Onessimo Gomes – Serestas Do Brasil N. 3 (1960)

Eis aqui um nome que precisamos resgatar, Onéssimo Gomes. Com certeza se perguntamos para as pessoas hoje quem foi Onessimo, elas dirão qualquer coisa, menos que se trata de um artista da música brasileira. Mas este já fo isucesso do rádio nos anos 40 e 50. Era chamado por Silvio Caldas de “o seresteiro de ouro do Brasil”. Vejam vocês, ele era muito requisitado pelo governo federal para shows, assim como outros artistas da época. Porém como seu cachê era muito alto, acabou ganhando um emprego no Ministério do Trabalho com salário fixo. Curiosamente, ele exerceu a profissão de fiscal, paralelo a de cantor até sua aposentadoria.
O disco que apresento é um de seus álbuns clássicos, lançado pelo selo Radio em 1960, traz o seguinte repertório:

violão
a deusa da minha rua
meu companheiro
professora
saudade do me barracão
transformação
cicatrizes
por causa desta cabocla
soluços
ave-maria
roxa saudade
um caboclo apaixonado

Joe Smith – Sax Exotic (1970)

Completando a postagem do dia, aqui vai o segundo lp do Joe Smith. Este disco chegou a ser relançado nos anos 80 com uma outra capa. Sei disso porque eu tenho o lp. Acho inclusive este mais interessante que o primeiro. Procurei por horas alguma informação complementar sobre este instrumentista, mas não existe nada! Eu realmente fiquei curioso com este cara. Na contracapa deste disco temos um texto de apresentação que eu pensei que tivesse sido feito por Carlos Drummond de Andrade. Tive agora que modificar o texto fazendo uma correção. Na verdade o C. Drummond que assina a contracapa não é o poeta. Trata-se de uma tal de Cecília Silva Drummond. Descobri isso através de outros discos da Bemol, os quais ela também assina. Desculpem… falha nossa…
a whiter shale of pale
te amo
l’importante c’est la rose
o caderninho
somethin’ stupid
tributo a martin luter king
the world we know
garota do carnaval
a pupet on a string
prima di domani
i was kaiser bill’s batman
there’s a kind of hush

Joe Smith – Sensaxcional (1968)

Vejam como uma coisa leva a outra. Ainda na onda dos pseudônimos, dos artistas nacionais com nomes estrangeiros, agora trago mais um. Mais um saxofonista lá das Minas Gerais, pouquíssimo conhecido, principalmente nos dias atuais. Joe Smith é o nome artístico do homem. Não sei qual é o verdadeiro, mas isso pouco importa, considerando que ele não gravou mais que dois discos pelo selo e gravadora mineira Bemol. Depois sumiu. Contam que este saxofonista era músico da noite, tocando em bailes e boates de Belo Horizonte. Estou postando este álbum de 1968 e em seguida vai o de 69 na segunda postagem do dia. Escolhi para hoje o Joe Smith pelas afinidades e semelhanças com o nosso Bob Fleming (Moacyr Silva). Além de mineiro, saxofonista e negro, toca seu instrumento no mesmo estilo aveludado e colorido de Bob Silva.

hey jude
tomorrow’s love
le bruit des vague
with a little help from my friends
rain and tears
já nem sei
it must behim
do you want to dance
les papillons
fool on the hill
the music played
o tempo vai apagar

Moacyr Silva E Seu Conjunto – Sax Sensacional (1960)

Nessa estória de nomes e pseudônimos dos nossos músicos e artistas, me lembrei do Moacyr Silva e suas facetas, entre elas a mais famosa como Bob Fleming. Para mim, Moacyr foi um dos maiores sax brasileiros de todos os tempos.
Aqui temos Moacyr no primeiro “Sax Sensacional”, lançado em 1960 pela Copacabana. Perfeito! Um disco bem dosado com sambas e ‘standars’ da música internacional. Fazem parte deste seu conjunto o pianista israelense Chaim Levack e o contrabaixista Jorge Marinho. Na bateria e percurssão aparecem os instrumentistas apenas pelo primeiro nome, Paulinho, Rubens e Geraldo. Curioso, isso é comum em outros discos e de outros artistas, dá a impressão de que ritmistas não tem tanta importância assim. Enfim…

este seu olhar
autumn in rome
mi ultimo fracasso
mil recados
beautiful love
contigo en la distancia
smoke gets in your eyes
carinho e amor
summertime
historia de un amor
e da?
morning sunrise

