Ivete Siqueira – Incerteza (1959)

Muito bom dia, meus amigos cultos e ocultos! Nos dois últimos dias o Toque Musical andou fora do ar devido a questões técnicas do provedor de hospedagem do site. Eu já estava achando que tinha levado um calote. Vez por outra escuto alguém reclamar dessas empresas que prestam esses serviços de hospedagem e dão o cano no cliente. Felizmente, parece, não foi o meu caso. Aliás, a indicação desse provedor veio através de um solícito frequentador, que foi quem me conveceu a migrar o blog para um endereço próprio. O cara foi muito bacana, me orientando em várias etapas da construção do www.toque-musicall.com. Porém, buscou, como muitos, se manter no anonimato. Como me pareceu uma pessoa de bem, fui levando e acreditando em suas dicas. Não posso negar que ele foi de muita valia. Sem ele o ‘www’ não estaria em funcionamento. Mas o cara até o final se manteve resistente. Não quis se revelar e ao final, quando o site já estava praticamente pronto, ele acabou se matando. Na verdade, não foi bem um suicídio. Acho que depois que eu pensei em colocar no Toque Musical uma rádio, ele deu para trás. E eu até entendo, pois creio (na minha intuição), que o cara tinha lá seus motivos… acho que ele era administrador de alguma dessas web rádios” que sempre toca o material publicado aqui no TM. Preferiu se fazer de morto, literalmente, quando em um dos vários e-mails que lhe mandei, recebi uma derradeira e lacônica mensagem: “meu marido faleceu…” Ponto final. Acabava ali a minha assistência e insistência. Fiquei sozinho levando o barco. Continuo navegando meios às cegas, mas para não encalhar, procuro seguir à risco as orientações do velho capitão. Daí, quando acontece algo, como foi a interrupção do TM pelo site de hospedagem, fico desesperado e ponho a público algumas das mil e uma versões do Toque Musical para que vocês não fiquem a ver navios. Então, só mais uma vez lembrando, além do oficial (www.toque-musicall.com), temos também duas outras versões em paralelo que correm abertas ao público, (http://toque-music-all.blogspot.com.br/ e http://toque-musica.blogspot.com.br/). São duas outras alternativas quando acontecer de encontrarem a porta da matriz fechada, ok?
Bom, falemos agora da postagemdo dia. Acho que esta semana está pedindo para ser das cantoras. Ontem foi mais um da Linda Rodrigues e hoje vamos com a Ivete Siqueira. Eis aí uma cantora da qual eu pouco conheço. Mesmo sendo das antigas, acho que aqui para os meus lados ela não vingou. E pelo jeito, ao consultar a ‘Enciclopéida Google’, não temos lá muitas informações sobre ela.
Ivete Siqueira foi uma cantora de rádio que atuou no final dos anos 50 e início dos 60. Seu repertório era de tangos, boleros, mambos e outras versões. Fazia um estilo a la Dalva de Oliveira, inclusive no timbre da voz. Pelo que eu li, ela gravou algumas bolachas de 78 rpm e apenas dois lps, pela RCA Victor. O álbum “Incerteza” foi seu lp de estréia.
Eu devia ter deixado esta postagem para o meu amigo Samuca. Ele, por certo, deve saber mais coisas sobre a cantora. Vamos deixar essa postagem em aberto, esperando uma complementação, quem sabe, na seção de comentários. Afinal, o espaço é também para isso…
Linda Rodrigues 2 – Seleção 78 RPM Do Toque Musical Vol. 56 (2013)
Nesta segunda parte de nosso retrospecto, oferecemos vinte preciosos fonogramas de Linda. Abrindo-a, o bolero “Nossos caminhos”, de Ayrton Amorim e Nogueira Xavier, gravado na Continental em 10 de abril de 1952 e lançado em maio-junho seguintes, matriz C-2840, o lado B do disco 16559 (cujo lado A, o clássico “Lama”, encerrou nosso volume anterior). Na sequência, os dois lados do Continental 16742, lançado em maio-junho de 1953: os sambas-canções, ambos de Paulo Marques, “Fui amigo”(parceria de David Barcelos, matriz C-3065) e “Mesa de bar” (parceria da notável Dora Lopes, matriz C-3066). No Continental 16822, lançado em setembro-outubro de 1953, Linda interpreta o fox “O homem que eu amo”, matriz C-3178, versão de Mayu Atty (quem seria?) para o