Violeta de Outono – Em Toda Parte (1989)

Aqui vou eu com outra banda de tirar o chapéu, uma das minhas favoritas, Violeta de Outono. Estava na dúvida se deveria ou não postar este disco, pois afinal ele ainda continua à venda através do site da banda. Eu normalmente não costumo postar discos que estão no mercado, principalmente de artistas que sei que tem no disco também o seu ganha-pão. Mas confesso que não resisti a tentação de ter essa jóia postada no blog. Seria injusto não trazer entre os melhores essa incrível banda.
“Em toda parte” foi o primeiro disco do grupo. Uma fusão deliciosa de progressivo e psicodélico. Me faz lembrar o Pink Floyd nos tempos de Syd Barret, Zabriskie Point… Uma das coisas que acho mais legal no Violeta é que em seus outros discos, sempre mantiveram essa mesma sonoridade. Entre as dez melhores bandas brasileiras de rock de todos os tempos, incluo sem pensar duas vezes este grupo paulista.
Vou pedir uma coisa a vocês: ouçam este disco aqui, mas se gostarem, não deixem de comprar a versão em cd, pois vale muito a pena. O disquinho saiu em edição limitada no formato Mini-LP e remasterizado. Inclui também faixas bônus originais das sessões de gravação nos estúdios da RCA. Toquem este toque 😉

rinoceronte na montanha de geléia
em toda parte
venus
aqui e agora
outra manhã
ilhas
terra distante
dança
lunática

Mercenárias – Cadê As Armas? (1986)

Pois é… como diz o companheiro G&B são poucos os discos de rock (Brasil) que salvam os anos 80. Eu também não tenho dúvidas disso, apesar de ter sido a década onde a música jovem no Brasil ganhou mais espaço. Talvez por isso mesmo se tenha feito tanta ‘adrem’. Eu, da minha parte, só procurei guardar o que era bom. E aqui vai mais um dos que eu ouvia intensamente, “Cadê as armas?” disco de estréia da banda feminina Mercenárias. Formada em São Paulo por Rosália Munhoz no vocal, Ana Machado na guitarra, Sandra Dee no baixo e Lou na bateria. A banda se destacou por seu som pesado e letras ‘politizadas’. Como diz um outro amigo meu, as Mercenárias seria uma versão feminina e mais ácida dos Titans, pelo menos naquela época.

Elas gravaram apenas dois discos, sendo este o primeiro e com certeza o mais legal. Um álbum, literalmente, curto e grosso. Mas muito bem feito e com uma pequena ajuda de amigos como Edgar Scandurra, João Gordo, Vange Leonel, entre outros… Para os chegados em rock, eu recomendo… discão!
.
me perco nesse tempo
polícia
imagem
inimigo
pânico
amor inimigo
loucos sentimentos
labirintos
além acima
santa igreja

Harry – Fairy Tales (1988)

Existem certos tipos de música que, para mim, são como jogo de tênis ou golf, só fazem sentido se eu tiver participando. Por certo este não era o meu pensamento a uns vinte anos atrás. Na época, toda novidade era bem vinda e com aqueles bons ‘aditivos’ tudo ficava parecendo ainda mais maravilhoso e atraente. Ao longo do tempo a gente vai aprendendo, se lapidando, ficando velho e mesmo que mantendo os ‘aditivos’, muita coisa hoje já se tornou lixo. Porém, existem outras que ao contrário desta situação vão a cada dia mais crescendo no meu conceito. Um bom exemplo disso é a banda santista Harry. Criada em 1985 por Hansenharryebm nos vocais e na guitarra, Cesar Di Giacomo na bateria e Richard Johnsson no baixo, o grupo começou a carreira tocando tocando um rock experimental sujo e barulhento, cantado em inglês. Lançaram um EP em 86 e dois anos depois vieram com “Fairy Tales”, primeiro álbum da banda. Gravaram mais uns dois disco, quando em 1996 o grupo se separou dando fim a uma das maiores referências eletrônicas na cena independente brasileira.

Em 2005 o Harry voltou a atividade com a mesma formação. Lançaram o box “Taxidermy– Boxing Harry”, com versões remasterizadas e faixas extras de “Fairy Tales” e “Vessels’ Town”, além de um cd com raridades, remixes e algumas composições inéditas do projeto de 1996 que havia ficado na gaveta.
Bom, espero que vocês gostem de tênis, golf, xadrez e principalmente música pop-rock-noisy-eletronic-experimental. (aberto à comentários..)

sky will be grey
genebra
joseph in the mirror
you have gone wrong
lycanthropia
the beast inside
soldiers
the last birthday
silent telephone
death

Nau (1986)