Manfredo Fest – Boleros Clássicos Clássicos Dos Boleros (1961)

Vejam vocês este álbum muito interessante. Este é um disco do Manfredo Fest que não temos uma mínima referência. Não achei em nehuma biografia deste pianista qualquer nota sobre este lp. Também não tive como saber a data, possívelmente final dos anos 50 ou início dos 60. No Dicionário Cravo Albin este disco nem existe na discografia do Manfredo. Eu acredito que este seja realmente o primeiro disco dele. Aqui temos um curioso repertório de boleros, sendo a primeira parte, o lado A, composta de peças da música clássica adaptadas ao ritmo bolerístico. Taí, mais um disco pra quem gosta de dançar coladinho…

apenas um coração solitário
sinfonia patética
poema
tema do 2. concerto para piano
estranho no paraíso
melodia em fá
pecadora
luna lunera
hipócrita usted
maria bonita
una mujer

Lucas E Sua Orquestra – Bom Para Ouvir E Dançar (1959)

Mais um dance dos anos dourados. Taí um disco que eu não conhecia e mesmo buscando informações pela rede não encontrei nada. O encarte também não diz muito, a contracapa então nem se fala. O jeito é nos orientarmos pelo selo e pelo conteúdo musical em si. Nem o ano eu consegui localizar. Mas com toda certeza, após ouvi-lo e também pelo seu repertório estampado no selo Radio, sei que se trata de um lp merecedor de um toque musical. Deixo o complemento para os universitários, façam me o favor…

sansão e dalila
recado
around the world
tu me acostumbraste
noche de ronda
babalu
castigo
eu sei que vou te amar
barril de chopp
all the way
quem é
vôo do besouro

Zé Maria e Seu Conjunto – Dance Com Zé Maria E Seu Conjunto (1961)

Putz, que vacilo… Vejam vocês, só agora fui perceber que não havia publicado o segundo post de ontem. Também não era para menos, do jeito em que eu estava, quase dormindo em frente ao monitor, nem sei como tudo terminou. Apaguei…
Hoje tenho aqui este disquinho nota 10. Um álbum do pianista José Maria de Andrade Ferreira, o conhecido Zé Maria, e seu Conjunto. Este disco, um álbum lançado possívelmente em1961 pelo selo Albatroz é uma jóia. Temos Zé Maria tocando com seu conjunto que se apresentava na boate Little Club. Um repertório todo apoiado no jazz mesclado as sonoridades latinas. Contam que o nosso querido Jorge Ben participa deste disco, mas não achei nenhuma referência concreta. Contudo é certo que foi o Zé Maria quem descobriu o Jorge Ben. Há também um outro disco do Zé, o “Tudo Azul”, onde o Jorge participa. Seja como for, com ou sem Jorge, o disco é imperdível!

la classe de chá-chá-chá
misty
yes, that’s my baby
blues noturne
my baby is helen
céu e mar
i got rhythm
lago dos cisnes
right in the book
sole mio
samba de uma nota só
mambo azul

Simonetti, Mezzaroma E Wanderley – Música Para O Amor (1959)

