Renato Andrade – A Fantástica Viola De Renato Andrade (1977)
prelúdio de inhuma
viola e suas variações
folia de reis
literatura de cordel
o jeca na estrada
viola de cego
moto perpétuo caipira
ballet na roça
luar do sertão
tritezas do jeca
viola de queluz
reizados e congadas
ponteado caipira
meu abraço a portugal
viola de beira fogo
sertões
sarapalha
baile catrumano
sinhá e o diabo
relógio da fazenda
multirão
casamento na roça
amor caipiracorpo fechado
Renato Andrade – Viola De Queluz Vol.2 (1979)
Hoje teremos uma viola e o violeiro é Renato Andrade. Um dos mais importantes violeiros do Brasil, que tardiamente gravou seu primeiro lp em 1977, “A fantástica viola”. Sua técnica apurada, domina diferentes afinações da viola caipira. Dos violeiros que eu conheço, Renato é um dos poucos que tirou a viola da roça e a levou para uma sala de concertos. Seu virtuosismo e seu campo de atuação musical vai da mais simples moda de viola aos clássicos e eruditos brasileiros. Se não bastasse o cabra era bom de papo, um grande contador de estórias.
“Viola de Queluz” foi seu segundo disco e nele temos dez faixas autorais em solo e duas, “Tristezas do Jeca” e “Luar do sertão” com acompanhamento.
Dependendo da receptividade e boa vontade de um amigo (se é que ele não esqueceu), ainda hoje teremos “A fantástica viola de Renato Andrade”. Vamos aguardar…
Dilermando Reis & Radamés Gnatalli – Concerto N.1 Para Violão E Orquestra (1976)
Sebastião Tapajós – Painel (1986)
Bom, indo direto ao assunto, inauguro a ‘semana das cordas’ com um dos maiores violonistas do mundo, o genial Sebastião Tapajós. Aqui temos um disco gravado em 1986. “Painel” é um álbum essencialmente feito para o mercado estrangeiro, principalmente o alemão e japonês. Mas também sae (por insistência e limitado) para o público brasileiro. Temos doze composições próprias, algumas parcerias com Hamilton Costa, Amilton Godoy e Maurício Einhorn. Perfeito!
blandice
Luiz Claudio – Entre Nós (1968)
Para que o presente de nosso amigo Refer não fique limitado à somente aqueles que viram o link no quadrinho de bate-papo, achei por bem postá-lo aqui. Assim que eu tiver um tempo, vou incluir a contra-capa e selo, como de costume. Eu ainda não havia postado este lp, porque achava que o mesmo já tivesse sido postado em outros blogs. Diante a procura, vamos liberar…
Clodô Climério E Clésio – Chapada Do Corisco (1979)
Exportação Baiana (1972)
A casa é minha, sem dúvida, mas desde o dia em que resolvi manter as portas e janelas abertas, o mundo entrou. Com ele quero compartilhar o que tenho. Mas juro, viver apenas rodeado por fantasmas, chega a ser desanimador.
Um amigo já dizia, “quer fazer um blog de música de sucesso? põe o texto todo em inglês, limite-se ao assunto e se puder faça um dinheirinho.” Acontece que comigo a coisa não funciona assim e eu não quero assim.
