100 Anos De Música Popular Brasileira – Projeto Minerva Vol.6 (1975)

Embora pouco comentada a postagem do volume 5 do Projeto Minerva, vieram muitas solicitações para que eu continuasse a postar outros números. Tá certo, aqui vai mais um…
Hoje teremos o volume 6, onde constam registros de Pery Ribeiro, Rosana Toledo, Lúcio Alves, Johnny Alf e Alayde Costa. Infelizmente este sexto volume que tenho é do relançamento, feito nos anos 80 pela Sigla/Soma. Eu chego a ficar indignado com o pouco caso que fizeram ao relançarem essa coleção. Os álbuns, originalmente eram de capa dupla, trazendo em seu interior as informações sobre seu conteúdo (número das faixas, ficha técnica, etc…). Para pouparem gastos na produção, a série relançada pela Sigla/Soma em 84 veio desfalcada. Os caras não tiveram a sensibilidade de ver que o mais importante para se compreender o disco e essa coleção estava ali, no que eles omitiram. Para saber quem é quem e o que é o quê só mesmo olhando pelo selo, que por sinal não informa muita coisa, nem a data. Daí, quando a gente cisma de criar um blog e disponibilizar o disco com as informações completas, os caras dizem que é pirataria. Mas vamos deixar essa questão para um outro momento, que por sinal eu gostaria de dar meus esclarecimentos.
Como relação ao nosso disquinho do dia, o que tenho a completar é dizer que o mesmo traz um repertório que compreende o período que vai de 60 a 70, entre bossas, Jorge Ben e outras tropicálias. Participam do programa outros músicos de renome, mas só identifiquei o Altamiro Carrilho, que por sinal pelejou para se manter no ritmo da bossa. Segue a baixo a programação:

lobo bobo – alayde costa
influência do jazz – johnny alf
o barquinho – alayde costa
fim de noite – lúcio alves
canto de ossanha – rosana toledo
consolação – pery ribeiro
última forma – pery ribeiro
pra dizer adeus – pery ribeiro
a banda – pery ribeiro
carolina – pery ribeiro
travessia – rosana toledo
canção do sal – pery ribeiro
é de manhã – pery ribeiro
esse cara – rosana toledo
roda – pery ribeiro
procissão – pery ribeiro
preciso aprender a só ser – rosana toledo
chove chuva -pery ribeiro e rosana toledo
mais que nada – pery ribeiro e rosana toledo
país tropical – pery ribeiro
fio maravilha -pery ribeiro e rodan toledo

Os Tincoãs (1973)

Se tem um disco do qual eu me arrependo de ter vendido, este foi Os Tincoãs de 1973. Foi preciso quase duas décadas depois para eu novamente reencontrar o álbum, na verdade, sua versão em cd relançada pela EMI Odeon. Em outras encarnações eu já havia postado este disco e fez o maior sucesso. Dessa vez eu fiquei meio resistente, pois o disco já estava bem divulgado e haviam tantas outras coisas para postar que o disquinho acabou ficando na fila de espera. Mas como se trata de algo fora de série, eu não poderia me negar aos seus encantos.
Taí, Os Tincoãs, grupo baiano surgido no início dos anos 60. Gravaram inicialmente boleros e coisas semelhantes ao Trio Irakitan. Mas foi a partir de uma conscientização da cultura negra africana, dos terreiros de Candomblé da Bahia, que o grupo começou a tomar uma forma. Este foi o segundo disco gravado por eles e com certeza o mais importante. Não apenas pelo temática, mas principalmente pelos arranjos vocais e o trabalho de produção musical do maestro Lindolfo Gaya. Neste disco o trio era formado por Mateus, Dadinho e Heraldo que veio a falecer em 1975. O trio continuou na estrada com outras formações até o início dos anos 80. Depois, Dadinho e Mateus foram morar na África. Chegaram a gravar um disco em Angola, o qual também saiu no Brasil pela CID. Em 2000, foi a vez de Dadinho que mudou de lado e foi cantar com Heraldo no céu. Os Tincoãs, só por este disco, podem ser considerados um dos maiores grupos vocais brasileiros. Excelente! Confiram o toque…

deixa a gira girar
iansã, mãe virgem
sabiá roxa
ogundê
na beira do mar
raposa e guará
saudação aos orixás
canto de iemanjá
capela d’ajuda
obaluaê
a força da jurema
embola embola

Bando Da Lua – Nos E.U.A. (1975)

Ontem eu postei um disco do Projeto Minerva e até pensei que alguém fosse fazer algum comentário, considerando o imediato número de acesso em pouco mais de doze horas. Como não houve ainda um ‘feedback’, resolvi mudar o rumo. Ouvindo o Lúcio Alves, acabei me lembrando do Bando da Lua. Daí rumamos para o internacional Bando da Lua.
Eles surgiram no início dos anos 30 e fizeram muito sucesso como um revolucionário grupo vocal. Ficaram ainda mais (internacionalmente) famosos por serem o grupo de apoio de Carmem Miranda nos Estados Unidos. Seu elemento principal era Aloysio de Oliveira.
Não vou ficar aqui contando histórias, a contracapa se incumbirá disso.
Este disco reúne algumas das gravações que o Bando da Lua realizou na Decca americana. As faixas seguem uma ordem cronológica que se inica apartir de 1941. Em boa parte do disco as músicas são em inglês, naturalmente por se tratarem de gravações voltadas para o público americano. Aqui estão presente doze faixas de um repertório raro que vai até 1954.
Com selo MCA Records e distribuído no Brasil pela Chantecler em 1975, este lp se tornou uma raridade bastante procurada por colecionadores. Vendi o meu a algum tempo atrás por 120 pratas!