Enquanto Seu Lobo não vem, aqui vou eu com outro orquestral para, quem sabe depois, da dança. Música para o amor! Eis aí um disco três para um. Um álbum que reúne o maestro Simonetti, Paolo Mezzaroma e Walter Wanderley em gravações raras. Na verdade uma coletânea com quatro faixas para cada. Disquinho legal, mas que eu não tenho maiores informações. Além do mais já estou aqui babando de sono. Zzzzz…
PS.: o link para este disco pode ser solicitado, caso não encontre no Comentários, através do e-mail toquelinkmusical@gmail.com

amorosamente – paolo mezzaroma e conjunto
dolores – walter wanderley e conjunto de ritmo
musetto – simonetti e conjunto rge
viver sem você – paolo mezzaroma e conjunto
an affair to remember – paolo mezzaroma e conjunto
ruega por nosotros – walter wanderley e conjunto de ritmos
accarezzame – smonetti e conjunto rge
abismo – paolo mezzaroma e conjunto
malafemmena – simonetti e conjunto rge
verão em veneza – walter wanderley e conjunto de ritmos
na voce na chitarra e o poco e luna – simonetti e conjunto rge
tema da meia noite – paolo mezza

Pierre Kolmann – Dance Com Musidisc Vol. 1 (1957)

Olá meus caríssimos amigos cultos e ocultos, vamos nós com a postagem do dia. No embalo das raridades, vamos hoje dançar. Tenho aqui um legítimo representante da onda dance no final dos anos 50. Como já falei em outra ocasião, nos anos 50 era muito comum os lp’s com músicas dançantes onde não haviam separação por faixas. As músicas tocavam sem interrupção durante todo um lado do disco. Quem tinha muitos discos nessa linha era o Waldir Calmon e suas séries feitas para dançar. Neste disco temos exatamente isso, porém entre uma música e outra há uma discreta pausa que permitiu separarmos este quase pout-porri dançante.
Bom, agora resta saber quem é esse tal de Pierre Kolmann. Para os que não sabem, este é um dos pseudônimos do compositor, pianista e ‘bandleard’ Britinho (João Adelino Leal Brito). Foi um artista bastante atuante na música por mais de três décadas. Gravou vários discos com sua orquestra, acompanhou outros tantos, tendo também suas composições interpretadas por diversos artistas. Como instrumentista super-requisitado, adotou o esquema, usado por outros músicos na época, de pseudônimos. Assim podia gravar em outros selos sem problemas contratuais. Este disco, por exemplo, não aparece na discografia de Britinho. Eles não eram considerados como álbuns de carreira.

deixa a nega gingar
depois do carnaval
olhos verdes
a flor do amor
nós e o mar
little white lies
destinos
samba toff
don’t blame me
vem pro samba

The Big Seven – Um Ouriço (1971)

Hoje foi mais um daqueles dias cheios e mal tive tempo para preparar alguma coisa nova para a postagem. Acabei tendo que recorrer ao gavetão, onde sempre consigo achar uma bolacha para salvar o dia. Desta vez teremos este disco, um álbum um tanto quanto obscuro de um possível grupo chamado The Big Seven. Na verdade, trata-se de uma produção de Raul Seixas e Leno na época da Jovem Guarda. O estilo é bem “conjuntinho de baile na beira da piscina” tocando os ‘hits’ do momento. “Se você não precisasse você não pedia” é uma da faixas, música de Raul. Me parece que existeum outro disco do The Big Seven, também produto de Raulzito Seixas. Estes discos chegaram a ser relançados em cd nos anos 90, mas hoje já se tornaram novamente raridades curiosas.

izabela
pra começo de assunto
se você não precisasse você não pedia
madalena
ele disse que vai voltar
carta de amor
rose garden
maria joana
não confie em ninguém com mais de 30 anos
ave maria do morro
chão de estrelas
balada n. 7

Osmar Navarro – … E Vocês (1961)

Este post era para ter sido o segundo da noite de domingo, mas como tenho andado meio devagar, ele entra hoje como a postagem de segunda-feira. Só assim para recuperar o dia…
Vamos então com este álbum bacanão do Osmar Navarro. Um disco bem produzido, com arranjos e orquestração de Guerra Peixe. O destaque vai para a faixa de abertura “Luar particular” de Célio Ferreira e Oldemar Magalhães, um samba que é pura bossa nova.
Osmar Navarro é um nome que ficou esquecido. Cantor e compositor, iniciou sua carreira nos anos 50. Gravou alguns discos ao longo de sua carreira e também compôs em parceria com artistas da Jovem Guarda. Não conheço os outros discos dele, mas com certeza este foi o melhor.