standard americano “The man I love”, dos irmãos Ira e George Gershwin, publicado em 1927 e desde então muito gravado, e o samba-canção “Flor do lodo”, de Ary Mesquita, matriz C-3179, cuja gravação original saiu em março do mesmo ano, na interpretação da já veterana Aracy Cortes. Em seguida, vêm duas músicas que Linda gravou na Sinter para o carnaval de 1953, e lançadas em janeiro desse ano com o número 00-00.182: o samba “Sombra e água fresca”, de Ruço do Pandeiro e Geraldo Mendonça, matriz S-391, e a marchinha “Bambeio mas não caio”, de seus inseparáveis amigos e parceiros Paulo Marques e Aylce Chaves, mais a vedete Elvira Pagã, que formou dupla de sucesso com a irmã Rosina (eram as famosas Irmãs Pagãs), matriz S-392. Vem mais carnaval em seguida, agora o de 1954, no Continental 16888, lançado em janeiro desse ano: o samba “Sereno cai”, de Raul Sampaio (cantor e compositor que integrou a terceira formação do Trio de Ouro, ao lado de seu fundador, Herivelto Martins, e de Lourdinha Bittencourt) em parceria com Ricardo Galeno, matriz C-3224, e a marchinha “Tá tão bom”, assinada por um trio chamado Os Três Amigos (quem seriam?), matriz C-3223. Do Continental 16944, lançado em abril de 1954, apresentamos o lado B, o samba-canção “Farrapo de calçada”, matriz C-3328, composição da própria Linda Rodrigues sem parceria, mais tarde regravado pelo cantor Roberto Muller. Em seguida, as duas faixas do Continental 17058, lançado em janeiro de 1955, ambas sambas-canções. Abrindo-o, “Ninguém me compreende”, matriz C-3456, de autoria de Peterpan (José Fernandes de Almeida, Maceió, AL, 1911-Rio de Janeiro, 1983). Autor de clássicos como “Última inspiração”, “Se queres saber” e “Fita meus olhos”, Peterpan era cunhado da cantora Emilinha Borba, que, curiosamente, regravaria “Ninguém me compreende” em 2003, em seu último disco, o CD independente “Emilinha pinta e Borba”. No verso, matriz C-3457, outro hit de Linda Rodrigues, por ela composto em parceria com José Braga, “Vício”, regravado em 1980 por Cármen Costa. Depois temos os dois lados do Continental 17158, gravado em 18 de março de 1955 e lançado em outubro do mesmo ano. Abrindo-o, matriz C-3604, o samba “Olha no espelho”, da dupla Zé e Zilda (José Gonçalves, o Zé da Zilda, havia falecido em outubro de 1954, de AVC). No verso, matriz C-3606, o fox “Aquilo que eu vejo”, de Vicente Paiva e Chianca de Garcia, amigos e colegas desde os tempos do Cassino da Urca. Para o carnaval de 1956, Linda Rodrigues grava na Todamérica, a 18 de outubro de 55, com lançamento ainda em novembro sob número TA-5591, a marchinha “Rico é gente bem”, de Ari Monteiro, A Rebelo e J. Rupp, matriz TA-889, e o samba ‘Folha de papel”, também de Ari Monteiro em parceria com Paulo Marques e Sávio Barcelos, matriz TA-890. Linda despediu-se de vez da Continental com o disco 17279, editado em abril-maio de 1956. De um lado, um samba-canção dela própria em parceria com Aylce Chaves, “Farrapo humano”, matriz C-3796, certamente inspirado no filme americano de mesmo nome (no original, “The lost weekend”), de 1945, produzido pela Paramount e estrelado por Ray Milland. No verso, matriz C-3797, um samba de Noel Rosa (1910-1937) em parceria com Henrique Brito, seu companheiro no Bando de Tangarás, “Queimei teu retrato”, até então inédito em disco e cujo ano de composição é ignorado. Para finalizar, apresentamos as faixas do disco de estreia da cantora na RCA Victor, número 80-1705, gravado em 13 de setembro de 1956 e lançado em novembro seguinte, visando o carnaval de 57, ambas marchinhas: “A dona da casa”, de Arnô Canegal (Rio de Janeiro, 1915-idem, 1986) e uma certa Dina, matriz BE6VB-1301, e “Barca da Cantareira”, de Arnaldo Ferreira e J. Rupp, matriz BE6VB-1302. A barca do título fazia na época o trajeto do Rio de Janeiro a Niterói, antes da construção da ponte fixa. Das duas faixas, “A dona da casa” foi a única a chegar também ao LP, no álbum coletivo “Carnaval RCA Victor”. Na próxima semana, encerraremos esta nossa retrospectiva dedicada a Linda Rodrigues. Até lá!