Olá a todos! Estou começando hoje (especialmente) uma série de postagens dedicadas à música pop/rock brasileira nos anos 80. Não serão muitos e nem os mais populares, muito pelo contrário. São grupos alternativos, o som que eu ouvia nos anos 80 :). São discos que já na época eram raros, bandas ‘underground’ e edições limitadas. Sei que esta série poderá causar estranhamento e afugentar alguns de nossos frequentes visitantes mais interessados na “velha guarda” e álbuns antigos. Porém volto sempre a lembrar que o nosso blog não se limita a um estilo ou época. Estou sempre buscando e apresentando variedades, discos raros feitos no Brasil, por artistas brasileiros ou eventualmente estrangeiros quando estes tenham alguma relação com o país. Dessa forma dou início, excepcionalmente hoje, às postagens daquilo que fez a minha cabeça nos ano 80 e possivelmente até os 90.
Abro com chave de ouro: Nau, um super grupo paulista que gravou apenas este excelente lp. Me lembro de tê-los ouvido antes em uma coletânea da Baratos Afins. Depois saiu uma tremenda matéria na revista Veja (de duas páginas) sobre o grupo e o lançamento do lp. A crítica era só elogios. O grupo foi considerado a grande revelação do pop/rock brasileiro naquele ano. Pelo tudo que li dava para imaginar um futuro promissor para aquela Nau. Convencido da genialidade da banda, no dia seguinte comprei o lp. Foi a agulha trilhar os primeiros segundos dos sulcos daquele vinil para eu me apaixonar de cara. Sem dúvida, estava ali uma sonoridade, um conjunto perfeito e inédito até então. Como diz um amigo meu. “sonzeira!”. Realmente um discaço!
A Nau era formada por quatro jovens talentos, entre eles o baixista Beto Bigher que tocou na banda new wave Zero e a vocalista Vange Leonel que depois seguiria em uma inexpressiva carreira solo. Apesar do disco ser uma maravilha e de ter sido bem recebido pela crítica, ele não vendeu bem. Posso dizer que chegou a ser um fracasso. Acho que faltou mais interesse da CBS em colocá-los no mercado, além da sonoridade “heavy” que ia contra o modelo medíocre reinante daqueles anos 80. Talvez por isso mesmo o grupo tenha ficado apenas em um disco. Reafirmando, um excelente disco…

bom sonho
cálculos astronômicos
linha esticada
o que eu quero é você
balada
diva
corpo vadio
barcas
as ruas
novos pesadelos
nada

Dercio Marques – Terra,Vento,Caminho.(1977)

Bom dia, boa tarde! Ontem realmente eu estava nas últimas… Foi o tempo de postar e apagar. Hoje eu estou “nas primeiras” e para compensar, resolvi brindar à todos com mais uma pérola de Dercio Marques. Na postagem anterior vimos (e ouvimos) “Fulejo”, disco de 83, super-inspirado e com participações especiais que dão ao álbum mais ‘sabor’. Agora eu convido vocês a ouvirem “Terra, Vento, Caminho – primeiro álbum de Dercio, gravado pelo selo Marcus Pereira. Neste lp encontramos a essência da musicalidade do artista. Um repertório que se expande além de fronteiras, mesclando o regionalismo latino-americano. Este disco, me parece, ainda não foi postado por ninguém. Então aproveitem a oportunidade desse toque musical. 😉

tributo (volta em si)
sexta feira
le tengo rabia al silencio
glória de sá
o menino (el niño)
as curvas do rio
malambo – dança criola
folia do divino
a quem nos justifica
árvore

Dercio Marques – Fulejo (1983)

Desculpem, mas na correria acabei quase não achando um minuto para a postagem do dia. Embora o disco da vez seja merecedor de uma resenha e comentários, vou deixar para uma próxima vez. Para variar, estou babando de sono… Mas não vou segurar este post, deixo assim mesmo… amanhã eu completo… juro!

namorada do cangaço
mineirinha
fulejo
malambo
pinhão na amarração
cantiga da serra
brasil caboclo
riacho de areia
serra da boa esperança
você vai gostar
ranchinho brasileiro
lua sertaneja
flores do vale
disco voador

Joãozinho Gomes – Fruta Rachada (1991)

Ontem eu havia postado um disco de um paraense , daí me lembrei de outra figura essencialmente importante na música feita naquele estado, Joãozinho Gomes. Como a maioria dos artistas da música nortista, ele é outro, também, pouco conhecido do grande público brasileiro. Sua música que tem características regionais, mas atinge outros valores, pois como Nilson Chaves, ele também encontra parcerias pelo Brasil a fora – Chico César, Luli , Lucina , Cláudio Nucci, Jean Garfunkel, Jane Duboc, Eudes Fraga, Walter Freitas, Nilson Chaves, e tantos outros. “Fruta rachada” é o nome de uma de suas composições feita em parceria com Walter Freitas e que dá nome a este lp. O álbum inclui gravações feitas a partir de 1986, mas foi lançado em 1991 pelo selo independente “Outros Brasis”. Nem sei se ele ainda existe, mas por um tempo foi o porta-bandeira da música e artistas independentes da região amazônica. Discos deste selo são raros, pois a tiragem era limitada e as vendas eram feitas através de pedidos diretos ao escritório da produtora em Belém do Pará.
Aproveitem aí mais um generoso toque musical com sabor de açaí 😉

pelos campos dessa vida
tiã tiã tiã
puçangueira
luz de lampião
igaçaba
feitos para o mundo
cantiga de penas
fruta rachada
misturada cabana
sabor açaí