luar particular
conte até dez
coração cigano
maestro coração
almas torturadas
era uma vez
amor de carnaval
não há de quê
outono feliz
ficou pra ficar
inspiração
dia e noite

Os Rouxinóis – O Rancho Dos Rouxinóis (1964)

Olha aí maestro, me lembrei de você no dia em que postei o Coral Ouro Preto. Mas acabei por não comentar isso. Desta vez não deixarei passar em branco. Em sua homenagem, aqui vai mais um grande grupo que certamente irá lhe agradar. Esta é a segunda vez que estou postando um disco deste sexteto vocal. “O Rancho dos Rouxinóis” foi um álbum lançado em 1964 e traz um repertório cheio de marchinhas, especialidade do grupo.
Este post é também dedicado à Narinha, filha da Dinorah Lemos, principal integrante dos Rouxinóis e também fundadora do quarteto vocal “As Gatas”.

noite cheia de estrêlas
modinha
reflorir minha vida
cidade-brinquedo
meu rouxinol
só teu amor
luar de paquetá
que bom que estava
andorinha
longe dos olhos
era uma vez
se a noite tem lua

Marku Ribas – Autoctone (1991)

Azeitando um pouco mais o dia (ou noite?) ou somando a este, temos a presença do grande Markú Ribas e seu “Autoctone”, álbum independente lançado em 1991. Um disco realmente genial e repleto de feras da música mineira (ou porque não dizer brasileira?). Só para se ter uma idéia, paricipam figuras como Toninho Horta, Célio Balona, Dércio Marques, Juarez Moreira, Titane e muitos outros, que vocês podem conferir no encarte anexo. No repertório encontramos composições próprias da melhor qualidade, como “Tamarrêra”, “Favela Blues” e “Mussulo”. Mas chamo a atenção para “Banana Boat Song” e “Mais Que Nada”. Ficaram muito boas… 10!

kalimba
favela blues
made in brasil
mas que nada
karijó
banana boat song (day-o)
mussulo
retrato latino
n’biri n’biri
tamarrêra

Grupo Raízes (1974)

Aqui venho eu nesta noite com um álbum raro em todos os sentidos. Lançado em 1974, este lp correu na mão e nos ouvidos de poucos. Talvez por essa razão, hoje ele não seja muito lembrado. O Grupo Raízes era formado por sete músicos, sendo Ângela Linhares e Tino Gomes dois dos membros que viriam a se destacar posteriormente. Ângela, cantora e compositora cearense, a seguir integrou o Massafeira de Ednardo. Tino Gomes, por sua vez, seguiu carreira solo como músico independente. Hoje trabalha também como ator/humorista ao lado de Saulo Laranjeira.
Este álbum é sem dúvida um discaço onde temos além de composições próprias, algumas adaptações do folclore mineiro. Vale a pena conferir mais este toque…

cantoria de foqgueira
lá no pé da serra
péde genipapo
coerencia n.1
encalço
fotografia
cantiga da chegada
desentoado
leilão
farol da salvação
atelier do ricardo
do rio e das pedras

Coral De Ouro Preto – N. 2 (1964)

Olá amigos! Como vocês devem ter percebido, o Toque Musical tem trazido algumas pedras raras e preciosas das montanhas de Minas. Desta vez temos uma pepita de ouro, o famoso Coral Ouro Preto. Este grupo vocal surgiu no final dos anos 50, organizado pelo maestro Ubirajara Cabral, na cidade mineira de Ouro Preto. Em razão do seu estilo (um grupo formado por dez vozes masculinas e nove femininas) e seu repertório, eles conseguiram alcançar vôos para além das Minas Gerais. Foram saldados como o um dos melhores grupos vocais do Brasil, sendo também considerados “um marco e divisor de águas na passagem para a Bossa Nova.”
Embora o álbum traga no título como sendo o número dois, este na verdade foi o terceiro, lançado em 1964. Um disco cheio de clássicos da nossa música popular. Confira este toque!

