Carlos Augusto – Vol. 1 (1958)

Olá! Pelo jeito, acho que terei que estender por mais uma semana essa mostra alternada entre cantores e musicais. Ainda tenho alguns aqui no baú e gostaria de apresentar a vocês.
Temos então para hoje, Antonio de Souza Moura, ou melhor Milton Moura. Não, melhor mesmo é chamá-lo de Carlos Augusto. Este foi o nome artístico que o consagrou. Descoberto por Ary Barroso, Carlos não demorou muito para chegar ao estrelato. Passou pelas mãos de Almirante, Paulo Gracindo, selando seu sucesso ao lado de Emilinha Borba em ‘tourné’ pelo norte do país. Na época em que no Copacabana Palace ele era o ‘crooner’ na orquestra do maestro Copinha, chegou a ter um caso amoroso com a atriz Ava Gardener. Segundo reza a lenda, nosso cantor ‘negou fogo’. Talvez achando que ela fosse muita areia para o seu caminhãozinho. E não era para menos, a mulher era o bicho! Linda e super desejada. Tava todo mundo querendo… hehehe…
O álbum “Volume 1” foi seu primerio long play de 10 polegadas pela Polydor. Difícil de achar informações sobre este artista e seus discos. Neste podemos ouvi-lo, acompanhado pela orquestra do maestro Simonetti, cantando as seguintes e famosas canções…

estória de um amor
como é bom recordar
sublime lembrança
beduino triste
eterno vagabundo
distração
domani
corcovado

Minha Querida Lady – Bibi Ferreira E Paulo Autran (1962)

Mais um musical de grande sucesso em todo o mundo, “My Fair Lady”. Baseado na novela “Pygmalion” de Bernard Shaw, estreou na Broadway em 1956. Me parece que até hoje ela ainda continua em cartaz. Foi um tremendo sucesso e logo teve versões espalhadas por vários lugares, tendo inclusive sua versão ‘holliwoodiana’ para o cinema.
No Brasil sua estréia aconteceu em 1962 com Bibi Ferreira e Paulo Autran. Considerada uma das melhores versões, “Minha querida lady” foi sucesso também por aqui. A versão é de Henrique Pongetti para o texto e Victor Berbara as canções. A regência ficou por conta do maestro Alexandre Gnattali. No elenco ainda fazem parte Jayme Costa, Estellita Bell, Helio Paiva e Sérgio de Oliveira. Sem dúvida, esta versão foi mais uma que mereceu seu registro em disco. Muito bom, confiram este toque 😉

abertura
porque não podem os ingleses aprender?
tão felizes
bocadinho só
sou um homem bem comum
já verás, mestre higgins
o rei de roma ruma a madrid
eu dançaria assim
gavota de ascot
a rua onde ela mora
valsa da embaixada
vitória
vou me casar em matrimônio
sem você
ao seu olhar me acostumei
final

Miltinho – Poema do Fim (1965)

Boas! Hoje o sábado esteve animado durante todo o dia aqui pelos meus lados. Participei de uma feira de discos que muito proveitosa. Troquei, comprei e vendi muitos discos. É nessa hora que a gente vê quanta coisa a industria fonográfica já produziu e por conseqüência disso mesmo, outras tantas que já foram esquecidas. Que bom que estamos aqui para lembrar…
Vamos lembrar de Miltinho em seu último lp pela RGE, “Poema do fim” (título bem sugestivo), lançado em 1965. Este é outro disco dele que a gente não vê mais por aí. O álbum chegou a ser relançado em 69, pela RGE Fermata, com o selo Premiere, mas depois disso nunca mais. Vale a pena conferir, pois existem músicas que se não for por aqui, nunca mais serão ouvidas.

poema do fim
canção ao meu amor dormindo
indiferença
sorrisos
canção da paz
coitadinho de mim
mandei uma rosa
venha devagar
pingos nos ii
eu não sabia
madrugada fria
johnny não é joão

Jesus Cristo Super Star (1972)

Olá caríssimos (rapidinho), hoje é dia de espetáculo! E eu tenho a honra de trazer até vocês o consagrado musical dos anos 70, “Jesus Cristo Super Star”. Criado por Tim Rice e Andrew Lloyd Webber – autor de tantos outros trabalhos como “Cats”, “O Fantasma da Opera” e “Evita” – este musical foi sucesso imediato em todo o mundo, com montagens em vários países, inclusive no Brasil. Por aqui, a versão foi de Vinicius de Moraes e gerou este merecido lp. Gravado em estúdio, o disco contou com a participação de todo o elenco da peça. A regência é do nosso já conhecido, maestro Salinas.

céu na cuca
tudo está bem
sinédrio e hosanna
simão zelote
sonho
tenta não pensar
gethsemane
negação de pedro
vamos reperit
rei herodes
arrependimento de judas
condenação
superstar
PS.: temos duas versões para avaliação, uma editada e outra integral/ripagem bruta, sem tratamento. Mas em todos os dois casos o som está ótimo!

