Salinas – Paz, Amor e… Samba (1972)

Este álbum foi ‘um achado’. Ou melhor, um enviado, raro e desconhecido. Uma colaboração do meu amigo Paulo, dono de um pequeno, mas precioso sebo de discos. Fiquei surpreso com este trabalho e o grupo que eu até então não conhecia. Fiz uma pesquisa rápida na rede para ver se encontrava alguma informação. Até onde fui, não havia nada de esclarecedor além do fato de que Salinas é o sobrenome do arranjador Daniel Salinas (seria o mesmo Daniel Salinas arranjador dos discos do Made In Brazil?). Na capa, segundo o meu amigo, também não há muito o que contar. Gravado pela Copacabana em 1972, o álbum é magnífico. Lembra muito o Walter Wanderley, o Trio Mocotó e umas pitadas de Lalo Schifrin. Uma fusão rítmica de batucada e orgão bem ao estilo dos anos 60. Quem tiver alguma informação complementar, por favor, não se faça de rogado, comentem! Vale a pena apostar neste toque.

01-Tenha fé que amanhã um lindo dia vai nascer (Jorge Ben)]
02 – Segrêdo (H. Martins – Marino Pinto)
03 – A morte do amor (A. Carlos – Jocafi – Alberto S. Pinheiro)
04 – Tengo tengo (Zuzuca)
05 – Jangada (H. Cordovil – V. Leporace)
06 – Ilê-ayê (Cabana – Norival Reis)
07 – Deus me perdoe (L. Maria – H. Teixeira)
08 – Cabelos brancos (M. Pinto – H. Martins)
09 – A moça branca da favela (Jorge Costa)
10 – Implorar (K. Pepe – G. Augusto – Gaspar)
11 – A saudade mata a gente (J. de Barro – A. Almeida)
12 – Martim Cererê (Zé Catimba – Gibi)

Jorge Ben – A Banda Do Zé Pretinho (1978)

Alô, alô… como vai? Vai de Jorge Ben? Então vamos agora com A Banda do Zé Pretinho. Um disco que considero razoável entre tantas pérolas do Ben(jor). Este eu resolvi postar porque estava mais a mão e também porque o que vemos desse artista nos blogs de música são apenas as ‘pérolas’. Assim, deixa eu entrar com esta que, embora cultivada, também tem seu valor. O toque tá dado!

A Banda do Zé Pretinho (Jorge Ben)
Troca troca (Jorge Ben)
Bom dia, boa tarde, boa noite amor (Jorge Ben)
Cadê o penalty (Jorge Ben)
Minha estrela é do oriente (Jorge Ben)
Treze pontos (Jorge Ben)
Menino Jesus de Praga (Jorge Ben)
Amante amado (Jorge Ben)
Berenice (Jorge Ben)
Denize Rei (Jorge Ben)
Viva São Pedro (Jorge Ben)

Jayme Marques – So Much Feeling (1977)

Quem tem acompanhado as postagens do Toque Musical deve às vezes achar que anda faltando lenha na fogueira. Afinal, tenho postado figurinhas repetidas, o que para a satisfação dos assíduos não chega a ser suficiente. Infelizmente, nem sempre tenho tido tempo para pesquisar na rede e saber se um determinado disco já foi ou não postado em outros blogs. Meu critério de postagem obedece a ordem do que gosto, do que me pedem, do que tenho pronto e em mãos, do que é bom e do que é raro. Faço a coisa assim… não exatamente nessa ordem, mas procuro fazê-lo conforme o que está mais a mão. Títulos inéditos é o que não falta. O que falta mesmo é tempo. Vamos então para um disco inédito (pelo menos nas melhores casas do ramo). Jayme Marques, artista brasileiro radicado na Espanha. Foi um dos primeiros músicos brasileiros a divulgar a Bossa Nova na Europa. Seus discos só saem lá fora. Pouco se sabe dele por essas bandas de cá. Eu mesmo, também não sei muita coisa, mas vou procurar me informar para uma próxima oportunidade. Se alguém se habilitar a tecer um comentário eu ficaria muito grato. Quanto ao disco, seu conteúdo, não há o que reclamar. Releitura de alguns clássicos da mpb temperado com um instrumental fino (para europeu e japonês ver). Disco bacana… Hey Justin, help me!
Obs: a sexta faixa precisar ser convertida, esqueci…