casinha pequenina
pastorinhas
sereno da madrugada
por causa dessa cabocla
é a ti, flor do céu
rancho fundo
despertar da montanha
zingara
pois é
praça onze
chuá chuá
linda flor

Minas Canta Para O Brasil (1961)

Estou postando este disco, mais por sua raridade e história. O presente álbum foi o primeiro disco comercial gravado em Minas Gerais. Segundo informações na contracapa ele foi gravado em apenas duas noites no antigo estúdio da TV Itacolomi. O lp foi produzido por Hervé Cordovil e contou com Paulo Modesto e seu conjunto – um dos melhores da época na cidade – tocando e acompanhando os cantores Isnard Simone, Celso Garcia, Helena Ribeiro e Ricardo Parreira.
Infelizmente temos de bonus alguns chiados e estalos que inevitavelmente acompanham as faixas. Sei que tem gente que gosta e sabe como limpar…

curral del rey (menina moça) – isnard simone
zé fumaça- helena ribeiro
juras de amor – conjunto paulo modesto
praçavaz demello – celso garcia
porque – ricardo parreira
o bifeestá com a razão – conjunto paulo modesto
baqueiro do jequitinhonha – celso garcia
fingimento – helena ribeiro
tudo passa – conjunto paulo modesto
banana indigesta – ricardo parreira
sexta feira – isnard simone
petulante – paulo modesto

O Rancho Do Belarmino – Radio Inconfidênica (1970)

Nas ondas da Rádio Inconfidência encontramos um outro disco raro. Desta vez previlegiando a música sertaneja, temos aqui “O Rancho do Belarminio”. Este lp é fruto de um programa musical criado pelo produtor, apresentador e poeta Daniel dos Santos (o Belarmino) no início dos anos 60. O rancho foi um programa de muito sucesso que começou na Rádio Mineira e depois continuou na Inconfidência durante os anos 70. O álbum nos traz alguns dos diversos artistas que se apresentavam no programa que ia ao ar toda as manhãs, de 5 as 6.

educação – belarmino
desiludido – zé dourado e gaturama
juras mentirosas – zé dourado e gaturama
chuá chuá – maria do rosário
tudo precisa – nenzinho e alvinho
lenço preto – belarmino
vaqueiro alegre – vaqueiros de minas
flor do paraguai – vaqueiros de minas
boiadeiro de goiás – irmãs ribeiro e zelinho
te quero até morrer – irmãs ribeiro e zelinho
não me esqueças – adelário e ademir
saudade do sertão – adelário e ademir

Os Vibrantes 25 Anos Da Rádio Inconfidência (1961)

Eis aí um disco extremamente raro que só mesmo através de um blog musical você teria acesso. Este disco foi lançado em 1961 em comemoração aos então 25 anos da Rádio Inconfidência de Minas Gerais. Uma das mais antigas e tradicional rádio mineira, também foi berço e palco de grandes nomes da música brasileira. Neste lp temos a Orquestra da Rádio Inconfidência sob a regência do maestro Moacyr Portes tocando e acompanhando os diversos cantores do ‘cast’ da Inconfidência. Na época, esta era a única emissora em Minas que mantinha uma equipe efetiva de artistas. Uma boa curiosidade do álbum é a presença de Clara Nunes, ainda em início de carreira. Ouvindo este disco temos a certeza de que a música em Minas Gerais também tem sua prória história de rádio. Excelente disco, tem que ouvir!

ginga 57 – moacyr portes e orquestra
flor bonita – canta gilberto santana
história do beijo – canta vera regina
eres la mujer – canta alaor brasil
é mentira – canta marilu
foi assim – canta celso garcia
é para prestar atenção – moacyr portes e orquestra
boa noite, amor – canta fernando figueiredo
vida cruel – canta clara nunes
sincopado – moacyr portes e orquestra
deus me castigue – canta nadir lima
mãe maria – canta josé dias

