empenho, afinal estamos hoje completando 7 anos de atividades. Diferente dos anos anteriores, neste eu não estou fazendo festa. Se de uns tempos pra cá o ‘ibope’ no Toque Musical já não andava como nos velhos tempos, imagina agora neste mês com todos votados para o ‘grande circo’ da Fifa… sem chance! Vou enquanto isso é aproveitar, me despreocupar com as publicações, deixar rolar conforme o disco 😉
Segue aqui um outro e curioso disco do The Pop’s, aquele grupo instrumental da Jovem Guarda, que por aqui eu sempre apresento. Desta vez temos um álbum lançado nos anos 90. Suponho que tenha sido o último de uma saga e que certamente não se trata de um retorno do grupo que fez sucesso nas décadas de 60 e 70, mas sim de uma ‘arranjo’ feito pelo produtor, Oswaldo Cadaxo, em seu então novo selo, o Padrão. Oswaldo era quem comandava o lendário selo Equipe nos anos 60, por onde passaram vários artistas, inclusive os da Jovem Guarda e entre esses estava o conjunto The Pop’s. Ouvindo o disco, eu imagino que o produtor, aproveitando seu material da Equipe, relançou as gravações antigas do grupo fazendo um mix com falas e barulhinhos, típicos de gravações feitas ao vivo. Para quem entende, logo se percebe o engodo. O disco não apresenta separação de faixas, dando a entender que se trata mesmo de um show. Porém, as gravações são as mesmas extraídas de outros discos, vocês irão perceber. Contudo, o resultado ficou assim bem curioso e interessante de ouvir. Confiram…
with a little help my friend
Alvarenga & Ranchinho – Seleção 78 RPM Do Toque Musical Vol. 105 (2014)
O Grand Record Brazil está de volta, após uma semana de recesso, desta vez trazendo de volta os “milionários do riso”: Alvarenga e Ranchinho, sem dúvida uma das duplas sertanejas mais famosas e queridas do Brasil. A dupla era formada por Murilo Alvarenga, nascido na cidade mineira de Itaúna, em 22 de maio de 1912, e Diésis dos Anjos Gaia, paulista de Jacareí, nascido em 23 de maio de 1913. Após o falecimento de sua mãe, Murilo passou a residir no Brás, bairro italiano de São Paulo. Trabalhava em circos como trapezista ao lado de seus tios, e ainda cantava tangos. Diésis atuava como cantor na Rádio Clube de Santos, apresentando um repertório romântico, e uma de suas músicas prediletas era “No rancho fundo”, de Ary Barroso e Lamartine Babo, sendo por isso apelidado de “Rancho”. Em 1928, durante uma seresta em Santos, Murilo e Diésis resolveram cantar juntos. Murilo aproveitou o sobrenome Alvarenga, e Diésis, conhecido como “baixinho” em função do porte físico, aproveitou o apelido das serestas e pôs no diminutivo – Ranchinho. De início apresentavam-se em circos, com um repertório variado (valsas, modinhas, tangos, chorinhos), contando “causos” e piadas entre uma música e outra, sempre garantindo o riso e a diversão do público. É em 1933 que a dupla começa efetivamente sua carreira, atuando no Circo Pinheiro, em Santos. Mais tarde, seguem para São Paulo, apresentando-se na Companhia Bataclã. Um ano depois, ingressam na PRA-5, Rádio São Paulo (“a voz amiga”), a convite do maestro da orquestra da emissora, Brenno Rossi. Em 1935, Alvarenga e Ranchinho venceram o concurso de músicas carnavalescas da prefeitura de São Paulo com a marchinha “Sai, feia”, gravada por Raul Torres. Mais tarde, conhecem o compositor Silvino Neto e formaram o trio Mosqueteiros da Garoa, de curta duração. Um dia, a dupla passeava pelas ruas de violas na mão, quando foi vista pelo Capitão Furtado e, a convite deste, participou do primeiro filme falado produzido em São Paulo, “Fazendo fita”, substituindo Mariano e Caçula, que desistiram de atuar no mesmo em virtude do atraso nas filmagens. Em 1936, a dupla chega ao Rio de Janeiro para uma temporada na Casa de Caboclo,uma casa noturna erguida no lugar do antigo Teatro São José,e ingressam na Rádio Tupi, com apresentações no programa “Hora do Guri”. Nesse ano, gravam seu primeiro disco, na Odeon, com a moda de viola “Itália e Abissínia” e o cateretê “Liga das Nações”. Em 1937, já