Os Rouxinóis – Isto é Lamartine (1963)

É, pelo jeito o Lamartine Babo está fazendo muito sucesso no disco do Cadu, postado alguns dias atrás. Percebendo o interesse dos amigos e demais visitantes, resolvi postar mais um disco super recomendado de um grupo vocal da década de 60, Os Rouxinóis. Este álbum surgiu em (con)seqüência de um show realizado por Carlos Machado, no Copacabana Palace, em homenagem a Lamartine Babo. Um disco recheado de sucessos, com as mais famosas marchinhas de carnaval, hino dos times cariocas e outras pérolas do Lalá.

Nelson Gonçalves – Buquê de Melodias (1958)

Em trocas de gentilezas, aqui vou eu novamente trazendo mais um Nelson Gonçalves. Não era minha intensão postar mais álbuns do Nelson, mas um pedido especial de um alguém que está sempre colaborando comigo eu não poderia negar. Caríssima Dora, pegue aqui esse buquê de melodias tão esperado. Este álbum, conforme consta na contra capa é uma seleção de antigos sucessos, músicas gravadas pelo Nelson em discos anteriores. O destaque vai para “Renúncia”.

Elizeth Cardoso – Feito Em Casa (1974)

Mais um grande disco que ficou na espera e que também já foi postado por aí. Eu, por vez, quero apenas reforçar a existencia deste maravilhoso álbum da Elizeth e ter a honra de contar com ele em minha seleção para o Toque Musical. O lp saiu em 1974, cheio de samba e alegria. Aqui você encontra a diva cantando “Peso dos anos”, de Walter Rosa e Candeia; “Antes, durante e depois”, de Paulo Valdez e Paulo César Pinheiro; “Igual à flor”, de Nelzinho e Délcio Carvalho e “Batido na palma da mão”, de Otacílio e Ari do Cavaco. É pegar e ouvir…

Eduardo Gudin (1973)

Acredito que este disco não seja mais uma novidade para os blogueiros de plantão. Já vi ele postado em pelo menos uns três lugares. Isso é uma prova de que se trata de um trabalho importante. Agora é a minha vez de reforçar o toque. Eu já estava mesmo para postá-lo na seqüência do “Importante é que a nossa emoção sobreviva”, mas, como dizia o Roberto Carlos “são tantas emoções”. Acabou ficando na lista de espera e chegou agora. Bom, por certo eu não preciso apresentar este compositor além de dizer que ele surgiu pelas mãos da Elis Regina. É um dos parceiros mais constantes de Paulo César Pinheiro, com quem tem muitas coisas gravadas. Este disco foi seu primeiro trabalho solo e contou com a participação de Jane Morais e Paulo César Pinheiro. As orquestrações ficaram por conta de José Briamonte e Hermeto Pascoal. Um grande disco!

Claudio Zoli (1986)

Disquinho bacana é este do Claudio Zoli. Ele tocou com Cassiano, depois formou o grupo Brylho, banda esta que fez sucesso com a música “Noite do prazer”, a la George Benson. Foi também o integrante dos Tigres de Bengala, com Ritchie, Vinícius Cantuária, Dadi e Mu; uma banda cheia de feras, mas que não decolou. O lp apresentado aqui é seu primeiro álbum e (na minha opinião) seu melhor trabalho. Gostoso de ouvir e dançar. Traz seus melhores sucessos e de lambuja vai ainda a faixa “Noite do prazer”. Tá esperando o quê? Toque aí…

Bedeu – Africa No Fundo do Quintal

Mais um que com certeza deve estar agora ao lado do Tim Maia, compondo e tocando alguma coisa. Bedeu foi um dos representantes do samba-rock no sul. Compositor gaúcho que teve suas músicas gravadas por diversos artistas da MPB como, Neguinho da Beija-Flor, Jair Rodrigues, Wilson Simonal, Originais do Samba, Dhema, Bebeto e Luis Wagner. Como instrumentista de percussão, gravou com Eduardo Assad, Nelson Aires, Cesar Camargo Mariano, Dudu França, entre outros… Este disco foi seu primeiro trabalho solo. A capa, infelizmente, eu não consegui localizar nada melhor que isso. Se alguém tiver e puder eu agradeço, pode mandar…

