Apresento agora este duo, os Amerindios, formado pelos antropólogo Julio Numhauser e o sociólogo Mario Salazar. Eles começaram se apresentado por volta de 1969 ao lado do grupo de Ernesto Parra. Depois se tornaram uma dupla, trabalhando em conjunto com um grupo teatral Aleph, percorrendo todo o Chile com um projeto chamado “Tren de la Cultura’ – levando arte para os lugares mais remotos do país. A música dos Amerindios busca a inovação da canção chilena. Dessa forma, incorporam instrumentos eletrônicos mesclado aos ritmos folclóricos. As letras de cunho social e político apontam para o que acontece no Chile e no mundo. Este disco pertence à série do emblemático selo Dicap (Discoteca del Cantar Popular), criando em 1968 por iniciativa grupo de Cultura da Juventude Comunista do Chile. Destaque para “Nixon” de Sergio Ortega e “Disparada” de Geraldo Vandré. Vale uma conferida…
Nueva Cancion de Chile (1978)
3-si vas para chile – los cuatro cuartos
Los Jairas – Folklore Bolivien (1969)
Mercedes Sosa – Interpreta Atahualpa Yupanqui (1978)
Postei anteriormente um disco da Mercedes Sosa interpretando Violeta Parra. Agora vamos com mais um disco desta artista, interpretando outro grande nome da música tradicional argentina (e sulamericana) Atahualpa Yupanqui. Não preciso nem dizer o quanto este álbum é bom. Lançado no Brasil em 1978, um ano após o lançamento na Argentina, o álbum fez (e faz) muito sucesso por aqui. Vale a pena conferir este toque.
Altemar Dutra – El Trovador (1968)
Ok, ok… atendendo ao SEU pedido, vou abrir uma excessão para um disquinho do Altemar Dutra. Espero que esteja ao seu agrado 🙂 Sei que tem gente por aqui que vai virar o nariz para este post, principalmente pelo contraste com outros ‘hermanos de luta’. Mas convenhamos, apesar de muito popular, Altermar é um grande intérprete brasileiro do gênero romântico latino. Com suas versões em espanhol, chegou a vender mais de 500 mil cópias na América Latina. Depois de ter dominado as paradas de sucesso locais, a partir de 1969 passou a conquistar fãs de origem latina nos EUA. Tornou-se um dos mais populares cantores estrangeiros nos EUA.
Felippo Sosa Y Su Tipica – A Media Luz (1966)
Para os amantes do tradicional tango argentino tenho aqui este obscuro álbum de Felippo Sosa Y Su Tipica. Uma seleção de clássicos do tango mundialmente conhecidos. Este disco, infelizmente não traz informações e pesquisando na rede também não há nada complementar, nem mesmo sobre Felippo Sosa (seria um parente de Mercedes Sosa?) . Porém e apesar de tudo, trata-se de um excelente disco de tango.
Patricio Manns (1971)
Para não perdermos o rumo dos temas revolucionários, folclóricos e de protesto, vamos com mais um grande nome da música latino americana, Patrício Manns. Pouco comentado, este artista vem do Chile. Patrício foi por muitos anos colaborador da “Unidad Popular, que levou Salvador Allende à presidência no Chile. Com o golpe militar, foi para o exílio, inicialmente em Cuba e depois na Europa. Durante todo esse tempo, mesmo longe da terra natal, sempre esteve atuante. Retornou ao Chile em 90.