Odair Cabeça de Poeta – Dragão (1982)

Hoje estou começando bem cedinho, aproveitando o silêncio matinal. Do jeito que o carro anda é até possível termos além desta, outra postagem no dia, vamos ver…
Temos então, mais uma vez aqui no Toque Musical, a figura de Odair Cabeça de Poeta. Só para relembrar, esse cara foi baterista dOs Novos Baianos, tocou com Tom Zé e liderou o Grupo Capote. A ele também é atribuído a criação do estilo chamado “forróck”. Quando Odair começou com seu Grupo Capote, ainda não havia uma linha definida, oscilando entre o pop, o rock e os ritmos nordestinos. Seus dois primeiros discos (que por sinal eu gosto muito), não tiveram muita repercussão. “Feira da fruta” ficou conhecida mais por ter sido barrada pela censura, hoje inclusive é um disco raríssimo. Em breve postarei “A Feira” também, aguardem!
Este disco, conhecido como “Dragão”, embora não seja o nome oficial, pode ser considerado como o seu primeiro álbum solo, sem o Capote. Mesmo assim, o estilão não muda, ele mantém aqui a mesma sonoridade e jeito dos discos anteriores. Quer dizer, muito bom! Como destaque, eu chamaria a atenção para três faixas: “Bibelô chinês”, “Casca de banana” que é de Morais Moreira e Paulinho Boca e a regravação de “Tu tá cumendo vrido” de Gordurinha, presente no primeiro lp, “A feira”. Confiram em primeira mão mais essa raridade.

o dragão que são jorge matou não morreu
samba na lua
balanço das ondas
andaças
distância
tudo vai passando
casca de banana
tu tá cumento vrido
a bruxa
quando o país começa a cantar
bibelô chinês
eu canto prá você
as figuras estão voltando
o dragão

Nilson Chaves – Sabor Açaí (1989)

Olá meus caríssimos! A postagem de hoje é dedicada ao povo bacana de Belém do Pará. Aos amigos do norte, em especial ao Dandan que está sempre presente, comentando e escrevendo. Ele havia me pedido outra coisa. Não esqueci, mas irei começar por aqui… quer dizer, hoje teremos duas postagens, ok?
Nilson Chaves é um cantor e compositor paraense pouco divulgado por essas bandas do sul. Como o Zé Alexandre, um ativista de festivais. Um dos nomes de maior destaque na música brasileira que vem do norte nos últimos vinte anos. Porém sua música não se limita ao regional, prova disso são seus parceiros de composição espalhados por todo o Brasil (Jamil Damous, Celso Viáfora, Luli e Lucina entre outros…).
“Sabor açaí” é um disco realmente saboroso de se ouvir. Do tipo que na segunda vez que a gente ouve já sai assoviando a melodia. A faixa “Toca Tocantins” fez parte também do disco “SOS Brasil” da Som Livre.
toca tocantins
exportação brasileira
não vou sair
barum (bacundê)
lua cheia
feliz
sabor açaí
lua
luz de lampião

José Alexandre – Alma De Músico (1981)

Hoje cedo catei uns três discos para escolher qual seria postado. Fiquei com o “Alma de músico” de José Alexandre. Achei que ninguém ainda o houvesse postado, mas me enganei. Bobeira minha… devia ter pesquisado antes. Tem pelo menos uns dois blogs com este disco. Mas agora, depois de todo o trabalho, vai ser esse mesmo. Se você, meu amigo, ainda não o ouviu ou não o conhece, a oportunidade é agora!
José Alexandre ficou conhecido do grande público através da música “Bandolins”, defendida por ele e Oswaldo Montenegro no Festival de Música da TV Tupi em 1979. Essa música fez muito sucesso e ajudou a abrir as portas para seu primeiro disco, lançado em 81. “Alma de músico” foi um álbum com poucas, mas com boas composições, bem produzido e com participações especiais (Túlio Mourão e Oswaldo Montenegro). Neste disco se destacam as faixas, “Sábado” de Frederiko (Som Imaginário) e o sucesso “Estrela” de Montenegro.
José Alexandre ou Zé Alexandre continua na ativa e sempre participando (e ganhado) de festivais pelo país. Para saber mais sobre o Zé visite o seu site oficial: http://www.zealexandre.com.br/
alma de músico
sábado
grávida
estrelas
prá zé cantar
pousa
cartas marítimas
como se estivesse fora
casca d’anta

Sergio Ricardo – Do Lago À Cachoeira (1979)