Série Tesouros Brasileiros – Marchas E Dobrados (196…)
Boa noite amigos cultos e ocultos! São quase 10 horas da noite e curiosamente não recebi mais que quatro ou cinco e-mails perguntando pelo Toque Musical. Isto talvez seja uma prova de que pouca gente esteve visitando o blog neste domingo. Melhor assim, não preciso ficar feito louco tentando explicar a grande dúvida. Afinal, o que aconteceu com o blog? Porque ao acessar o endereço www.toque-musicall.com não vemos mais o Toque Musical? Simples: (desculpe a expressão) foi uma ‘cagada’ do meu provedor de hospedagem. Paguei tudo direitinho, não sei o que houve ainda. Estou reclamando, mas até agora nada…
Enquanto não resolvo o problema, vamos manter abastecido o nosso Toque Musical em sua versão ‘blogspot’. Espero resolver tudo o mais rápido possível.
Temos para carimbar o domingo um disco para quem realmente escuta música com outros olhos. Segue aqui o álbum “Marchas e Dobrados”. Disco lançado pelo selo Imperial, como convém, sempre com pouquíssimas informações. Mesmo assim, vamos encontrar no que aparentemente seria uma série (Tesouros Brasileiros) os mais importantes dobrados paulistas, marchas e hinos, inclusive o Hino Nacional Brasileiro. Eis aí um disquinho interessante que merece ser ouvido, principalmente pelo repertório. Um agrado aos paulistas, já que até no futebol o meu Galo deu mole para eles. Vamos que vamos! E fiquem ligados, pois pelo jeito virão por aí novas mudanças. Já que o corpo padesse, salvemos então o espírito. O Toque Musical não pode parar!
Hebe Camargo – Hebe Comanda O Espetáculo (1961)
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Eu reservei para hoje, sábado a noite, um encontro de vocês com a Hebe Camargo. Olha aí, que programa legal! Vai ficar em casa? Então se junte a essa turma que ela traz para o seu sofá.
Temos aqui um curioso disco da Odeon, lançado em 1961 pela Odeon. Já nessa época a Hebe fazia sucesso como apresentadora. A cantora já tinha até o seu sofá, onde recebia os ilustres artistas. Foi nessa onda que a gravadora resolveu lançar este disco no qual a cantora nos apresenta alguns artistas, obviamente, do seu ‘cast’. Como se pode ver pela divertida capa, temos a Hebe Camargo ao lado de Isaura Garcia, Walter Wanderley, Francisco Egydio, Osny Silva, Pery Ribeiro, Germano Mathias, Celly e Tony Campello. Cada qual em seu momento apresenta uma música, sendo essas faixas extraídas de seus álbuns, na época. De original aqui, creio, só mesmo o diálogo entre os artistas, dando a parecer como no programa de televisão.
Getúlio O Assoviador (1978)
Olá amigos cultos e ocultos! Estou trazendo hoje um disco muito interessante, que com certeza irá agradar.
Na década de 70, quando selos e gravadoras ainda ditavam a música, surgia no Rio Grande do Sul a ISAEC Gravações e Produções e um de seus primeiros lançamentos foi o disco, também de estréia, de Getúlio Rubens dos Santos, mais conhecido como `Getúlio, o assoviador`. O cara é mesmo um fera no trinado. Assovia como poucos, mantendo uma técnica impecável no sopro. Haja fôlego também! O que faz o trabalho ser interessante é o fato de que Getúlio utiliza seu sopro de maneira acertada, como qualquer outro instrumento musical, interpretando um repertório agradável, que passa por gêneros variados, como se pode ver logo a baixo. Aliás, é bom lembrar que o nosso assoviador aqui não se apresenta sozinho e isso é que faz o disco ser ainda mais legal. As músicas são apresentadas tendo como base e acompanhamento um excelente grupo instrumental. Pelo que vi aqui no Google, Getúlio gravou outros discos e este seu primeiro lp chegou a ser relançado em formato cd há algum tempo atrás. Ainda é possível encontrar seus discos para compra, principalmente no Mercado Livre. Tenho certeza que logo ao começar a primeira faixa vai estar todo mundo fazendo biquinho. Canta passarinho!
III Festival Internacional Da Canção Popular Rio (1968)
Boa noite, meus prezados amigos cultos e ocultos! Vou logo fazendo esta postagem aqui, pois daqui a pouco tem Galo Doido! Vamos moer os mexicanos na arena do Horto. Caiu no Horto, tá morto! Hehehe…
Segue então para vocês mais um disco de festival. Desta vez eu trago aqui o III Festival Internacional Da Canção Popular Rio, lançado em 1968 pelo selo Codil. Observem que a capa é a mesma do festival do ano anterior, também já postado aqui. Pela capa também podemos ver todos os intérpretes, que nem sempre são os mesmos que as defenderam no Festival. Por questões contratuais, as músicas acabavam sendo regravadas, com os arranjos originais, porém na voz de um outro intérprete. Mas no caso aqui isso em nada faz desmerecer o disco. Vale ouvir cada uma das faixas. Muito bom 🙂
Cyro Monteiro – 100 Anos – Coletânea Comemorativa Toque Musical (2013)
Almir Ribeiro – Uma Noite No Cave (1957)
Olá amigos cultos e ocultos! Boa noite! Por aqui, noite de chuva. Noite boa para tomar um vinho e eu já estou com a minha garrafa e taça na mão 🙂 Brindemos à noite!