consagrados, Alvarenga e Ranchinho são contratados pelo Cassino da Urca, onde permanecem até a proibição do jogo no Brasil, em 1946. Em 1938, obtêm êxito no carnaval com a marchinha “Seu condutor”, deles com Herivelto Martins, e nesse ano Ranchinho se desliga pela primeira vez da dupla. Alvarenga passa a cantar com Bentinho e forma o grupo Alvarenga e sua Gente. Mas, em 1939, Alvarenga e Ranchinho recompõem a dupla, que um ano mais tarde grava um de seus maiores hits, “Romance de uma caveira”. Em suas apresentações, o forte da dupla eram as sátiras políticas, com a diversão do público e o consequente descontentamento de alguns políticos atingidos. Inclusive o então presidente Getúlio Vargas, e a dupla passou a enfrentar problemas com o DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda), órgão de censura do Estado Novo. Porém, certa vez, no dia do aniversário de Getúlio, 19 de abril, sua filha Alzira Vargas convidou Alvarenga e Ranchinho para cantar no Palácio do Catete. Após ouvir a dupla, inclusive as sátiras que o atingiam diretamente, Getúlio acabou gostando e decidiu liberar suas músicas. Após uma excursão pelo Rio Grande do Sul, são contratados pela Rádio Mayrink Veiga, onde recebem o título de “Milionários do Riso”, tendo atuado também na lendária Rádio Nacional. Em 1950, apresentaram-se no Cassino Estoril, dePortugal, e, nessa época, são contratados pela Rádio e Televisão Tupi, juntamente com seu descobridor, o Capitão Furtado, “a trinca do bom humor”. Na década de 50, Diésis novamente deixa de cantar com Alvarenga por dois meses, desta vez substituído por Delamare de Abreu, irmão de Alvarenga por parte de mãe, que mais tarde deixou a carreira artística e virou pastor protestante. Em 1965, Diésis, o primeiro Ranchinho, abandona definitivamente Alvarenga, sendo substituído por Homero de Souza Campos, que já integrara o Trio Mineiro, ao lado de Bolinha (Euclides Pereira Rangel) e Cosmorama. A 18 de janeiro de 1978, em São Paulo, Alvarenga falece, encerrando definitivamente a dupla. Diésis dos Anjos Gaia, o primeiro Ranchinho, continuou a se apresentar solo, inclusive participando, em 1981-82, do programa “Som Brasil”, apresentado por Rolando Boldrin na TV Globo. Diésis faleceu em 5 de julho de 1991. Nesta edição do GRB, apresentamos alguns dos melhores momentos da vitoriosa carreira de Alvarenga e Ranchinho, perfazendo um total de dezesseis faixas, todas em gravações Odeon. Abrindo esta seleção, justamente o lado A do primeiro disco da dupla, a moda de viola “Itália e Abissínia”, deles mesmos mais o Capitão Furtado, abordando o conflito entre os dois países, que precederia a Segunda Guerra Mundial. Histórica gravação de 16 de março de 1936, lançado em maio do mesmo ano, disco 11342-A, matriz 5286. “O divórcio vem aí”, de Alvarenga, Ranchinho e mais ninguém, reflete uma das muitas ocasiões em que o tema estava na pauta das discussões, em gravação datada de 11 de julho de 1939 e lançada em setembro do mesmo ano sob n.o 11757-A,matriz 6153. Em seguida temos o lado B desse disco, o cateretê “Nóis em Buenos Aires”, também de composição própria, matriz 6154, concebido após uma temporada de sucesso na capital argentina. A moda de viola “Racionamento de gasolina”, de Palmeira e do Capitão Furtado, retrata uma situação decorrente da Segunda Guerra Mundial, com o uso pelos automóveis de gasogênios (aparelhos que substituíam gasolina por gás). Alvarenga e Ranchinho a gravaram na ”marca do templo” em 13 de julho de 1942, com lançamento em setembro do mesmo ano sob n.o 12195-B, matriz 7013. Também do Capitão Furtado e Palmeira, agora com a companhia de Piraci (Miguel Lopes Rodrigues), é a moda de viola “Você já viu o cruzeiro?”, outra crônica musical em que se aborda a implantação do cruzeiro como moeda nacional (após frustrada tentativa no governo de Washington Luís), gravação de 15 de setembro de 1943, lançada em novembro do mesmo ano, disco 12376-B, matriz 7384. Uma das muitas homenagens musicais prestadas à capital paulista, o samba “Eh! São Paulo”, da