Carlos Dafé – Venha Matar Saudades (1978)

Carlos Dafé é outro artista com uma longa e rica tragetória musical, mas pouco conhecido do grande público. Sua história começa lá pelos anos 60 quando integrou o grupo Abolição do Dom Salvador. Trabalhou com Tim Maia e fez parte do movimento de soul music no Brasil (Movimento Black Rio) ao lado de figuras como Cassiano, Gerson King Combo, Banda Black Rio, Dom Salvador, Tim Maia e outros… Suas composições foram gravadas por diversos e variados artistas. Ao longo desse tempo gravou alguns discos interessantes, como este que apresento, lançado em 1978. O cara continua na ativa. Recentemente ele participou do “Festival Rec-Beat” em Recife ao lado de artistas da nova geração como B Negão (Planet Hemp) e Thalma de Freitas. Um disco raro e uma preciosidade no mundo da “black music brasileira”. Mais um toque aí…

Rick Ferreira – Porta das Maravilhas (1976)

Fiquei conhecendo este disco a uns 20 anos atrás ou mais… Foi uma surpresa. Na época, me lembro de estar mais interessado em cds, mas ao bater o olho na capa deste vinil numa banca de saldão, fiquei curioso. Tratava-se de um disco do guitarrista favorito do Raul Seixas. O cara que esteve presente em quase todos os discos do “Maluco Beleza”. Eu inclusive cheguei a vê-los tocar juntos em um show antológico. O cara toca muito, pode crer. Fiquei surpreso, pois não sabia que ele tinha disco solo. Não tive dúvidas, com o dinheiro que pretendia comprar um cd importado, acabei ficando com o Rick do saldão e ainda de quebra, com o troco deu até para comprar uma agulha nova para o meu toca-discos. Foi um ótimo negócio, principalmente porque o disco é muito bom. Rick toca guitarras, violões, banjo, steel guitar, piano, órgão e também atua nos vocais. Para melhorar, ele tem ao seu lado Áureo de Souza na bateria e Chico Julien no baixo e ainda conta com a participação de Liminha (baixo em duas faixas) e Túlio Mourão (piano em uma faixa). O toque tá dado…

solitário
todo sujo de baton
não sou mais rei
carro de boi
porta das maravilhas
no fundo do poço
overteze
cachorro urubu
pedra da gávea
eldorado
meu filho, meu filho (bônus)
retalhos e remendos (bônus)

Maria Bethânia – Compactos: Noel e Carcará (1965)

Meu toque musical da noite (ou do dia?) é para essa grande interprete da música brasileira, Maria Bethânia. Estou trazendo dois compactos de inicio de carreira da cantora. Todos os dois são de 1965. Um traz “Carcará” e “De manhã” (o primeiro disco a gente nunca esquece). O outro é um compacto duplo cantando Noel Rosa (impecável!). Taí, dois disquinhos que valem por um discão. Tá valendo comentários…

Turma do Embalo – Interpreta Carlos Imperial – O Rei da Pilantragem (1968)

Vamos saindo agora um pouco da velha guarda. Vamos começar a semana com uma nova onda. Para a semana eu estou apostando no tema livre nacional. Quero trazer, ainda da mpb, álbuns variados. Tô cheio de coisas raras e interessantes aqui comigo que não querem esperar por momentos temáticos. Além do quê, eu ando meio sem tempo para pesquisar, selecionar os títulos e postar. Só mesmo quem tem um blog como este sabe o trabalho que dá. Não estou reclamando, apenas explicando… Assim começando, vou trazendo um disco do qual li um artigo postado no blog do jornalista Domingos Junior, o Please, garçon! Recomendo a todos que o leiam também para um melhor entendimento sobre o álbum. O toque tá dado! Clic aqui e clic lá…