Para nossa terça feira eu tenho aqui o cantor Almir Ribeiro, em disco de 10 polegadas lançado pela Copacabana no ano de 1957. Este artista teve uma carreira curta, interrompida vítima de um afogamento numa praia de Punta Del Este, no Uruguai. Gravou apenas algumas bolachas de 78 rpm e dois lps, sendo um deles o que apresentamos aqui. “Uma noite no Cave” é um disco onde Almir Ribeiro nos apresenta algumas músicas do seu repertório na boate Cave, em São Paulo. De um lado temos quatro temas nacionais e do outro, quatro internacionais. Sob a direção de Aloysio Figueiredo, que também toca piano e acordeom no disco, Almir Ribeiro vem acompanhado por Pierre na guitarra, Zequinha na bateria e Nestor no contrabaixo.. O texto de contracapa apresentando o artista é de Vinícius de Moraes, o qual também comparece, na parceria com Tom Jobim, em “Se todos fossem iguais a você”.
Não deixem de conferir… 😉
Linda Rodrigues – Seleção 78 RPM Do Toque Musical – Vol. 55 (2013)
Nossa focalizada recebeu, na pia batismal, o nome de Sophia Gervasoni, e veio ao mundo no dia 11 de agosto de 1919, provavelmente no Estado do Rio de Janeiro. Embora seu primeiro disco tenha sido lançado para o carnaval de 1945, pela Continental, Linda Rodrigues é considerada uma das intérpretes da música popular brasileira que melhor representa e celebra a chamada dor-de-cotovelo. Linda também foi compositora, e fez trabalhos para outros artistas, em parceria com nomes do quilate de J. Piedade e Aylce Chaves, entre outros. Sua discografia, além da Continental, inclui passagens pelos selos Star, Carnaval, Sinter, Todamérica, RCA Victor e Chantecler. Nesta última, em 1961, lançou aquele que parece ter sido seu único LP, “Companheiras da noite”. Seu maior sucesso foi o samba-canção “Lama”, de Paulo Marques e Aylce Chaves (que está neste volume), e outros hits da cantora foram os sambas-canções “Vício”, dela própria com José Batista, e “Negue”, clássico de Adelino Moreira e Enzo de Almeida Passos, que apresentaremos nos próximos volumes deste nosso retrospecto. Em 78 rpm, Linda gravou um total de 30 discos com 59 fonogramas, além do LP já mencionado, e alguns compactos de produção independente, e faleceu no Rio de Janeiro, em 16 de novembro de 1995, aos 76 anos, de infecção pulmonar e problemas cardíacos (miocardiopatia e arritmia).
Neste primeiro volume que o GRB dedica a Linda Rodrigues, apresentamos 21 preciosos fonogramas, correspondentes aos primeiros anos de sua carreira. Trabalho esse resultante do esforço do amigo e colaborador Alberto Oliveira, que reuniu as gravações de Linda em 78 rpm que iremos apresentar nestes 3 volumes. Ficaram faltando cinco delas, mas o esforço dele valeu a pena, como vocês irão constatar.
De seu 78 de estreia, o Continental 15222, lançado em janeiro de 1945 para o carnaval, está o lado B, o samba “Abaixo do nível”, de Alvaiade e Odaurico Mota, matriz 893. O disco seguinte, o Continental 15280, lançado em março de 1945, vem com as duas faixas, também sambas: “Você não sabe amar”, de João Bastos Filho e Antônio Amaral, matriz 1028, e “…E Odete não voltou”, de Paquito e José Marcílio, matriz 1027. Em setembro de 1945, saíram mais dois sambas, no disco 15423: “Arma perigosa”, de Paquito e Paulo da Portela, matriz 1136, e “Cantora de samba”, de Amado Régis, matriz 1137. Para o carnaval de 1946, Linda lança quatro músicas, todas aqui incluídas: no Continental 15554, lançado ainda em dezembro de 45, o samba “Sublime perdão”, de Amado Régis, matriz 1315, e a marchinha “Quando a gente fica velho”, matriz 1316, dela própria com Aylce Chaves e o mesmo Amado Régis que assina a música do lado ª Em janeiro de 46 sai o disco 15585, com a marchinha “Atchim!”, de J.Piedade e Príncipe Pretinho, matriz 1381, e o samba “Claudionor”, de Cândido Moura e Miguel Baúso, matriz 1382. Em março de 1946, Linda lança o samba “Não adianta chorar”, de Ari Monteiro e Felisberto Martins, no Continental 15591-A, matriz 1399 (o outro lado é com Emilinha