Eu não quero, por exemplo, lembrar exclusivamente à gringos que em 1972 saiu pelo selo Som este maravilhoso e obscuro disco “Exportação Baiana”. Que se trata de uma coletânea onde foram reunidos alguns dos mais expressivos (embora pouco conhecidos) artistas baianos daquela época. Que neste álbum há também curiosidades como a famosa canção “Agora eu sei” , que todo mundo pensa que é do Roberto Carlos (inclusive ele), aqui interpretada pela dupla Tony e Zuca. Também não me interessa dizer que essa música é de autoria de Edson Ribeiro e Helena dos Santos.Não vou também me limitar ao assunto, quero fazer parte dele. O blog é público, mas é autoral. Quanto ao dinheiro, nem pensar… Eu só quero chocolate 😉
nega legal – nilton brandão
Peter Thomas & The Espirituals – Festinha Legal (1968)
Pô, acho que acabei deixando alguns de vocês ressabiados, mas minha bronca não tem endereço certo e sei muito bem como tudo funciona. É que as vezes a gente tem que levantar poeira. Um blog sem diálogo não é um blog vivo. Quanto a idéia de transformar o blog em um espaço privado, se isso for mesmo acontecer, avisarei a todos com antecedência (inclusive meus maxos e minhas phemias)
Grupo Temucorda – Sangria (1979)
Olá meus caros amigos cultos, ocultos e simpatizantes. Estou pensando, em breve, transformar este blog num espaço privé, num clube fechado ou coisa assim. Me desculpem a expressão, mas as vezes tenho a sensação de que isso aqui parece um prostíbulo. Todo mundo entra e sai discretamente, não há manifestação… nenhum comentário… Ou talvez eu devesse fazer como a maioria dos blogs que temos por aí, ser apenas uma galinha botadeira, postar o disco e me limitar à ficha técnica. Isso é rápido e fácil, dá até para postar mais de um por dia. Acontece que escrevendo “essas bobeiras”, como já foi dito por uma anônima criatura, exercito minha capacidade de expressão, me envolvo mais com o artista/música, aprendo, ensino e dou o toque. Isso para não dizer que agindo dessa maneira, dou ao Toque Musical um carácter bem pessoal e autoral. Sem dúvida, já dei muita bola fora, mas eu sei reconsiderar e me desculpar. Meu texto não tem compromisso, mas sei os limites quando o levo à público, mesmo sabendo que poucos irão ler.Os Meninos De Deus – Aperte… Não Sacuda (1974)
Olha, não vou querer entrar no mérito da questão religiosa que envolve este disco. Pessoalmente ele já me fez a cabeça em outros momentos da minha vida. Hoje eu o vejo e o apresento aqui mais como uma curiosidade musical. Os Meninos de Deus surgiram no Brasil no início dos anos 70 como um núcleo de uma seita muito polêmica criada na Califórnia por David Brandt Berg e Karen Zerby em meio ao ‘bum’ do ‘Flower Power’ nos anos 60. Aqui no Brasil, em meio a repressão política e outras…, o grupo (o núcleo) encontrou uma série de dificuldades, sendo em poucos anos quase amaldiçoados por suas atividades e condutas mal interpretadas. Diante a pressão e dissidências, em 1978 o grupo deixou de existir como “Meninos de Deus”. Tornaram-se “A Família”. Mas essa é uma outra história…
O conjunto é composto por Aminadab, violão e vocal; Jeroboam, piano elétrico e vocal; Isaias, guitarra e vocal; Obed, contra-baixo; Miguel, violino; Israel, [ritmo]; Alael, bateria; Daniel Gentileza, todos no vocal.
O interior de uma das famílias dos Meninos de Deus é um organismo vivo. Todos têm senso de comunitarismo e executam as tarefas recebidas, motivados por uma força comum que é a de acharem que estão, desta maneira, servindo e amando a Deus.
“Somos hoje mais de 5.000 jovens vivendo juntos em mais de 50 países diferentes, com mais de 250 comunidades, em grupos de 12, 30 ou 100 pessoas. Jovens que encontraram um objetivo na vida, depois de experimentarem diferentes drogas, religiões, viagens ou coisas parecidas, e que encontraram em Deus e em sua palavra e no amor de Jesus, no amor fraternal, puro e sadio, a resposta para os seus problemas e para os problemas de toda a humanidade.
Estes jovens dedicam toda a vida a levar este amor, paz, felicidade, e alegria a todos aqueles que buscam por esta nova vida. O nosso objetivo é de obedecer ao último mandamento de Jesus: “Ir a todos e pregar o evangelho (boas notícias) a toda a criatura”. Levar esta mensagem a todo o mundo, até o último da Terra. Conquistar o mundo por Jesus”. Esta é a mensagem do grupo aqui no Brasil.
Os Meninos de Deus estão satisfeitos por terem tido a chance de gravar este disco. “A música é uma das formas de oração mais poderosa, e quando as pessoas estiverem cantando nossas canções, estarão de uma maneira indireta, orando”, afirmam eles.
O movimento surgiu em 1968 nos Estados Unidos, fundado por Moises David (David Brandt), que havia sido criado numa família muito religiosa. Seu pai era um pastor protestante conhecido por suas pregações por toda a Califórnia, e sua mãe, sofrendo um acidente de carro grave, atribuiu seu pronto restabelecimento ao poder espiritual do marido, convertendo-se ardorosamente, ao protestantismo e tornando-se uma escritora de livros religiosos.