maria boa
cansado de sambar
na aldeia
lig lig lé
é bom parar
nega do cabelo duro
chiquita bacana
canoeiro (pescaria)
rag mop samba
bibbidi-bobbidi-boo (a canção mágica)
in the mood

100 Anos De Música Popular Brasileira – Projeto Minerva Vol. 5 (1975)

A sexta-feira foi um pouco corrida e pelo jeito o sábado também, mas vamos ao diário. Ainda com aquele espírito de bossa, temos para hoje um disquinho fino. Trata-se do volume 5 da coleção de oito álbuns produzidos por Ricardo Albim para o Projeto Minerva. Essa série saiu pela Tapecar nos anos 70 e foi novamente relançada pela Sigla nos anos 80. Um registro mais que histórico, perfeito! Básico a qualquer discoteca, seja ela de cd, vinil ou mp3. É de estranhar que até hoje nenhum blog tenha se prestado a trazê-los de volta. Vê-se de cara que estamos falando de uma coleção rara e muito importante. As gravações apresentadas aqui fizeram parte do programa de rádio levado ao ar para todo o Brasil por uns vinte anos. Quem não se lembra?
Escolhi o volume 5 que compreende uma fase da Bossa Nova. Neste disco temos Jonhnny Alf, Doris Monteiro, Lúcio Alves e Alaide Costa, tudo ao vivo, gravado no auditório do MEC, Rio.
Aos poucos irei soltando os demais álbuns da série. Ainda me faltam conseguir os volumes 2, 3, 4 e 8. Se acaso alguém tiver e puder enviar para mim, ficarei muito grato e postarei esses também. Compartilhe essa idéia!

rapaz de bem – johnny alf
eu e abrisa – doris monteiro
ninguém me ama / se eu morresse amanhã – doris monteiro
castigo – doris monteiro
se é por falta de adeus
camelô / mocinho bonito – johnny alf e doris monteiro
a banca do distinto – johnny alf e doris monteiro
foi a noite – lúcio alves
desafinado – alaide costa
garota de ipanema – alaide costa e johnny alf
se todos fosse iguais a você – lúcio alves
eu sei que vou te amar – lúcio alves
eu não existo sem você – alaide costa
a felicidade – lúcio alves

Bossa Nova – Para Fazer Feliz A Quem Se Ama (1988)

Olá! De última hora fui obrigado a mudar os planos da postagem do dia. Acabei esquecendo em um outro computador o disco preparado para hoje. Como não tenho como acessá-lo, o jeito vai ser apelar para os ‘álbuns de gaveta’. Por sorte achei mais um que celebra a Bossa Nova. Tenho aqui este lp lançado em 1988 com grandes nomes da nossa MPB, cantando alguns dos maiores sucesso do gênero. “Pra fazer feliz a quem se ama”.
Ao final, quem saiu ganhado foram vocês. Amanhã eu postarei o que deveria ter entrado hoje.

emilio santiago
vivo sonhado
triste
meditação
nara leão
corcovado
insensatez
joão bosco
a felicidade
o nosso amor
quarteto em cy
de conversa em conversa
tim tim por tim tim
samba de uma nota só
falsa baiana
moraes moreira
país tropical
chove chuva
guilherme arantes
nós e o mar
wave
leny andrade
garota de ipanema
rio
ela é carioca
ney matogrosso
vagamente
manhã de carnaval
mpb 4
chega de saudade
tem dó
carlos lyra
se é tarde
você e eu
saudade fez um samba

Bossa Nova Trinta Anos Depois (1987)

Hoje o dia tá bom a Bossa. Vamos continuar por essa trilha, pois por ela já passaram os “super blogs”. Quem sabe nessa a gente também alcance o mérito, não é mesmo?
O disco do dia é a pura Bossa. Lançado pela Philips em 1987, ano em que a Bossa Nova comemorava seus trinta anos, o álbum reúne quinze autenticas composições do gênero. Ficou a cargo de Roberto Menescal a seleção do repertório, que obviamente são apenas as pratas da casa. Mas longe de qualquer crítica negativa, o disco é muito bom. Artistas e repertório do primeiro time. Confiram a baixo quem foi escalado para o jogo…

rio – os cariocas
você e eu – nara leão
coisa mais linda – caetano veloso
garota de ipanema – sergio mendes e bossa rio
águas de março – elis e tom jobim
carta ao amigo tom 74 – toquinho e vinicius
falsa baiana – joão gilberto
surf board – roberto menescal e seu conjunto
desafinado – gal costa
o barquinho – tamba trio
chega de saudade – tom jobim
corcovado – sylvia telles
boranda – edu lobo e tamba trio
triste – elis regina
de palavra em palavra – mpb4

Elis Regina & Zimbo Trio – O Fino Do Fino (1965)

Eu sempre acabo me deixando levar pelas sequências e consequências. Ouvir o Tamba Trio acabou por despertar meu desejo de postar mais um disquinho que, para mim, é 10! Na mesma linha jazzística e bem suingado, temos agora o Zimbo Trio com a Elis Regina. Outro combinado que também foi show, literalmente show, gravado ao vivo no Teatro Record em 1965, Um disco perfeito em todas as suas dimensões, a começar pela capa. O álbum, já bem conhecido de todos foi relançado em discografias tanto da Elis Regina quanto do Zimbo Trio.
Se por acaso você ainda não o ouviu, confira aqui e corra logo atrás do CD original. O vinil você também pode encontrar, mas não sairá por menos de 50 pratas. Seja qual for sua escolha, está valendo, será uma boa, pois o fino do fino é ainda mais fino 😉

zambi
aruanda
canção do amanhecer
só eu sei o nome
esse mundo é meu
samba meu
expresso sete
tê o sol raiar
chuva
amor demais
samba nov
chegança