Domingo… vou começar logo cedo, antes que chegue a tarde trazendo a minha depressão. Ainda não caí na real. A postagem de hoje é dedicada ao meu pai que se estivesse vivo estaria hoje completando 82 anos. Dedico também a outro falecido, o meu amigo Igor Lommez, poeta e maluco, com quem compartilhei bons momentos ouvindo este disco do Sergio Ricardo.
Estão vendo? Não há como não ficar melancólico num dia como este, piora ainda mais sendo domingo. Mas eu não vou deixar cair…
Eis mais uma vez, aqui no Toque Musical, o grande Sergio Ricardo. “Do lago à cachoeira” é um álbum essencialmente de samba, resultado de sua experiência morando em uma favela do Rio de Janeiro. Contam que neste período em que ele viveu na comunidade do Vidigal, houve um movimento popular de resistência contra a desocupação de uma parte do terreno da favela onde residiam vários moradores, incluindo o próprio Sergio Ricardo. Daí nasceu o samba “Vidigal” que é a faixa que abre o o disco. Para este trabalho, Sergio contou com um time talentoso de artistas e músicos, entre esses: o grupo Viva Voz, Oscar Castro Neves, Chico Batera, Rafael Rabelo e Antonio Adolfo. Confiram…

vidigal
do lago à cachoeira
cantra a maré
lá vem pedra
toada de ternura
tarja cravada
o nosso olhar
sexta-feira treze
canto vadio
ponto de partida

Milton Carlos – Samba Quadrado (1975)

Olá amigos! Mais uma vez eu tive que segurar a postagem do dia. Infelizmente não houve tempo para fazê-la antes, o sábado foi só trabalho! O domingo também vai ser, mas a gente chega lá… 🙂
Desta vez nós temos aqui o Milton Carlos, cantor e compositor paulista, irmão e parceiro da compositora Isolda. Começaram juntos gravando o primeiro lp em 1970. Milton foi um talento que morreu precocemente aos vinte e poucos anos, no auge da carreira, em um acidente de automóvel. Gravou, sempre em parceira com a irmã, uns quatro ou cinco discos. Tiveram a felicidade de ter suas músicas gravadas por outros artistas, principalmente Roberto Carlos que transformou em sucessos músicas como “Amigos, amigos”, “Pelo avesso” e “Um jeito estúpido de te amar”.
“Samba quadrado” foi outro grande sucesso da dupla que, pelo que entendi, foi lançado em 1973. Porém este álbum, onde a música dá nome ao disco, é de 1975. Datas a parte, na minha modesta opinião, este foi o melhor disco de Milton Carlos. Confiram, pois vale a pena!

memórias do café nice
eu juro que te morreria minha
piston de gafieira
é mais de meia noite
jogo de damas
amanhã é outro dia
contrasenso
se alguém telefonar
irônica
amanheci chorando por você
foi ela um tema de amor
samba quadrado

Jair Rodrigues – 10 Anos Depois (1974)

Olha aí… mais um disquinho que vocês não encontram em qualquer lugar. Como ontem eu havia postado um Simonal, achei que cairia bem este lp de Jair Rodrigues. Um álbum com o mesmo clima, para contrabalanciar os toques.
Comemorando dez anos de gravações em 1974, Jair resolve lançar este disco fazendo um apanhado do que foi sua carreira até aquela data. Não se trata de uma simples coletânea, podemos considerar como mais um disco de carreira. Um lp de capa dupla, muito bem produzido e com um repertório que inclui até um tango de Gardel. Sem dúvida, o destaque vai para um de seus maiores sucessos, “Deixa isso pra lá” de Alberto Paz e Edson Menezes. Esta música é considerada uma das precursoras do rap no Brasil, chegou inclusive a ser regravada por um grupo desses a um tempo atrás, me parece até que com a participação do próprio Jair Rodrigues. Confiram, pois é um discão!
.
deixa isso pra lá
eu e a viola
o conde
o sol nascerá
tristezas
as lavadeiras da favela
casa de bamba
pra que dinheiro
bloco da solidão
vem chegando a madrugada
depois do carnaval
disparada
mangueira em tempo de folclore
a festa do divino
o mundo melhor de pixinguinha
rei da frança na ilha da assombração
perfil de são paulo
por una cabeza
castigo
cadeira vazia
molambo
dó-ré-mi

Toquinho & Vinicius – São Demais Os Perigos Desta Vida… (1972)

Aqui está finalmente Toquinho & Vinicius! Inicio assim porque este disco eu já havia procurado em inúmeros blogs. Tinha certo que seria fácil de encontrar. Que nada… Ninguém ainda o postou, incrível! Será que nos esquecemos desta pérola? Pelo jeito parece que sim.
Então está aí… “São demais os perigos desta vida”, um álbum maravilhoso que sela (formalmente) a parceria de Vinicius de Moraes com Toquinho. Foi o segundo disco da dupla e é nele que encontramos as seguintes composições:

cotidiano n.2 (como dizia o chico…)
tatamiro (em louvor de mãe menininha de gantois
são demais os perigos desta vida…
chorando prá pixinguinha
valsa para uma menininha
para viver um grande amor
menina das duas tranças
regra três
no colo da serra
canto de oxalufã

Taiguara – Carne E Osso (1971)