Cadu – Lamartine Babo – Músicas Inéditas & Raras

Se Lamartine Babo estivesse vivo, com certeza, iria adorar o trabalho que este artista fez com algumas de suas obras. O disco é um projeto onde Cadu buscou resgatar músicas pouco conhecidas do Lalá. Tem “Dá cá o pé o lora” onde a melodia é de Adyr Pires Vermelho, postado anteriormente. Este cd é uma produção independente e limitada. Difícil de achar hoje em dia. O mais interessante de tudo é que a interpretação procura ser fiel à época, assim como a instrumentação. Um disco acústico com atmosfera dos anos 30 e 40. Raro em todos os sentidos.

Alcyr Pires Vermelho – 50 Anos de Música – Canta Brasil (1985)

A gente, às vezes, costuma ouvir o galo cantar, mas sem saber onde. Escutamos músicas que nos acompanham ao longo de nossas vidas, cantamos e até falamos delas, mas não tomamos o trabalho de saber quem são os autores. No máximo sabemos quem canta e toca, porque isso é inevitável. Só mesmo quando nos interessamos por tocar ou cantá-las é que começamos a descobrir suas origens. Quando gostamos de música além do “básico”. Infelizmente a cultura e memória musical do nosso povo é muito diluída. Uma prova disso é perguntar, quem sabe quem foi Alcyr Pires Vermelho? Poucas pessoas, além de você, me dirão que ele foi um dos grandes compositores que em parceria com figuras como Lamartine Babo, Braguinha, Pedro Caetano, Jair Amorim, entre outros; criaram clássicos da MPB. Não vou entrar em detalhes e deixar que o disco faça isso por mim. A propósito, este disco é um álbum raro, não-comercial, patrocinado pela Petrobras. Um álbum duplo comemorativo com depoimentos e interpretações realmente memoráveis. Canta Brasil!

Os Clássicos da Velha-Guarda Vol. 6 (1992)

Esta é uma coletânea, lançada em 1992 pela Moto Discos e a gravadora Continental. Uma iniciativa que buscava resgatar a memória da nossa música através de fonogramas raros e antigos. Conforme consta na capa, este seria o volume 6. Eu, nunca vi ou ouvi falar dos outros volumes. (talvez até seja possível encontrá-los no centro do Rio, no Empório Musical/Moto Discos, na rua Sete de Setembro, 163) A seleção das 25 músicas deste disco foi feitas por Francisco Almeida Aguiar (dono da Moto Discos) e traz pérolas que até mamãe ao ouvir, chorou de saudades. São fonogramas realmente raros, mas bastante popular, nas vozes de Dick Farney, Mário Reis & Mariah, Paraguassu, Carmem Barbosa, Francisco Alves & Dalva de Oliveira, Carlos Galhardo, Vassourinha e muitos outros. Vale a pena conferir mais um…

Agostinho dos Santos (1970)

Mais uma dose de Agostinho dos Santos. Desta vez com o último álbum gravado por ele em 1970. Este disco, até pouco tempo atrás, eu cheguei a ver num saldão do Carrefour por 5,90. Por curiosidade (e também pelo preço), acabei levando o disquinho, um relançamento da série “Os Originais”. Mas olha, vou dizer uma coisa, não chega nem aos pés do meu vinizão. O som está diferente, ruim em vista (e audio, claro!) do “original”. Até a capa eles fizeram o favor de reduzir ainda mais. Bom, o fato é que embora eu tenha encontrado o cd para comprar, sei que já está fora de catálogo novamente. Só mesmo tendo a minha sorte e faro para achar o seu. Enquanto isso, o melhor mesmo é ir ouvindo em mp3. Aqui tem “O diamante cor de rosa”, de Erasmo Carlos & Roberto Carlos, “Pra dizer adeus”, de Edu lobo & Torquato Neto e “Felicia”, de José Jorge & Ruy Maurity.