Albenzio Perrone – Revendo O Passado (196?)

Olá meus caros velhos, anciões, múmias e dinossauros… gente como eu, de gosto duvidoso, bregas até na alma… sejam todos bem vindos! Realmente é aqui que nós nos encontramos…
Rebatendo a todas as críticas e preconceitos, fui lá no ‘arco da velha’ buscar o Albenzio Perrone. O nosso amigo Harry não deve conhecer, mas por certo que seu avô conheceu (ou não?).
Albenzio foi um cantor da velha guarda que se dedicou essencialmente à valsa, tangos-canções e coisas românticas que hoje não se ouvem mais. Ele nasceu na França, mas veio para o Brasil ainda criança. Iniciou sua carreira de cantor nos anos 20. Gravou inúmeros bolachões e este único lp, pelo obscuro selo Itamarati no início dos anos 60.
“Revendo o passado” é exatamente uma retrospectiva, onde ele nos apresenta alguns de seus maiores sucessos, predominantemente as composições de Gastão Lamounier, avô (ou tio-avô?) do sumido Guilherme Lamounier.

a vigilia da lâmpada
quero-te ainda
entardecer de um coração
apoteose de estrelas
agonia
no outono da vida
arrependimento
a valsa do meu amor
e o destino desfolhou
tudo acaou entre nós dois
nossa senhora da luz

As Mãos De Euridice (1956)

Olá! Como eu havia dito, nesta semana estarei alternando entre cantores da velha guarda e musicais e trilhas. Hoje apresentarei algo diferente, um monólogo, algo bem próximo da poesia, que também já se tornou presença desejada em nosso blog.
Uma das obras teatrais brasileiras mais consagrada em todo o mundo, “As mãos de Eurídice”, escrita por Pedro Bloch, foi em 1956 registrada em disco, um álbum duplo de 10′, para o selo Festa de Irineu Garcia. Acho que o Festa era um dos poucos que se dedicava a esses tipos de discos de poesia, teatro e literatura em geral. Um trabalho louvável, principalmente por obras como esta.
Temos aqui, o grande Rodolfo Mayer, que foi o primeiro ator a interpretar este monólogo, seu grande representante. Perfeito! Apesar dos inúmeros chiados, vale a pena ouvir esse drama, onde um ator e seu personagem nos constrói lentamente a estória. O álbum duplo, dividido em quatro faces foi aqui unido em uma só seqüência. Eu, infelizmente, não tenho tempo para tratar o som, assim deixo na íntegra para aqueles que quiserem se aventurar. Meus cuidados ficam apenas na limpeza dos discos e sua ‘ripagem’. Pessoalmente, acho que está razoável 😉

Adelino Moreira – O Cantor, O Compositor (1970)

Desculpem-me, mas hoje eu estou meio corrido… Vamos direto, sem rodeios…
Tenho aqui este lp de Adelino Moreira, cantor e compositor consagrado, principalmente na voz de seu grande parceiro e interprete, Nelson Gonçalves. Realmente, Adelino é mais lembrado como o compositor, apesar de ter iniciado a carreira artística como cantor. Neste disco, temos a rara oportunidade de ouvi-lo interpretando algumas de suas composições. Imperdível…
beija-me, quero dormir
calendário
menino pobre
mocidade louca
copo quebrado
quem nos viu, quem nós vê
dinastia
cantor e violão
missão cumprida
estaca zero
prova de amor
sou poeta

Orfeu Da Conceição – Tom Jobim E Vinicius De Moraes (1956)

Bom dia, boa tarde, boa noite… Começando a ‘segundona’ bem animado, lá vou eu preparando as postagens da semana. Como os cantores da velha guarda sempre fazem muito sucesso por aqui, vou continuar resgatando mais alguns. Porém, para que eu também não me canse de bater nas mesmas teclas, vou alternar as postagens, mesclando entre os ‘gogós de ouro’ alguns musicais e trilhas que gentilmente me foram cedidos pelo autor do blog Trilha Sonora Original. Como ele anda sem tempo para postar suas trilhas, me enviou algumas aqui para a nossa salada mista.
Começo então com “Orfeu da Conceição”, peça escrita originalmente em 1942 por Vinícius de Moraes e musicada em parceria por Tom Jobim para a montagem de estréia em 1956. Este foi o primeiro trabalho de parceria entre os dois. Não vou entrar em detalhes, deixo que vocês os descubram no texto de contracapa, escrito pelo próprio Vinícius.
O disco, lançado também em 56, nos traz a Orquestra Odeon, composta por 35 músicos, regidos por Tom Jobim, o excepcional violonista Luiz Bonfá e o cantor Roberto Paiva. Para completar, temos Vinícius declamando o monólogo de Orfeu. Ilustrando tudo isso, temos ainda a belíssima capa, trabalho de autoria do artista plástico, o pintor Raimundo Nogueira. Sem dúvida, um disquinho maravilhoso. Confiram direito esse toque!

ouverture
monólogo de orfeu
um nome de mulher
se todos fossem iguais a você
mulher, sempre mulher
eu e o meu amor
lamento no morro