IV Sambacana – Pacífico Mascarenhas (1971)

Tenho aqui mais um disco do Pacífico Mascarenhas e seu Sambacana. Na verdade, um disco do conjunto, sem a participação efetiva de Pacífico. O IV Sambacana foi um álbum lançado pela Top Tape em 1971 e reunia nomes como Toninho Horta, Novelli, Nivaldo Ornelas, Roberto e Suzana Tostes, entre outros… Wagner Tiso também participa do disco cuidando dos teclados e de todos os arranjos. Imperdível!

num desses dias
o vento que soprou
tardinha
minha ex-namorada
via
programa de domingo
pouca duração
amar prá quê?
saudade da rua
tom da canção
prezada amada
minha cidade

Conjunto Sambacana (1968)

Boa noite amigos cultos e ocultos. Ainda continuo com falta de tempo e planejamento. Longe de casa tudo fica difícil, mas não irei perder o rumo. Prova disso é este álbum especial que guardei justamente para o dia de hoje. Esta é a versão Imperial para o álbum lançado pela Odeon em 1969 do Conjunto Sambacana de Pacífico Mascarenhas. Para quem não conhece, o Sambacana foi o grupo onde Milton Nascimento e Wagner Tiso pasaram em inicio carreira. O conjunto foi criado nos anos 60 pelo compositor Pacífico Mascarenhas, maior representante da Bossa Nova em Minas Gerais. Neste disco temos um bom exemplo do que foi o movimento por lá. As composições de Pacífico são pura bossa, tendo Belo Horizonte, a capital, como pano de fundo. Para sacramentar a bossa mineira, os arranjos são de Roberto Menescal e Hugo Marota.

pouca duração
amor e ilusão
aconteceu
olhos feiticeiros
olhando estrelas no céu
ônibus colegial
foi assim
se eu tivesse coragem
começou a brincadeira
assim foi o nosso amor
quanto tempo
bolo
mandrake
amor em quatro estações

Perminio Gonçalves e Sua Orquestra – É Brasa Pura! (196?)

Mais um álbum raro para completar o dia. Este é um disco que eu mesmo não conhecia direito. Ao ouvi-lo fiquei realmente surpreso, muito bom! Um repertório variado que inclui entre temas internacionais, outros bem brasileiros como “Tamanco no samba”, “Influência do jazz”, “Por causa de você, menina”, entre outras… Pemínio Gonçalves foi um band leader e sua orquestra foi uma das mais requisitadas em bailes nas décadas de 50 e 60. Ao buscarmos informações sobre ele, o máximo que encontramos é o fato de ter sido esta a orquestra onde Leny Andrade começou. Deixo o post em aberto para quem tiver maiores informações…

sabre dance
peter gunn
tamanco no samba
salada de tomate
viva meu samba – despedida da mangueira
noites de moscow
por causa de você, menina – mas que nada – rio
influência do jazz
cant’y
leva meu samba – foi ela – noutros tempos era eu
i surrender dear

Sandoval Dias – Dançando Com Sandoval Dias E Seu Conjunto (1960)

De volta às raridades, tenho aqui um maravilhoso disco do grande saxofonista Sandoval. Este foi o seu primeiro lp solo e tem um repertório com músicas bem conhecidas, lapidadas para a dança de salão e sucessos como o calipso “Marina”, de Rocco Granata e o rock-slow “Mira que luna”, de Malgoni e Senec. Sandoval iniciou sua carreira no final dos aos 20 tocando nas mais diversas e importantes orquestras do Brasil. Fez também trilhas para novelas e ao longo de sua carreira, entre os anos de 1958 a 1969 gravou 25 lps, como solista, pela Sinter e Philips. Confira este toque.

las secretarias
un telegrama
chora tua tristeza
déjame solo
un angelo e sceso a brooklin
vamos cochichar
mira que luna
cantando te diré
marina
doi… doi… doi…
la montana
meditação
th sheperd’s cha cha
leva-me contigo