Bom dia, boa tarde, boa noite… Hoje o nosso encontro é com o Taiguara. É a terceira vez que posto um disco dele no Toque Musical. Estou trazendo este álbum porque é outro que fez parte de bons momentos da minha vida.
Um dos artistas mais visados pela repressão do governo militar, foi sem dúvida o Taiguara. “Carne e Osso”, seu primeiro álbum barrado pela censura, trazia entre outras a faixa “A ilha”, condenada por tratar-se de uma referência à ilha de Fidel, Cuba. O disco antes de ser lançado foi todo picotado, retalhado pelos censores. O que mais deixava os milicos putos da vida era a forma como Taiguara compunha suas letras, mesclando o romântico com o revolucionário, criando analogias que muitas vezes eram feitas pelos próprios censores ou outros artistas que interpretavam suas músicas. Podemos perceber isso na faixa final “Sarro de 30 segundos”. Um sarro mesmo – que ele tira da cara da censura e dos diretores da Odeon. São trinta segundos onde nos é apresentado um tema instrumental, um balanço intencionalmente agradável que nos 30 segundos é cortado abruptamente. Fica na gente aquela sensação ruim, provavelmente semelhante a que ele sentiu quando suas composições passaram pela tesoura.
Este disco foi relançado em cd e me parece que até já foi postado em outros blogs. Independente disso, vou postando o meu também. Podem chegar porque está completo, com direito inclusive de um bônus final.

berço de marcela
virgem dos olhos de vidro
momento do amor
bicicletas
carne e osso
no colo da nuvem
amanda
a ilha
sarro de 30″
sarro de 30″ + 30″ finais

Geraldo Vandré – Canto Geral (1968)

Indo e vindo, aqui vamos nós começando a semana. Vocês não podem imaginar como isso aqui é terapêutico. Tenho nos últimos dias andado meio deprimido e a única coisa que me põe pra cima é este blog. O Toque Musical é minha redenção. E olha que nem é só pela interação que ele me proporciona junto a vocês, meus visitantes. É também pelo prazer de ver e fazer o que eu gosto. De ressuscitar o meu passado, relembrar bons momentos. De estar comigo mesmo. De chorar ou sorrir se me convém, sem ter que dar satisfação aos outros. As vezes eu fico meio assim, melancólico e deprimido, mas não vou deixar a peteca cair! Desculpem-me o desabafo…
O disco de hoje é dedicado aos setembrinos como eu e como o Geraldo Vandré. Na verdade eu havia pensado em postar este álbum no dia 12, aniversário deste grande artista, mas como não sei o que vai ser do dia de amanhã, vou logo curar minha ânsia.
Então, temos pra já o maravilhoso “Canto Geral”, que eu considero com um de seus melhores trabalhos. Este disco é mais conhecido por outra capa, a segunda de relançamento. Por sinal, muito mais significativa que esta, onde vemos nas cores verde e amarelo, respectivamente, o gado e o povo entre o título “Canto Geral” em vermelho. Mas mesmo com toda a representação, eu ainda prefiro a orignal. É muito mais bonita, né não? 🙂 Salve Babaya!

terra plana
companheira
maria rita
de serra de terra e de mar
cantiga brava
ventania
o plantador
joão e maria
arueira
guerrilheira

Renato Teixeira – Uma Doce Canção (1981)

Aproveitando o vazio desta tarde de domingo e para espantar minha depressão, vou postar mais um disquinho legal. Dessa vez atendendo a um pedido que acabou virando quatro. Espero que este post possa agradar não apenas os meus quatros solicitantes, mas também todos os outros visitantes deste blog. Aproveito também para esclarecer aos amigos que tenho sempre anotado os pedidos e que na medida do possível esses serão publicados. Só peço que tenham paciência e aguardem. Se demorar é por que ainda não os encontrei, ok?
Então, aqui temos mais uma vez marcando presença o nosso querido Renato Teixeira. Também gosto muito desse cara e é com muita satisfação que apresento a todos o álbum “Uma doce canção”. Lançado em 1981, este lp nos traz onze faixas perfeitas, algumas são até destaque como os sucessos “O maior mistério” e “Amizade sincera”. Realmente duas pérolas que por só já valem o disco. Mas ainda temos mais… tem a participação super especial de Dominguinhos. Este álbum anda meio sumido das lojas, mas mesmo assim ainda é possível encontrá-lo por aí. Avaliem e se encontrarem o original, não percam tempo…

uma doce canção
amizade sincera
uma velha canção do povo
quero você
nem anjo nem louco
o mairo mistério
frutos da terra
vicente
águas claras
pássaro humano
uva e vinho, trigo e pão

Tetê Espindola – Pássaros Na Garganta (1982)

