Arquivos anuais: 2008
Cauby Peixoto – Ouvindo Cauby (1957)
Cauby Peixoto – O Show Vai Começar (1956)
Este lp, me parece, foi o primeiro com repertório gravado exclusivamente no modelo 33rpm. A partir dos meados da década de 50 os ‘microgrooves’ de 10 polegadas começaram a tomar conta do pedaço. Estava chegando ao fim a era dos bolações pesados. Entrava em cena um outro valor agregado ao disco, a capa e a arte desta, que se tornou um fator importantíssimo na conquista do ouvinte. Não é atoa que nosso lema aqui no TM é ouvir os discos com outros olhos.
Bom, vamos parar por aqui, pois o show vai começar…
Cauby Peixoto – Canção Do Rouxinol (1956)
Entre alguns diversos títulos que estou tendo a oportunidade de postar, escolhi para esta noite de domingo um dos cantores mais querido e atuante da música brasileira, o impagável Cauby Peixoto. Farei como ontem, postarei dois disco hoje. Acho que ninguém vai se importar, não é mesmo? Afinal ninguém comentou nada nas últimas 24 horas. Quem cala concente, diz o ditado.
Aqui temos o segundo lp de Cauby pela Columbia, reunindo alguns de seus sucessos gravados no bolochão de 78rpm entre os anos de 54 e 55. Eu, pessoalmente, acho muito boa a faixa “Mambo do galinho”, formidável!
Solistas Populares (1957)
Os Copacabana Orquestra – Os Copacabana (1953)
Elizete Cardoso – Cançôes Á Meia Luz (1955)
Waldir Calmon – Para Ouvir Amando (1955)
O Waldir Calmon foi um dos precursores no Brasil dos álbuns em faixas únicas, ininterruptas, eternizando nos acetatos o som que produzia nas boates de então e também adequados a animar festas, sem paradas constantes. Isso também faz sentido para os momentos de amor – para não se perder o pique… (ups!)
Angela Maria – Sucessos Com Angela Maria N.2 (1956)
Gostaria de lembrar aos interessados, que esses ‘albinhos’ apresentam alguns chiados que em alguns momentos ficam bem evidentes, mas num todo acabam sendo incorporados à música e ao clima. Devemos entender que os mesmos são discos velhos, que ao longo de seus meio século de existência passaram por muitas agulhas e mão pouco cuidadosas, isso sem levarmos em conta o desgaste próprio a longo do tempo. Tem gente que gosta de dar uma tratada no som, na tentativa de melhorar a qualidade e eliminar chiados e ruidos. Fiquem a vontade…
Carolina Cardozo de Menezes – Sucessos Em Desfile N. 1 (1954)
Seleções Continental N.2 (1957)
Velho Realejo (1973)
O disco da noite é mais um daqueles que você nunca mais terá o prazer de ouví-lo. Pelo menos no que depender de um relançamento. Duvido! Coletâneas nunca voltam. Por essas e por outras é que eu estou postando esta aqui. Uma coletânea muito interessante e rara, não apenas por ser de 1973, mas por conter uma seleção musical e artistas que já não vemos mais. Um disco com valsa, samba e choro. Um disco de intérpretes e canções que ficaram na memória. Mas eu não vou me extender no assunto, prefiro hoje me extender na cama. Deixo que vocês confiram e dêem a opinião. Vou dormir… Zzz….
Maria Creusa – Sessão Nostalgia (1974)
Tenho, vez por outra, utilizado o termo ‘disco de gaveta’ numa alusão ao jornalismo, quando na falta de uma notícia, eles recorrem as chamadas ‘notícias de gaveta’. Que são aquelas que servem para preencher lacunas no jornal. No nosso caso, não é bem por falta de discos, mas por pura falta de tempo. Daí utilizo os que, por alguma razão, eu deixei de lado – muitas vezes quando descubro que aquele que eu pretendia postar já está nas bocas, blogs e ouvidos. Esses acabam ficando guardados, esperando um momento como este para serem encaixados.
Maria Creuza, neste disco, é um exemplo. Já rodou muito por aí e agora vai fazer sua vez aqui.
“Sessão Nostalgia” é um lp que traz alguns bons momentos da mpb na voz e interpretação desta grande cantora. Se você ainda não viu ou ouviu este disco por aí, aproveita então o toque.