Quarteto Em Cy E Tamba Trio – Som Definitivo (1966)

Para engrossar o caldo do dia, estou trazendo mais um disco da baianinhas do Quarteto em Cy. Desta vez elas vem acompanhadas pelo não menos genial Tamba Trio. Um disco, sem dúvida, da melhor qualidade, o qual eu recomendo para aqueles que ainda não tiveram a felicidade de ouví-lo. A união desses dois grupos, com direção musical de Roberto Quartin e Wadi Gebara, resultou num trabalho muito original, com uma forte tendência jazzistica em contra-ponto com o balanço do samba, presente em praticamente todas as faixas. Um disco realmente fino, um clássico que não envelhece e não pode faltar aqui no Toque Musical. Confiram esta jóia 😉

zambi
imagem
aleluia
das rosas
se você pensar
agua de beber
o mar é meu chão
arrastão
apelo
eu vim da bahia

Viver Outra Vez – Campanha No Combate À Aids (1988)

Olá! Como todos devem saber, hoje é o Dia Mundial de Luta Contra a Aids. Em todo o mundo o dia é lembrado como uma manifestação de alerta, despertando nas pessoas a consciência da necessidade da prevenção e o entendimento sobre a síndrome. O Toque Musical também participa, apresentando este disco, sugerido pelo nosso amigo Edú. Trata-se de um álbum curioso, com participação de diversos artistas cantando a canção “Viver Outra Vez”, que em seguida e incessantemente, seu instrumental, aparece como fundo para todas as outras faixas. Ela se repete como fundo para a aplicação de textos recitados por Paulo Autran, Fernanda Montenegro, Tônia Carreiro, Lima Duarte e Maitê Proença. Chega a ser meio chato ouvir sempre a mesma música que ao final do disco você até já decorou. Mas as mensagens de Carlos Drumond de Andrade, Mário Quintana, Vinícius e tantos mais, valem a investida.
Não se desanimem com a minha crítica, eu sou mesmo um chato. Mas sempre bem intencionado. Além do mais, o blog é para quem escuta música com outros olhos.

viver outra vez
vida menor – carlos drumond de andrade
a carpideira – adélia prado
if – paulo mendes campos
viver outra vez
balada negra – vinicius de moraes
o que é o que é – gonzaguinha
o poema – mario quintana
o marrueiro – catulo da paixão cearense

A Grande Música Do Brasil – A Grande Música De Chico Buarque (1978)

Chico Buarque, indiscutivelmente é um de nossos maiores compositores de todos os tempos. Postar um disco dele é sempre uma grande honra, porém eu ainda não o fiz porque acredito que toda a sua obra se encontra disponível, seja em lojas ou em blogs. Contudo, o universo ‘buaqueano’ ainda merece ser explorado. Muita coisa ligada à música deste grande compositor necessita ainda um resgate ou atenção. Aqui temos um bom exemplo disso, na série “A Grande Música do Brasil”, concebida por Marcus Pereira para a Discos Copacabana. Esta série foi criada no sentido de homenagear alguns dos maiores nomes da nossa música e também ao maestro Guerra Peixe, responsável por toda a direção musical. Trata-se de um disco instrumental e orquestrado. Não sei precisar quantos volumes tiveram a série, mas todos tiveram o arranjo sinfônico de Guerra Peixe. Além da excelência musical de Chico, podemos apreciar a arte deste magnifico regente. Confiram o toque… 😉

a banda – olê olá
noite dos mascarados
carolina
roda viva
quem te viu, quem te vê
januária
pedro pedreiro – deus lhe pague
o que será

Bob Fleming – Boleros, Boleros, Boleros (198?)