1- La Tres De La Manana 2:45 Ivan Lins – W. Correia
2- So Much Feeling 5:32 Jayme Marques
3-Carta Ao Tom 74 3:50 Toquinho – Vinicius de Moraes
4-Quem Ta Com Samba 3:08 Roberto Correa – Joao Lemos – Jayme Marques
5-Veracruz 12:10 Milton Nascimento – Fernando Brant
6-Irene 2:17 Caetano Veloso

Moraes Moreira – República da Música (1988)

Este disco do Moraes Moreira vale pela capa. Uma sátira ou referência sobre um fato curioso ocorrido alguns meses antes do lançamento do disco. No final de 1987, uma embarcação de nome “Solana Star” com um carregamento de 15.000 latas de maconha (pesando 1,25 Kg cada) procedente da Indonésia, foi interceptada pela guarda costeira no litoral brasileiro. Para evitar o flagra a turma à bordo resolveu dispençar a carga jogado ao mar. Deu merda para os caras do mesmo jeito. Por outro lado, acabou fazendo a alegria da malucada naquele verão e por mais uns bons meses. Aquilo era um ‘maná’, um fumo nota 10! As latas se espalharam, sendo levadas às praias pelas marés, do sul da Bahia até Santa Catarina. A polícia federal correu atrás mas já era tarde. A malucada correu primeiro. Muita estória sobre isso foi contada e já virou lenda praieira. Mas de uma coisa eu posso ter certeza, essa capa do Moraes Moreira não foi atoa. Embora em todo o disco nenhuma faixa faça referência à droga, fica claro que a “República da Música” é mesmo ‘da lata’.

1. Vem me perdoar (Zeca Barreto – Moraes Moreira)
2. Do Caribe (Rodrigo Campello – Guilherme Maia – Fernando Moura – Moraes Moreira)
3. Dança dos bichos (Moraes Moreira)
4. Amores urbanos (Zeca Barreto – Fausto Nilo – Moraes Moreira)
5. Ferro na boneca (Galvão – Moraes Moreira)Participação: Baby do Brasil / Pepeu Gomes / Paulinho Boca de Cantor
6. Fogueira nova (Fausto Nilo – Armandinho – Moraes Moreira)
7. Carnê do carná (Moraes Moreira)
8. Quilombahia (Zeca Barreto – Moraes Moreira)
9. Rádio amador (Moraes Moreira)
10. Preta, pretinha (Galvão – Moraes Moreira)

Agostinho Dos Santos – Uma Voz E Seus Sucessos (1957)

Ainda no clima do ‘pede que eu atendo’ vamos com mais um disco do Agostinho dos Santos. Este eu já vi postado por aí, mas mesmo assim vou incluí-lo no Toque. É mais um álbum bacana desse grande cantor. Aqui estão reunidos alguns de seus sucessos gravados em bolacha de 10 polegadas. Este seria o primeiro lp de Agostinho. Uma excelente coletânea. Um álbum básico! Vai, toca aí…

01 Chove lá fora (Tito Madi)
02 Maria dos meus pecados (Dunga – Jair Amorim)
03 Desolação (Othon Russo)
04 O amor não tem juízo (Fernando César)
05 Esquecimento (Fernando César – Nazareno de Brito)
06 Concerto de outono (Camilo Bargoni – Danpa)
07 Só você (Only you) (Buck Ram – Ande Rand)
08 Triste a recordar (Carmon Lewis)
09 Minha oração (Cauby de Brito – George Boulanger)
10 Faz mal pra mim (Mário Donato – Hector Carillo – Sidney Morais)
11 Pra lá e pra cá (Armando Blunde Bastos – Mario Albanesi)
12 Três Marias (Nelson Figueiredo – Betinho) * (música lançada somente neste disco)