Paulo Vanzolini – Onze Sambas E Uma Capoeira (1967)
Diante à minha total falta de tempo, mais uma vez, vou puxar um disquinho de gaveta. Embora seja outro álbum já manjado e bem explorado em blogs, vou publicá-lo em nome da beleza, da qualidade musical e principalmente porque é um disco que eu gosto muito. Vamos nessa com um disco gravado e lançado pelo selo Marcus Pereira em 1967. Um álbum que dispensa apresentações, uma seleção de músicas de Paulo Vanzolini na interpretação de diversos artista.
Cyro Aguiar – Proporções (1977)
“Proporções” é um álbum onde Cyro reforça seu amor ao samba, tentando apagar o fantasma do rock ‘n’ roll, ou mais exatamente o da jovem guarda. Neste disco temos a participação do malandro Moreira da Silva, muito a vontade ao lado do Cyro Aguiar no samba-homenagem “Super Morengueira”. Tem também mais duas músicas que foram sucesso e fazem até hoje o repertório do artista: “Asfalto Falcificado – do you like samba” e “Antes que a tristeza venha”. Nisso tudo só temos um pequeno inconveniente, o disco foi ripado sem tratamento de remasterização ou coisa parecida, apresentando alguns chiados que não chegam a comprometer, mas as vezes incomoda…
Sargentelli – Oba Oba O QG Do Samba (1975)
Diante ao tremendo sucesso do disco de samba, com as mulatas do Sargentelli desfilando toda sensualidade no Oba Oba. Resolvi então postar mais um, três anos mais quente. (aqui pra nós, esse Sargentelli passava bem!). Seu Manoel, dono do buteco alí ao lado, quase babou com tanta malícia. Essas mulatas são mesmo de tirar o chapéu (e o resto da roupa também).
Uma outra curiosidade que descobri foi sobre o Oswaldo Sargentelli… O cara era sobrinho do grande Lamartine Babo, mas segundo contam, o pai (irmão de Lalá) nunca o reconheceu como filho. Confira mais este lp. Pessoalmente, gosto mais deste aqui… principalmente pela capa. 😉
Conjunto Garra Brasileira – Sucessos Contagiantes Em Ritmo De Samba (1974)
Sargentelli No Q.G.do Samba – Quadra Geral (1972)
Nesta semana eu começo com alguns álbuns que já foram para o fundo do baú. Discos que cupriram seu papel num determinado momento e só existirão enquanto houver alguém que tenha um exemplar. São álbuns que com certeza nunca seriam relançados. Casos semelhantes são as coletâneas e trilhas de novelas. Depois que passou, acabou…
O disco do Sargentelli não é exatamente a mesma coisa, mas eu nunca vi este e outros disco lançados em cd. Acredito até que um dvd seria mais fácil nos dias de hoje, mas discos como este nunca mais… Só para relembrar, Oswaldo Sargentelli foi apresentador de televisão e empresário de shows na noite carioca, ligado aomundo do samba. Seu nome está relacionado às mulatas, como Di Cavalcanti, um apreciador do produto nacional. Sua casa de shows, o Oba-Oba, ficou famosa pelos espetáculos com as beldades morenas regadas a muito samba e malícia.
O lp apresentado aqui nos dá uma amostra do que era a trilha sonora desses shows. Um disco, sem dúvida, de samba, mas com a pitada do ‘‘mulatólogo’’ Sargentelli. Quem gosta de samba e de mulata não pode perder…
Marcos Valle – Escape (2001)
Boa noite amigos cultos, ocultos e críticos de plantão! Hoje pretendo encerrar a overdose de Marcos Valle. Acho que nas últimas duas semanas tivemos toques musicais realmente de qualidade e consistentes. Encerro a jornada, excepcionalmente, com um disco relativamente novo, recente no ponto de vista do que costumo postar. Mas importante para completar meu mostruário musical. Na minha modesta opinião, entre os trabalhos mais recentes, de uns 10 anos prá cá, este é o que me parece mais agradável. “Escape” foi um disco lançado para o mercado internacional e fez muito sucesso lá fora. Não sei ao certo se chegou a ser lançado no Brasil. O fato é que se trata de um bom álbum de (new) bossa nova e fecha com chave de outro esse nosso domingo. Fico por aqui. Boa semana a todos!Samba Show – Apresentando Samba Show (1964) – O Original!