Alcides Gerardi (1968)

Ainda na linha da “velha-guarda” e atendendo a um pedido muito especial, estou postando este disquinho aqui que eu mesmo não o conhecia direito. O pouco que sei é que o Alcides Gerardi foi um cantor romantico do rádio, na linha de tantos outros como o próprio Nelson Gonçalves e também veio do sul. Seus trabalhos mais marcantes são os da década de 50. Ao longo de sua carreira gravou também uma infinidade de discos, na sua maioria bolachões de 78rpm. Fazendo uma pesquisa pela rede, não será difícil encontrar informações sobre o Alcides. O meu toque inicialmente é o Dicionário Cravo Albin de MPB. Doralice, vai lá que tem…

Marília Batista – História Musical de Noel Rosa (1962/63)

Não pretendo me ater à história do encontro e Marília Batista e Noel Rosa, mas é sabido que ela foi uma das mais constantes interpretes da musica desse genial compositor e também sua favorita. O disco apresentado aqui, na verdade em dois volumes, é um relançamento em cd duplo de dois discos de Marília, “Marília Batista com orquestra” de 1962 e “História musical de Noel Rosa” de 63, lançados na época pela Musidisc.

Marlene – Apresenta Sucessos de Assis Valente (1956)

Ao procurar um disco da grande Marlene, a Rainha do Rádio, para postar no Toque a alguns dias atrás, fiquei na dúvida entre qual escolher. Acabei optado pelas marchinhas, mas esse outro concorrente ficou na minha cabeça pedindo para entrar. Então, hoje, resolvi trazê-lo também. Foi o primeiro lp de 10 polegadas da cantora. Trata-se de um álbum maravilhoso porque é um homenagem a outro grande compositor popular, o genial Assis Valente. No disco podemos encontrar os sucessos “Recenseamento”, “Camisa listrada”, “Cansado de sambar”, “Maria boa”, “E o muno não se acabou”, “Boas festas”, “Jarro ‘água”, “Uva de caminhão” e “Té já”. Este é mais um disco que nunca foi relançado. Raridade pura!

Nelson Gonçalves – Nelson Até 2001 (1976)

Aqui vai mais um dos discos do Nelson que eu tenho. Por coencidencia, logo depois que começei a postar esses álbuns, descobri uma verdadeira mina do tesouro; a discografia completa desse artista. O cara gravou por volta de uns 90 discos. Ainda não tive tempo para contar, selecionar e baixar essas preciosidades. Antes que perguntem, não pretendo postar todos aqui. Com certeza haverão outros blogs postando o Nelson também. O disco desta postagem é (na minha opinião) um dos melhores que ele gravou na década de 70. Nelson até 2001 não aconteceu em vida, mas na memória já passou e irá muito além… principalmente no que depender da gente.

Agostinho dos Santos (1958)

Embora hoje sem muito tempo para o blog, eu ainda sim gostaria de postar alguma coisa legal. Fiquei sem saber, afinal todos os bons e velhos álbuns parece já terem sido postados. Por força das circunstâncias vou ser breve e limitado. Um disco só por hoje. Daí, escolhi um dos cantores que mais aprecio, Agostinho dos Santos. Este, com certeza não é um dos seus melhores discos e nem é o meu preferido. Mas se tratando de Agostinho tudo vale.
…e boa noite!