Este disco foi produzido e dirigido por Luis Advis e conta com a participação do Inti Illimani. Los Blops, Orquestra Sinfônica do Chile e Orquestra Filarmônica de Santigo. Belo trabalho, vale ouvir…
Eugénia Melo E Castro (1986)
Confesso que este disco, na época, eu comprei mais pela capa. Essa moça linda me chamou a atenção. Ao virar a contra-capa tive então certeza de que o compraria. O álbum trazia oito faixas, algumas assinadas por ela e parcerias como Caetano Veloso, Toninho Horta e Francis Hime, além de composições de Milton Nascimento, Wagner Tiso, entre outros… Ao ouvir o disco percebi que não se tratava apenas de mais uma cara bonita. Competente cantora e compositora vinda lá de Portugal. Eugénia Melo e Castro é hoje um nome respeitadíssimo, tanto aqui quanto por lá. Sua relação com a música brasileira é muito forte, coisa que se pode ver também em seu outros trabalhos. Linda Eugénia, linda de se ouvir.
velho mar
a cor do ar
mágicamente
que amor não me engana
cobra aranha
vaga no azul
Quelentaro – Buscando Siembra (1979)
Quelentaro foi um grupo folclórico chileno surgido no início dos anos 60 e que depois se transformou num duo, formado pelos irmãos Gastón e Eduardo Guzmán. “Buscando Siembra” é um álbum raro, embora tenha sido relançado a alguns anos atrás em cd. Neste disco inclui um dos temas mais emblemáticos do grupo, “Copla del Hijo”. Este é mais um toque que vale a pena conferir…
Astor Piazzolla – Retrospectiva (1979)
Começo a semana com um dos nomes mais importantes da música instrumental argentina e mundial, Astor Piazzolla, compositor e bandoneonista. Sua música incorpora elementos do jazz, da música erudita e do tango. Foi com um quinteto e através do timbre ímpar do bandoneon (primo do acordeon e da sanfona) que passou a ser reconhecido como maior compositor contemporâneo de tangos. O disco que apresento é uma coletânea produzida pelo selo Band Records, com algumas músicas compostas ao longo de sua carreira.
Hugo Y Osvaldo – La Bossa Nova De Hugo Y Osvaldo (1969)
Temos agora um álbum muito curioso e interessate: La Bossa Nova De Hugo Y Osvaldo. Esta dupla vem do Uruguai, formada pelos irmãos Hugo e Osvaldo Fattoruso. Para os que não sabem, eles foram integrantes da mais famosa banda de rock em seu país, “Los Shakers”. Os uruguaios mais Beatles de todos os tempos. Em 1969 os Shakers já estavam chegando ao fim e os dois irmãos começaram a flertar com a música brasileira. Daí surgiu este álbum, com elementos da Bossa Nova em arranjos simples, suave, no melhor estilo ‘cool’ e todo cantado em inglês. Um repertório que vai de músicas próprias, passando por Tom e Vinicius, Burt Bacharach e é claro, os Beatles. Muito bom… Vale o toque.
Sergio Godinho – Canto Da Boca (1982)
Vamos com mais um português nota 10, Sergio Godinho. Ele é um dos maiores nomes da música popular portuguesa. Consagrado internacionalmente, embora pouco conhecido no Brasil. Como outros compositores portugueses postados aqui, Godinho também foi um representante da música de protesto em seu país. Este disco, o sétimo de sua carreira, me parece ter sido o único lançado no Brasil. Ao longo desse tempo nunca vi um outro disco do cara por aqui. Suas composições são belíssimas e merecia mais atenção p’rás bandas de cá.
Fausto Bordalo Dias – Para Além Das Corilheiras (1987)
Considerado por muitos como o compositor e intérprete mais carismático da Música Popular Portuguesa, Fausto Bordalo Dias está em disco desde 1970 – quando gravou seu primeiro lp, que incluí diversos textos de poetas portugueses. Como outros compositores e artistas portugueses, Fausto também esteve envolvido com a música de protesto durante os anos 70. Pelas bandas de cá, o cara é muito pouco conhecido. O disco que temos aqui, o único lançado no Brasil, já é de uma nova fase. A vivência nos anos 80 e como o próprio título nos sugere, para além das cordilheiras. Segundo dizem, este é o álbum mais europeu do compositor e que lhe valeu o prêmio José Afonso, no Festival de Música Popular da Amadora.