Os Originais do Samba – O Samba É A Corda Os Originais A Caçamba (1972)

A uns dois anos atrás, um amigo quiz comprar este disco na minha mão. Ele era fascinado por esse grupo e insistiu muito para que eu o vendesse. Embora fosse um vinil bem conservado e raro, não era exatamente o tipo de samba que me agrada. Daí, acabei vendendo para ele. Porém, em virtude de uma viagem, esse meu amigo acabou não concretizando o negócio comigo. Passaram-se dois anos e agora ele volta querendo o disco. Que azar, acho que acabei vendendo para outro. Não o encontrei de forma nenhuma. Apesar da frustração, prometi ao meu amigo que lhe daria, pelo menos, o álbum em mp3. Gastei um dia inteiro baixando-o pelo e-mule, para depois descobrir que (por minha desatenção), deixei de fazê-lo em 30 minutos no Loronix ou no J Thyme… kind. O que a gente não faz pelos amigos. Depois de tudo que passei, agora faço questão de postá-lo aqui também.
Para os que não conhecem, este grupo surgiu nos anos 60. Levavam um sambinha na linha pagode (como conhecemos hoje), uma espécie de samba-pop (será que isso existe?). Um dos integrantes do grupo era o Mussum, aquele que também fazia parte dos Trapalhões, junto com Renato Aragão. Neste disco, a música que se destaca é “Do Lado Direito da Rua Direita”, sambinha muito popular ainda hoje.

01 – Do Lado Direito da Rua Direita (Luis Carlos / Chiquinho)
02 – Catimba Criolo (Wando)
03 – Ciranda Cirandeia (Recife Em Dia de Festa) (Zapata / Carvalho)
04 – Esperanças Perdidas (Adeílton Alves / Delcio Carvalho)
05 – Cravos e Rosas (Luis Carlos / Lelé)
06 – As Três Capitais (Murilo Penha “Bidi”)
07 – A Volta do Ponteiro (Beto Scala / São Beto)
08 – Eu Vou Pagar Pra Ver (Luis Wanderley / Antônio Aguiar)
09 – Tchuna Macurucaiao (José Roberto / Bulau / Lelé)
10 – Boi Bumbá (Zito de Souza / Toninho / Jorge Veiga)
11 – Tereza (Jorge Ben “Jorge Benjor”)
12 – E Lá Se Vão Meus Anéis (Eduardo Gudin / Paulo César Pinheiro)
13 – Lá Vem Salgueiro (Jorge Ben “Jorge Benjor”)

Rodrigo Valle – Leão de Fogo (1982)

Foi dando uma geral em minha discoteca que acabei achando este disco, ainda lacrado, que eu pensava já ter vendido. Depois me lembrei que, na verdade, eu tinha dois. Isso foi bom porque se trata de um lp muito interessante, tanto pela capa quanto pelas músicas. Hoje temos ele aqui.

Fiquei muito surpreso, pois As informações que tenho sobre este artista e o disco são apenas as que estão no encarte; disco independente, artista mineiro, lançado nos anos 8o. Embora não conste a data, “Leão de fogo” é um disco de 1982. Rodrigo Valle toca com nomes importantes da música mineira, como Giácomo Lombardi, Ivan Correia, Laércio Vilar, entre outros… Vale conferir este toque musical.

cósmico sabbath
pássaro de cristal
e passe muito bem
prelúdio I
leão de fogo
sol
fantasia
reflexão

Edu Lobo e Tom Jobim – Edu & Tom, Tom & Edu (1981)

Este disco é uma maravilha só. Produzido por Aloysio de Oliveira, o lp registra um encontro de dois grandes da mpb, o doutor Tom Jobim e o mestre Edu Lobo. Pelo que contam, o projeto inicial era para ser um disco de Edu e seus convidados. Mas quando o Tom chegou no estúdio para gravar com Edu a sua parte (como convidado), acabou ficando para uma segunda. O entrosamento dos dois foi tão bom que o Aloysio resolveu mudar o projeto para um disco da dupla. Isso é que é faro de um bom produtor. O resultado não podia ter sido melhor. Quem conhece sabe do que estou falando. Um álbum realmente excepcional. Confiram mais este toque.