Nelson Gonçalves – Só Nós Dois (1970)

Vejo que o “Gogó de ouro” postado anteriormente está tendo uma boa saída. Sem dúvida, o Nelson Gonçalves foi um grande artista e esses discos dele são preciosos. Não sei se estes lps foram relançados em cd. Também não vou tomar o trabalho de checar isso na web. É bem possível que sim, mas com certeza já estão fora de catálogo. Neste disco temos, além da faixa título “Só nós dois” de Joaquim Pimentel (sucesso tabém na voz da portuguesa Amália Rodrigues), “Insensatez” de Tom Jobim e Vinícius de Moraes, “Foi um rio que passou em minha vida” de Paulinho da Viola e outras mais… Um bom disco, um bom toque…

Norma Bengell – Ooooh! Norma! (1959)

Acho que pouca gente conhece o lado cantora da cineasta Norma Bengell. Cantora e compositora! Até onde eu sei, ela gravou três discos solos, um bolachão de 78rpm e dois lps. Este seria o segundo disco, gravado em 1959. A história deste lp é bem interessante. Norma, nesta época já era bem conhecida do público (principalmente o masculino) devido a sua participação no filme “O homem do Sputinik”. Ela se tornara uma espécie de ‘sex-smbol’, a Brigite Bardot nacional. Segundo contam, o álbum surgiu devido a essa efervescência em torno de seu nome. Norma havia sido fotografada de maiô para uma capa da Odeon. Daí nasceu este lp. O disco é bem bacaninha, com um repertório internacional, mais três canções de Tom Jobim e uma de João Gilberto.

Ademilde Fonseca – À La Miranda (1958)

Ademilde Fonseca é considerada a Rainha do Choro. Suas interpretações nesse gênero fizeram dela uma das vozes femininas de maior prestigio. Neste disco de 1958 ela faz uma re-leitura de algumas canções que fizeram sucesso na voz de Carmem Miranda. Aqui para nós, a Carmem era a Carmem, mas a Ademilde é realmente sensacional. Escutem este disco e tirem suas conclusões…

Marlene – Antologia da Marchinha (1977)

Olha só que disco bacana. Uma seleção de marchinhas de carnaval na voz de uma das mais consagrada cantoras brasileiras, a rainha do rádio, Marlene. Esta antologia reúne composições em pot-pourris de Joubert de Carvalho, João de Barro, Noel Rosa, Tom Jobim, Francisco Mattoso, Chico Buarque, Assis Valente, Lamartine Babo, Ary Barroso e Custódio Mesquita. A marchinha é um genero musical que esteve mais em voga dos anos 20 aos anos 60. Hoje em dia quase não ouvimos esse tipo de música. Mesmo nos bailes carnavalescos, onde são mais comuns, essas músicas vem perdendo lugar para o axé e outros sub-produtos derivados. Uma pena… Alguém se habilita a um comentário?

Donga – A Música de Donga (1974)

No ritmo da nostalgia, da velha guarda e dos primeiros sambas e choros, segue aí mais um bom disco: Donga – Ernesto Joaquim Maria dos Santos. Este álbum foi lançado originalmente em 1974 pelo selo Marcus Pereira. Trata-se de uma coletânea de registros desse compositor. Na época, foi a primeira vez que apareceu um disco do Donga em formato LP 33 rpm. Suas gravações e discos são da época dos bolachões de 45 e 78 rpm. A qualidade do som é muito boa se consideramos suas matrizes tão antigas. O primeiro samba gravado foi desse senhor aí, “Pelo telefone”.

Luiz Claudio – Bem Juntinhos (1959)

Trago agora um álbum raro que eu acredito ainda não ter sido postado em nenhum outro blog. Luiz Claudio, cantor e compositor mineiro. Um nome ‘das antigas’, um artista pouco lembrado. Natural de Curvelo, Minas Gerais, começou sua carreira no fim da década de 40 se apresentando em programas de rádio em Belo Horizonte. Seus primeiros discos apareceram no início da década de 50. Gravou músicas de diversos compositores e também composições próprias e parcerias. Este álbum foi o seu primeiro em LP, lançado em 1959. Nele, a gente encontra coisas com “Suas mãos” de Pernambuco e Antonio Maria, “Quero te assim” e “Olha-me… diga-me” de Tito Madi.