própria dupla, é conhecido até hoje, e foi gravado em 13 de dezembro de 1943, com lançamento em março de 44, disco 12423-B, matriz 7449. A divertida moda de viola “Liga dos bichos”, dos próprios Alvarenga e Ranchinho mais o Capitão Furtado, foi lançada originalmente na Victor, em 1936. Aqui,a segunda gravação, feita na Odeon em 27 de fevereiro de1948 e só lançada em maio de 49 sob n.o 12933-A, matriz 8322. Composta e gravada na época do Estado Novo, a moda de viola “História de um soldado”, de Alvarenga sem parceria, foi vetada pela censura na época. Mas, em 5 de fevereiro de 1953, Alvarenga e Ranchinho fazem nova gravação, esta sim lançada em disco, em maio do mesmo ano, com o n.o 13437-B, matriz 9615, e com o título alterado para “História de um palhaço’ (!). “Dança do chegadinho” é uma marchinha do carnaval de 1942. Assinada pelos próprios Alvarenga e Ranchinho, foi por eles gravada em 19 de novembro de 41, com lançamento pela “marca do templo” um mês antes dos festejos de Momo, em janeiro, sob n.o 12102-A, matriz 6857. A rancheira “As três festas”, também composição própria da dupla, é gravada em 16 de abril de 1941, mas só chega as lojas em março de 42, no disco Odeon 12124-B, matriz 6614. Em seguida, temos o clássico “Tico-tico no fubá”, “choro sapeca” de Zequinha de Abreu, originalmente lançado em 1932 pela Orquestra Colbaz, apenas instrumentalmente. Com o subtítulo de “Vamos dançar, comadre” e com letra de Alvarenga, é por ele gravado com Ranchinho na Odeon em 27 de julho de1942, com lançamento em outubro do mesmo ano sob n.o 12202-A, matriz 7021 (a letra mais conhecida, porém, é a de Eurico Barreiros, gravada no mesmo ano por Ademilde Fonseca). A “Valsa do assobio”, dos próprios Alvarenga e Ranchinho, é por eles gravada em 16 de abril de1941, mas só sai em março de 42 sob n.o 12124-A,matriz 6615. O cateretê “Fogo no canaviar”, outra composição própria da dupla, é gravação de 13 de dezembro de 1943, só lançada em junho de 44, disco 12449-B, matriz 7450. “Vamos arrastar o pé”, de Alvarenga e Chiquinho Sales, é uma marchinha do carnaval de 1943, que os “milionários do riso” gravam na “marca do templo” em 13 de novembro de 42 com lançamento um mês antes da folia, em janeiro, sob n.o 12248-B, matriz 7140. As duas últimas faixas mostram a veia romântica de Alvarenga e Ranchinho. A rancheira “Adeus, Mariazinha”, de Fausto Vasconcelos, é gravada pela dupla em 25 de janeiro de1944,com lançamento em maio do mesmo ano, disco 12442-B, matriz 7480. E, por fim, encerrando esta seleção do GRB, a valsa “Aquela flor”, da própria dupla, gravação de 13 de julho de 1942, lançada somente em outubro de 44, disco 12498-A, matriz 7011. Enfim,uma retrospectiva bastante expressiva da carreira de Alvarenga e Ranchinho, os eternos e insubstituíveis “Milionários do Riso”! –
*Texto de SAMUEL MACHADO FILHO
Dilermando Reis – Presença De Dilermando Reis (1962)
Boa noite, meus prezados amigos cultos e ocultos! Aqui vai um disco que certamente irá agradar aos garimpeiros de plantão. Temos para hoje este álbum do violonista Dilermando Reis, lançado em 1962, pela Continental. Nele encontraremos um repertório quase todo autoral. Diferente de outros discos do artista, neste ele vem acompanhado por Radamés Gnatalli e sua orquestra, que dá ao trabalho um caráter ainda mais amplo, deixando Dilermando mais como um solista da orquestra. Participa também o organista e compositor Steve Bernard, figura muito citada na Rede, mas eu mesmo não encontrei nada sobre ele. Me parece, pelo nome, que era um músico estrangeiro que teve passagem pelo Brasil, suponho eu. Confiram aí este lp e se alguém souber, esclarece aqui quem foi esse Steve Bernard. Fiquei curioso…
Chico Buarque De Hollanda (1966)
Salve, amigos cultos e ocultos! Aqui estou de volta. Este é um mês especial e eu não poderia deixá-lo passar assim com tantas falhas, com postagens picadas e coisa e tal… Assim sendo, vamos tratar de por a casa em ordem, apresentando títulos realmente interessantes para se ouvir com outros olhos.