Foi então, para mim, uma grande surpresa receber logo após a postagem, um atencioso e-mail esclarecendo tudo. Nossa amiga Maria Ignês, gentilmente me enviou toda a história do Samba Show e autorizou que a mesma pudesse ser agora publicada. Transcrevo então abaixo o texto enviado por ela por ser da maior importância para a preservação da memória do grupo:
Estou te mandando a capa original do disco ” Apresentando Samba Show “. Com toda certeza os músicos deste conjunto não foram informados na época do relançamento do disco com essa capa que é mostrada no blog. Concordo, o disco é maravilhoso. Na contra capa tem o nome e a história do conjunto. Vou fornecer alguns dados: o baixista Romildo F. Cardozo foi o arranjador dos sopros do último CD do Durval Ferreira. Mayuto Rodrigues, ritmista que também está na capa, é um músico consagrado no EUA, trabalhou com músicos famosos com, Frank Sinatra, Cannoball, H. Hancock, Santana e outros – continua tocando, hoje em Los Angeles. Ivo Caldas conceituado baterista que na época tinha apenas 18 anos, mesmo assim já tinha tocado (com 16 anos) com Booker Pittiman substituindo Dom Um. Quando o conjunto acabou foi tocar com com Rosinha de Valença, Tim Maia, Cauby Peixoto, Ed. Lincoln, 20 anos tocando com Johny Alff, 20 anos tocando com Marcos Valle, Roberto Menescal, Wanda Sá. Foi ainda o baterista no CD “Amendoira” do Bebeto Castilho, ex-Tamba Trio. Mirabaux um dos maiores guitarristas do Brasil, tocou com Ed. Lincoln, Lana Bittencourt, Cauby Peixoto… e continua tocando. Paulinho e Maciel os cantores, e Joel Nunes o organista são falecidos. O vibrafonista, também já falecido, Fernando Godoy que aparece na foto, não pode participar das gravações porque o vibrafone não afinava com o órgão. Na época não tinha computadores que hoje em dia acaba acertando tudo. Sérgio Marinho, ritmista e empresário do grupo. O violão acústico foi feito por Silveira grande compositor de Niterói que teve músicas gravadas por Sérgio Mendes, Raul de Souza, só para citar, “Canção do nosso amor” e tantas outras. Na música “Mania da vovó” quem faz a voz da vovó é ele. Resumindo, o disco “Apresentando Samba Show” foi gravado em 3 canais no período de gravação das 09:00h às 15:00 h, nesse tempo o disco ficou todo pronto. Neste dia, quando os músicos saíram do estúdio, entrou o jovem Roberto Carlos para gravar “O calhambeque”. O prefixo do conjunto foi feito por Dalton (pai do cantor Dalton) e Silveira. Sei disso tudo porque eu estava lá, acompanhava todos os bailes do grupo. A foto da capa foi tirada no Clube de Regatas Icaraí em Niterói.
balansamba
o poema da vida
diagonal
guacyra
samba show
batida diferente
tudo de você
mania da vovó
sambossa
samba com molho
lavadeira
Marcos Valle – Garra (1970) REPOST
Com mais de 30
Garra
Black is beautiful
Ao amigo Tom
Paz e futebol
Que bandeira
Wanda Vidal
Minha voz virá do sol da América
Vinte e seis anos de vida normal
O cafona
Marcos Valle – Samba’ 68 (1968) REPOST
Boa noite, meus caros! Tenho gostado de ver a participação e manifestação da turma. Cheguei a conclusão de que comentários e todo esse intercambio, só acontece se a postagem for instigante. Nesse sentido vale de tudo, até mesmo blefar para ver o que o outro tem. Acho que aos poucos vou aprendendo… mas sem apelações. Às vezes eu me esqueço de que esse lugar é feito por mim. Deixo-me levar por outros caminhos, mas sempre volto atrás e procuro refazer meus passos. O compromisso do Toque Musical é comigo mesmo, assim, não há porque esperar nada ou querer ser tudo. Melhor seguir se esperar retornos. Esses se tiverem de vir, virão verdadeiros.Bom, chega de divagações e vamos logo para a ação. Hoje a noite é do Marcos Valle e mesmo sabendo que alguns de seus discos já se tornaram figurinhas repetidas, encontradas facilmente em qualquer blog musical, faço com prazer a postagem, para manter acesa a chama dos bons momentos. Para ninguém esquecer quem foi este compositor da segunda geração da Bossa Nova, muito embora ele seja um que não precisa. Aqui então temos um disco feito para o mercado estrangeiro, basta verificar pelos títulos da músicas. Sambas com aroma de bossa… para gringo não por defeito.