Oswaldo Santiago (1973)

Olá eleitores brasileiros! Espero que tenham votado com consciência. Olá também aos demais que de algum lugar do mundo vieram parar aqui. Sejam bem vindos!
Depois daquela dose de ontem com Carlos Galhardo, me lembrei de um nome, que por certo muitos não conhecem ou esqueceram, me refiro à Oswaldo Santiago, um dos grandes letristas da música brasileira nos anos 30, 40 e 50. Foi o autor dos versos do Hino a João Pessoa, música de Eduardo Souto e gravado por Francisco Alves. Seu parceiro mais constante foi Paulo Barbosa e dos interpretes, Carlos Galhardo foi sem dúvida o seu maior porta-voz. Oswaldo se afastou da música para se dedicar às leis. Embora não fosse formado em Direito passou o resto de sua vida estudando questões de direito autoral. Chegou inclusive a escrever alguns livros sobre o assunto. (gostaria de saber qual é a opinião dele sobre tudo isso nos dias de hoje).O disco que temos aqui foi uma iniciativa louvável e muito importante por parte da RCA Victor para com a memória da música brasileira. O álbum foi lançado em 1973, trazendo os grandes sucessos de sua co-autoria. Carlo Galhardo está em quase todas. Confiram essa rara coletânea.

italiana – carlos galhardo
lenda árabe – carlos galhardo
lig, lig, lig, lé – castro barbosa
madame pompadour – carlos galhardo
cortina develudo – carlos galhardo
viver parate amar – vicente celestino
jóia falsa – gastão formenti
torre de marfim – carlos galhardo
vela branca sobre o mar – carlos galhardo
a princesa e a rosa – vicente celestino
roleta da vida – carlos galhardo
eternamente – gastão formenti

Carlos Galhardo – Sambas de Ontem (1957)

Para completar a noite, mais um ‘gogó de ouro’, Carlos Galhardo, “o cantor que dispensa adjetivos”. Um dos cantores que mais vendia discos no Brasil. “Sambas de ontem” é um disquinho maravilhoso com oito pérolas de compositores como Ary Barroso, Ataulfo Alves, Bide, entre outros… Acho que vocês irão gostar 😉

o correio já chegou
quero morrer cantando
fui louco
saudade dela
se você jurar
a malandragem
mágoas de vagabundo
divina dama

Osny Silva – Canta Melodias Famosas (1960)

Olá Brasil, olá todo mundo. Para este sábado estou preparando duas postagens. Hoje serei generoso e farei uma sessão dupla com dois álbuns de 10 polegadas.

Começarei com Osny Silva, considerado nos áureos tempos como “A Mais Bela Voz do Rádio Paulista”. Iniciou sua carreira nos anos 40, sendo um dos cantores da época mais premiados e com maior prestígio, tanto no Brasil como em outros países da América Latina, como Chile e Argentina. Eu escolhi este álbum, entre tantos que ele gravou, por uma razão bem simples. É aqui que encontramos (para mim) sua melhor interpretação para o jongo de Hekel Tavares e letra de Murilo Araújo, “Banzo”. Aliás não somente pela voz deste grande cantor, mas também pelo arranjo e orquestração do maestro Oswaldo Borba. O disquinho tem ainda outros destaques, como não podia faltar entre suas melodias famosas. O lado 1 é dedicado à música brasileira e o lado 2, as internacionais. Sem dúvida, um pequeno grande disco. Toque este toque!

banzo
meu pecado
risque
tudo isso é samba
catari! catari! (core’ngrato)
jura-me
cavaleiro errante (the callof the far/way hills)
lady of spain

David De Castro – A Voz De Ouro ABC (1961)

Olá a todos! Hoje temos mais um esquecido que veio também do fundo do baú. Eu não posso é começar… Apresento a vocês, David de Castro, um cantor que fez sucesso e se destacou gravando apenas um lp. Na verdade, David de Castro foi o grande vencedor do concurso “Voz de Ouro ABC”, programa muito popular e lider de audiência da TV Record de São Paulo, interpretando a canção “Pierrot” de Joubert de Carvalho e Paschoal Carlos Magno. Este prêmio rendeu a ele um contrato com a RGE, onde teve a oportunidade de gravar, entre 1961 e 62, quatro bolachas de 78 rpm e este lp. Depois disso ele sumiu no mapa. Procurei informações sobre seu paradeiro, mas não ficou rastro além de uma pequena citação no Dicionário Cravo Albim. Vale a pena conferir este trabalho, pois além de um bom repertório e uma voz privilegiada, os acompanhamentos e arranjos são dos maestros Erlon Chaves e Pocho. Muito bom!

pierrot
começo do fim
um suspiro
mundo afora
alguém é bôbo de alguém
eu e o rio
o matador~
ternura antiga
lua indiferente
sonho bom
encontro marcado
maria helena

Déo (1972)