Como disse, este é um mês especial. O Toque Musical está fazendo aniversário. Coincidentemente o Chico Buarque também. São 7 do TM e 70 do Chico. Parabéns aos dois! Parabéns ao grande compositor Chico Buarque de Holanda, figura que indiscutivelmente é um dos maiores artistas brasileiros. Considero-o como o Noel Rosa contemporâneo. Artista do mesmo quilate do Poeta da Vila, cujas criações são eternas. Não tenho nada que possa acrescentar ao que já foi dito sobre ele. Amo o Chico de paixão e é por isso, pelo seu aniversário que estou postando hoje o seu primeiro lp. Disco este, por sinal, que me acompanha desde o seu lançamento. Foi comprado na época por alguém lá de casa e eu ao final acabei herdando toda a discoteca. Eu sempre fui muito cuidadoso e aprendi cedo a zelar pelos vinis. Este, continua intacto, perfeito, sendo um dos meus prediletos. Tem história, tem momentos e…, porra, é um puta disco!
Lançado pelo selo RGE em 1966, este foi o primeiro lp de Chico Buarque. Um álbum magnífico onde iremos encontras algumas de suas mais célebres canções. No disco ele conta com a participação de Toquinho, que o acompanha em várias faixas. Também o acompanha o quinteto de Luiz Loy e em algumas faixas os arranjos são do maestro Francisco de Moraes. Sem discussão, um disco nota 10! Básico em qualquer discoteca que se preze. 😉
Sempre No Meu Coração – Always In My Heart (2014)
Olá amigos cultos e ocultos! Eu havia dito que faria uma pausa nas postagens, mas devido as circunstâncias, me vi obrigado a fazer mais uma. Considerando que hoje é um dia muito especial para todos nós brasileiros, quando então um sentimento, a paixão, nos arrebata fazendo nosso coração vibrar, eu daqui não pude me furtar a esta saudação: feliz Dia dos Namorados! É, vocês estavam pensando que eu me referia à Copa? Nada disso, nada de copa… a conversa é no quarto, entre quatro paredes. Só love, só love… Aproveitei que tinha aqui uma seleção de versões para um clássico da música americana, “Always in my heart”, canção composta nos anos 40 por James Kimball Gannon, para um filme de Hollywood, com o mesmo nome. Graças ao filme, a canção ganhou o mundo e também muitas versões. Selecionei aqui vinte delas internacionais e outras vinte da versão nacional. Entre as versões nacionais, faço constar também a interpretação do cantor Pedro Paulo Lecuona, grande colecionador de lps, dos quais muitos foram extraídos como parte do acervo digital do Toque Musical..
Segue assim 40 diferentes versões para a música “Always In My Heart”. Um presentaço para velhos casais ainda apaixonados. Listados abaixo vão os intérpretes nacionais:
Toquinho, Vinícius & Amigos (1973)
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Contrariando as expectativas, por aqui, realmente, não vai ter Copa! Não adianta nem pedir ajuda à Fifa, ao Lula ou à Dilma. Adoro futebol, mas aqui ninguém é idiota. Vai que o Joseph Blatter e sua gang resolvem começar a fazer exigências… querer deixar isso aqui parecido com o Loronix, tudo em inglês, texto perfeito padrão Fifa… sem chance! Aqui, faço eu!