Ai quem me dera (Tom Jobim/Marino Pinto) – Edu e Tom
Pra dizer adeus (Edu Lobo/Torquato Neto) – Edu e Tom
Chovendo na roseira (Tom Jobim) – Edu Lobo
Moto contínuo (Edu Lobo/Chico Buarque) – Edu e Tom
Ângela (Tom Jobim) – Tom Jobim
Luiza (Tom Jobim) – Edu e Tom
Canção do amanhecer (Edu Lobo/Vinícius de Moraes) – Edu e Tom
Vento bravo (Edu Lobo/Paulo Cesar Pinheiro) – Edu e Tom
É preciso dizer adeus (Tom Jobim/Vinícius de Morses) – Edu e Tom
Canto triste (Edu Lobo/Vinícius de Moraes) – Edu Lobo

Carnaval 75 – Convocação Geral (1975)

Olha aí uma boa contribuição que acaba de chegar. Um albinho raro e especial com diversos artistas da mpb. Para agilizar a postagem, vou apenas transcrever o texto que está o lp. Diz lá: “Em julho de 74 as Organizações Globo lançaram a promoção “Carnaval 75 – Convocação Geral” com o objetivo de estimular a criatividade (e qualidade) das músicas de carnaval. Este álbum é o resultado final deste trabalho que, temos certeza, trata-se de uma contribuição à nossa cultura popular. Não devemos esquecer um nome – Lupincínio Rodrigues – que também foi convocado para o nosso “Carnaval 75″. Mas ele partiu, deixando saudades. Este álbum é uma homenagem a ele.”

01 – jair rodrigues – sonhos de menino (credo cruz)
02 – moraes moreira – a dança da multidão
03 – os originais do samba – fantástico
04 – black-out – romeu e julieta
05 – as gatas – o caminho do amor
06 – joão nogueira – eu sei portela
07 – trama – no carnaval deste ano
08 – emilinha borba – cordão da bahia
09 – caetano veloso – cara a cara
10 – luiz ayrão – sebastiana
11 – marlene – clementina
12 – jorge goulart – sacumé
13 – marlene – samba do sapatão
14 – oswaldo nunes – não me obrigue
15 – jorge goulart – marcha da pantera
16 – as gatas – samba do tem tem
17 – luiz melodia – a festa é nossa

Carmen Miranda – O Que É Que A Baiana Tem? (1972)

Este disco faz parte daquela coleção “Odeon 100 Anos”, onde diversos títulos da gravadora foram relançados em cd. Infelizmente desses 100 álbuns, pouco mais de 10% ainda podem ser encontrados. Foi mais ou menos o caso deste disco da Carmen Miranda. Um amigo procurou por todos os cantos e não o encontrou. Foi só depois de pesquisar em blogs e programas de trocas de arquivos que ele achou. Agora ele nos envia o arquivo como uma colaboração, um toque musical. Eu ouvi o disco e aprovei. Uma seleção com muita coisa boa. E atendendo as solicitações, estarei incluido a partir de agora a lista das músicas de cada disco postado aqui. Facilita, né? 🙂