Borba, apresentando a batucada “Ai, Luzia!”, de Guaraná e Jararaca). Em junho de 1946, no Continental 15644, saem dois sambas de Paquito (Francisco da Silva Fárrea Júnior, 1915-1975), consagrado compositor de sucessos carnavalescos: “Banco de jardim”, parceria dele com Dorival Aires e Jaime de Souza, matriz 1444, e “Banco de praça”, que ele assina junto com Carlos de Souza e João Bastos Filho, matriz 1443. A primeiro de julho de 1948, Linda grava a rumba “Jack, Jack, Jack”, de Haroldo Barbosa e Armando Castro, matriz 1900, e o samba “Mais um amor, mais uma desilusão”, de José Maria de Abreu, matriz 1901, que a Continental irá lançar para seu suplemento de julho a setembro desse ano, com o número 15926. A marchinha “Parceiro de Schubert” e o samba “A escrava Isaura” saíram pela Star, para o carnaval de 1948, disco 0009, que não consta nem mesmo na Discografia Brasileira em 78 rpm, e eu próprio não encontrei informações a respeito de quem seriam seus autores, quem souber favor informar pra gente. Para a folia de 1951, Linda grava o disco Carnaval 008, com o samba “Vou partir”, de Aylce Chaves e Paulo Gesta, e a batucada “Batuqueiro novo”, de Tancredo Silva, Rual Marques e José Alcides. Do disco Star 243, também de 1951, vem o lado B, o samba africano “Raça negra”, também de Aylce Chaves e Paulo Gesta. Por essa mesma gravadora, futura Copacabana, Linda lança, para o carnaval de 1952, e ainda em dezembro de 51, o disco 308, do qual apresentamos o lado A, a marchinha “Recruta 23” (referência a programa humorístico da Rádio Mayrink Veiga do Rio de Janeiro, então grande rival da poderosa Nacional, e de grande audiência na época), de autoria do radialista, compositor e pianista Aloysio Silva Araújo e do comediante Zé Trindade (aquele do bordão “Mulheres, cheguei!”). Por fim, encerrando esta primeira parte, apresentamos aquele que foi o maior sucesso da carreira de Linda Rodrigues: o samba-canção “Lama”, de Paulo Marques e Aylce Chaves, regravado mais tarde por Ângela Maria e Maria Bethânia, entre outros intérpretes, e até hoje um clássico. Linda o imortalizou na Continental em 10 de abril de 1952, com lançamento em maio-junho do mesmo ano sob número 16559-A, matriz C-2839. Um fecho realmente de ouro para a primeira parte desta nossa retrospectiva a respeito de Linda Rodrigues. Até a próxima!
Fafá Lemos – Para Ouvir Dançando (1957)
Olá amigos cultos e ocultos! Fechando o nosso domingão, aqui vai o post do dia, ou melhor dizendo, do fim do dia 🙂 Ultimamente a coisa está assim… Acho que não é só falta de tempo, é desânimo também. Espero que seja só uma fase. Mesmo assim, vamos tentando manter a casa em pé, né?
Hoje eu trago para vocês o violinista Fafá Lemos, um insturmentista que dedicou seu violino a serviço da música popular. Ao lado de Garoto e Chiquinho do Acordeon, formou o Trio Surdina. Fez parte do conjunto que acompanhava Carmem Miranda nos Estados Unidos. Embora fosse um músico de formação erudita, focou seu trabalho na música popular. Fafá gravou diversos discos ao longo de sua carreira. Entre esses temos “Para ouvir dançando”, lp de dez polegadas, lançado pela RCA Victor em 1957. Aqui iremos encontrar oito fonogramas gravados originalmente e lançados em 78 rpm. Alías, isso era uma das coisas mais comuns naquela época. Eram os fonogramas sendo transferidos para um novo suporte, então o lp de dez polegadas, com até oito faixas! Temos então…
Alaide Costa – Jóia Moderna (1961)
Boa noite a todos! Ontem, sexta feira, eu acabei não fazendo nenhuma postagem. Em outros tempos isso jamais aconteceria, com chuva ou com sol, eu sempre estava lá presente. Mas de uns tempos pra cá vejo que essa preocupação era só minha. Relaxei e faço agora tudo dentro do possível. Isso vale inclusive para as reposições. Antes eu ficava preocupado em atender, agora continuo atendendo, mas sem pressão. Assim, o que viria na sexta, está chegando agora. E claro, como sempre, coisa boa. Olha aí, mais uma vez marcando presença, a grande Alaíde Costa!