Agustin Pereyra Lucena (1970)
Outro cara pouco divulgado por aqui é Agustin Pereyra Lucena, compositor e violonista argentino. Aliás, pouco divulgado até mesmo na rede. Há muito pouca coisa sobre ele, além de seu site. Sua música é uma mistura de jazz, bossa e elementos latinos – sendo a Bossa Nova e Baden Powell uma eterna fonte de inspiração e tributos. O disco que tenho aqui foi seu primeiro trabalho, um álbum voltado interiamente para a Bossa Nova. Lindo, perfeito de se ouvir como a bossa in jazz. Agustin gravou no ano seguinte um disco com o Naná Vasconcelos. Eu nunca ouvi, mas tenho interesse… Se alguém tiver, por favor, mande um link para mim.
Chuva (Pedro Camargo – Durval Ferreira)
Tema para Martín (J. Demonte)
Consolação (Baden Powell – Vinicius de Moraes)
Canto de Ossanha (Baden Powell – Vinicius de Moraes)
Pro Forma (Mauricio Einhorn – Arnaldo Costa)
Samba do Avião (A. Carlos Jobim)
Niña no divagues (A. y F. Pereyra Lucena)
Berimbau (Baden Powell – Vinicius de Moraes)
Tarancón – Rever Minha Terra (1979)
Para a alegria de muitos, aqui está mais um álbum do Tarancón. Na minha modesta opinião, este é o melhor disco deles. Digo o melhor como sendo o que mais aprecio. Dizer que o grupo fez algum trabalho médio ou ruim chega a ser um pecado. Vejam e escutem esta seleção de clássicos da música latino-americana. Um lp maravilhoso!
José Afonso – Cantigas Do Maio (1971)
Eis um disco que não poderia faltar neste toque prá lá de musical. “Cantigas do Maio” é um álbum clássico da música popular portuguesa. É neste disco que surge “Grândola Vila Morena”, que será mais tarde imortalizada como um dos símbolos da revolução de Abril, conhecida mundialmente e por aqui também cantada e tocada. José Afonso, também conhecido na “terrinha” como Zeca Afonso, foi um dos mais ilustres compositores portugueses. Ele foi um dos grandes incentivadores do fado e da música tradicional portuguesa, mas sua fama está associada à música de protesto, através da qual criticava o Estado Novo, regime de ditadura vigente em Portugal entre 1933 e 1974.
Julio Pereira E Carlos Cavalheiro – Bota Fora (1975)
Aqui temos um outro disco português, que sem dúvida merece um toque e onde mais uma vez o temos classificado como um álbum de rock. Este, por certo, tem tudo a ver… E por falar em ver, vejam (e leiam) a baixo o texto sugeneris sobre este lp no site do músico Julio Pereira.
2. Cordas 3:38
3. Capitão Ambrósio 5:32
4. Sachilemo 3:29
5. Bota-fora 3:49
6. M.P.L.A. 3:18
7. Independência 3:35
8. Viva a Guiné Bissau livre e independente 4:26
9. A nossa homenagem 1:09
Banda Do Casaco – Contos Da Barbearia
Mesclando um pouco as coisas, vamos em frente, agora com os portugueses. Existem alguns discos da música portuguesa que eu acho um primor musical. São álbuns como este da Banda Do Casaco, um grupo que mistura em seu trabalho o pop, rock e folk – criando uma sonoridade própria. Muitos o consideram uma banda de rock progressivo. Se o são deve-se a outros discos, este em especial me soa mais como um pop/folk bem ao estilo dos anos 70. Seja como for, e até mesmo para que vocês o possam julgar, melhor mesmo é ouvir este toque.