Em busca dos esquecidos, fui lá no fundo do baú buscar mais um artista da música brasileira, Ferjalla Rizkalla. Filho de libaneses, ficou conhecido como Déo. Hoje talvez, nem isso… Iniciou sua carreira nos anos 30, cantando repertórios de artistas como Silvio Caldas. Ao longo de sua vida artística gravou mais de cem discos, todos bolachas de 78 rotações. Era conhecido como o “ditador de sucessos”, porque interpretava canções famosas.
Seu único lp (que eu saiba) foi este álbum póstumo, lançado em 1972. Tem também sua participação em discos da Coleção Revivendo, que hoje também já virou raridade. Este lp reúne alguns de seus maiores êxitos durante as décadas de 30, 40 e 50. Vale a pena conferir… 😉

sinfonia do café
fenix
vida de minha vida
prá machucar meu coração
os teus olhos falam
nervos de aço
não me procure mais
até parece que eu sou da bahia
a morena que eu gosto
se você soubesse

Silvio Caldas – Histórias Da Música Popular Brasileira – Ao Vivo (1973)

Mais uma vez, temos aqui no Toque Musical, o grande Silvio Caldas. Desta vez escolhi um álbum raro e especial, que com certeza irá agradar a todos. Um álbum duplo onde podemos ouvir o Caboclinho numa verdadeira palestra sobre a música popular brasileira.

A CBS teve a louvável iniciativa de criar e lançar este disco que é um verdadeiro registro da história da música popular brasileira. A gravadora transformou seu principal estúdio em palco, criando uma apresentação especial para um seleto grupo de pessoas, que puderam assistir Silvio cantando e contando histórias e estórias. Ele narra episódios e fatos da música brasileira, do norte ao sul do Brasil de uma forma muito carinhosa e descontraida, nos revelando acontecimentos interessantes e curiosos. Acompanhado pelo maravilhoso Regional de Canhoto, seu depoimento fica ainda mais musical. Ouvindo a fala deste grande artista percebemos com certeza que ele foi além de tudo um homem bom. Isso é bacana 🙂 Salve Silvio Caldas!

Albertinho Fortuna – Preludio (1963)

Olá amigos cultos, ocultos, simpatizantes e visitantes em geral. Vejam como nosso barco segue. Uns dias por aqui, outros por ali… atendendo a todos dentro do possível e razoável. Desculpem, mas esqueci quem havia me pedido este disco do Albertinho Fortuna, porém ficou anotado no meu caderninho o seu pedido. Tenho feito assim, vou anotando e quando surge a oportunidade eu vou postando. Pode até demorar, mas acaba aparecendo 🙂
Temos então Albertinho Fortuna, cantor romântico, muito popular nos anos 40, 50 e ínicio dos 60. Seu forte mesmo eram os tangos e boleros. Nos dias de hoje ele foi completamente esquecido. Em 1963 ele gravou “Prelúdio” seu último disco e um de seus maiores destaques. É neste disco que encontramos “Prelúdio para ninar gente grande”, composição de grande sucesso de Luiz Vieira e também a marcha-rancho “Estão voltando as flores” de Paulo Soledade.
Embora eu não conheça direito outros discos de Albertinho, acho este, entre os que já ouvi, o mais bonito, começando pela fotografia que ilustra a capa. Perfeita composição visual!
prelúdio para ninar gente grande
se a vida parasse
quem é
canção da manhã feliz
ave maria dos namorados
abraça-me
e agora
moon river
canção do fim
e a vida continua
perdoa-me pelo bem que te quero
estão voltando as flores

Miltinho – Ao Vivo! (1965)

Bom, como ninguém comentou nada sobre as últimas postagens, acredito que não tenha despertado tanto interesse assim. Dessa forma, vamos então mudando o nosso ‘spot’ para um outro ponto. Que tal ouvirmos um disco do Miltinho?
Milton Santos de Almeida participou de alguns dos grupos vocais mais populares das décadas de 40 e 50 como os Namorados da Lua, Anjos do Inferno, Quatro Ases e Um Coringa, entre outros. No início da década de 60 partiu para carreira solo, gravando de lá prá cá mais de cem discos.
O disco que trago para você hoje é um registro ao vivo onde ele, acompanhado por músicos como Raul Mascarenhas e Rildo Horta, canta alguns de seus maiores sucessos. Este álbum chegou a ser relançado alguns anos depois com uma outra capa e já foi até postado em outros blogs. Como só me dei conta disso agora, vamos com este mesmo.

implorar
palpite infeliz
leva meu samba
eu não tenho onde morar
nossos momentos
la barca
sabor a mi
eu chorarei amanhã
opinião
vou andar por aí
meu nome é ninguém
devaneio
confidência
agora é cinza
despedida de mangueira
formosa
boneca de pano
fita amarela
cinco letras que choram
aos pés da cruz
helena, helena, helena
verdade da vida
folha morta
nem eu
das rosas
estátua de estácio de sá
rancho do rio
mulher de trinta
recado
menina moça
ri
noite chuvosa
all the way

Armandinho – Trio Elétrico Dodô & Osmar (1977)