Olá! Antes de tudo, eu gostaria de esclarecer dois pontos importantes para um melhor entendimento do nosso Toque Musical. Primeiro com relação aos links. Sempre usamos o Mediafire e o Rapidshare para arquivos maiores de 100 mega e para reposição dos vencidos. Acredito que todos atualmente estão ativos, contudo, conto com o interesse e colaboração de vocês. A reposição é imediata. O segundo ponto diz respeito à maneira como os álbuns são apresentados aqui. Procuro sempre caprichar, mas alguns detalhes como remasterização e capa, tenho procurado não intervir, de forma que se mantenha íntegra toda uma informação. Acho que é importante mostrar a coisa como ela é. Mostrar a capa do disco e não apenas o seu encarte. Por certo, tudo de forma apresentável, mas qualquer melhoramento, prefiro deixar a cargo de cada um. Em resumo, quero que o ábum chegue até vocês da forma mais pura, sem intervenções. Tenho tomado essa posição devido à facilidade com que hoje em dia podemos modificar, transformar e subverter uma informação. Digo isso principalmente dos arquivos de imagem e de som. Daí, chego a conclusão que quanto menos mexer, melhor. (cês tão intendendo?)
Bom, chega de blá-bla-blá… vamos ao que interessa! E hoje, como prometido, o negócio é o bolero. Como nesta semana eu andei postando álbuns instrumentais, para não destoar muito, preferi escolher boleros instrumentais. Então, nessa hora, não deu outra… escalei o Mr. Sax, Bob Fleming ou se preferirem Moacyr Silva. Como é sabido de todos, o saxofonista Moacyr Silva, assim como outros músicos, atuaram com outros nomes, principalmente nomes estrangeiros, de forma a driblar contratos com outras gravadoras. Moacyr fez muito isso e no caso de Bob Fleming, foi adotado para que o instrumentista pudesse gravar pela Musidic. O nome, me parece, foi cunhado por Nilo Sergio, dono da gravadora. Por esta ele gravou vários discos, entre eles esta série de boleros, que pelo que tudo indica começou a partir de 1960 com o Volume 1. O segundo volume eu não localizei a data, mas o terceiro saiu em 1965. Nos anos 80 os três volumes foram reunidos e relançados pela Sigla com esta bela capa conceitual, onde juntando os três álbuns temos um poster dessa loira sensual (até rimou!). O repertório vocês podem conferir logo a baixo, quase todas as músicas bem conhecidas do público. Vamos então ouvir o nosso Ben Webster tupiniquim. Maravilha…
vol.1
frio en el alma – aquellos ojos verdes
un mujer – desesperadamente
por que ya no me quieres – olhos castanhos
magic is the moonlight – tres palabras
adios – se muy bien que vendras
solamente una vez – frenesi
maria elena – la violetera
quiereme mucho – cubanacan
torna a surriento – o sole mio
poinciana – marta
stars in your eyes – orchilds in the moonlight
quero beijar-te as mãos – nostalgias
vol.2
la barca
cancion de amor cubano
nocturnal
duerme
regalo de viaje
misty
tu, mi delirio
la puerta
sabor a mi
green fields
sweet and lovely
vol. 3
charade – just for tonight
sin motivo – ay de mi
accarezzame – arrivederci
star dust – fly me to the moon
sta sera pago io – amapola
amor – abrazame asi
rose – trop beau
acercate mas – quizas, quizas, quizas
quando calienta el sol – besame mucho
uno per tutti – io che amo solo te
nessuno al mondo – al di la

Nouvelle Cuisine – Slow Food EP (1991)

Segundo os entedidos, Nouvelle Cuisine foi um termo criado por dois jornalistas franceses, Henri Gault e Christian Millau, especializados em gastronomia, para definir o estilo culinário de um grupo de ‘chefs’ franceses, que nos anos 60 se espelhavam nos ideais de cozinha do Movimento Futurista, revolucionando o ato de preparo e apresentação dos alimentos. Ou seja, a comida vista como uma obra de arte, aquela que é bonita aos olhos, mas que não enche a barriga. Naturalmente cara, como toda obra de arte, o que mais importa é o conceito (ups!). Somado ao requinte, transformam pequenas e simples porções em maravilhas culinárias, mesclando o salgado e o doce sobre um prato banco. Sem dúvida, essas misturas e o rompimento com a cozinha tradicional nos trouxe novos sabores, porém eu ainda sinto fome.
Aproveitando este enredo, mas sem querer fazer analogias com o grupo, acho que a postagem do dia merece um complemento. Daí, resolvi incluir este EP promocional que saiu em 91 anunciando a chegada do segundo disco, “Slow Food”. Um álbum produzindo por Oscar Castro-Neves e desta vez com um repertório que inclui também a música brasileira. Saboreie este fino prato, que aqui realmente está em pequena porção. Depois de ouvi-lo você vai ficar com a mesma sensação de quem comeu um “boeuf bourguignon” na hora do almoço. Gostoso, mas quero mais…

luzes
notas
cool
power flower

Nouvelle Cuisine (1988)

Olá amigos cultos, ocultos e visitantes em geral. Hoje me encontro um pouco indisposto, devido a uma endoscopia que fiz pela manhã. Examezinho chato, estou com a minha garganta ardendo como quando a gente fica gripado. É uma merda, me desculpem a expressão.
Para esta sexta-feira eu reservei o Nouvelle Cuisine, grupo paulista que surgiu no cenário artístico da segunda metade dos anos 80, fazendo apresentações em boates no Rio e em São Paulo. Caíram logo no gosto da crítica refinada e amantes do jazz. A proposta do grupo era versões acústicas de alguns dos mais famosos ‘standards’ dos anos 30 a 50, de autores como Duke Ellington, George e Ira Gershwin, Rodgers & Hart, Charles Mingus e outros.
O disco que apresento foi o primeiro, gravado em 1988, trazia exatamente essas versões. Um trabalho sofisticado, bem elaborado pelo vocalista Carlos Fernando que também é o responsável pelo conceito e programação visual do álbum. Pessoalmente acho este disco um charme e tenho certeza que aqueles que não o conhecem e gostam de jazz, vão se deliciar 😉

embraceable you
blues in the night
riquixá (pousse-pousse)
so long frank lloyd wright
my funny valetine
lullaby of birdland
my one and only
st. louis blues
day dream
chelsea bridge

José Carlos Poleshuck – E Sua Música (1990)

Eis ai um nome que sempre vejo presente como compositor em discos de música instrumental, principalmente os dos anos 80. José Carlos Poleshuck, eis um nome, cadê o ‘homi’? Esta é um pergunta que eu faço, porque não obtive respostas. Numa consulta por nome, não encontrei absolutamente nada a seu respeito, além de anúncios de venda, deste e de um outro disco que ele um dia lançou? Afinal, quem é este compositor?
O disco que tenho o prazer de apresentar, pelo que tudo indica não conta com a participação do compositor. Lançado 1990 pelo selo JLV, este álbum tem como figura chave o pianista Gilson Peranzzetta, responsável pelos arranjos, regência e presente em todas as faixas. Outros instrumentistas feras também entram no mexido, mas deixo isso para a ficha técnica que já vem incluída. Para aqueles que torceram o nariz para o experimentalismo da música instrumental, talvez neste disco possam se reencontrar. O disco é muito bom, eu garanto!