Temos aqui “Alaíde, Jóia Moderna”, outro álbum maravilhoso da cantora e também compositora. Neste lp ela marca presença com “Canção do amor sem fim”, música em parceria com Geraldo Vandré. No repertório temos também outras tantas jóias, uma seleção musical feita pela própria cantora. Aliás, no texto da contracapa Alaíde nos conta todos os passos da produção deste trabalho. Detalhes importantes e interssantes, coisa que todos os discos deveriam trazer. Sabemos aqui que os arranjos de todas as músicas são de Baden Powell, que também toca no disco. Acompanham também a artista os irmãos Castro Neves, Paulo Tito, Copinha e o trombonista Macaxeira. Outro detalhe curioso é a capa que traz na foto um colar, um jóia criada pelo artista, mais conhecido como paisagista, Burle Marx. Legal, né? 🙂
Eleonora Diva – Eu Sou Assim (1961)
Boa noite meus prezados amigos cultos e ocultos! Parece que minhas últimas postagens andaram incomodando alguns ‘setores’ a ponto de seus respectivos links serem misteriosamente apagados. Mas tudo bem, a gente continua tocando a bola.
Aproveitando sempre a brecha, vamos agora com um disco muito bom, apresentando a obscura cantora, Elenora Diva. Digo ‘obscura’ pelo fato de ser um total mistério. Não consegui encontrar nada a seu respeito na rede. E como dizem, se não está no Google, nao está com nada. Mas calma, não é bem assim… Essa, ao contrário, está com tudo. Uma ótima cantora, num repertório impecável. Temos aqui um conjunto de sambas, entre os quais destaco o primeiro, que dá nome ao disco, “Eu sou assim”, de Fernando César e Jorge Lara, uma autêntica bossa nova. Mas cabe ainda outras faixas, inclusive com valsas e boleros, bem ao gosto do momento. Os arranjos e orquestração são do maestro Monteiro de Souza. No texto de apresentação na contracapa, feito por Fernando Lobo, pouco se pode saber sobre Eleonora Diva que neste lp faz a sua estréia. Ao que nos conta, a cantora era até então uma ilustre desconhecida, sem sucesso no rádio ou na televisão. Pelo que pude constatar, Eleonora chegou a gravar outros dois ou três discos (compactos), contudo, ela parece ter desistido da carreira artística. Não há nada sobre ela na rede. Alguém aí tem informações? Fala Samuca!
Altamiro Carrilho – Choros Imortais (1965)
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Na pausa para um lanche, vou logo deixando aqui o disco do dia. Ontem eu cheguei tão cansando que nem me lembrei de publicar o texto da postagem. E só agora estou enviando o ‘toque’ para o GTM.
Vamos nessa terça feira brava de chorinho, na interpretação magistral do mestre Altamiro Carrilho. Minha ideia era a de postar os “Choros Imortais – N. 1”, seguindo naturalmente a ordem, porém eu não encontrei a tempo o danado do disco. Prometo que numa próxima ocasião postarei o número 1. Sinceramente, não sei qual dos dois é o melhor. Neste segundo disco de choros temos doze pérolas, realmente imortais, brilhantemente executadas por Altamiro, acompanhado pelo Regional de Canhoto e também a Orquestra da gravadora Copacabana.
Antologia Da Sátira Brasileira (1985)
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Aqui vamos nós fechando a segunda feira com uma postagem de última hora. Para variar um pouco, escolhi meio que na correria, este trabalho realizado pela Basf em 1985, apresentando uma seleção inédita e histórica do que houve de mais expressivo na sátira brasileira. Trata-se de um documentário com o melhor da sátira e humor nacional, desde o início do século vinte, indo até os anos oitenta, quando então este trabalho foi lançado. Acompanha também a fitinha um livreto complementando a apresentação. Aliás, o apresentador aqui é o Chico Anísio. Vale a pena conferir este projeto, que nós transplantamos da saudosa fitinha para o ‘etérico digital’. Muito bacana 😉
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Gilda Lopes – A Fabulosa (1963)
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Por certo estavam todos esperando por mais um número do Grand Record Brazil, trazendo alguma gravação do tempo do 78 rpm e apresentado pelo nosso amigo Samuel Machado Filho. Pois é, infelizmente e por mais uma vez eu terei que adiar o ‘lançamento’ do volume 55. Ainda não consegui instalar o Corel e o Photoshop na minha nova máquina, daí não posso confeccionar as capinhas e nem ao menos dar um trato nas capas das postagens diárias. Bem se vê pelos últimos discos publicados, sempre tem algum defeito que não deu para corrigir. Olha só esse disco da Gilda Lopes.
Vou deixar esse espaço aqui reservado para o nosso amigo e melhor resenhista, Samuel Machado Filho. Creio que na falta do GRB, a Gilda Lopes vem bem a calhar. Fala aí, Samuca!
Documentário Sonoro Do Folclore Brasileiro – N. 25, 28 e 35 (1978/81)


Boa noite, amigos cultos e ocultos! Com o corpo e a alma lavada (afinal o Galo é se consagra Bicampeão Mineiro), aqui estou eu pronto para a nossa postagem de domingo.
