Mercenárias – Cadê As Armas? (1986)
Pois é… como diz o companheiro G&B são poucos os discos de rock (Brasil) que salvam os anos 80. Eu também não tenho dúvidas disso, apesar de ter sido a década onde a música jovem no Brasil ganhou mais espaço. Talvez por isso mesmo se tenha feito tanta ‘adrem’. Eu, da minha parte, só procurei guardar o que era bom. E aqui vai mais um dos que eu ouvia intensamente, “Cadê as armas?” disco de estréia da banda feminina Mercenárias. Formada em São Paulo por Rosália Munhoz no vocal, Ana Machado na guitarra, Sandra Dee no baixo e Lou na bateria. A banda se destacou por seu som pesado e letras ‘politizadas’. Como diz um outro amigo meu, as Mercenárias seria uma versão feminina e mais ácida dos Titans, pelo menos naquela época.
Harry – Fairy Tales (1988)
Existem certos tipos de música que, para mim, são como jogo de tênis ou golf, só fazem sentido se eu tiver participando. Por certo este não era o meu pensamento a uns vinte anos atrás. Na época, toda novidade era bem vinda e com aqueles bons ‘aditivos’ tudo ficava parecendo ainda mais maravilhoso e atraente. Ao longo do tempo a gente vai aprendendo, se lapidando, ficando velho e mesmo que mantendo os ‘aditivos’, muita coisa hoje já se tornou lixo. Porém, existem outras que ao contrário desta situação vão a cada dia mais crescendo no meu conceito. Um bom exemplo disso é a banda santista Harry. Criada em 1985 por Hansenharryebm nos vocais e na guitarra, Cesar Di Giacomo na bateria e Richard Johnsson no baixo, o grupo começou a carreira tocando tocando um rock experimental sujo e barulhento, cantado em inglês. Lançaram um EP em 86 e dois anos depois vieram com “Fairy Tales”, primeiro álbum da banda. Gravaram mais uns dois disco, quando em 1996 o grupo se separou dando fim a uma das maiores referências eletrônicas na cena independente brasileira.
Nau (1986)
Abro com chave de ouro: Nau, um super grupo paulista que gravou apenas este excelente lp. Me lembro de tê-los ouvido antes em uma coletânea da Baratos Afins. Depois saiu uma tremenda matéria na revista Veja (de duas páginas) sobre o grupo e o lançamento do lp. A crítica era só elogios. O grupo foi considerado a grande revelação do pop/rock brasileiro naquele ano. Pelo tudo que li dava para imaginar um futuro promissor para aquela Nau. Convencido da genialidade da banda, no dia seguinte comprei o lp. Foi a agulha trilhar os primeiros segundos dos sulcos daquele vinil para eu me apaixonar de cara. Sem dúvida, estava ali uma sonoridade, um conjunto perfeito e inédito até então. Como diz um amigo meu. “sonzeira!”. Realmente um discaço!
A Nau era formada por quatro jovens talentos, entre eles o baixista Beto Bigher que tocou na banda new wave Zero e a vocalista Vange Leonel que depois seguiria em uma inexpressiva carreira solo. Apesar do disco ser uma maravilha e de ter sido bem recebido pela crítica, ele não vendeu bem. Posso dizer que chegou a ser um fracasso. Acho que faltou mais interesse da CBS em colocá-los no mercado, além da sonoridade “heavy” que ia contra o modelo medíocre reinante daqueles anos 80. Talvez por isso mesmo o grupo tenha ficado apenas em um disco. Reafirmando, um excelente disco…
Dercio Marques – Terra,Vento,Caminho.(1977)
Dercio Marques – Fulejo (1983)
Desculpem, mas na correria acabei quase não achando um minuto para a postagem do dia. Embora o disco da vez seja merecedor de uma resenha e comentários, vou deixar para uma próxima vez. Para variar, estou babando de sono… Mas não vou segurar este post, deixo assim mesmo… amanhã eu completo… juro!