No entanto, para Mo (assim Moises David é chamado pelos Meninos de Deus), nada do que seus pais faziam era concretamente religioso, já que eram atividades comandadas pela Igreja. A partir desta visão, David resolveu iniciar um movimento religioso onde Deus fosse realmente o centro e o sentido de todas as decisões e trabalhos a serem realizados, o que trouxesse em seu bojo a contemporaneidade necessária para ser aceito pelas pessoas que não viam no institucionalismo eclesiástico a solução para seus males.
David Brandt, da mesma maneira que seu pai, andou pregando por toda a Califórnia, e tornou-se [rapidamente] conhecido: mas havia uma nítida diferença no que pregavam, muito embora ambos usassem a bíblia como fundamento. David diferenciava-se de seu pai no modo de interpretá-la, decorrendo daí uma nova filosofia cristã, menos rígida e mais motivadora.
Através dos grupos hipies que foram se chegando a ele, trocando as drogas por seus ensinamentos, começou a estrutura, dando forma e sentidos exatos, o que hoje viria a ser essa enorme organização internacional composta quase que inteiramente por jovens.
Em fins de 1973, os mass-medias americanos falavam incessantemente nas cento e vinte comunidades espalhadas por todos os Estados Unidos. Comentavam o jeito singular daquelas pessoas alienadas e felizes falarem sobre a vida que levavam, de deus, sobre a orientação [artística] diferente nas [músicas] e peças de teatro produzidas por essas comunidades.
Jeremy Spencer, um jovem americano, cantor e compositor de rock e membro de uma das famílias dos Meninos de Deus, é um dos maiores responsáveis pelo êxito do movimento. Associando à sua arte toda a problemática religiosa da família, conseguiu por intermédio de suas letras, que transmitiam as mensagens de Moises David, trazer jovens ajustados mais infelizes, traficantes de drogas, e outros que procuravam respostas para a parafernália progressiva de erros e procuras que lhes parecia o mundo.
Quando as [idéias] do movimento ficaram conhecidas por todos os Estados Unidos contestando aberta e concretamente a Igreja, ao por em prática soluções que consideravam mais convenientes com a realidade religiosa some-se a ele os outros movimentos de origens diferentes, mas com a mesma intensidade de contestação à Igreja) o impasse criado juntos aos jovens para evitar seu afastamento da Igreja.
Os Meninos de Deus depois de afirmados como um grupo religioso, passaram a ser também conhecidos como um grupo artístico, ao formarem sua própria companhia teatral e assinarem contratos com gravadoras musicais para divulgarem o seu trabalho. Os responsáveis pelas atividades juvenis das Igrejas iniciaram uma série de atividades no sentido de aproveitarem essas iniciativas, fazendo com que os jovens encontrassem dentro das igrejas interesses que fosse compatíveis com suas [idéias] Eles os incentivaram a comporem [músicas] para as missas e a organizarem peças de teatro e conferências com temas religiosos.
Há 11 meses o movimento chegou ao Brasil, depois de haver percorrido e se fixado na Europa, na Ásia e na África.
Thiago e Tabita, um casal baiano, foram os percussores do movimento no Brasil, junto com Amminadab e Marcena, que são americanos e partilhavam do mesmo objetivo de incorporarem a [América] do Sul aos lugares visitados por eles. Os dois casais se conheceram numa comunidade do grupo na Holanda, surgindo aí a motivação para virem ao Brasil, país bem localizado para a vinda de suas idéias e a sua disseminação na [América] Latina. Formaram um grupo e [iniciaram] sua viagem atravessando a [América] Central, o que fez com que mudassem seus planos e passagens primeiro por outros países latinos, antes de virem ao Brasil.
Chegando ao Rio, foram morar em Santa Tereza, por ser um lugar calmo, onde poderiam trabalhar [tranqüilos] e criarem suas crianças. As atividades do grupo aqui, logo de início, consistiram em traduzir e reimprimir as cartas religiosas de Moises David, distribuindo-as por toda a cidade, explicando direta e detalhadamente as propostas do grupo às pessoas que se interessem principalmente a juventude, não só do Rio, mas de todo o Brasil.
Para isso viajam constantemente pessoas do grupo para os lugares mais distantes do país, [já] estiveram no Amazonas, em quase todo o Nordeste e Sul, iniciando comunidades com pessoas que adotaram as suas idéias.
Em quase um ano de atividades do Brasil o grupo cresceu bastante. Conta atualmente com quase 60 pessoas, das quais grande parte está morando num sítio em Jacarepaguá, alugado depois que a casa de Santa Tereza ficou pequena para tanta gente.