Jair Rodrigues – Antologia da Seresta Vol. 2

Fazendo a tabelinha do dia, achei por bem postar este disco muito bom do Jair Rodrigues. Eu mesmo nunca tinha ouvido este disco e confesso, fiquei impressionado. A partir dos anos 8o, deixei de acompanhar a carreira de muitos artistas, o Jair foi um deles. Mas este disco ficou fino! A começar pelo repertório, a interpretação ponderada de Jair além dos arranjos e instrumentação belíssimos. Participam do álbum músicos como Copinha e Dino 7 Cordas, entre outros… Infelizmente eu não achei o volume 1, assim ataco logo com o 2, se gostarem eu procurarei e postarei depois (até rimou!)

lágrimas
revendo o passado
pra são joão decidir
sertaneja
o ébrio
boneca
sinhá maria
céu moreno
velho realejo
senhor da floresta
rapaziada do brás

Carmem Costa & Paulo Marquez – A Música de Paulo Vanzolini (1974)

Nesses últimos dias tem sido difícil acertar o passo aqui no blog quanto ao horário das postagens. Estou fora do QG, dependendo incluisive de uma boa conexão. Acaba tudo ficando mais lento e as postagens para os momentos finais, meio à toque de caixa.
Vamos hoje com este disco bacanão que tem três fatores importantes: Carmem Costa, Paulo Marquez e Paulo Vanzolini. Não precisa dizer mais nada. Quem não conhece, não sabe o que está perdendo. Aqui temos doze faixas de autoria de Vanzolini, interpretadas por Carmem e Paulo num disco gravado no inicio dos anos 70 pelo selo Marcus Pereira. Este, me parece, foi o último disco gravado por Paulo Marquez. Foi relançado em vinil nos anos 80 e novamente em cd nos anos 90. Mesmo assim é difícil de achar. Excelente!

mulher que não dá samba
falta de mim
inveja
ronda
samba abstrato
sorrisos
teima quem quer
maria que ninguém queria
menina o que foi o baque
cara limpa
mulher toma juizo
choro das mulatas

Os 3 Do Nordeste – Mulher Com M Só (1975)

Para completar o domingo aqui vai mais trio que fez a vez nos anos 70. Formado por Cacau, Zé Pacheco e Parafuso, este grupo fez muito sucesso, principalmente no norte e nordeste do Brasil. Como o Trio Nordestino, Os 3 continuam na ativa, fazendo apresentações por todo o país.

Tem que ter suor
Omundo começou pior
Mande mais mulher
Todo coração é mole
Pedaço da minha vida
Forró de respeito
Mulher com m só
Eu tô
O nosso amor morreu
Machucando coração
Canção do roedor
Forró só em Gameleira

Trio Nordestino – Forró Pesado (1975)

Para este domingo não me restou outra alternativa além dos meus famosos ‘álbuns de gaveta’. A esses eu recorro sempre quando não me sobra tempo para preparar as postagens. Daí utilizo o que tenho à mão. Hoje, como estou me transito, lanço terei que fazer diferente…
Aqui vai um dos grupos de forró mais conhecidos do Brasil. Eles estão na estrada, ou melhor, no salão a mais de quarenta anos pondo todo mundo para dançar. Começaram como trio, mas ao longo do tempo foram sofrendo mudanças. Continuam atuando, mas com uma nova geração.
Quem gosta de forró vai adorar este disco. Caí como uma luva em festas discontraidas.

forró pesado
por causa da pepita
tinguilinge
esquenta moreninha
apague o candieiro
fole de ouro
o que é que você está fazendo aí meu bem
paguei prá você tocar
sapo cururu
ela pede mais
quer casar vambora
são joão no quintal

Walter Franco – Revolver (1975)