Existem discos que, para mim, são obras mais que preciosas. Discos que estão na minha lista dos ‘1000 melhores da música brasileira’. Pode soar esquisito dizer assim, mas mil me pareceu uma média boa, considerando a variedade e qualidade musical na nossa terra. Chego às vezes a pensar que este número ainda é pequeno, mas vou pegando por aí… Se considerarmos este disco da Tetê Espíndola como um trabalho regional, nesta classificação por géneros, posso afirmar que ele está entre os dez mais originais e melhores álbuns produzidos da década de 80 prá cá. Acho que estou escrevendo isso mais para afirmar o quanto “Pássaros na garganta” é um trabalho excepcional. “Sertaneja” de Rennê Bittencourt tem aqui (para mim) sua mais linda versão. Sem dúvida, o melhor álbum de Tetê. Apesar deste disco já ter sido postado em outros blogs (inclusive em minhas outras encarnações), faço questão de tê-lo também aqui. Como sempre, no capricho e completo!

amor e guavira
cunhataiporã
canção dos vagalumes
olhos de jacaré
fio de cabelo
cuiabá
pássaros na garganta
sertaneja
longos prazeres de amor
paisagem fluvial
ibiporã
jaguadarte
galadriel
sertão

Paulinho Tapajós (1974)

Se tem uma coisa que me deixa incomodado ao visitar outros blogs musicais é encontrar uma postagem de um disco que me interessa e ao fazer download, descubro que o arquivo está em baixa qualidade. Considero baixa qualidade em mp3 qualquer arquivo sonoro com menos ou igual a 128 kbps, principalmente estéreo. É de amargar! Pior ainda quando para (in)completar, o camarada ainda não inclui o encarte (capa e contra-capa). Sei que não tenho razão, mas fico chateado. Pô, custava o camarada fazer o serviço completo? Já que está compartilhando, compartilhe direito! Ou pelo menos indique no texto da postagem as condições do arquivo, né não? Estou escrevendo isso porque também sou consumidor e como tal, mesmo sem estar pagando nada, me vejo no direito de criticar. Certamente que para não ouvir críticas como essa eu procuro sempre dar o melhor. Tenho aqui no TM algumas postagens em 128 kbps, mas na medida do possível, vou sempre trocando. Com relação aos textos de cada postagem, sei que ainda tenho muito o que melhorar. Na verdade, nem sempre estou inspirado ou com tempo para escrever, por isso acabo ficando em resumidas apresentações ou complementos. Como já disse outras vezes, eu não sou jornalista e nem escritor. O Toque Musical é apenas um blogzinho amador e ‘metido a besta’.
Bom, vamos deixar essa estória de lado e nos ater ao principal deste post, o disco do dia. Tenho aqui um álbum super bacana e raro do Paulinho Tapajós. Este foi seu primeiro lp. Lançado em 1974, o disco traz participações importantes como a de Antonio Adolfo que está em todas as faixas, Franklin e Copinha, duas feras da flauta, Fagner, Mauricio Einhorn, Luiz Cláudio Ramos e outros tão importantes quanto os já citados (confiram no encarte). Eu chamaria como destaque neste trabalho a badaladíssima “Andança”, parceria com Danilo Caymmi e Edmundo Souto, música esta gravada por centenas de artistas. Há também “A planta”, “O caminho de São Tiago” e “Clara”, músicas que eu gosto muito e que chamo a atenção. Toque logo este toque… 😉

sorvete de melão
clara
a velha
o caminho de são tiago
a planta
sob o seu cobertor
retrato do meu velho avô
se pelo menos você fosse minha
andança
o apartamento
o pijama (qualquer diz desses)
carta a meu pai
seis horas da manhã

Roberto Guima (1981)

Olá amigos solidários, solitários, cultos e ocultos deste blog! Recuperado, aqui vou eu para mais uma postagem. Estarei preparando para os próximos dias aqueles e outros discos inéditos e selecionados. Vamos iniciar setembro recuperando a memória musical das décadas de 70 e 80. Existem alguns discos que eu considero muito importantes e que ainda não foram apresentados em outros blogs. Vou então dando aqui a minha contribuição.
Temos agora um disco, por certo, muito esperado – Roberto Guima – em seu primeiro e único trabalho autoral. Cantor e clarinetista, ele foi uma das grandes revelações da música brasileira no início dos anos 80. Foi músico da noite carioca, tocou e acompanhoou diversos artistas, inclusive Gil e Jimmy Cliff em tourné pelo Brasil. Artista talentoso, com seus vinte poucos anos, iniciando uma grande carreira. Partiu antes da hora, sem poder mostra todo o seu talento. Este álbum, me parece foi lançado após sua morte. Um disco com composições próprias, amparas por convidados super feras como Paulo Moura, Celso Fonseca, Marçal, Leo Gandelman, Marcio Montarroyos entre outros. Pode conferir que vale a pena 🙂

tome era
amor e natureza
se dizer que não
geisa
hora do rush
linha de montagem
lâmpada de aladim
alma vadia
eu queria saber
essência de alguém

Itamar Correia – Araguaia Meu Brasil (1984)