Como estivemos nos últimos dias focados na música regional sulista, achei por bem postar hoje aqui e de uma só vez, três compactos da série “Documentário Sonoro do Folclore Brasileiro”. Este coleção, toda em formato 7 polegadas, foi lançada durante os anos 70 e 80. Um trabalho idealizado pelo professor, antropólogo e escritor Vicente Salles, junto à Funarte. Ao que consta, nesse meio tempo, a Campanha de Defesa do Foclore Brasileiro lançou muitos disquinhos, apresentando um registro fiel das mais diversas manifestações folcoloricas musicais no Brasil. Tenho aqui apenas estes três volumes e vou dizer, conheço poucos dando sopa por aí. Eu gostaria de ter essa coleção 🙂 Seguem então os “Congos de Saiote”, que vem lá do Rio Grande do Norte; “Dança do Lelê, do Maranão e por fim, o Fandango, dos paulistas.
Bom, não vou ficar aqui chovendo no molhado. Depois de um banho quente o que estava me faltando era uma cama. Vou nessa… e amanhã tem mais 😉
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O Serranos – Estampa (1991)
Barbaridade! Que baita sábado este! Só agora estou tendo tempo para fazer nossa postagem. Coincidencia ou não, o disco puxado aleatóriamente acabou sendo outro gaúcho. E gaúcho tradicional, como manda o figurino! Vamos assim fechar nosso dia com o grupo “Os Serranos”. Formado na cidade de Bom Jesus, na serra gaúcha, em 1968, era incialmente uma dupla, Edson Becker e Frutoso Luis. Foram ‘apadrinhados’ por Honeyde Bertussi, quem os ajudou, facilitando a gravação do primeiro disco, um compacto lançado em 1969. De lá prá cá Os Serranos cresceram em todos os sentidos, deixaram de ser uma dupla para se tornar um conjunto dos mais importantes, reconhecido internacionalmente. Gravaram muitos discos em lp e continuam super na ativa fazendo shows e bailes por muitos lugares, não apenas no sul do Brasil. Em 2009 foram indicados ao Grammy, na categoria de melhor álbum de folk latino!
“Estampa” é um álbum do início da década de 90, praticamente todo com músicas próprias e sempre pautadas nas raízes e tradições gaúchas. Para aqueles que não os conhecem, eis aqui uma boa oportunidade. Vão daí, porque daqui o meu domingo já está começando. Até amanhã!
Irmãos Bertussi ( 1973)
Olá amigos cultos e ocultos! Diante a minha sempre falta de tempo, tenho feito algumas postagens com a ajuda, sempre bem vinda, do meu amigo Samuca, o Samuel Machado Filho. Ele, sem dúvida, enriquesse o nosso blog com suas resenhas, não é mesmo?
Aproveitando o gancho do Sul, depois de sermos apresentados ao Conjunto Farroupulha, vou tranzendo para vocês outro tradicionalíssimo grupo musical gaúcho, os Irmãos Bertussi. Formado nos anos 40, os Bertussi era um grupo musical constituido pelos irmãos Honeyde e Adelar Bertussi. Segundo as fontes, foi a primeira dupla de gaiteiros a animar os tradicionais bailes do Sul. Tiveram uma atuação profissional destacada durante toda a década 50, sendo um dos principais responsáveis pela difusão da música regional gaúcha. Gravaram mais de 40 discos, sempre com muito sucesso. O conjnto “Irmãos Bertussi” durou ate 1964, quando então se desfez. Mais voltariam a se encontrar alguns anos depois, desta vez com o nome de “Os Bertussi”, incluindo outros membros da família Bertussi.
A tradição dos Bertussi é mantida até hoje através do conjunto que continua sempre atuante apresentando um repertório rico de rancherias, valsas, toadas gaúchas, vanerões, xotes e até tangos.
Neste lp, lançado pela RCA Victor em 1963, vamos encontrar uma seleção musical muito boa, ao que me parece, trata-se de uma coletânea. Estão aqui reunidas algumas de suas melhores pérolas. Músicas que ultrapassaram os Pampas, sendo conhecidas em todo o Brasil. Vamos conferir?
Conjunto Farroupilha – Temas Gaúchos (1973)
Ovelha Negra – Trilha Original Da Novela (1975)
Luiz Gonzaga Jr. (1973)
Boa noite, prezados amigos cultos e ocultos! Eu ainda continuo no atraso com vocês. Infelizmente, sozinho e dentro das minhas limitações, não tenho como repor de imediato, no GTM, todos discos solicitados. Portanto, tenham paciência e divirtam-se com as posatgens do dia.