teu jeito gostoso de amar
caminho certo n.1
a menina dos olhos azuis
fabinandas
noturna n.11
estou de volta
caminho certo n.2
alegria

Eumir Deodato – Deodato 2 (1973)

Desculpem, mas hoje eu estou mais corrido que ontem e sem condições ou acesso a algo mais inédito. Assim, vamos com mais um dos meus já famosos discos de gaveta.
Eis aí um disco bacana, Eumir Deodato em seu segundo álbum solo americano, produzido por Creed Taylor. Depois do sucesso total que foi “Prelude”, no ano seguinte ele sairia com “Deodato 2”, um disco que em nada tem haver com a sonoridade musical brasileira, exceto pela presença de Airto Moreira que tempera um pouco o caldo. Todavia, não deixa de ser um disco genial, do qual eu gosto muito e recomendo para os que ainda não o ouviram. Podem comprar o disco, que com toda certeza vocês irão gostar. A pedido da g
Vou ficando por aqui, porque o tempo urge e a caravana passa. Té mais…

super strut
rhapsody in blue
nights in white satin
skyscrapers
pavana for a dead princess
latin flute
venus
do it again
tropea

Zé Eduardo Nazario – Poema Da Gota Serena (1983)

Olá! Hoje o bicho está pegando para o meu lado. Meu tempo está contadinho. Pensei até que não iria conseguir fazer a postagem do dia. Mas vou aproveitando o que tenho à mão nesta pausa para o café. Continuamos no instrumental, o bolero fica para o fim de semana, ok?
Taí, um disco para os apreciadores da música instrumental, “Poema da gota serena”. Primeiro álbum solo do baterista Zé Eduardo Nazario. Para os que não conhecem a fera eu vou dar a ficha, resumida, só para vocês sentirem o toque.
Zé Eduardo começou cedo. Aos 12 anos ganhou do pai uma bateria. Aos 13 formou seu primeiro grupo, o “Xangô 3” ao lado de mais dois adolescentes. Embora com pouca idade, o trio fez muito sucesso em São Paulo nos anos 60. Eles faziam bailes e também eram atração em todos os programas de tv’s paulistas. Se apresentavam regularmente em progamas como o Bossaudade de Elizeth Cardoso, Corte Rayol Show de Agnaldo Rayol, Hebe, Moacyr Franco Show e muito mais. Nos anos 70 formou o Grupo Experimental de Percussão, depois o Mandala, cujo o disco é raríssimo (qualquer hora dessas eu posto ele aqui). Nos anos 70 ele ainda tocou com Hermeto Pascoal, participou de outros grupos e de discos de figuras não menos importantes como Marlui Miranda e Egberto Gismonti. Formou juntamente com o irmão, Lelo Nazario e outros feras o Grupo Um, gravando uns cinco discos. A partir dos anos 80 ele começa a desenvolver seus trabalhos solo, gravando o “Poema da gota serena” em paralelo com o Grupo Um. Formou com o irmão o Duo Nazario, integrou o grupo Pau Brasil, Percussônica e nos últimos anos tem tocado com o guitarrista americano John Stein. Mora em Pouso Alegre, Minas Gerais e tem tocado com as formações Zé Eduardo Nazario Trio, Quarteto, Quinteto e Sexteto.
Bom, depois desta, falar do álbum postado é ‘chover no molhado’. Melhor ouví-lo e comprar o original na mão do . Toquei?

pra pensar
pra sentir e contar
energia dos três mundos
só pra ouvir

The Modern Jazz Quartet – Artista Convidado Laurindo Almeida (1964)

Depois de uma semana inteira entre o pinho e as cordas, vamos agora dar oportunidade aos outros instrumentos, artistas e aos nossos amigos cultos, ocultos e frequentadores em geral. Acredito que todos tenha gostado e por essa razão (e por outras), continuarei postando violeiros, violonistas, etc… Ainda temos muitas cordas para nos amarrar e elas virão entre outros artistas e gêneros. Como vocês sabem, o Toque Musical é um blog que gosta de diversificar e nesta semana que se inicia, a palavra de ordem é ‘variedades’. Mas não se preocupem, o pinho continua presente, solando ou acompanhando 🙂
Hoje o dia é do jazz em uma de suas mais autenticas expressões, o Modern Jazz Quartet. Formado pelas feras – John Lewis no piano, Milt Jackson no vibrafone, Percy Heath no baixo e Connie Kay na bateria – o TMJQ neste disco conta com a participação especial de Laurindo Almeida, o grande violonista ‘brazileiro’. Este disco, para quem gosta de jazz, é simplesmente maravilhoso. A química entre esses músicos é perfeita, graças, de uma certa forma, a uma experiência prévia de quase seis meses tocando juntos. Laurindo havia sido convidado por Lewis, com quem já havia tocado, para se juntar ao grupo numa turné europeia em 1963. O álbum em questão é fruto desta relação e foi lançado em 1964 pela Philips com o nome de “Collaboration – The Modern Jazz Quartet With Laurindo Almeida”. No mesmo ano ele também chegou ao Brasil, mas com a capa que vemos acima. Neste lp temos as seguintes faixas:

silver
trieste
valeria
fuga em lá menor
samba de uma nota só
foi a saudade
concerto para aranjuez

Baden Powell – Ao Vivo No Teatro Santa Rosa (1966)