Vamos então rodando o nosso disco do dia. Vamos com este célebre lp de Toquinho & Vinícius lançado pela RGE/Fermata em 1973. Um álbum cheio de convidados, como se pode ver logo pela capa: Chico Buarque, Maria Bethania, Maria Creuza, o italiano Sergio Endrigo e Ciro Monteiro, que aparece aqui em suas últimas gravações.
Sérgio Ricardo (1975)
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Com o início da Copa do Mundo, eu estou pensando aqui em dar uma parada. Uma pausa para desafogar, descansar, ou ainda, parar de vez… Neste mês de junho o Toque Musical estará completando 7 anos de atividades. Ao contrário dos anos anteriores, quando então eu sempre celebrei a data, desta vez ando meio desanimado. Não fiz ainda nenhuma chamada e nem estou pensando em grandes coisas. Este ano eu estou no espírito da Copa, ou seja, totalmente broxado… Devo dar uma pausa logo no fim da semana, ok?
Bom… falando do que é bom, eu hoje estou trazendo aqui para vocês este já bem conhecido, porém sempre bem vindo, álbum do cantor e compositor Sérgio Ricardo. Este lp foi lançado em 1975 pela RCA Victor e traz o artista interpretando, em novas versões, alguns de seus temas para o filme, também de sua autoria, “A Noite do Espantalho”; o clássico “Zelão”; “Dlce Negra”; “Bouquet de Isabel”, “Ausência de você” e também o tema da peça infantil de Maria Clara Machado, “Flicts”, em parceria com Ziraldo.
A Música De Henricão – Seleção 78 RPB Do Toque Musical Vol. 104 (2014)
Apresentamos anteriormente, aqui no Grand Record Brazil, várias composições de Henricão (Henrique Felipe da Costa, Itapira, SP, 1908-São Paulo, 1984), inclusive duetos dele com Cármen Costa, cantora que ele próprio lançou,na edição de número 75, e que conseguiria maior sucesso de mídia que ele. Como bem se lembram os amigos cultos, ocultos e associados do TM, apresentamos na ocasião um esboço biográfico da obra deste compositor, que ganhou o apelido por causa de sua exagerada estatura (quase dois metros de altura) e, pouco antes de falecer, ficou na história como o primeiro Rei Momo negro do carnaval de São Paulo. Também marcou presença como ator de cinema e televisão e, apesar de ter feito inúmeras composições de sucesso e de toda a sua fama, vivia em dificuldades financeiras, até passando fome, mas sempre ajudado pelos amigos e encarando a vida com otimismo e esperança. Pois nesta centésima-quarta edição do GRB, apresentamos mais um pouco do legado do notável Henricão,tanto como autor quanto apenas intérprete, com uma seleção de nove gravações de valor artístico e histórico inquestionáveis. Abrimos a seleção desta semana com três duetos do compositor com a carioca Sarita, cuja biografia é um mistério para muitos pesquisadores, em gravações Odeon. O primeiro é “Moreninha do sertão”, toada do acordeonista Antenógenes Silva , evidentemente com a participação dele mesmo no acompanhamento (sua popularidade era tão grande que seus discos, mesmo quando cantados, tinham seu nome acima dos de quem interpretava as músicas). A gravação é de 9 de maio de 1936, tendo sido lançada em outubro do mesmo ano com o número 11398-B, matriz 5340. A segunda faixa com Henricão e Sarita é “Noiô noiô”, maracatu dos irmãos Paulo e Sebastião Lopes (autores também de um clássico do gênero, “Coroa Imperial”), destinado ao carnaval pernambucano de 1937. A gravação data de 15 de dezembro de 36, sendo lançada um mês antes dos festejos momescos pela “marca do templo” com o número 11447-A,matriz 5494. Escalou-se também, na faixa seguinte, o lado B, outro maracatu, este de Benigno Gomes e Franz Ferrer, “Chora, meu goguê”, matriz 5495. Em seguida, como solista, Henricão nos traz o samba “Pra que tanto ciúme?”, de Bucy Moreira e Lacy Martins (irmão de Herivelto),.também gravação Odeon, datada de 10 de dezembro