Hoje, por exemplo. eu seperarei aqui um Gonzaguinha. Aliás, o primeiro lp de Luiz Gonzaga Junior, lançado no final de 1972. Um belíssimo álbum de estréia, totalmente autoral.
Onéssimo Gomes – Serestas Vol. 1 (1973)
Começamos a semana com uma seleção de serestas, interpretada pelo cantor Onéssimo Gomes, um dos grandes nomes do gênero. Gravou diversos discos de serestas ao longo de sua carreira. Neste trabalho, produzido pela Hara Internacional para a RCA, iremos encontrar um repertório de primeiríssima, super selecionado, trazendo músicas de Silvio Caldas e Orestes Barbosa; Benedito Lacerda; Leonel Azevedo; Vinícius de Moraes; Pixinguinha e outros mais. Escolhi este disco muito movido pela presença de uma das mais belas músicas de Vinícius de Moraes, a emocionante “Serenata do adeus”. Adoro essa música 🙂
Cast Continental – O Amor Mais Puro (1963)
Olá amigos cultos e ocultos! Acabo de voltar da Feira de Vinil, onde (pra não variar), comprei mais discos do que vendi. Estou empenhado em refazer minha discoteca básica de rock”n’roll, preferencialmente só com discos importados e originais. Hoje, numa baita sorte comprei quatro pérolas da minha adolescência: Nektar, Can, Hard Stuff e Atomic Rooster, tudo importado e praticamente novos. Que beleza! É disco que eu gosto!
E amanhã é o Dias das Mães, não é mesmo? Pensando nisso eu resolvi me antecipar, trazendo um dia antes um disco de celebração, aquele que vai ser a minha homenagem a todos os `filhos da mãe` e a ela própria, sempre viva em nossos corações. Feliz seja esse dia para todos, com ou sem a presença Dela. Deixo aqui para vocês essa coletânea especial, lançada em 1963 pela Continental, com o propósito de homenagear a mamãe. Um disco muito interessante e original, reunindo vários artistas da gravadora e músicas que com certeza marcaram momentos como esse. Salve a mãe! O amor mais puro!
Zé Maria, Seu Orgão E Seu Conjunto – Tudo Azul (1963)
Marília Pera E Grande Otelo – A Noiva Do Condutor – Opereta Inédita De Noel Rosa (1985)
Chuy Reys And The Brazilians – Samba (1950)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Enquanto estamos no intervalo do jogo (Galo Doido X São Paulo) vou logo fazendo a postagem de hoje. Estou trazendo para vocês um artista internacional, aliás, um disco internacional, lançado pela Capitol Records em 1950. Um álbum de 10 polegadas importado. Trata-se do `bandleader` americano, provavelmente de decendência mexicana, Chuy Reys. Era um pianista que tocava principalmente em Hollywood e Los Angeles, no lendário Club Mocambo. Neste álbum chamado “Samba”, vamos encontrar uma seleção curiosa, pautada no ritmo brasileiro, sendo algumas dessas não exatamente sambas, mas sim choros, como é o caso de “Apanhei-te cavaquinho”, de Ernesto Nazareth, que aqui aparece apenas como “Cavaquinho” e “Bem-te-vi atrevido”, de Lina Pesce. De samba mesmo só tem a famosa “Bambu bambu”, de Almirante e Valdo de Abreu. Outras faixas são composições estrangeiras, `samba de gringo`. Músicas composta por Chuy Reys e outros autores estrangeiros. Há também músicas do violonista Laurindo de Almeida, “O macaco sonhador” e “Maracatu”. Infelizmente não tive tempo para pesquisar e descobrir quem eram “The Brazilians”, mas pelo menos um é certo, o cantor, compositor e ator Nilton Paz, responsável pelos vocais. Embora sem ter certeza, suponho que Laurindo de Almeida também esteja envolvido diretamente nessas gravações.
Este disco (o arquivo digital) me foi enviado, entre muitos outros, como uma colaboração, pelo amigo culto Mauro. Valeu demais! Aqui, com certeza, nosso público vai gostar!
Ivon Curi – O Talento (1973)
Carlos Augusto – Falando Ao Coração (1959)
Para compensar a falta, aqui vai um disco para dar ‘ìbope’. Pescado na sorte, temos hoje e mais uma vez o cantor Carlos Augusto, um nome já bem divulgado no Toque Musical. Desta vez, apresento um de seus melhores momentos, “Falando ao coração”, um lp lançado pela Polydor em 1959, com um repertório dos mais interessantes. Os destaques são, sem dúvida, três canções da dupla Vinícius de Moraes e Antônio Carlos Jobim. Carlos Augusto interpreta neste disco “Canção da eterna despedida”, música também gravada por Orlando Silva; “Sem você”, outra belíssima canção gravada também por Chico Buarque e o clássico samba “A felicidade”, música essa gravada por milhares… Vamos conferir?