01 – Querido Adão – (Oswaldo Santiago – Benedicto Lacerda)
02 – O Que É Que A Baiana Tem? – (Dorival Caymmi)
03 – Balancê – (Alberto Ribeiro – João de Barro)
04 – Quem Canta Seus Males Espanta – (Walfrido Silva – Alcebiades Barcellos)
05 – Gente Bamba – (Synval Silva)
06 – Pra Fazer Você Chorar – (Aldo Cabral – Benedicto Lacerda)
07 – Roda Pião – (Dorival Caymmi)
08 – Duvi-D-O-Dó – (Benedicto Lacerda – João Barcellos)
09 – O Dengo Que A Nega Tem – (Dorival Caymmi)
10 – Ninguém Tem Um Amor Igual Ao Meu – (Joubert de Carvalho)
11 – Pelo Amor Daquela Ingrata – (André Filho)
12 – Deixa Esse Povo Falar – (Arlindo Marques Jr. – Roberto Roberti)

Jards Macalé – 4 Batutas & 1 Coringa (1987)

A mais ou menos uns dois anos e meio (ou três), achar discos do Macalé era uma tarefa difícil e por conseguinte, o público conhecedor era outro. Quero dizer com isso que foi através da internet, mais precisamente a partir dos programas e sites de troca (os blogs) que começaram a pipocar os discos do cara por aí. Então toda aquela aurea de raridade deixou de existir, os álbuns fantásticos da década de 70 e outros, começaram a vir a tona. Passaram a ser conhecidos, tornaram-se figurinhas repetidas. Apesar ou independente disso, achei que seria uma boa publicar alguma coisa dele. Bom, este álbum não é da década de 70 e nem traz sua obra. Porém é um disco excelente onde Jards Macalé interpreta composições de quatro grandes compositores/sambistas. Quatro dos maiores nomes da nossa verdadeira música. Nelson Cavaquinho, Lupicínio Rodrigues, Paulinho da Viola e Geraldo Pereira interpretados por Jards Macalé, preciso dizer mais alguma coisa? Taí, tá dado o toque… Agora toca!

Melão & Leri Faria Jr – Jequitinhonha (1980)

Este é mais um disco que merece um toque musical por sua qualidade e principalmente sua raridade. Difícil de achar até mesmo nos sebos de Belô. Produção independente feita por dois grandes músicos da terra, Melão e Lery Faria Jr.. O Álbum nasceu como fruto de uma pesquisa, uma grande jornada cultural chamada “Projeto Jequitinhonha – Uma Expedição Cultural” coordenada pelo artista plástico Paulo Laender e mais um grupo de artistas e intelectuais mineiros. A proposta do grupo era pesquisar a cultura local através de atividades como música, dança, teatro e artes-plásticas. O disco foi um dos frutos desse trabalho, na área da música. Os músicos percorreram diversas cidades do norte de Minas como Berilo, Araçuaí, Itaobim e Chapada do Norte, procurando resgatar através de composições próprias e também de domínio popular, a essência da região. Um perfil do Vale e sua riqueza cultural.

Jane Vaquer (Duboc) & José Tobias – Acalantos Brasileiros (1976)

Para finalizar a noite e propositalmente, estou trazendo este álbum para ninar vocês. Não sou “a mãe”, embora em sinal de agradecimento, muitos me tratem assim. Depois deste, vamos todos dormir, ok? Pois bem, temos aqui mais um lp lançado pelo selo Marcus Pereira, o “Acalantos Brasileiros”. Uma selção dos mais variados acalantos brasileiros reunidos e cantados na voz de José Tobias e a vocalista do grupo de rock progressivo Bacamarte, Jane Vaquer, também conhecida como Jane Duboc. Agora é baixar, ouvir e dormir. Toque dado, boa noite!

Odete Amaral, Cartola, Clementina de Jesus, Nelson Cavaquinho & Carlos Cachaça – Fala, Mangueira! (1968)

Na semana em que eu andei postando os sambas, acabei deixando para trás este disco que é uma maravilha. Um encontro de velhos banbas da Mangueira. Um disco antológico, que eu também gostaria de ter a honra de postá-lo. Sem firulas, apenas o desejo de poder levar para os ‘meus’ esse álbum também. Moçada, chega junto que isso aqui é filé. Toquei também, pronto!