Pedro Santos – Krishnanda (1968)
Nas alternadas musicais, temos hoje um disco raro e conhecido por poucos. Eu mesmo, até pouco tempo atrás, nunca havia reparado na presença de Pedro Santos e seu “Krishnanda”. Um disco que vai cair bem com o clima Marcos Valle da semana. Este disco/arquivo me foi enviado por um colaborador, que como eu, pouco sabia sobre o álbum e seu artista. Por várias vezes pesquisei na rede sobre Pedro Santos, mas nunca consegui chegar além dos vagos comentários e ofertas nos ‘eBays’ da vida moderna. Em total obscuridade, este artista e o álbum tem tudo a ver com a letra da música “Um só”, terceira faixa do lp. “… aquele que na palavra entender, no nome não se prender, pode ver bem quem eu sou. Mas quem no pé da letra cair, do nome não vai sair, porque no nome não estou…” Realmente, não houve muito o que pudesse vir a luz simplesmente pelo nome. Depois de muito fuçar, acabei caindo no blog do Ed Motta. O cara é mesmo antenado… se liga em tudo, tem um ótimo faro musical e além do mais ainda tem um blog!. Aliás, diga-se de passagem o Ed é o ‘supra-sumo’ da sofisticação – cada dia mais apurado. Foi justamente através dele (pelo blog) que me interei mais a respeito do Pedro Santos. “Percussionista importante em vários discos no Brasil, um experimentalista por excelência, inventou vários instrumentos entre eles a Tamba, tocada por Helcio Milito no Tamba Trio, e que por essa ligação é o produtor desse raro disco de 1968, o Krishnanda lançado pela CBS.” Palavras de Mr. Ed, especialíssimo!
advertência
Marcos Valle – Vento Sul (1972)
Como eu havia dito ontem, nesta semana continuamos, dia sim – dia não, apresentando alguns dos melhores álbuns do grande Marcos Valle. Venho alternando com outros títulos/artistas para que a medicação possa surtir efeito. Dosagem maciças podem causar dependência, por isso estou pegando leve, quantidades apenas para curar. Se você andou exposto à radiação do axê ou do rap, então eu recomendo uma superdosagem que Valle. É tiro e queda… Para esta noite tenho, entre os discos da década de 70, o mais curioso. Um álbum onde o artista vai além, mesclando em sua música elementos do rock em leves pitadas de progressivo. Com este lp ele rompe com algumas tradições, chegando mesmo a assustar alguns puristas da MPB. Mas em nenhum momento deixa de ser um disco maravilhoso, carregado de boas intenções e muita qualidade. Confira mais este toque…
Malena
Pista 02
Vôo cego
Bôdas de sangue
Democústico
Vento Sul
Rosto barbado
Mi hermoza
Paisagem de Mariana
Deixa o mundo e o sol entrar
Samba Trio – Samba Prá Frente (1964)
PS.: Este não é o mesmo arquivo que você encontra no Lornix. Pode conferir!
Marcos Valle – O Cantor, O Compositor (1965)
Fim de semana puxado e corrido. Nessa altura do campeonato eu já estou que não me aguento de tanto sono. Antes que eu desmaie de vez, vamos por em dia a postagem. Hoje vai mais um do Marcos Valle (que vale), seu segundo disco. Um álbum que faz parte da história da Bossa Nova. Outro grande disco que valle uma conferida 🙂 !0 Zzz… Zzz…
Preciso aprender a ser só
Seu encanto
Passa por mim
Samba de verão
A resposta
Deus brasileiro
Dorme profundo
Vem
Mais amor
Não pode ser
Marcos Valle – Mustang Cor De Sangue Ou Corcel Cor De Mel (1969)
Marcos Valle – Previsão Do Tempo (1973)
A previsão do tempo para hoje é a de que estou babando de sono e antes que me esqueça, aqui vai mais um que vale… Marcos Valle em mais um disco de tirar o chapéu. Não vou nem tentar continuar pois já estou trocando letras… Zzz… Zzz…
Gal Costa – Fatal Gal Costa A Todo Vapor (1971)
Marcos Valle (1970)
Hoje estou meio devagar, devido a uma gripe que me pegou de jeito. Quase desisti de fazer a postagem do dia. Mas por honra da firma, vamos manter a frequência diária. A peteca não pode cair. Vamos então para a segunda dose de Marcos Valle.
Nesta, temos um álbum raro e tão bom quanto o postado anteontem. Para mim, as três faixas, “Quarentão simpático”, “Freio aerodinâmico” e “Os grilos” já ‘vallem’ o disco. “Os grilos”, inclusive, aparece aqui também na versão original de 1967. Tem “Pigmalião”, intrumental bacana que foi trilha da novela de mesmo nome, lembram? Há também, uma faixa com participação dos Golden Boys, “Esperando o Messias”. Discão para ninguém por defeito.