Joãozinho Gomes – Fruta Rachada (1991)
Aproveitem aí mais um generoso toque musical com sabor de açaí 😉
Odair Cabeça de Poeta – Dragão (1982)
Nilson Chaves – Sabor Açaí (1989)
José Alexandre – Alma De Músico (1981)
Sergio Ricardo – Do Lago À Cachoeira (1979)
Milton Carlos – Samba Quadrado (1975)
Jair Rodrigues – 10 Anos Depois (1974)

Toquinho & Vinicius – São Demais Os Perigos Desta Vida… (1972)
Então está aí… “São demais os perigos desta vida”, um álbum maravilhoso que sela (formalmente) a parceria de Vinicius de Moraes com Toquinho. Foi o segundo disco da dupla e é nele que encontramos as seguintes composições:
Taiguara – Carne E Osso (1971)
Um dos artistas mais visados pela repressão do governo militar, foi sem dúvida o Taiguara. “Carne e Osso”, seu primeiro álbum barrado pela censura, trazia entre outras a faixa “A ilha”, condenada por tratar-se de uma referência à ilha de Fidel, Cuba. O disco antes de ser lançado foi todo picotado, retalhado pelos censores. O que mais deixava os milicos putos da vida era a forma como Taiguara compunha suas letras, mesclando o romântico com o revolucionário, criando analogias que muitas vezes eram feitas pelos próprios censores ou outros artistas que interpretavam suas músicas. Podemos perceber isso na faixa final “Sarro de 30 segundos”. Um sarro mesmo – que ele tira da cara da censura e dos diretores da Odeon. São trinta segundos onde nos é apresentado um tema instrumental, um balanço intencionalmente agradável que nos 30 segundos é cortado abruptamente. Fica na gente aquela sensação ruim, provavelmente semelhante a que ele sentiu quando suas composições passaram pela tesoura.
Este disco foi relançado em cd e me parece que até já foi postado em outros blogs. Independente disso, vou postando o meu também. Podem chegar porque está completo, com direito inclusive de um bônus final.
Geraldo Vandré – Canto Geral (1968)
Renato Teixeira – Uma Doce Canção (1981)
Aproveitando o vazio desta tarde de domingo e para espantar minha depressão, vou postar mais um disquinho legal. Dessa vez atendendo a um pedido que acabou virando quatro. Espero que este post possa agradar não apenas os meus quatros solicitantes, mas também todos os outros visitantes deste blog. Aproveito também para esclarecer aos amigos que tenho sempre anotado os pedidos e que na medida do possível esses serão publicados. Só peço que tenham paciência e aguardem. Se demorar é por que ainda não os encontrei, ok?
Então, aqui temos mais uma vez marcando presença o nosso querido Renato Teixeira. Também gosto muito desse cara e é com muita satisfação que apresento a todos o álbum “Uma doce canção”. Lançado em 1981, este lp nos traz onze faixas perfeitas, algumas são até destaque como os sucessos “O maior mistério” e “Amizade sincera”. Realmente duas pérolas que por só já valem o disco. Mas ainda temos mais… tem a participação super especial de Dominguinhos. Este álbum anda meio sumido das lojas, mas mesmo assim ainda é possível encontrá-lo por aí. Avaliem e se encontrarem o original, não percam tempo…
Tetê Espindola – Pássaros Na Garganta (1982)
Paulinho Tapajós (1974)
Bom, vamos deixar essa estória de lado e nos ater ao principal deste post, o disco do dia. Tenho aqui um álbum super bacana e raro do Paulinho Tapajós. Este foi seu primeiro lp. Lançado em 1974, o disco traz participações importantes como a de Antonio Adolfo que está em todas as faixas, Franklin e Copinha, duas feras da flauta, Fagner, Mauricio Einhorn, Luiz Cláudio Ramos e outros tão importantes quanto os já citados (confiram no encarte). Eu chamaria como destaque neste trabalho a badaladíssima “Andança”, parceria com Danilo Caymmi e Edmundo Souto, música esta gravada por centenas de artistas. Há também “A planta”, “O caminho de São Tiago” e “Clara”, músicas que eu gosto muito e que chamo a atenção. Toque logo este toque… 😉
Roberto Guima (1981)
Olá amigos solidários, solitários, cultos e ocultos deste blog! Recuperado, aqui vou eu para mais uma postagem. Estarei preparando para os próximos dias aqueles e outros discos inéditos e selecionados. Vamos iniciar setembro recuperando a memória musical das décadas de 70 e 80. Existem alguns discos que eu considero muito importantes e que ainda não foram apresentados em outros blogs. Vou então dando aqui a minha contribuição.
Temos agora um disco, por certo, muito esperado – Roberto Guima – em seu primeiro e único trabalho autoral. Cantor e clarinetista, ele foi uma das grandes revelações da música brasileira no início dos anos 80. Foi músico da noite carioca, tocou e acompanhoou diversos artistas, inclusive Gil e Jimmy Cliff em tourné pelo Brasil. Artista talentoso, com seus vinte poucos anos, iniciando uma grande carreira. Partiu antes da hora, sem poder mostra todo o seu talento. Este álbum, me parece foi lançado após sua morte. Um disco com composições próprias, amparas por convidados super feras como Paulo Moura, Celso Fonseca, Marçal, Leo Gandelman, Marcio Montarroyos entre outros. Pode conferir que vale a pena 🙂
Itamar Correia – Araguaia Meu Brasil (1984)
Astrud Gilberto – Beach Samba (1967)
Reginaldo Bessa – Passageiro Do Vento (1978)
Olá! Ontem a noite eu tive um problema com o meu computador. Diria um problemão. Confiando em uma mensagem que recebi de um suposto colaborador, fiz a bobagem de abrir o anexo sem antes passá-lo pelo antivírus. Me ferrei… Travou toda a minha máquina, que agora só mesmo formatando. Com isso perdi dezenas de arquivos de discos que viriam a serem postados aqui nas próximas semanas. Agora terei que refazer tudo novamente e arrumar o computador. Talvez eu não consiga, pelos próximos dias, manter as postagens diárias. Peço a todos paciência e juízo para ao espírito brincalhão. Eu agora tenho procurado olhar os terrorismos e sabotagens ao blog como uma demência natural, feita por gente de espírito fraco. Coisas como essa só me fortalece.