Finalmente! Depois de muito esperar, chegou a vez do Walter Franço e seu discaço “Revolver”. Este álbum era para ter sido postado nos primeiros passos do Toque Musical, mas como ele já tinha virado figurinha fácil em outros blogs, achei melhor não publicá-lo naquele momento. Mas este é um daqueles discos que eu faço questão de tê-lo no TM. Pessoalmente acho este o melhor álbum de Walter Franco. E é ele quem o define:
“Revolver é mesmo a palavra exata para esse disco, esse momento. Revolver tudo o que eu ouvi, tudo o que eu sou. Revolver as pessoas. A eletricidade… é o estúdio… as contagens… já que estou num estúdio, então vamos entendê-lo, usá-lo como um canal, aproveitar tudo, revolver…”.

Feito Gente
Eternamente
Mamãe D´água
Partir do Alto / Animal Sentimental
1 Pensamento
Toque Frágil
Nothing
Arte e Manha
Apesar de Tudo é Muito Leve
Cachorro Babucho
Bumbo do Mundo
Pirâmides
Cena Maravilhosa
Revolver

Biafra – Primeira Nuvem (1979)

Vamos rápido, antes que o dia termine… Só agora estou achando um tempo para as postagens. Queria tê-las feito mais cedo de maneira que vocês pudessem curtir o sábado ouvindo coisa boa. Mas o domingo já está chegando aí e pelo jeito essas ficarão para o matinal.
Começo então com um disco super bacana do Biafra (desculpem, agora Byafra). Com este álbum ele fez sua estréia e merecidamente teve duas músicas que fizeram muito sucesso, “Barcos e Navios” e a romântica “Helena”. Esta última se tornou ainda mais popular ao ser incluida em uma novela da Rede Globo, mas graças a Deus não perdeu o seu encanto. Ainda hoje é uma das mais tocadas em rádio. Muito bom este lp, confira…

Barcos e Navios
Bandido solitario
Açoite
Riacho solidão
Primeira nuvem
Tardes de viagem
Vagalume
Helena
Juriti
Nova estrela

Jorge Mautner – Para Iluminar A Cidade (1972)

Para iluminar a cidade neste fim de noite, resolvi postar este disco memorável do Jorge Mautner. Tinha certo, para mim, que já havia sido postado aqui no TM. Ao longo de quase um ano de existência, o blog já possui mais de 600 títulos raros, entre esses, alguns do Mautner. Agora ele está de volta neste álbum pelo selo Pirata, da Polygram. Na época ele era vendido por um preço mais baixo que o de mercado, e as lojas começam a boicotá-lo. Não demorou muito para que o selo Pirata deixasse de existir, e o disco é retirado de circulação. Somente em 1985 ele voltaria a ser relançado pela Baratos Afins, com apresentação de Caetano Veloso. Saiu em edição limitada. Um ótimo disco onde temos registrados os melhores momentos de um show realizado no Teatro Opinião, em abril de 1972.

super mulher
olhar bestial
estrela da noite
chuva princesa
anjo infernal
quero ser uma locomotiva
sheridan square
from faraway
sapo cururu

Os Carbonos (1976)

Interessante, quando postei pela primeira vez um disco dos Carbonos aqui no blog, achei que a turma iria cair de pau, malhando a curiosidade. Mas para meu espanto, o disco deu o maior ibope, com mais de 30 downloads só no primeiro dia! Repeti a dose tempos depois e foi a mesma coisa. Putz, esses caras tem uma legião de fans ou então tá todo mundo curioso para ouvir a cópia. Sendo assim, aqui vai mais um… Um trabalho maduro e experiente ilustrando um pouco do que foi os anos 70. Este lp até tem cara de disco de banda de rock. Eu mesmo já tive por engano com o álbum na mão, mas para época aquele som foi uma tremenda frustração. Hoje, passados quase trinta anos, escuto Os Carbonos com outros olhos.

sobre as ondas
se acanha mocinha
paraíba
rosinha namorada
mamacita
nossa canção de amor
noite cheia
não vou lhe deixar em paz
dia de alegria
pombinha branca
marie (nunca diga adeus)
só você