Como sei que hoje eu não terei muito tempo disponível, vou recorrer para a segunda postagem à minha gaveta de reservas. As vezes, quando percebo que o disco que preparei já foi postado em outro blog, prefiro deixá-lo de fora. Ou melhor, dentro da gaveta esperando um novo momento.
Se em 1977 as baianinhas de Vinícius já haviam conseguido resistir à todas mudanças de ventos e marés com muita garra, segundo Aldir Blanc. Eu posso agora afirmar que elas foram muito além. O Quarteto Em Cy resistiu e foi enfrente. Tornou-se um cristal precioso que faz parte da história da música brasileira e continuam até hoje resistindo, com muita garra fazendo história.
“Resistindo” foi um álbum que registra alguns dos melhores momentos do show realizado no Teatro Fonte da Saudade, no Rio em 1976. Muito bom, confiram…
Abel Ferreira E O Choro – Nova História Da Música Popular Brasileira (1978) 2
Maria Martha – Flor Amorosa (1977)
Miltinho – As Mulheres De Miltinho (1968)
Olás! Como vocês devem ter percebido, eu retirei o ‘autoplay’ da música de fundo do blog. Ou seja, as músicas que selecionei continuam lá, mas agora fica por conta do freguês. Se estiverem afim de ouvir, basta clicar lá na fita cassete, ok?
Com este álbum eu anuncio a semana das mulheres. Acho que não tenho dado a devida atenção às nossas cantoras. Vou selecionar algumas inéditas e amanhã elas começarão a chegar.
Hoje o dia é do Miltinho cantando para nós alguns dos mais conhecidos sambas e cujos títulos são nomes próprios femininos. Um disco bem bacana, dedicado às mulheres, com direção musical de Lyrio Panicali e regência do maestro Nelsinho (dos Santos). É sempre muito agradável ouvir a voz nasalada deste grande cantor. Se você ainda não ouviu esse álbum por aí, vem e toque aqui… 😉 Mas não deixe de passar pelo Comentários. É lá que mora o toque…
Quinteto Armorial – Do Romance Ao Galope Nordestino (1974)
Valsa Brasileira – Nova História Da Música Popular Brasileira (1976) 1
Sobre o conteúdo de “A valsa brasileira”, assim como os demais discos da série que virão, eu não irei me ater. Todas as informações estarão incluídas no ‘pacote’. Vocês sabem, aqui é serviço completo, barba e cabelo. 🙂
Brasil Batuque – Isto É Que É Batucada Vol. 2 (1975)
Aqui vai então o último do ano. Um disco nota 10, puro batuque. Se vocês já ouviram os lp’s do Luciano Perrone e confirmaram a simpatia, vão adorar mais essa pérola. Infelizmente não há muito o que se falar sobre o lp, suas informações foram suprimidas, reduzidas apenas aos títulos das faixas. Pela rede também nada aparece além de ser uma produção e direção artística de Durval Ferreira. Disquinho bacana para trilhar o fim de ano.
Orquestra de Pereira Dos Santos & Côro Popular De Samuel Rosemberg – 24 Seleções De Ouro Em Tempo De Samba (196…)
Peruzzi E Sua Orquestra – O Samba Visita O Clássico (196…)
Claudio Dauelsberg E Delia Fischer – Duo Fenix (1988)
Sebastiao Tapajos – Guitarra Fantastica (1976)
Edson José Alves – Meu Violão Brasileiro (1983)
Coral Da Universidade De São Paulo (1974)
Boas Festas (1960)
Um Feliz Natal (1965)
Violas & Repentes – V Congresso Nacional de Violeiros (1978)
Paulo Cesar Pinheiro – Poemas Escolhidos (1984)
A Música Em Pessoa (1985)
Aparecida – Foram 17 Anos (1976)
Para fechar a semana, volto com mais um disco da sambista Aparecida em seu segundo álbum. No primeiro, postado aqui a uma semana atrás, faltou incluir a sexta faixa. Preferi esperar até agora, quando estou trazendo mais um disco, para informar que o link já foi corrigido.