Vamos aproveitar essa passagem pela Bahia e seguir o Trio Elétrico de Dodô & Osmar, afinal, “atrás do trio elétrico só não vai quem já morreu”. E salve a Bahia!
Aqui temos então este álbum histórico, lançado três anos após o retorno do Trio Elétrico ao carnaval baiano em 1974, depois de um período de ausência. Nesta retomada, Osmar reúne os filhos e também Moraes Moreira que entra como o primeiro cantor do grupo. Antes o Trio só fazia instrumental. Armandinho, genial guitarrista da banda A Cor do Som, filho de Osmar, juntamente com Moraes Moreira dão vida nova a este grupo que surgiu nos anos 50.
Em sua originalidade, o Trio Elétrico virou uma tradição e se tornou um sinônimo de carnaval não apenas na Bahia, mas em todo o Brasil.
Neste álbum temos uma seleção de frevos e marchinhas já bem conhecida do público. Além das composições cantadas de Moraes Moreira que trazem uma nova roupagem ao grupo. A partir daí começariam a surgir, no estilo, outros carros elétricos e grupos pela cidade de Salvador.

hino do bahia
novo é o povo
cornetas do além
a lira e a jandira
com mil demônios
um pedacinho de tudo
frevo pesado
baiana brejeira
santos dumont, dodô e osmar
estrepolia elétrica
frevo dobrado n.2
bozó
saia do caminho
gostosão
vassourinha
vassourinha II

I Festival do Samba Na Bahia (1967)

Meus caríssimos, hoje eu tenho a honra de lhes apresentar um disco raro em todos os sentidos. “I Festival do Samba na Bahia”, um lp raríssimo lançado pela memorável gravadora baiana JS Discos em 1967. A primeira vista, pela capa e título, temos a idéia de que se trata de um disco de samba regional e tradicional. Daí é só colocar a bolacha no prato e sentir que o buraco é mais embaixo. Ou melhor, que o nível da coisa é mais acima. Nada de sambão, na verdade música popular brasileira da melhor qualidade. Samba sim, mas com gosto de bossa, de canção, de todo aquele espírito musical que imperava nos anos 60 e nos festivais. Uma seleção que ultrapassa o gosto regional, mesmo sendo o conteúdo temático principal, a Bahia e o Samba. Aqui podemos ouvir o Inema Trio, presente em cinco das doze faixas do álbum. Temos também neste disco composições de Antonio Carlos Pinto e José Carlos Figueiredo que viriam alguns anos depois formar a dupla Antonio Carlos e Jocafi. Por aí já dá para se ter uma idéia do estilo de samba deste suposto festival. Digo ‘suposto’ porque não encontrei em minhas pesquisas nenhuma referencia a este Festival. Daí, suponho (que me corrijam aqueles que sabem) que este disco não se trata de uma coletânea de finalistas de um festival. Também não se trata de um festival que aconteceu nos anos 70 como foi colocado pelo pesquisador e crítico musical Zuza Homem de Mello ao assinar o catálogo “No palco, os Festivais”, do Instituto Cravo Albin. Acho que ele não leu direito o título do álbum e nem o texto na contracapa. Observem que o lp tem o seguinte nome: “Primeiro Festival DO Samba NA Bahia” e não “Primeiro Festival de Samba da Bahia”. Entendi que nesta sutil diferença, a JS Discos (em 1967!) – que se despontava como o selo e gravadora do artista baiano – se apoiou na onda dos festivais (que se fazia forte naquela década) para (talvez) ‘alavancar’ as vendas deste lp. É certo que nos anos 60 e 70 aconteceram dezenas de festivais, nacionais e regionais e que infelizmente os registros de muitos desses eventos ficaram apenas na memória de alguns poucos ou fragmentados na sua própria história. Assim, com o passar do tempo, numa visão distanciada dos fatos, fica mesmo muito difícil separar o joio do trigo.
“Libertamos os grilhões a que nos cingiam as distâncias com o Centro Sul. Encurtamos os caminhos para todos – músicos, poetas e cantores. Somos a nova verdade bahiana nesse primeiro Festival do Samba na Bahia. Somos mais que um selo. Somos uma bandeira.”
Este trecho de texto da contracapa, mais do que um simples reflexo dos grandes festivais do eixo Rio-São Paulo, se refere à JS como o grande estandarte ou porta voz dos artistas que estavam fora daquela esfera principal.

alagados – inema trio
maria – inema trio
morte do amor – carlos ganzineu e inema trio
d’angola é camará – josé carlos figueiredo
roda de samba – inema trio
fim de festa – prefixo 4
retorno – carlos gazineu e sue safira
sebastião e a serenata – rosa virginia
cheguei tarde – antonio moreira
samba do mercado – inema trio
abolição – rosa virginia
na piedade um caso por caso marie oliveira

Benedito Costa – Delicado (1968)