“O Diabo da Velha”
“A Noite Passada em Caminha”
“O Enterro do Tostão”
“La Pastorica”
“Malfamagrifada”
“Zás! Pás! (O Casório do Trolha)”
“Retrato D’Homenzinho Pequenino Com Frasco”
“Amo Tracinho Te”
“Godofredo Cheio de Medo”
Quilapayun – Santa Maria de Iquique (1970)
Começando as postagens do dia, temos aqui um disco que vale a pena ouvir. Uma obra criada por Luis Advis para o grupo Quilapayun. Advis é considerado um dos maiores maestros e compositor da música chilena. Neste trabalho, em forma de cantata, ele descreve o massacre ocorrido na escola Santa Maria de Iquique, em 1907 no Chile, onde foram assassinados quase mil trabalhadores de um salitre. Esta cantata ficou famosa, se tornando uma obra conhecida por todos os chilenos.
No sentido de não criar intervalos quebrados entre uma faixa e outra, preferi manter o disco em apenas duas partes, o lado A e o lado B. Informações adicionais, vejam no encarte incluido.
Los Guaraguao – Las Casas De Carton (1973)
Aqui vai mais um toque musical, um disco que é considerado um clássico da música de protesto na América do Sul e mais especificamente na Venezuela. A música “Casas de cartón”, que fala das desigualdades sociais do povo venezuelano, é do compositor Alí Primera – desaparecido durante o período mais negro das ditaduras sulamericana. Mas há também outras boas… Muito do sucesso e da atenção por esse trabalho do Los Guaraguao se deve as composições de Alí. Este lp é realmente muito bom. Vale um conferida…
Inkaquenas – Los Quechuas (1979)
Sempre tive uma dúvida com este disco. A princípio eu achava que o grupo se chamasse Los Quechuas. Na capa e contra-capa não há referências e nem mesmo no selo. Procurei informações na rede, mas só encontrei pistas que me levaram a entender que o grupo se chama Inkaquenas. Embora o disco tenha sido gravado na Argentina, os Inkaquenas são peruanos. Os Quechuas são descendentes da cultura Inca. Habitaram a Colombia, Equador, Peru, Bolivia, Argentina e Chile, transformando-se em uma das maiores etnias da America do Sul.
A músicas deste disco fazem parte do folclore andino. São obras bem populares, mesmo no Brasil. Quem nunca ouviu “el condor pasa”, “moliendo cafe” ou mesmo “carnavalito”?
Bana – Canta A Magia De Cabo Verde (1972)
Como havia dito, logo no início da semana, minha intensão nos próximos dias é a de postar algumas coisas de nossos ‘hermanos’ vizinhos latinos e também os irmãos de língua portuguesa. Pelo jeito, terei que extender por mais uma semana esses toques, pois além de ter muita bala na agulha, estamos também fazendo muito sucesso.
Bana é considerado uma das maiores vozes de Cabo Verde, um fruto da magia da cidade do Mindelo. Foi um dos primeiros artistas a ser reconhecido na Europa.
Amparo Uchoa Y Los Folkloritas – El Cancionero Popular (1980)
Agora temos aqui outro grande nome da música de protesto e folclórica latino-americana, Amparo Ochoa, que também pertence ao grupo e geração do movimento “Nueva Canción”, surgido nos anos 70. Neste álbum Amparo é acompanhada pelo grupo mexicano “Los Folkloristas”, um dos mais tradicionais e atuantes até os dias de hoje. Ochoa é uma artista que vale a pena ouvir.
Los Folkloristas – México (1979)
“Los Folkloristas” é um grupo musical mexicano super premiado por seu trabalho de resgate da música folclórica e tradicional mexicana. Estão na estrada musical a mais de 40 anos. Ao longo desse tempo gravaram dezenas de discos e ainda continuam atuantes, fazendo apresentações pelos quatro cantos do mundo. É isso aí, temos que manter vivas as nossas tradições, nem que seja apenas para um dia lembrarmos de onde viemos.