Volto então trazendo um grande disco, de um grande artista, Reginaldo Bessa. Embora ele só tenha gravado quatro disco (pelo menos é o que consta em sua página na web), tem uma carreira sólida e reconhecida. Faz tempo que eu não escuto falar mais dele, mas sua música ainda está bem presente. Foi ouvindo no rádio a sua mais famosa composição, “O tempo” – classificada entre as dez do Festival Abertura de 1977 – que eu me toquei que já era hora de postar o “Passageiro do vento”. Este disco é muito bom e pode-se dizer que também é uma raridade. Acho que nem chegou a ser relançado em cd.
Os Demônios Da Garoa – Leva Este (1968)
Os Três Do Rio – A Flight To Rio (1966)
Vou aproveitando esta segunda-feira para postar duas contribuições enviadas a algum tempo atrás. Desculpem a demora 🙂 … Antonio Maria – Trilha Sonora Original Da Novela (1968)
Muito bem, aqui vou eu finalizando as postagens dos disco de trilhas de novelas. Como quase ninguém comentou, imagino que não tenham gostado, embora o número de downlods tenha sido considerável. Seja como for, com esta postagem encerro a sessão novelas.
Posso dizer que fecho com a mesma chave de ouro que abri dias atrás, com “Nino, o italianinho”. Um belo e raro disco, agora celebrando a cultura portuguesa, com certeza!
Antonio Maria foi uma novela também da TV Tupi, apresentada em 1968, escrita e dirigida por Geraldo Vietri. Não tenho muita certeza, mas acho que foi por aí que começaram a aparecer os atores Tony Ramos, Aracy Balabanian e Denis Carvalho.
A trilha sonora deste disco é muito bacana. Temas portugueses, com certeza. Mas tendo à frente o Sergio Cardoso e Altamiro Carrilho e Sua Bandinha que praticamente tocam em quase todas as faixas. Muito bom, podem conferir…
Um Sol Maior – TSO (1977)
Simplesmente Maria – TSO (1970)
Opa! Quase ficamos sem a segunda dose do dia. Mas antes tarde do que nunca, não é mesmo? Desta vez temos “Simplesmente Maria”, novela que foi ao ar em 1970, escrita por Benedito Ruy Barbosa. É de chamar a atenção a beleza de Yoná Magalhães nesta foto que ilustra a capa do disco. Há ainda incluido no álbum, um poster de Yoná e o galã da época Carlos Alberto (nem me lembrava mais dele!). Interessante também de notar que este álbum, assim como o da trilha de “Nino o italianinho” são de capa dupla, um luxo para poucos.
A Viagem – Trilha Sonora Original Da Novela (1976)
Olá noveleiros de plantão! Sábado também é dia de novela e não só por isso, aqui estamos nós num novo capítulo, com as trilhas musicais que marcaram época. Como deu para perceber, estou postando dois álbuns por dia. Pensei em apresentar apenas uma meia dúzia desses discos, mas quando fui ver já estava passando da conta. Daí optei por dois ao dia, para não prolongar por muito tempo nessa linha. Semana que vem vou estar postando o que deveria ter entrado nesta última. O importante é variar, mas sem perder o rumo de casa, né não?Bom, temos para hoje, inicialmente, a trilha de “A Viagem”, a original e uma das últimas novelas da antiga TV Tupi. Escrita por Ivani Ribeiro, a estória foi baseada nos livros “E a Vida Continua” e “Nosso Lar” de Chico Xavier. Anos mais tarde Ivani reescreveria a novela para a Globo.
A trilha é bem variada como um drops sortido, trazendo entre suas faixas coisas raras e até inéditas. Confiram mais este capítulo…
O Tempo E O Vento – TSO (1985)
Quando falo da tradição global em tele dramaturgia não é atoa. Aqui temos essa mini-série, que não é exatamente uma novela, mas possui um mesmo formato. Trata-se de uma super produção que foi ao ar em 1985, escrita por Érico Veríssimo e para melhorar ainda mais, a trilha é toda composta e interpretada por Tom Jobim. Realmente um trabalho primoroso, tanto a mini-série quanto o disco. Por essa razão não pude deixar passar este em branco. Tenho certeza que os amigos não vão se importar… Amanhã tem mais novelas para vocês relembrarem. Confiram agora este toque.