Olá a todos! Hoje também estou atendendo um pedido. Na verdade, mais que isso, segundo o nosso amigo frequentador e colaborador, a quem eu chamo de “D”, um desafio. Encontrar um disco deste artista. Pois aí está, meu caro amigo, um álbum de Benedito Costa. Confesso que eu mesmo nunca tinha ouvido um disco deste solista de cavaquinho. Embora pouco citado, Benedito Costa é considerado um dos grandes nomes do Choro. Segundo o amigo “D”, não existem muitas informações sobre ele. Sabe-se apenas que era um maestro, compositor, arranjador e produtor paulista, da região de Ribeirão Preto. Tocou ao lado dos maiores chorões, participando de diversos discos, gravações e apresentações ao vivo. Segundo contam, foi ele o criador do cavaquinho de cinco cordas, sendo considerado um virtuoso deste instrumento.
O presente disco, foi gravado e lançado originalmente em 1968. Em 1983, o mercado para o Choro estava em alta e ele foi novamente relançado com esta capa. O repertório vem com alguns clássicos ao lado de composições próprias da melhor qualidade. Destaque também para as versões instrumentais de “Quem te viu e quem te vê” de Chico Buarque e “Ponteio” de Edu Lobo. Para os que não o conhecem eu convido a ouvi-lo. Benedito é genial!

delicado
carinhoso
boogie woogie do rato
quem te viu em quem te vê
o sol nasceu pra todo
meu plangente madrigal
ponteio
protofonia do baião
cavalgada ligeira
caprichoso
indeciso
tema volúvel
brasileirinho (bônus)

Taiguara – Fotografias (1973)

Embora eu tenha procurado apresentar aqui coisas inéditas, não posso fugir das coincidências e duplicidades de que estamos sujeitos. Agora mesmo lá vou eu postando este álbum do Taiguara. Depois de insistentes(hehehe…) e-mails de um grande amigo, não pude deixá-lo a esperar. Mas tenho certeza que este também será bem vindo por todos 🙂

Temos então outro trabalho emblemático de Taiguara – “Fotografias” de 1973. – sem dúvida, um de seus melhores discos. “Que as crianças cantem livres” é o carro chefe e vale por todo o álbum.
“Vê como um fogo brando funde um ferro duro. Vê como o asfalto é teu jardim se você crê, que há sol nascente avermelhando o céu escuro, chamando os homens pro seu tempo de viver. E que as crianças cantem livres sobre os muros, e ensinem sonho ao que não pode amar sem dor, e que o passado abra os presentes pro futuro, que não dormiu e preparou o amanhecer…”
.
que as crianças cantem livres
pra luiza
flauta livre
gotas
a companheira
o mundo é um só
romina e juliano
não tem solução
no avião
saudade de marisa
cartinha pro leblon
nova york
fotografias

Jorge Mello – Integral (1977)

Interessante… sempre achei que o Jorge Mello fosse baiano. Na verdade, pouco conhecia deste artista, além deste álbum e alguma outra canção. Agora estou tendo a oportunidade de ouví-lo melhor e descobrir um pouco da sua história. Coincidentemente, como Clodo, Climério e Clésio, Jorge também veio do Piauí. Começou sua carreira ainda criança, participou e ganhou diversos festivais de música e foi um dos artistas do chamado “movimento cearense de música”
no início dos anos 70 juntamente com vários outros artistas nordestinos como Fagner, Belchior, Ednardo, entre outros.
“Integral” foi seu segundo álbum, lançado pela Warner, depois de ter se destacado no primeiro trabalho de 1976. Numa grande gravadora ele pode então nos apresentar um álbum super bem produzido, surpreendendo a crítica novamente, ganhando vários prêmios.

moda nova
marinheiro
sassaruê
que de quadrilha
passo da ema
eu falei pra você
água barrenta
canto bonito
trancelin
hora, tempo e lugar
embolada

Clodo Climério & Clésio – São Piauí (1977)

Eis que finalmente chegou minha vez de postar um disco dos irmãos Clodo, Climério e Clésio. Este trio de compositores ficou mais conhecido nas vozes de artistas como Fagner, Dominguinhos, Tim Maia, Nara Leão, Amelinha e outros . Foi a convite de outro interprete de suas composições, o cantor e compoistor Ednardo, que os três gravaram em 1977 “São Piauí”, o primeiro disco. Este álbum abriu as portas para eles, fazendo-os conhecidos nacionalmente. Canções como “Cebola cortada” e “Conflito”, tornaram-se grandes sucessos e estão presentes neste lp. Confira no Toque Musical, pois aqui é cabelo e barba 😉

a noite, amanhã, o dia
cebola cortada
cantiga
conflito
folia ou pressa
ilha azul
zero grau
palha de arroz
cada gesto
céu da boca
nudez
são piauí

Paulo Britto – Atenção (1977)