Como eu havia dito, aqui vai mais um do Baden o qual eu gosto muito, gravado pela Elenco.
Este disco, como está estampado na capa, foi gravado ao vivo no Teatro Santa Rosa, no Rio em 1966. O espetáculo foi um tremendo sucesso de público e chegou a ficar mais de 5 meses em cartaz. O lp é hoje uma raridade e muito procurado por colecionadores. Não sei se chegou a ser relançado em cd, mas com eu havia dito antes, já está em diversos blogs nacionais e estrangeiros. Segue aqui a minha versão com a qualidade que o artista merece (e vocês também).

abertura – choro para metrônomo
astronauta
valsa de euridice
preludio em ré menor
berimbau
consolação
lamento
samba de uma nota só
tempo feliz

Baden Powell – Solitude On Guitar (1973)

Olá! Acho que todos os discos do Baden Powell já foram devidamente postados em diversos blogs, nacionais e internacionais. Agora a pouco estive checando na rede e pelo jeito já foram todos mesmo. Bom, pelo menos os que eu tenho. Mas seja como for, depois de tanto trabalho, não os vou deixar passar batido. Hoje resolvi que irei postar dois álbuns desse lendário instrumentista. Se você ainda não teve a oportunidade de vê-los e ouví-los, não deixe essa passar.
Começo com “Solitude on guitar”, lp gravado na Alemanha em 1971, mas que só chegou ao Brasil em 73. Produzido por Joachim Berendt e Júlio Medaglia, o álbum nos traz dez faixas, entre composições próprias e de outros artistas, inclusive internacionais. Um disco realmente excelente, com uma qualidade acima da media, com condiz ao apuro alemão. Gravação nota 10!

introdução ao poema dos olhos da amada
chará
se todos fossem iguais a você
márcia, eu te amo
na gafieira do vidigal
kommt ein vogel geflogen
fim da linha
the shadow of your smile
brasiliana
bassamba
por causa de você
solitário

Celso Machado – Brasil, Violão (1977)

Para completar a noite de sábado eu resolvi trazer também o primeiro disco do Celso Machado. Eu fiquei na dúvida se deveria postá-lo, visto que em outros blogs esse disco (me parece) já foi apresentado. Porém já estava mesmo na ponta da agulha. Agora vai de carona fazendo a dobradinha. Por certo vocês não irão reclamar, não é mesmo? 🙂
Segue então este álbum que também é muito bom, cheio de releituras famosas e acanhadamente uma única composição própria.

legua tirana / assum preto /qui nem jiló
asa branca
ponteado
cristal
odeon
choro n. 1
mágoas de africando
choro n. 2
estudo n. 1
a voz do morro

Celso Machado – Violão (1980)

Ainda presos às cordas do pinho, temos para hoje outro grande instrumentista, Celso Machado. Um artista excepcional, um virtuoso do violão que também domina outros instrumentos de corda e percussão. Sem dúvida um artista completo, de formação clássica, mas dono de uma técnica apurada e pessoal. Durante mais de trinta anos, ele tem realizado concertos em todo o Brasil, no Canadá, Europa e também nos Estados Unidos. Infelizmente o cara é mais conhecido e aclamado fora do que dentro de seu próprio país. Não é atoa que ele foi morar no Canada. Sempre muito requisitado, Celso, além de concertista é também professor, palestrante e claro, compositor. Suas criações não se limitam à música regional e tradicional brasileira. Ele também compõe para o cinema, sendo dele diversas trilhas de produções estrangeiras. Por trabalhos em cinema e produções para tv ele já recebeu diversos prêmios. Uma prova do talento e qualidade artística.
“Violão, Celso Machado” foi seu segundo álbum, lançado em 1980 pelo selo Marcus Pereira. O primeiro, “Violão, Brasil”, de 1977, também saiu pela mesma gravadora. Estranhamente, este segundo disco foi o único que até hoje não chegou a ser lançado em cd. Um álbum bacana, com direção artística de Marcus Vinicius e direção musical de Filó Machado que também participa ao lado de outros bambas da música instrumental brasileira. Imperdível!

motivo barroco
juazeiro
parazula em si menor
abraço a neto e lea
tributo ao músico
feitio de coração
el ultimo canto
retirantes
hora de mudar
tema de isabel

Garoto – MIS (1979)

De corda em corda, desta vez chegamos à Aníbal Augusto Sardinha, o Garoto. Exímio instrumentista, dominava com muita técnica não apenas o violão, mas praticamente quase todos os instrumentos de corda. Me parece que até piano o cara tocava. O apelido de Garoto está relacionado ao fato dele ter se iniciado na música muito cedo. Com apenas 11 anos já fazia parte do Regional Irmãos Armani e era chamado de Moleque do Banjo. De Moleque virou Garoto. Ele é considerado por muitos como um dos precursores da Bossa Nova. Morreu com apenas 40 anos, mas nos deixou um grande legado.
Estou postando este disco, lançado pelo MIS – Museu da Imagem e do Som, porque sei que o mesmo não se encontra mais à venda (o que é uma pena). Aliás ele nem aparece na listagem de produtos oferecidos por essa entidade. No lp estão reunidas gravações raras em acetato, algumas em bases de alumínio, outras em vidro, realizadas ao vivo durante os programas da Rádio Nacional. Essas gravações não foram produzidas com fins comerciais, eram apenas registros dos programas. Assim, temos Garoto em vários momentos, tocando violão e cavaquinho, em solo ou como acompanhamento. Confiram esse toque.

alma brasileira
sons de carrilhões
benny goodman no choro
rato rato
tico tico no fubá
duas contas
amor não se compra
cavaquinho boogie
carinhoso
relâmpago
chinatown, my chinatown
chorinho do ahu
nacional
sempre perto de você
saudade de iguape

Josmar Assis – Sonhos D’Alma (1974)

