Apreciadores da “easy listening”, ou seja, da música instrumental e orquestrada, lembram-se, e com muitas saudades, de nomes como o norte-americano Ray Conniff, o francês Franck Pourcel, o canadense Percy Faith e o italiano Mantovani, notáveis regentes de grandes orquestras. E, evidentemente, também têm na lembrança um outro grande maestro francês, hoje lembrado pelo TM: Paul Mauriat. Ele veio ao mundo na cidade de Marselha, a 4 de março de 1925. Filho de uma família de músicos, teve seu pai como primeiro mestre. Iniciou seus estudos de piano aos quatro anos, e aos dez, entrou para o Conservatório de Paris, e de lá saiu aos catorze, decidido a seguir carreira de concertista. Porém, o encontro com o jazz mudou seus planos, influenciando decididamente o estilo que o consagrou a nível mundial. Mauriat cresceu em Paris, e organizou sua própria orquestra aos dezessete anos, apresentando-se com ela em cabarés e teatros da França e outros países europeus. Nos anos 1950, tornou-se o arranjador preferido de inúmeros cantores franceses, principalmente Charles Aznavour. Gravou o primeiro álbum com sua orquestra, “Paris by night”, em 1961, depois do qual vieram muitos e muitos outros. Seu maior sucesso talvez seja “L’amour est bleu (Love is blue)”, gravado em 1968, que embalou as festinhas de muita gente e é lembrado até hoje. “El bimbo” e “Penelope” também estão entre as gravações mais lembradas de Paul Mauriat e sua “grande orquestra”. Após vários anos de intensa atividade no disco e em apresentações públicas por todo o mundo, em 1998, Paul Mauriat decidiu retirar-se da vida artística, realizando um último show em Osaka, Japão. Mas sua orquestra continuou em atividade, assumida primeiramente por Gilles Gambus, que era seu pianista, e mais tarde por Jean-Jacques Justafre. Em fins de 2006, aos 81 anos de idade, Mauriat afasta-se definitivamente da vida artística e passa a residir em sua casa de verão, na cidade francesa de Perpignan, onde morreu no dia 3 de novembro daquele ano. O álbum de Paul Mauriat que o TM oferece hoje a seus amigos cultos, ocultos e associados, é “Brazilian landscape”. Lançado em 1974 pela Philips/Phonogram, é o primeiro volume de uma série denominada “Melodies and memories”, que teve no total dez títulos temáticos, cada um dedicado a um gênero musical, e todos montados a partir dos muitos LPs gravados pelo maestro francês até aquele ano. Mauriat muito apreciava a música popular brasileira, e não é à toa que este disco seja inteiramente dedicado a hits brazucas. Em catorze faixas, desfilam sucessos da MPB principalmente dos anos 1960/70, bem conhecidos até hoje, tipo “A banda”, “Jesus Cristo”, “Naquela mesa”, “Ponteio”, “Amada amante”, “Folhas secas”, “Viagem”, “Você abusou”, além da tradicionalíssima “Carinhoso”, do mestre Pixinguinha, uma dessas páginas musicais que não há quem não conheça. Merece também destaque a inclusão de “O sonho”, de Egberto Gismonti, surgida em um festival da canção e, mesmo não classificada, o projetou internacionalmente. Uma compilação que irá por certo fazer o deleite e o entretenimento dos amigos do TM, especialmente os que gostam de dançar “coladinho”, e pode ser considerada o embrião da série de álbuns “Exclusivamente Brasil”, que Mauriat gravaria nos anos seguintes. Show de bola!
carinhoso
ponteio
tristeza20
a banda
folhas secas
jesus cristo
presepada
naquela mesa
viagem
amada amante
casa no campo
você abusou
teimosa
o sonho
*Texto de Samuel Machado Filho

Boa noite, amigos cultos e ocultos. Graças a Deus, recuperei todos os arquivos que haviam em um velho computador. Foi mesmo muita sorte. consegui resgatar tudo no último suspiro da antiga máquina. Agora ela pifou de vez. Havia deixado no hd mais de 500 gigas de mp3, coisas inclusive que eu nem me lembrava de ter arquivado. Entre tanta coisa, achei aqui os arquivos de dois compactos, um da Elis Regina e outro da Gal Costa. Me lembro de já ter tido esses disquinhos e foi por isso mesmo que achei de boa postá-los aqui. Não sei mais de onde tirei esses arquivos, certamente foi coisa já postada em algum blog. Mesmo assim, independente de qualquer coisa achei por bem de postá-los. Hoje, mais que nunca eu estou compartilhando. Vamos de Elis em compacto duplo lançado em 1970 e Gal Costa em seu também compacto duplo de 69. todos dois lançados pela Philips. Duas boas safras, duas boas pedida