MPB 4 – De Palavra… Em Palavra… (1971)

Me perdoem caso eu esteja sendo repetitivo. Não é por ser mais fácil, trata-se apenas de afinidades sonoras. De palavra em palavra a gente faz um verso. Do verso tira a canção. Da canção vem o MPB 4. Esse quarteto vocal é fantástico. Os caras estão juntos e na ativa desde o início da década de 60. Em 2004 o Ruy Faria saiu do grupo. Mas eles continuaram… perde um membro, mas não perdem o nome. É mercidamente um dos grupos vocais mais importantes da nossa música. Na verdade eles são mais que um simples grupo vocal. Quem conhece a tragetória deles sabe disso. O disco da postagem é da fase que mais aprecio. Tem uma seleção musical perfeita e balanceada, olha só: “Cravo e canela” de Milton Nascimento e Ronaldo Bastos, “Eu cheguei lá” de Dorival Caymmi” e “Pois é, pra quê?” de Sidney Miller. Mas espere… você ainda leva a faixa-título, uma parceria de Miltinho com Maurício Tapajós e Paulo César Pinheiro, e mais… “Minha história”, versão de Chico Buarque para a canção “Gesubambino” (Dalla e Pallottino). Para completar você ainda recebe o certificado de garantia de que este lp é muito bom! Toque, toque… toca aí…

Luiz Guedes & Thomas Roth – Jornal do Planeta (1983)

Na sequencia, vai agora o que foi o segundo e último álbum da dupla. “Jornal do Planeta” segue a mesma linha de “Extra”. Um disco com todas as qualidades e cheio de sucessos que foram também sucessos nas vozes de outros artistas. Lembram de “Nova Estação”, “Ela sabe demais”, “Amoramar”, “No galeio do trem”? Tem mais… Tá tudo aqui neste álbum.
Completando o toque, informo que os dois lps foram relançados (condensados em um só cd) pela Lua Discos de Thomas Roth e encontram-se a venda. A renda obtida com a venda do cd está sendo revertida para a família de Luiz Guedes, falecido em 1997. Eu já comprei o meu, remasterizado e original. Se vocês gostaram, façam o mesmo. Taí a chance…

Luiz Guedes & Thomas Roth – Extra (1982)

No ínicio dos anos 80 apareceu no cenário musical uma dupla que logo que eu os ouvi no rádio pensei que fosse alguma coisa da turma do “Clube da Esquina”. As melodias, arranjos e vocal bem aos moldes dos mineiros. Comprei o disco e não me arrependi. Um lp de estréia muito legal, com melodias simples que colam no ouvido. De cara simpatizei com eles. Suas músicas já foram gravadas por Elis Regina, Roupa Nova, Simone, Beto Guedes e muitos outros artistas. Vocês precisam ouvir “Estradas (dentro da cabeça)”, “Chuva de vento”, “São Paulo (coração do tempo)”… são deliciosas. Este toque vocês não podem perder.

Os Pastores da Noite ou Otália da Bahia – Antonio Carlos e Jocafi (1977)

Direto do Trilha Sonora, uma cortesia para o nosso deleite e de nossos visitantes. Extraído do livro, de mesmo nome, do escritor baiano Jorge Amado, “Os Pastores da Noite” foi um filme dirigido pelo francês Marcel Camus. participaram do filme Grande Otelo, Antonio Pitanga, Zeni Pereira, Jofre Soares e Mira Fonseca. A trilha musical é composta pela dupla Antonio Carlos e Jocafi e tem a intrepretação da cantora Maria Creuza.
Sinopse: Inspirado na história homônima de Jorge Amado, o filme conta como a chegada de Otália (Mira Fonseca) à Bahia transformaria a vida de vários homens. Nessa famosa história da literatura brasileira, Marcel Camus, diretor do filme, mostra a aventura e o romance no mundo do candoblé, como fez com igual êxito no filme “Orfeu do Carnaval”. Posteriormente, o filme recebeu o título “Otália da Bahia”.