O violão é mesmo um instrumento dos mais interessantes e vemos através de seus instrumentistas, um leque variado de estilos e técnicas. Num país como o nosso, extenso, que abrange diferentes culturas, também encontramos diferentes estilos de tocar o violão.
Desta vez eu trago para vocês o violonista, sociólogo e professor Josmar Assis. Um nome pouco
conhecido (ou lembrado), embora já tenha sido considerado o um mais importantes violonista-concertista do nordeste (e posso completar, do Brasil). Foi aluno do maestro H. J. Koellreutter e de José Carrión e Maria Lívia São Marcos, mestres das cordas. De aluno se tornou logo professor e concertista. Lecionou no Universidade Católica de Salvador, criando depois a sua própria escola. Muitos músicos, principalmente baianos, passaram pelas mãos de Josmar.
Para conhecer um pouco o trabalho deste grande músico, temos aqui “Sonhos D’Alma”, álbum lançado em 1974. Neste lp encontramos um repertório que inclui além de composições próprias, outras peças típicas e bem conhecidas para violão.
Eu procurei outras informações sobre este violonista, mas pela rede tudo é muito fragmentado, o que demanda mais tempo para a pesquisa, a qual (infelizmente) não tenho como fazer. Não posso nem afirmar à vocês se ele chegou a gravar mais discos ou se ainda está tocando. Se alguém tiver notícias, não perca o momento, comente!

gotas de lágrimas
serenata de schubert
saara
pensando
última inspiração
sonhos d’alma
facination
um cantinho no mar
brincando de ciranda
abismo de rosas
foi o boto sinhá
romance de amor

Renato Andrade – A Fantástica Viola De Renato Andrade (1977)

Quando comentei que esta seria a semana das cordas, o nosso amigo Giovanni me enviou um e-mail oferecendo uma colaboração, “A fantástica viola de Renato Andrade. Eu prontamente aceitei, mas esqueci de avisá-lo que a postagem seria para hoje. Sorte nossa ele estar ligado no Toque Musical. Recebi agora a pouco a sua colaboração e já estou incluindo-o na dobradinha do dia. Valeu o toque, meu prezado!
Temos então o primeiro disco de Renato que eu, confesso, não conhecia. Porém, do pouco que ouvi, posso afirmar: é fantástico! Estranhei a quantidade de músicas. Algumas são do álbum “Viola de Queluz”. Seria um ;lp duplo? Não, apenas bonus extras, não é mesmo Giovanni? 🙂 Seja como for, antes sobrar do que faltar. (fiquei curioso quanto a este disco, vou ver se acho o vinil e a capa original)
siriema no campo
prelúdio de inhuma
viola e suas variações
folia de reis
literatura de cordel
o jeca na estrada
viola de cego
moto perpétuo caipira
ballet na roça
luar do sertão
tritezas do jeca
viola de queluz
reizados e congadas
ponteado caipira
meu abraço a portugal
viola de beira fogo
sertões
sarapalha
baile catrumano
sinhá e o diabo
relógio da fazenda
multirão
casamento na roça
amor caipiracorpo fechado

Renato Andrade – Viola De Queluz Vol.2 (1979)

Nesta semana, como eu havia dito, vai ser a das cordas. Tenho algumas bolachas aqui, prontas para serem degustadas. E antes que passe do prazo de validade, vamos ao pinho!
Hoje teremos uma viola e o violeiro é Renato Andrade. Um dos mais importantes violeiros do Brasil, que tardiamente gravou seu primeiro lp em 1977, “A fantástica viola”. Sua técnica apurada, domina diferentes afinações da viola caipira. Dos violeiros que eu conheço, Renato é um dos poucos que tirou a viola da roça e a levou para uma sala de concertos. Seu virtuosismo e seu campo de atuação musical vai da mais simples moda de viola aos clássicos e eruditos brasileiros. Se não bastasse o cabra era bom de papo, um grande contador de estórias.
“Viola de Queluz” foi seu segundo disco e nele temos dez faixas autorais em solo e duas, “Tristezas do Jeca” e “Luar do sertão” com acompanhamento.
Dependendo da receptividade e boa vontade de um amigo (se é que ele não esqueceu), ainda hoje teremos “A fantástica viola de Renato Andrade”. Vamos aguardar…

viola de cego
ballet na roça
o capangueiro
tristezas do jeca
viola de queluz
veredas mortas
moto perpétuo caipira
luar do sertão
urupês
senhores da terra
paineiras
raízes ibéricas

Dilermando Reis & Radamés Gnatalli – Concerto N.1 Para Violão E Orquestra (1976)

Quando se fala de violonista, um nome que a gente nunca esquece é o de Dilermando Reis. Violonista literalmente de ‘mão cheia’, tocava de todos os gêneros e muito bem. Foi um dos instrumentistas que mais popularizou o violão no país.
“Concerto N.1” é uma peça de Radamés Gnatalli dedicada ao grande violonista. Aqui temos o prazer de ouví-lo como solista, sendo Radamés o regente da orquestra. O disco é datado de 1976, mas me parece que o “Concerto N.1” é do início de 70. No lado B do disco, anda com o maestro, encontramos obras de Lorenzo Fernandez, Guerra Peixe, Villa Lobos, Heckel Tavares e Agostin Barrios. Taí, um lado mais erudito de Dilermando. Espero que gostem 🙂
concerto n.1 para violão e orquestra
velha modinha
ponteado
choro n.1
ponteio
la catedral

Sebastião Tapajós – Painel (1986)