de 1937, com lançamento em fevereiro de 38 (para o carnaval, “of course”), disco 11565-A,matriz 5731. O lado B, matriz 5732, também aqui está, e também é samba: “Qual foi o mal que te fiz?”, de Getúlio “Amor” Marinho e O. Patrício. O samba-choro “Casinha da Marambaia”, de Henricão e Rubens Campos (sequência de “Só vendo que beleza”, de 1942), originalmente lançado por Cármen Costa em 1944, é aqui revivido ao solovox (considerado o primeiro sintetizador monofônico da história musical) pelo também maestro Roberto Ferri, à frente de seu conjunto, em raríssima gravação do selo Califórnia (gravadora fundada pelo compositor Mário Vieira e até hoje em atividade, dirigida pela terceira geração da família), datada de 28 de novembro de 1960, disco TC-1191-B, matriz TC-502. A “Marcha dos Democráticos”, interpretada solo por Henricão na faixa seguinte, é de Sátiro de Melo, José Alcides e Tancredo Silva, mesmos autores do clássico “General da Banda”. Só se sabe que é gravação RCA Victor, possivelmente de disco promocional, não-comercializado. “Não me abandone”, samba do carnaval de 1944, que Henricão fez com Rubens Campos e José Alcides, é interpretado pela cantora que o compositor apadrinhou, Cármen Costa, em gravação Victor de 24 de novembro de 43, lançada um mês antes da folia, em janeiro, disco 80-0153-B, matriz S-052889. O multi-instrumentista Garoto (Aníbal Augusto Sardinha, 1915-1955) executa ao cavaquinho, em ritmo de baião, “Está chegando a hora”, adaptação de Henricão e Rubens Campos para a valsa mexicana “Cielito lindo”, escrita em 1882 por Quirino Mendoza y Cortés. A música teve seu título mudado para “Chegou a hora” nesta gravação Odeon de 26 de maio de 1953, lançada em julho seguinte sob número 13472-B, matriz 9716. A faixa seguinte, “Dever de um brasileiro”, com o próprio Henricão, outra parceria sua com Rubens Campos, é um samba da época da Segunda Guerra Mundial, relatando a despedida de um pracinha da FEB (Força Expedicionária Brasileira) para lutar na Itália, Gravação Victor de 4 de maio de 1943, lançada em julho do mesmo ano, disco 80-0095-A, matriz S-052762. Por fim, “Será possível?”, samba também de Henricão e Rubens Campos e outra gravação Victor, agora do “Formigão’ Cyro Monteiro, datada de 5 de junho de 1941 e lançada em agosto seguinte com o número 34781-A, matriz S-052234. É a faixa que encerra esta pequena-grande retrospectiva de Henricão, apresentando músicas seja de outros autores, por ele interpretadas solo ou acompanhado, e composições próprias apresentadas por outros expressivos nomes da MPB. Divirtam-se!
Claudia Telles – Claudia (1977)
Carlinhos Vergueiro – Só O Tempo Dirá (1975)
Boa noite, meus caríssimos amigos cultos e ocultos! Aqui estamos com mais uma boa postagem. Mais um bom toque musical. Hoje apresentado o segundo disco do cantor e compositor Carlinhos Vergueiro. O primeiro, “Brecha”, de 1974, eu já publiquei aqui há mais tempo. “Só o tempo dirá” foi o disco onde o artista ganhou projeção, principalmente por conta da primeira faixa do lado B, “Como um ladrão”, música vencedora do Festival Abertura, da Rede Globo, de 75. Esta música é mesmo muito bonita e com o arranjo do Nelson Ayres ficou sensacional. O álbum, num geral e como convém à produção fonográfica dos anos 70, muito boa. Hoje, talvez, mais ainda se compararmos à mediocridade reinante. O trabalho é praticamente todo autoral tendo apenas o choro, “Paraquedista”, que é de José Leocádio, trombonista da Orquestra Tabajara. Carlinhos Vergueiro conta ainda com a participação da Velha Guarda da Portela na faixa que dá nome ao disco, “Só o tempo dirá”. A propósito, será que este lp chegou a ser relançado? Sinceramente, eu nunca vi em lojas e nem nas bocas. Talvez por isso é que eu o estou postando. Confira aí, antes que a Fifa domine..