Olá a todos! Continuando pela Bahia, encontrei outra raridade que acredito, muitos poucos se lembrarão. Estou falando de Paulo Britto, ex-bancário, ex-estudante, ex-craque do futebol baiano. Em 1975, surgiu no cenário musical com o baião “Chegando”. Quem é da Bahia há de lembrar dessa música e também do artista, que sumiu do mapa. Difícil de encontrar informações sobre ele. “Atenção” foi seu álbum de estréia, lançado em 77 pela RCA Victor. Tenho para mim, que o Paulo Britto foi outro artista do empresário Athayde Guimarães, o mesmo de Tom & Dito e Antonio Carlos & Jocafi, as pinceladas são bem parecidas. Podemos conferir tais semelhanças em praticamente todas as faixas do disco. Duas músicas são destaque neste álbum, “Sem molho” e “Lúcia quer”, que chegaram a fazer um relativo sucesso na época. Confiram essa raridade…

lúcia quer
sem molho
muito queijo e pouco pão
o tempo dirá
duas rosas
quem tava aqui não tá mais
boca cheia
deixa comigo
chegando
valsa
sumiço
atenção

Tom & Dito – Revertério (1976)

Domingão chuvoso na cidade, mesmo assim o trabalho corre solto por aqui. Aproveito o intervalo para fazer a postagem do dia. Hoje começando uma nova semana livre.

Mais uma vez temos aqui a dupla baiana Tom e Dito. “Revertério” foi o terceiro álbum e saiu pela Continental em 1976. O disco mantém a mesma linha dos dois primeiros, trazendo sempre algum destaque. Neste temos “Revertério”, um samba bem aos moldes de outra dupla baiana, Antonio Carlos e Jocafi. Tem também “Cretina”, música que fez sucesso na época, um quase samba-rock ou algo assim. Pessoalmente é a que mais me agrada neste lp.
Uma curiosidade: o empresário de Tom e Dito era o mesmo de Antonio Carlos e Jocafi. Por isso, qualquer semelhança, pode não ter sido mera coincidência.

cretina
bolero
incenso
vinte meninas
hortelã
meus camaradas
revertério
moça bonita
catibiriba
procura-se vivo ou morto
água viva
divã

Gueto – Estação Primeira (1987)

Olá amigos cultos, ocultos e visitantes em geral. Estou dando por encerrada a semana dedicada ao rock feito no Brasil nos anos 80 e começo dos 90. Gostaria de apresentar outros discos e bandas que embalaram meus vinte e poucos anos. Mas sei que essa época ainda continua viva, a memória ainda está fresca e tem muitos blogs por aí dispostos a mostrar tudo isso. Minha cota é esta aí…
Escolhi o Gueto, com seu álbum “Estação Primeira” para fechar com chave de ouro essa mostra da semana, porque é outra das minhas prediletas. Um grupo que se destacou, para mim, pela qualidade, versatilidade e toda a sua sonoridade. Na época não havia uma banda assim (pelo menos eu não conhecia), capaz de mesclar o rock com funk, com rap, com heavy… Desculpem-me a expressão, mas era uma puta banda!
“Estação Primeira” foi o álbum de estréia que de saída já veio com convidados ilustres como o genial trombonista Raul de Souza, o tecladista Paulo Calazans, o baterista e produtor Geraldo D’Arbilly (do Blue Rondo a la Turk, Peso…) e até o DJ Malboro foi chamado para o “Scratch”. Aliás, é bom lembrar, D’Arbilly e Pena Schmidt foram as feras responsáveis pela produção deste super disco. De quebra, tem ainda para ilustrar a capa, as fotos de Klaus Mitteldorf.
O Gueto gravou outros álbuns, mas nenhum chegou aos pés de “Estação Primeira”. Confiram…

g.u.e.t.o
a mesma dor
uma estória
esse homem é você
emoção
borboleta psicodélica
você errou
estação primeira
ensaio geral

Smack – Ao Vivo No Mosh (1985)

Mais um disquinho que eu gosto e que entra na dobradinha do dia. Smack, banda paulista, nascida em 84. Este grupo surgiu como um paralelo para seus integrantes que na época já desenvolviam outros trabalhos. Começando por Edgar Scandurra com o seu IRA!, banda que se tornou uma das mais respeitadas no cenário pop dos últimos vinte anos. Thomas Pappon era do Fellini e hoje mora em Londres, trabalha na BBC como jornalista e produtor. Pamps era da banda de apoio de Itamar Assumpção e dever estar por aí fazendo coisas boas 🙂 Sandra Dee era das Mercenárias e também deve estar por aí fazendo coisas boas 😀 Juntos eles gravaram dois discos, sendo “Ao vivo no Mosh” o primeiro e, para mim, o melhor. Para os ‘desentendidos’, ao vivo aqui quer dizer em estúdio, direto… Os caras tocam juntos, no mesmo instante, sem retoques… o som nú e cru. Gosto disso…

fora daqui
onde li
clone
desespero juvenil
n. 4
16 horas e pouco
limite eternidade
faça umas compras
chance de fuga
mediocridade afinal

Pin Ups – Scrabby? (1993)