Interessante… Depois de postar hoje cedo o disco do Luiz Claudio, resolvi dar sequência durante a semana ao discos onde predominassem as cordas. Acho que foi pela capa, muito sugestiva. Temos tantos violeiros, violonistas, tocadores de tudo que é corda. Somos um povo previlegiado de instrumentistas. No Brasil, quando alguém pensa em tocar algum instrumento musical, pensa primeiramente no violão. Ou pelo menos é o mais tocado por aqui. Não bastasse isso, somos naturalmente musicais.
Bom, indo direto ao assunto, inauguro a ‘semana das cordas’ com um dos maiores violonistas do mundo, o genial Sebastião Tapajós. Aqui temos um disco gravado em 1986. “Painel” é um álbum essencialmente feito para o mercado estrangeiro, principalmente o alemão e japonês. Mas também sae (por insistência e limitado) para o público brasileiro. Temos doze composições próprias, algumas parcerias com Hamilton Costa, Amilton Godoy e Maurício Einhorn. Perfeito!
canção para mariza
brinquedo pro junior
prainha
igarapés
painel
poente
blandice
à 200 por hora
ebulição
velha varanda
olinda medieval
garoteando

Luiz Claudio – Entre Nós (1968)

Para que o presente de nosso amigo Refer não fique limitado à somente aqueles que viram o link no quadrinho de bate-papo, achei por bem postá-lo aqui. Assim que eu tiver um tempo, vou incluir a contra-capa e selo, como de costume. Eu ainda não havia postado este lp, porque achava que o mesmo já tivesse sido postado em outros blogs. Diante a procura, vamos liberar…

Este disco do Luiz Cláudio é realmente imperdível, pura bossa! Lançado em 1968, esquecido nas décadas seguites e relançado de forma independente em 2006 pela audiolunchbox.com, que vende o álbum a 1 dólar por faixa (192 kbps VBR MP3 Audio Files + capinhas). Nessa, mais uma vez os gringos saíram na frente. Enquanto isso, por aqui, a Biscoito Fino vai molhando a rosquinha.
.
tenha pena de mim
coisa n.10
razão
ouro preto
ole olá
simplesmente
amélia
nós
cidade do interior
poeira da saudade
labareda
jequié
.
PS.: o dia está só começando… ainda teremos a postagem oficial. Aguardem!

Clodô Climério E Clésio – Chapada Do Corisco (1979)

Mais uma vez, marcando presença no Toque Musical, temos os irmãos Clodo, Climério e Clésio. O trio passou a ser conhecido, aqui para as bandas do sul e em todo o Brasil, através e principalmente de artistas nordestinos já consagrados como Fagner e Ednardo, que gravaram muita coisa deles. “Chapada do Corisco” foi o segundo álbum dos três juntos. Nele encontramos dois sucessos de Fagner e Ednardo, respectivamente “Revelação” e “Enquanto engomo a calça”. As outras oito músicas do disco não ficam para trás em qualidade e originalidade. Pelo que sei eles, em trio, chegaram a gravar mais uns quatro discos. Para aqueles que ainda não conhecem o som dos manos, eu recomendo… muito bom!
rixa
flor do coqueiro
morena
chapada do corisco
dia claro
oferenda
modo de ser
timom
enquanto engomo a calça
revelação

Exportação Baiana (1972)

Olá! Hoje estive conversando com uma pessoa muito amiga, dessas que são como um espelho, que nos faz ver a verdade. E foi ela que me fez refletir sobre a minha conduta no blog, me mostrando coisas que eu não havia considerado. Desculpem, mas acho que mais uma vez exagerei… Foi realmente mal a minha colocação quanto aos outros blogs. Na verdade o que eu queria mesmo dizer é que, para mim, não faz sentido ficar simplesmente publicando títulos de maneira automática. Desculpem-me todos, blogueiros, visitantes, amigos cultos e ocultos… todos em fim. Às vezes sou um tanto ácido em minhas críticas e acabo ofendendo. Falhei…
A casa é minha, sem dúvida, mas desde o dia em que resolvi manter as portas e janelas abertas, o mundo entrou. Com ele quero compartilhar o que tenho. Mas juro, viver apenas rodeado por fantasmas, chega a ser desanimador.
Um amigo já dizia, “quer fazer um blog de música de sucesso? põe o texto todo em inglês, limite-se ao assunto e se puder faça um dinheirinho.” Acontece que comigo a coisa não funciona assim e eu não quero assim.
Eu não quero, por exemplo, lembrar exclusivamente à gringos que em 1972 saiu pelo selo Som este maravilhoso e obscuro disco “Exportação Baiana”. Que se trata de uma coletânea onde foram reunidos alguns dos mais expressivos (embora pouco conhecidos) artistas baianos daquela época. Que neste álbum há também curiosidades como a famosa canção “Agora eu sei” , que todo mundo pensa que é do Roberto Carlos (inclusive ele), aqui interpretada pela dupla Tony e Zuca. Também não me interessa dizer que essa música é de autoria de Edson Ribeiro e Helena dos Santos.Não vou também me limitar ao assunto, quero fazer parte dele. O blog é público, mas é autoral. Quanto ao dinheiro, nem pensar… Eu só quero chocolate 😉

pescaria do xaréu – nilton brandão
ei camará – firmino de itapoã
festa no casarão – trio belizário, diferraz e bonfim
taba da berada – tony e zuca
pimenteira – nilton brandão
batam palmas – ubirany silva
você só começa quando eu começar – zé pretinho da bahia
nega legal – nilton brandão
fim de semana em recife – trio belizário, diferraz e bonfim
não é normal – trio belizário, diferraz e bonfim
alegria geral – basílio
agora eu sei – tony e zuca