Tarancón – Gracias A La Vida (1976)
Outro grande grupo do qual sou um fan e com quem aprendi a gostar mais ainda da música latino-americana é o sensacional Tarancón. Um grupo dos mais interessantes formado por múscos e artistas de vários países da America Latina. A proposta do grupo era pesquisar e divulgar a diversidade de ritmos e canções latino-americanas. Eles surgiram na década de 70, participando de festivais e espetáculos por todo o continente. Fizeram enorme sucesso no circuito universitário brasileiro e são possivelmente os mais populares. Aqui temos o primeiro disco deles. Vejam a baixo o repertório muito bem escolhido e variado.
Mercedes Sosa – Homenaje A Violeta Parra (1971)
Mercedes Sosa é uma das mais populares cantoras argentina, simbolo da canção folclórica e de protesto. A preocupação sócio-política refletiu-se no seu repertório, tornando-se uma das grandes expoentes da “Nueva Cancion”, um movimento musical latino-americano da década de 60, com raízes africanas, cubanas, andinas e espanholas. “La Negra”, como é também chamada (por seus cabelos longos e negros) é uma figura conhecida mundialmente. Tem com os artistas e público brasileiros uma relação musical antiga e muito forte. Gravou no Brasil com Milton Nascimento, Fagner, entre outros… Neste disco, maravilhoso por sinal, temos “La Negra” em uma homenagem a outra grande artista, a chilena Violeta Parra, outro grande ícone da música de protesto latino-americana. Imperdível!
Daniel Viglietti – Trópicos (1973)
Daniel Viglietti é uruguaio, nascido em Montevideo, numa família de músicos. Sua carreira começou nos anos 60. Trabalhou com música e teatro em seu país, desenvolvendo uma intensa atividade, que por suas posições sociais e políticas, acabou levando-o ao exílio nos anos da ditadura. Durante um bom tempo ele viveu na Espanha. “Trópicos” é um disco de 1973 e nele temos dois momentos do movimento musical latino-americano – cantando os autores da (então) Nueva Trova Cubana (Noel Nicola, Silvio Rodriguez e Pablo Milanés) e a Nova Canção Brasileira (Chico Buarque, Edu Lobo e Gianfrancesco Guarnieri). Daniel é acompanhado pelo Grupo de Experimentación Sonora do Instituto Cubano de Arte e Indústria Cinematográfica. Álbum raríssimo que merece toda a atenção.
Grupo Agua – Transparência (1978)
02. Esperanzas.
03. Transparencia.
04. Juerga.
05. La luna llena.
06. El Guillatún.
07. La semilla.
08. Caldera.
09. Baioncito.
10. Volver a los 17.
11. Tarkeada.
Agrupacion Musica De Buenos Aires – Folklore Musica Del Sur Argentina
Um disco muito bonito que reúne uma seleção com dez das mais conhecidas músicas folclóricas do sul da Argentina. A concepção e direção deste álbum é de Enzo Gieco, renomado compositor, maestro e flautista argentino. Infelizmente, não há muito o que encontrar sobre o álbum, que suponho, seja mais uma raridade por aqui e por lá. Melhor mesmo ouvir esse toque…
04 Recuerdos de Calahuayo
05 Danza del gurí
Victor Jara – El Derecho De Vivir En Paz (1971)
Um nome importantíssimo no cenário da música de protesto latino-americana, Victor Jara. Cantor, compositor, diretor de teatro chileno Foi assassinado barbaramente em 16 de setembro de 1973, em Santiago, capital do Chile, nos primeiros dias de repressão que se seguiram ao golpe de estado de Augusto Pinochet contra o governo do presidente Salvador Allende, ocorrido em 11 de setembro daquele ano. Desde então Victor Jara tornou-se um síbolo da resistência contra os governos militares. Suas canções tornaram-se hinos de protesto, cantadas em toda a América Latina.
2 Abre La Ventana
3 La Partida
4 El Niño Yuntero
5 Vamos Por Ancho Camino
6 A La Molina No Voy Mas
7 A Cuba
8 Casitas De Barrio Alto
9 El Alma Llena De Banderas
10 Ni Chicha Ni Limona
11 Plegaria A Un Labrador
12 B R P (Brigada Ramona Parra)