Olá moçada! Começo assim porque sei que a turma que tem andado por aqui nesta semana vai dos 15 aos 30 anos, maiores que isso só a aqueles poucos como eu que curtem de tudo um pouco e muito mais. Hoje temos outra banda e disco que gosto muito, “Scrabby?” do Pin Ups. Este álbum, me parece, foi o terceiro ou quarto da banda. Apesar deste trabalho ter me agradado muito, não sei bem porque razão, não investi mais nos Pin Ups. Confesso que nem conheço direito os outros álbuns. Mas do pouco que já ouvi, “Scrabby?” ainda me parece o mais legal. Até na arte gráfica podemos encontrar muita qualidade. Um bom disco de rock para iniciar os anos 90, confiram…

dedicated
feedback simphony
she’s keeping time
i feel love
you die
pure
eviceration
never learn
crack
love to love
let me down
you hurt
bright
going on
way

Virna Lisi – Esperar Oquê? (1993)

Olás! Hoje eu vou atacar com os mineiros do Virna Lisi. Esta banda surgiu em Belo Horizonte no final dos anos 80, formada (essencialmente) por César Maurício e Ronaldo Gino. Os dois tinham anteriormente uma outra banda, na linha pós-punk, chamada “Saída de Emergência”. Depois mudaram para apenas “O Saída” e saíram mesmo… Nascia então, no início de 90, o Virna Lisi com uma proposta mais profissional, músicas mais bem elaboradas e produzidas, com uma sonoridade pretensamente diferenciada dos grupos da época. Tendo uma boa receptividade de público e crítica no lançamento deste disco, a banda se tornou uma das maiores representantes do rock feito nas Minas Gerais. Ganharam o cenário nacional ao tocarem em diversos festivais e shows pelo país. Participaram de uma coletânea de rock ao lado de bandas internacionais em um álbum lançado no Brasil e Europa. Gravaram mais dois discos, sendo o último por uma grande gravadora, a americana MCA. Acredito que nessa última investida, com o fracasso de vendas do álbum, a turma acabou aposentando o Virna. Um tempo depois, César e Ronaldo voltariam novamente à cena com o “Radar Tantan”, gravando o álbum “Entre o céu e o sol”.
Ronaldo Gino hoje, anda mais envolvido com produção e trilhas. Cesar Maurício por sua vez, segue em carreira solo. Lançou ontem seu primeiro disco solo, “Não posso devolver sem danos o seu bobo coração”, em um show na capital mineira. O cara tá com a bola toda e parceiros prá lá de ilustres como os irmãos Lô e Márcio Borges e outro de Santê, o Skank Samuel Rosa.

passa
a sombra há
lucidez
esperar oque?
bem vinda
caminho II
dia lento
o óbvio
de fora pra dentro
ofício

O Último Numero – Strip-Tease Da Alma (1987)

Como eu pretendo apresentar os rock/pop nacionais somente nesta semana, acho então terei de postar mais de um título nos próximos três dias. Enxuguei bem a seleção do que eu queria mostrar, mas mesmo assim ainda tenho para mais. O jeito será fazer mais de uma postagem por dia. Vocês com certeza, não irão ficar chateados, né? 🙂
Mais um grupo mineiro de destaque na cena pop belorizontina na década de 80, O Último Numero formado inicialmente por Jair Gatto (letras e voz), João Daniel (guitarra e violão), Paulo Horta (baixo) e Clôde (bateria). Detalhe: o João Daniel da guitarra é hoje mais conhecido com John, do Pato Fu. “O Strip-tease da alma” foi o primeiro disco da banda, lançado pelo selo independente Cambio Negro em 1986. Jairo Gatto era uma das grandes promessas como letrista, chegou a ser citado pela revista Bizz como um dos melhores poetas da música pop brasileira. John saiu para formar com Fernanda Takai o Pato Fu. O Último Numero continuou na estrada até por volta de 2001, quando lançaram o último álbum, “Museu do Mundo”.

a dama da noite
ars longa vita brevis
animal sentimental
jogo da amarelinha
insistência
eu não vôo
o tempo dos assassinos
perjúrio
agora não
destino
o strip-tease da alma

Patife Band – Corredor Polonês (1987)

Antes que alguém reclame, aliás nem precisava… temos aqui a Patife Band, grupo criado em São Paulo por Paulo Barnabé, irmão do não menos genial, Arrigo Barbabé. Este foi o único lp da banda, um disco que já se tornou um clássico do rock nacional. “Corredor polonês” é um álbum original, com uma pegada forte e nervosa, gosto muito disso… Um amigo o descreve como uma versão punk de Arrigo. Eu diria que Paulo e sua banda são bem mais que isso. Eles influenciaram muitos titans por aí. Infelizmente o grupo não teve a chance de se mostrar inteiro e já no final dos anos 80 a Patife já era lenda. Este disco chegou a ser relançado em cd, mas em edição reduzida e já se tornou tão difícil de achar quanto o vinil. Taí um disco que eu recomendo e faz parte da minha lista dos dez do rock 80 nacional.

corredor polonês
pesadelo
chapeuzinho vermelho
tô tenso
poema em linha reta
teu bem
três por quatro
pregador maldito
vida de operário
maria louca