O trabalho artístico da família no Rio, já alcançou boa projeção. Amminadab e Thiago os responsáveis pelo grupo, entraram em contato com pessoas influentes do meio artístico e conseguiram promover o conjunto musical Meninos de Deus, que apareceu no programa “Fantástico, O Show da Vida”, por duas vezes e assinou um contrato com a Polydor gravando um disco logo em seguida, “Aperte não Sacuda”, é o nome do lp que foi lançado no dia 15 de agosto.
Gilson (1979)
Olá meus caríssimos visitantes! Inicio com uma pergunta: quem não se lembra de duas músicas que fizeram muito sucesso no final dos anos 70, “Casinha branca” e “Andorinha”? Com certeza, quase todo mundo conhece, alguns até lembrariam do Gilson. Pois é… por onde anda o cara? Nem mesmo consultando umas vinte páginas do Google consegui encontrar informação sobre este artista. É curioso… alguns sites relacionam suas músicas à um cantor evangélico chamado Gilson Campos (brincadeira, né não?). O fato é que Gilson lançou apenas dois álbuns e um compacto com seus dois maiores sucessos. As músicas, me parece, foram até tema de novela. E realmente são muito boas. Aliás, o disco no geral é muito bom. Me parece uma mistura de Jessé com Cassiano… ficou legal. Vale a pena conferir este toque 🙂
Eduardo Araújo & Silvinha – Rebu Geral (1981)
Matéria Prima – Sessão de Rock (1974)
Os Carbonos – As 12 Mais Da Juventude Vol. 4 (1969)
Neste álbum, já tradicional do grupo, temos o volume 4 dAs 12 mais da juventude. Em minha modesta opinião um dos melhores, com um repertório selecionado que irá agradar. Confiram…
Ronnie Von (1967)
Martinha – É O Sucesso (1969)
Eu, embora não tivesse preparado, acabei caindo em mais uma semana temática. Nos últimos dias tenho andado prá lá de atarefado e se tenho feito as postagens diárias é bem por honra da firma. Como já estamos pra mais da metade, deixa rolar… Temos para hoje o “Queijinho de Minas”, a sumida Martinha, lembram dela? Recebeu este apelido carinhoso de Roberto Carlos nos tempos em que ela participava do seu programa, a Jovem Guarda. Cantora e compositora, Martinha ficou famosa a partir da composição “Eu daria a minha vida”, que em 1968 foi gravada pelo rei em seu lp San Remo. Embora eu não conheça direito a sua discografia, dizem que gravou mais de vinte discos. O álbum que temos aqui, me parece, trata-se de uma coletânea. Não tive tempo para checar isso, mas seja como for, temos neste disco as seguintes canções, todas, praticamente de sua autoria.
Jerry Adriani – Um Grande Amor (1965)
The Pop’s (1990)
Abertura – Festival Da Nova Música Brasileira (1975)
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Esta postagem está sendo novamente publicada, apesar das tentativas perpretadas por alguns invejosos, que de alguma forma conseguiram retirar esta e outras do nosso rol de raridades no Toque Musical. Tem gente que fica muito incomodada com o fato de alguns títulos serem postados aqui primeiro. Como dizem, ‘a inveja é uma merda!’.
Leno e Lilian – Não Acredito (1967)
Voltando gradativamente…, e também pela minha total falta de tempo para preparar um tema semanal, estou aproveitando os meus já famosos ‘álbuns de gaveta’ 🙂 para salvar o dia. Como a Jovem Guarda foi também celeiro para a música brega, escolhi para hoje uma dupla que tem um pé no brega e outro no rock, Leno & Lilian. “Não acredito” é um clássico da Jovem Guarda que todo mundo já conhece ou pelo menos já ouviu falar. Um bom disco, cheio de versões, mas que agrada em cheio. Desculpem, mas hoje o bicho tá pegado…
Um novo amor surgirá
Ouçam todos
Parem tudo
Resta esperar
Não vai passar
Sua lembrança
Não vou mais pensar em você
O mentiroso
Nem mesmo em sonho
A mania que eu tenho
Coisinha estúpida
A Pobreza
Raimundo Soldado E Conjunto Grupo De Ouro – Abraçando Você (1980)
Raimundo Teles Carvalho, mais conhecido como Raimundo Soldado foi um artista popular maranhece. Sua música romântica e sessentista mesclava um estilo Jovem Guarda com forrós e carimbós. Nos anos 80 começou a se destacar, principalmente com o lançamento deste disco “Abraçando você”. Gravou uns seis ou sete discos e sua popularidade se concentrava no norte e nordeste do país.