Nelson Gonçalves – Apelo (1969)

Na minha constante procura de raridades musicais, acabei encontrando em meus arquivos alguns discos do Nelson Gonçalves. Esse cara foi um dos cantores mais populares do Brasil. Herdou de seu antecessores, como Chico Alves, Carlos Galhardo e principalmente Orlando Silva um estilo de cantar. Foi chamado “o último gogó de ouro do Brasil”. Cantava de coração. Neste lp de 1969, também conhecido como “Apelo” devido a canção de Baden e Vinicius, temos (além dessa) “Nem as paredes confesso” de Arthur Ribeiro e F. Trindade, “Aposto que ela volta” de Lúcio Cardin, “Eu não sei porque” de Nelson Cavaquinho e Anatalício e mais… Para os fans de carteirinha, virão outros durante a semana. Aguardem!

Dalva de Oliveira Com Roberto Inglez & Orquestra (1952)

Começando uma nova semana, vamos em busca dos velhos. Lote: Nostalgia (como se nas semanas anteriores nada houvesse de nostálgico). Começando com o Roxinol do Brasil.
Este lp reúne oito músicas que marcam o encontro de Dalva de Oliveira com o regente escocês Robert Inglis. Me parece que essas gravações foram feitas em Londres. Na capa, o nome do homem foi mudado de forma a facilitar a aceitação por parte público brasileiro. Na década de 50 Dalva estava no auge do sucesso, viajando por diversos países, inclusive a Inglaterra onde se apresentou juntamente com o maestro para a Rainha Elizabeth. O álbum que originalmente era um lp de 10 polegadas foi reeditado em 1988 em lp e depois novamente em 2000 em cd na série 2 em 1, junto com “A Voz Sentimental de Dalva de Oliveira”. Estive procurando pela rede e também em algumas lojas de discos para ver se achava esse álbum. Por incrível que possa parecer, eu achei o vinil, mas não encontrei o cd.

Lupicínio Rodrigues – Gravações Originais (1974)

Não, peraí… Antes de fechar totalmente a semana do samba, deixa eu selar com ouro isso aqui. Digo assim porque, para mim, este é um dos meus compositores favoritos. Das minhas 100 melhores músicas da MPB, pelo menos cinco são desse maravilhoso Lupicínio Rodrigues, o gaúcho mais carioca do samba. Suas composições falam do amor, dos encontros e desencontros, da paixão e da dor de cotovelo. Dizia o Lupi: “Tive muitas namoradas na minha vida. Umas me fizeram bem, outras me fizeram mal. As que me fizeram mal foram as que mais dinheiro me deram, porque as que me fizeram bem eu esqueci.”

Nadinho da Ilha – Cabeça Feita (1977)

Eu havia planejado uma semana de postagens de samba, mas a medida em que os discos foram aparecendo percebi que com apenas uma semana não seria possível. Tem tanta coisa boa, rara, esquecida e que particularmente que eu tenho intensão de apresentar. Por outro lado, não quero estender essa onda. Tenho outras coisas também muito interessantes que eu gostaria de dar o ‘toque’. O nosso blog não é temático e nem segue uma só linha. O samba, certamente voltará… (inclusive com a vertente baiana que não foi incluida) Para fechar a rodada de sambas eu trago o Nadinho da Ilha, outro artista bacana e de uma certa forma pouco conhecido do grande público. Nadinho está ligado a toda essa turma do samba carioca. Este disco foi lançado em 1977 e contou com a participação especial de Wilson Moreira, Délcio Carvalho e Walter Rosa na faixa “Só chora quem ama”, de autoria de Wilson Moreira e Nei Lopes. No LP também tem “Yaô” de Pixinguinha e João da Baiana, com particpação especial de Tia Hilda. É sem dúvida um grande disco, tanto que em 2003 ele foi relançado em cd pela EMI. Infelizmente hoje já está fora de catálogo.