Emilio Santiago (1975)

Eu por hoje já estava decidido a não postar mais nada. Meu tempo anda meio curto. Mas, como dizem, isso é alcalóide, vira um vício e uma certa obrigação (com a gente mesmo). Assim, à pedidos, vai mais um toque bacana, Emílio Santiago. Quem não conhece esse intérprete super original? Eu pessoalmente gosto dele mais nessa primeira fase. Por isso trouxe este que foi o seu primeiro disco. Vale a pena ouvir…

Aldir Blanc & Maurício Tapajós – Rio, Ruas e Risos (1984)

Este disco era para ter entrado na postagem de ontem, mas acabei esquecendo. Vamos então publicá-lo. Não precisa nem entrar em detalhes, pela capa se vê logo que se trata de dois artistas muito importantes da mpb. Não tenho certeza, mas acho que este disco não chegou a ser comercializado. Foi feito de encomenda para a Petrobrás e com uma distribuição limitada. Embora o Aldir Blanc e Maurício Tapajós não tenham vozes de interpretes, eles não fazem feio. O Aldir chega mesmo a se empolgar no choro “Santo Amaro”. Tem também “Querelas do Brasil” que foi sucesso na voz de Elis Regina e muito mais. Vale mesmo ouvir este disco que é raro e nota 10. Toca aí…

Antonio Carlos Jobim & Sergio Mendes (1967)

Para não perder um link, resolvi postar este disco do Tom e Sergio Mendes. Este álbum já virou figurinha repedita, mas mesmo assim não deixa de ter o seu “charme”. Para os que não conhecem, vou logo alertando, trata-se de uma coletânea lançada em1967 pelo selo Elenco. São faixas tiradas dos lps de Tom e Sergio. Respctivamente “Antonio Carlos Jobim com Nelson Riddle” de 1964 e “Bossa Nova York” de 1962.

Nosso Chão (1976)

O álbum aqui apresentado é uma coletânea da música rural, com interpretes de várias regiões do Brasil. Um disco com a qualidade Marcus Pereira. Eu acho este disco ótimo. O único defeito é ser um álbum simples, com apenas dez músicas. Mas tá valendo… Aqui tem Renato Teixeira, Papete, Dércio e Doroty Marques e outros. As músicas do disco são também clássicos da nossa música (autêntica regional). Embora se trate de uma coletânea, com certeza, algumas faixas são exclusivas. É pegar e ouvir.

O Fino Da Música No Cinema Brasileiro (1970)

Nesta postagem eu quero dar dois toques musicais. O primeiro vai para este disco que traz 14 faixas com trilhas sonoras de diversos filmes brasileiros. Um trabalho muito interessante. O álbum foi montado nos estúdios do MIS – Museu da Imagem e do Som com gravações originais.
O segundo toque vai para o blog Trilha Sonora. Recém criado agora em agosto de 2007, o espaço é dedicado às trilhas para filmes, espetáculos musicais, jingles, seriados, novelas na TV e todo tipo de trilha e coisas do gênero. Gostei muito do blog e principalmente destedisco que é, sem dúvida, um álbum raro.

Bibi Ferreira – Bibi Em Pessoa (1963)

Começando mais uma semana, meu toque agora vai para uma artista do palco completa. Uma lenda viva do teatro brasileiro, Bibi Ferreira. Aplausos para ela! Aplausos também para a minha amiga Andréa quem me enviou este raro disquinho. “Bibi Ferreira em pessoa” foi um disco premiado pelos críticos do jornal Correio da Manhã – Melhor disco em Prosa, do ano (será que ainda existe essa modalidade de premiação?). Uma produção de Aloysio Oliveira e arranjos do maestro Lindolfo Gaya. Tá dado o toque…

Songbook de Noel Rosa – Vários Artistas (1992)