Este é mais um disco que eu recomendo para sua festa. Mas deixe para tocá-lo depois que todos os convidados já estiverem mais relaxados. No fundo todo mundo tem um pouco de Falcão, isso “não tem jeito que dê jeito”. E como já dizia o Caetano: “… a crítica que não toque na poesia…”
Beleza Pura – O Fino Do Brega (2005)
Evaldo Braga – O Melhor Do Ídolo Negro (1991)
Ao longo da existência deste blog, tenho procurado postar discos que, de uma forma ou de outra, são importantes para todos nós, apreciadores e discófilos em geral. Embora o Toque Musical seja um espaço pessoal, ele foi aos poucos ganhando a simpatia do público e eu em contrapartida decidi que o blog teria mais que apenas o que gosto de ouvir. Como já disse outras vezes aqui, gosto de tudo que é bom, que tem qualidade, que tem conteúdo, que tem história… gosto de música e de muita coisa que está registrada em fonogramas. Por certo, muitos hão de pensar que ouvir música brega é sintoma de mal gosto. A esses eu diria que lhe faltam ampliar seus horizontes, deixarem de lado o radicalismo e tentarem compreender esse lado pitoresco da música. Observem que estou falando de música brega e não de música lixo. Embora do lixo também possamos sempre retirar alguma coisa, até mesmo um sarro com a cara daquele mané que se rebola ao som do axé, do funk-lingua-suja, do rap (rap?) ou vestido de cowboy cantando aquela maravilha sertanja (sertaneja?). Pois é, meus amigos, gosto não se discute, lamenta-se… Mas seja como for, tudo isso faz parte do universo musical em que vivemos. Precisamos conhecer e ouvir para poder julgar.
Noel Rosa e Vassourinha – A Bossa Dos Bambas (1969)
“A bossa dos bambas” é, sem dúvida, um exemplo típico de raridade. Aqui encontramos dois grandes nomes da música popular brasileira, Noel Rosa e Mário Ramos, (Vassourinha) numa dobradinha que bem merecia ser um álbum duplo de tão bom que é. Temos de um lado Noel e do outro o Vassourinha. Embora o Noel não tivesse lá ‘aquela voz’ é bom ouvi-lo cantando suas próprias composições (e de outros também). Ao ouví-lo, nos sentimos mais próximos do mito e de todo o clima de uma época. Vassourinha também não fica para trás, embora esteja presente em apenas três faixas. Confira já este toque!
positivismo – canta noel rosa
Pedrinho Rodrigues – O Sambista (1968)
Peruzzi & Orquestra RGE – Violinos No Samba (1961)
Elis Regina & Miele – No Teatro Da Praia Com Bôscoli E O Elis 5 (1970)
Devido a uma pequena viagem, estou fazendo a postagem em transito. Tive que recorrer ao gavetão e puxar de lá o que daria menos trabalho. Assim, vamos hoje com um disco já bastante divulgado, mas que em nada perde o seu encanto. Este disco é o registro de um show gravado no Teatro da Praia em 1970, produzido por Miele e Ronaldo Bôscoli. Temos a “pequena notável” acompanhada pelo então “Elis 5”, conjunto formado por Roberto Menescal, Jurandir, Zé Roberto, Wilson das Neves e Hermes. Pessoalmente, acho este disco um barato e com certeza seria ainda melhor se fosse um álbum duplo e não tivesse as intervenções do Miele. Com um time desses, merecia, né não?
Olha só… como este disco é um show e não há separações por faixas, preferi mantê-lo como está, mas em 320 kbps. Porém, para os desavisados, inclui as faixas separadas, mas em qualidade inferior.
Quarteto Em Cy – Em Cy Maior (1968)
Pierre Kolmann E Seu Conjunto – Para Dançar (1957)
Olá! Hoje resolvi mudar radicalmente o ritmo em que estávamos (prometo que ainda volto nele) em função de um comentário que reativa por aqui o enigmático Pierre Kolmann. Alimentando assim a polêmica, aqui vai mais um de seus discos, o de estréia “Para dançar”, que foi o álbum que gerou toda a confusão. Transcrevo abaixo o último comentário, que mesmo apesar de anônimo, me pareceu o mais esclarecedor e complementar. Se alguém tiver algo a acrescentar ou corrigir, faça-me o favor…