Francisco Carlos – Adorável Como Um Sonho (1957)
Olá amigos cultos e ocultos! Tem horas em que eu penso seriamente em desistir dessa minha peleja que é (hoje) tentar manter diariamente as postagens do Toque Musical. Eu realmente ando muito sem tempo e também meio desanimado. Perdi um pouco a graça com algo que já não consigo manter. Adoro música, discos… e adoro compartilhar isso tudo com vocês, mas realmente está difícil… 🙁 Enquanto ainda aguento, enquanto ainda há um pingo de vontade e alguns minutos de folga, vou publicando aqui…
Seguimos hoje com outro disco do cantor Francisco José, seu terceiro lp lançado pela RCA Victor em 1957. Um álbum de 12 polegadas com doze faixas em um repertório romântico, com músicas de famosas, na qual eu destaco a belíssima “Você não sabe amar”, samba de Dorival Caymmi e Carlos Guinle, antecipando aquela bossa nova.
Sylvinha Mello – Seleção 78 RPM Do Toque Musical Vol. 103 (2014)
Quinteto Agreste – Sol Maior (1982)
Boa noite, prezados amigos cultos e ocultos! Para não passarmos em branco o fim de semana, de última hora, aqui vai um disco bacana, que cura qualquer depressão domingueira. Apresento a vocês o Quinteto Agreste, um grupo cearense de primeiríssima qualidade, surgido lá pelos anos 70, em Fortaleza. Injustamente, foi um conjunto que não recebeu a devida atenção da crítica e de um público a nível nacional. Ficaram meio que restritos ao regional, não conseguindo a merecida projeção. Pelo pouco que sei, o grupo ainda se mantém ativo, apesar de algumas alterações. Gravaram ao longo do tempo dois lps e um compacto. Depois, parece, lançaram um cd nos anos 2000. “Sol Maior” foi o primeiro lp, produção independente lançada em 1982, com o apoio da Fundação Cearense de Pesquisa e Cultura. Um trabalho realmente muito bem produzido e autêntico. São dez faixas entre temas autorais e outros conhecidos como “Na hora do almoço”, de Belchior; “Vaca Estrela, Boi Fubá”, de Patativa do Assaré e “Riacho do Navio”, de Luiz Gonzaga e Zé Dantas. Não deixem de conferir… O link não fica no blog, não demora no GTM, não espera ninguém… 🙂
Moreira Da Silva – O Rei Do Gatilho (1985)
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Aqui vou eu lançando mão de mais um ‘disco de gaveta’, aquele sempre pronto para entrar em cena quando a cena complica aqui para o meu lado. Trago aqui para vocês este lp do Moreira da Silva, lançado em 1985 pela PolyGram. Trata-se, naturalmente, de uma coletânea de gravações dos anos de 79 e 81. Músicas que sempre estiveram em seu repertório e que nós, certamente, sempre apreciamos, não é mesmo?
Hermeto Pascoal & Grupo – Live In Hamburg 1985 (2014)
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Eu hoje estou trazendo uma ‘produção exclusiva’, aproveitando o tempinho de folga e em consequência da ‘geral’ que eu andei dando em um dos meus HDs. Foi fazendo uma faxina digital que encontrei uns arquivos em uma pasta chamada Hermeto Pascoal & Grupo – Ao Vivo Em Hamburgo 1985. Creio que foi alguma das muitas coisas que sempre recebo dos amigos e acabo esquecendo de postar. Na verdade, esperando uma hora como essa em que eu animo e banco a embalagem. Continuo produzindo essas capinhas porque sei que muita gente gosta (e eu também).
Segue então este registro que consta como sendo um show ao vivo de Hermeto Pascoal e seu grupo, em Hamburgo, na Alemanha em 1985. Passando o olho pelo Google, não encontrei nada a respeito desse show. Será que alguém aí sabe? Diz aí Hermeto!
O mais importante nisso tudo é que a gravação é de muito boa qualidade, o que garante uma audição prazerosa, principalmente em se tratando de Hermeto Pascoal. Fica em aberta esta postagem, esperando que os comentários se façam como complemento. Hermeto Pascoal é show! 😉
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