Ainda capengando, aqui vou com a postagem do dia. Por enquanto estarei recorrendo aos meus sortidos ‘álbuns de gaveta’. Espero para o fim de semana preparar novamente o que eu já havia agendado para esta.
Temos para hoje “Araguaia Meu Brasil”, álbum independente do cantor, compositor e escritor Itamar Correia, considerado uma das melhores produções independentes do período 1984/85. Com este disco ele percorreu várias cidades brasileiras, levando o canto do Araguaia, sua música regionalizada do centro-oeste. Curioso é que depois deste disco eu não ouvi mais falar no cara. Hoje, consultando rapidamente pela rede, não encontrei muita informção. Me parece que ele ainda contunua atuante, mas de maneira local. Seja como for, vale a pena conferir o disco desse carioca do Araguaia.
PS.: Fiz uma pequena confusão quanto ao nome da primeira faixa que na verdade é “Araguaia meu Brasil”
araguaia meu brasil
desaparecido
xambioá
capim cheiroso
rio
ilha do bananal
viola caipira
araguaia meu amor
cantiga boa
reoada

Astrud Gilberto – Beach Samba (1967)

Hoje, excepcionalmente, estou fazendo esta postagem rápida e automática, apenas para tampar buraco. Espero para o mais breve possível resolver os problemas e continuar com as postagens programadas. Por hoje eu deixo esse inesperado lp de Astrud, de 67. Se você ainda não o viu em outros blogs, não perca essa chance. Muito bom… :p

stay
misty roses
the face i love
a banda (parede)
oba, boa
canoeiro
i had the craziest dream
bossa na praia (beach samba)
my foolish heart
dia das rosas (i think of you)
you didn’t have to be so nice
não bate o coraçao
tristeza ( goodbye sadnes)
call me
here’s that rainy day
tu meu delirio
it’s a lovely day today
tu meu delirio
it’s a lovely day

Reginaldo Bessa – Passageiro Do Vento (1978)

Olá! Ontem a noite eu tive um problema com o meu computador. Diria um problemão. Confiando em uma mensagem que recebi de um suposto colaborador, fiz a bobagem de abrir o anexo sem antes passá-lo pelo antivírus. Me ferrei… Travou toda a minha máquina, que agora só mesmo formatando. Com isso perdi dezenas de arquivos de discos que viriam a serem postados aqui nas próximas semanas. Agora terei que refazer tudo novamente e arrumar o computador. Talvez eu não consiga, pelos próximos dias, manter as postagens diárias. Peço a todos paciência e juízo para ao espírito brincalhão. Eu agora tenho procurado olhar os terrorismos e sabotagens ao blog como uma demência natural, feita por gente de espírito fraco. Coisas como essa só me fortalece.
Volto então trazendo um grande disco, de um grande artista, Reginaldo Bessa. Embora ele só tenha gravado quatro disco (pelo menos é o que consta em sua página na web), tem uma carreira sólida e reconhecida. Faz tempo que eu não escuto falar mais dele, mas sua música ainda está bem presente. Foi ouvindo no rádio a sua mais famosa composição, “O tempo” – classificada entre as dez do Festival Abertura de 1977 – que eu me toquei que já era hora de postar o “Passageiro do vento”. Este disco é muito bom e pode-se dizer que também é uma raridade. Acho que nem chegou a ser relançado em cd.

passageiro do vento
canto para não chorar
três raças tristes
lei do retorno
sexto andar
memórias
o tempo
sonho de uma noite de verão
tributo a cassius clay
cadê yayá

Os Demônios Da Garoa – Leva Este (1968)

Aqui temos a segunda contribuição (valeu Edú!), também pela segunda vez no Toque Musical, Os Demônios da Garoa. Este grupo instrumental e vocal é bem na linha dOs Três do Rio. “Leva este” foi lançado em 1968 pela Chantecler e traz, como diz na contra-capa, “doze sugestivas páginas”, assinadas por nomes como Adoniran Barbosa, Geraldo Filme, Hervé Cordovil, Sérgio Porto e outros. Confiram aí mais esta raridade musical.

benedita lavadeira
mimoso colobri
samba do crioulo doido
já fui uma brasa
são paulo, menino grande
hora do adeus
leva este
cabeça de prego
casamento do moacir
quem é vivo sempre aparece
aprenda a sambar
último sambista

Os Três Do Rio – A Flight To Rio (1966)

Vou aproveitando esta segunda-feira para postar duas contribuições enviadas a algum tempo atrás. Desculpem a demora 🙂 …
Realmente você tinha razão, Wilma. Este disco é mesmo muito raro, assim como é escassa as informações sobre o grupo. Garimpando daqui e dali, localizei “Os Três Do Rio” com um dos mais expoentes grupos vocais e instrumentais dos anos 60. Foram para a Europa trabalhar e me parece que por lá passaram algumas dificuldades. Este disco, de 1966, é também desta fase internacional, lançado originalmente na França, também teve edição em inglês (pelo menos na capa). “A Flight To Rio” não deve ter sido lançado no Brasil. O que afasta ainda mais a história musical deste trio. Porém, investigando, vejo que o grupo nos anos que se seguiram, de volta ao Brasil, continuaram na ativa. São deles aquele jingles famoso do banco Bamerindus, “o tempo passa, o tempo voa…”, inclusive são eles quem interpretam na propaganda.