“Foram 17 anos” é talvez o álbum de Aparecida que mais se destacou. Este é mais um álbum produzido por Durval Ferreira e arranjos e regência de José Menezes. Para melhorar o cozido, além de outros músicos e ritmistas (Conjunto Nosso Samba), há a participação especial de Sivuca e o côro dAs Gatas. Muito bom, confiram o toque…
Saul Barbosa – Movimento (1986)
Olás! Alguém aí quer chuva? Putz! A coisa aqui para os meus lados está de mofar. Quer dizer, antes fosse só o môfo da umidade, mas tem também o estrago que esse tempo provoca. Meu fim de semana foi literalmente por agua a baixo. 🙁 Por outro lado, ficando preso em casa, terei tempo para preparar as postagens da próxima semana.
Aqui vamos nós com mais um baiano, o compositor e violonista Saul Barbosa. Se não me engano, este foi o álbum de estréia de Saul, lançado pela gravadora Estúdio de Invenções do artista plástico e compositor Augusto Jatobá, que também responde pela capa do disco. Este selo foi responsável pela projeção de vários artistas baianos, principalmente da música instrumental.
“Movimento” não é um disco instrumental, porém sua força não está nas letras, concentra-se na música, na valorização dos instrumentos e instrumentistas. Participam do discos figuras como Márcio Montarroyos, Chiquinho do Acordeon e Guto Graça Melo.
Paulinho Andrade – Sax Appeal (1991)
Na sequência, vou contrastando com a música instrumental, que por acaso também vem da Bahia. Desta vez temos o saxofonista Paulinho Andrade em seu primeiro lp lançado pelo Estúdio de Invenções, um selo que se dedicava à música instrumental. Paulinho foi um dos fundadores da Banda Eva, um trabalho mais comercial. Mas seu forte mesmo está no instrumental. Atualmente ele vem se dedicando a carreira solo com o “Paulinho Andrade Quarteto”, grupo que o acompanha em diversos shows.
“Sax Appeal” é um nome bem sugestivo para este álbum de estréia. Um trabalho que revela bem as qualidades desse saxofonista baiano. Ele vem bem amparado por um grupo de instrumentistas que não deixam a peteca cair. O álbum ainda conta com a participação de Carlinhos Brown.
Taí uma dica de um grande instrumentista, Paulinho Andrade! Confiram…
Ara Ketu – Contos De Benin (1988)
Tavinho Bonfá – Sem Palavras e É Tão Perfeito (1988)
Estou trazendo para vocês oinstrumentistaa Tavinho Bonfá, que pelo nome já dá para saber que o moço tem algum parentesco com Luiz Bonfá. Tavinho é na verdade sobrinho do violonista, mas é também conhecido como Otávio Burnier, da dupla Burnier & Cartier.
Os discos que aqui seguem foram lançados no mesmo ano, 1988. São dois álbuns de produção independente. O primeiro “Sem Palavras” é um álbum totalmente instrumental, gravado no Rio e finalizado em Nova York, com participações de músicos americanos e brasileiros. Me parece que este disco foi promocional, uma encomenda para uma empresa de catálogos telefônicos. O outro disco, “É Tão Perfeito” segue o mesmo esquema de produção do primeiro, só que não é instrumental. Pessoalmente, acho esses dois discos medianos, principalmente e se comparado à trabalhos anteriores como em dupla com Cartier.
Como já disse outras vezes, costumo postar não apenas aquilo que gosto, mas também aquilo que dá gosto. Por isso o Toque Musical é assim variado. Um blog para quem escuta música com outros olhos 😉
Orquestra De Música Brasileira (1988)
Camafeu de Oxossi – 1968 e Berimbaus Da Bahia (S/D)
Alternando entre os discos do Projeto Minerva, tenho apresentado alguns outros ligados à música de Umbanda, dos terreiros e fundo de quintal. Nessa linha, a Bahia é insuperável, rica em suas tradições e complexa nas questões espirituais, é por certo o estado brasileiro que melhor caracteriza a essência da cultura negra e sua herança africana.