Para finalizar a semana e também dando uma pausa no Noel Rosa, trago agora um time de artistas interpretando as suas composições mais famosas. Idealizado e produzido por Almir Chediak, fundador e presidente da Lumiar Discos & Editora, o Projeto Songbook foi um grande sucesso. Ele editou dezenas de livros, dentre os quais: Ary Barroso, Bossa Nova, Caetano Veloso, Chico Buarque, Djavan, Dorival Caymmi, Edu Lobo, Rita Lee, Tom Jobim,Vinicius de Moraes e o Noel Rosa. Este cd faz parte da coleção, mas foi vendido separadamente, assim como os três volumes do songbook de Noel. Como disse o Tom Jobim: “Noel deve estar feliz com tanta gente boa cantando a música dele”.

Conjunto Coisas Nossas – Noel Inédito (1983)

Segue agora mais um disco primoroso. Um trabalho que vale a pena ouvir. O Conjunto Coisas Nossas foi um grupo que realizava diversos espetáculos sobre Noel Rosa e a música carioca das décadas de 20 e 30. Neste álbum eles resgatam obras, até então, inéditas do compositor. Os arranjos e interpretação procuram ser fiéis à época. Até onde eu sei, o disco foi lançado originalmente em 1983, em vinil, pelo Estúdio Eldorado e foi novamente relançado em cd nos anos 90. Como disse, vale a pena conferir mais este toque musical.

Canções de Noel Rosa Cantadas Por Noel Rosa (1955)

Mais um toque musical deste que foi um dos nossos maiores compositores populares. Aqui temos o próprio, Noel em pessoa, interpretando suas composições. Um ‘disquinho’ também histórico, raro e muito bonito. Este lp eu conhecia apenas pela capa e de estórias contadas sobre ele. Até então só tinha ouvido através da coleção “Noel Pela Primeira Vez”. Graças ao intercâmbio no Soulseek, tenho agora o previlégio de ouvi-lo na íntegra e (por certo) dar esse toque para vocês. Viva Noel Rosa!

Nelson Gonçalves – Noel Rosa Na Voz Romântica de Nelson Gonçalves (1956)

Eu já havia dito anteriormente que não pretendia ficar postando todos discos do Nelson Gonçalves, mas uma coisa leva a outra e quando a gente vê, olha nós aqui de novo. Bom, dessa vez eu trouxe o Nelson por causa do Noel. Achei que seria interessante uma mostragem variada da obra desse magnífico compositor. Neste disco Nelson canta clássicos como “Três apitos”, “Último desejo”, “Com que roupa”, “Fita amarela”, “Palpite infeliz” e “Silêncio de um minuto”.
E é isso aí… falou que é Noel, eu dou o toque!

Aracy de Almeida – Canções de Noel Rosa (1955)

A Aracy de Almeida foi uma das principais intérpretes do genial Noel Rosa. Ele chegou certa vez a declarar que ela era a melhor intérprete de suas canções.Sua voz é marcante. Inquestionavelmente uma das maiores cantoras do Brasil. Embora sempre tenha sido lembrada como uma grande cantora, nas décadas de 70 e 80 ficou mais conhecida pelo público como a jurada rabugenta e mau-humorada nos programas do Chacrinha e Silvio Santos. Sobre o disco eu não preciso nem falar, né? Tá na capa… Tá dado o toque.

A Velha Guarda (1955)

Olhem só essa preciosidade… Este lp de 10 polegadas de 1955 trás em seus sulcos um registro prá lá de histórico. Não bastasse ser um trabalho que envolve artistas como Pixinguinha, Donga e João da Baiana, foi realizado de uma sentada só. Numa sessão de 4 horas de estúdio, Pixinguinha e seu Grupo Velha Guarda gravaram as sete faixas deste disco. A contra capa do disco conta essa estória direitinho. Outra coisa que chamo a atenção é a capa, bela, com ilustração do desenhista/caricaturista Lan. Trata-se, sem dúvida, de um álbum memorável e imperdível. Básico para todo aquele coleciona e ama a música brasileira.