a voz do morro
a-b-c (ragg mopp)
batida diferente
batucada
estrada do sol
fechei a porta
folha mortaq
general da banda
menino jogando bola
minha saudade
mulata ye-ye-ye
pedrita del mar
pita camion
só meu coração

Antonio Maria – Trilha Sonora Original Da Novela (1968)

Muito bem, aqui vou eu finalizando as postagens dos disco de trilhas de novelas. Como quase ninguém comentou, imagino que não tenham gostado, embora o número de downlods tenha sido considerável. Seja como for, com esta postagem encerro a sessão novelas.
Posso dizer que fecho com a mesma chave de ouro que abri dias atrás, com “Nino, o italianinho”. Um belo e raro disco, agora celebrando a cultura portuguesa, com certeza!
Antonio Maria foi uma novela também da TV Tupi, apresentada em 1968, escrita e dirigida por Geraldo Vietri. Não tenho muita certeza, mas acho que foi por aí que começaram a aparecer os atores Tony Ramos, Aracy Balabanian e Denis Carvalho.
A trilha sonora deste disco é muito bacana. Temas portugueses, com certeza. Mas tendo à frente o Sergio Cardoso e Altamiro Carrilho e Sua Bandinha que praticamente tocam em quase todas as faixas. Muito bom, podem conferir…

tema de amor em forma de prelúdio – sergio cardoso
soneto – dp – sergio cardoso
só nós dois – tony de matos
coimbra – altamiro carrilho e sua bandinha
uma casa portuguesa – altmiro carrilho e sua bandinha
corridinho 1951 – altamiro carrilho e sua bandinha
canção do mar – sergio cardoso
cantico negro – sergio cardoso
lado a lado – tony de matos
bailinho da madeira – altamiro carrilho e sua bandinha
a rosinha dos limões – altamiro carrilho e sua bandinha
tiroliroliro – altamiro carrilho e sua bandinha

Um Sol Maior – TSO (1977)

Olá! Gostaria de informar que, muitas postagens antigas já estão com links novos. Pela minha checagem, faltam agora menos dez que ainda não foram renovados. Espero para breve estar com o blog todo em dia.
Dando sequência a mais um capítulo das nossas trilhas de novela, vamos com mais uma da Tupi. Esta novela eu nem me lembrava, por isso não sei nem qual era a estória. Mas gostei da trilha variada, com algumas coisas raras.

reencontro – luiz ayrão
the first time – the horizon orchestra
você – claudette soares
meiga presença – josé milton
descanso – cesar costa filho
flutuando no seu amor – maria tereza
ai quem me dera – clara nunes
foi um sonho só – gerson combo
tudo está mudado – benito di paula
rugas – luiz carlos clay
pare e pense – sidney quintela
uma chance – gerson combo

Simplesmente Maria – TSO (1970)

Opa! Quase ficamos sem a segunda dose do dia. Mas antes tarde do que nunca, não é mesmo? Desta vez temos “Simplesmente Maria”, novela que foi ao ar em 1970, escrita por Benedito Ruy Barbosa. É de chamar a atenção a beleza de Yoná Magalhães nesta foto que ilustra a capa do disco. Há ainda incluido no álbum, um poster de Yoná e o galã da época Carlos Alberto (nem me lembrava mais dele!). Interessante também de notar que este álbum, assim como o da trilha de “Nino o italianinho” são de capa dupla, um luxo para poucos.

A trilha é totalmente instrumental e fica por conta de Elcio Alvarez e Grande Orquestra, interpretando os seguintes trabalhos:
melodia no ar – omar fontana
1. concerto para maria – benito di paula
maria – silvio cesar
canção à maria – j garcia
a minha prece de amor – silvio cesar
sonata à maria – adpt. de elcio alvarez
simplesmente maria – paulinho da viola
sem amor – marcos roberto
a mesma maria – elcio alvarez
prá não dizer adeus – benito di paula
sonho e saudade – salatiel coelho
poema da maria – martinha

A Viagem – Trilha Sonora Original Da Novela (1976)

Olá noveleiros de plantão! Sábado também é dia de novela e não só por isso, aqui estamos nós num novo capítulo, com as trilhas musicais que marcaram época. Como deu para perceber, estou postando dois álbuns por dia. Pensei em apresentar apenas uma meia dúzia desses discos, mas quando fui ver já estava passando da conta. Daí optei por dois ao dia, para não prolongar por muito tempo nessa linha. Semana que vem vou estar postando o que deveria ter entrado nesta última. O importante é variar, mas sem perder o rumo de casa, né não?
Bom, temos para hoje, inicialmente, a trilha de “A Viagem”, a original e uma das últimas novelas da antiga TV Tupi. Escrita por Ivani Ribeiro, a estória foi baseada nos livros “E a Vida Continua” e “Nosso Lar” de Chico Xavier. Anos mais tarde Ivani reescreveria a novela para a Globo.
A trilha é bem variada como um drops sortido, trazendo entre suas faixas coisas raras e até inéditas. Confiram mais este capítulo…

moça criança – agepê
ganhar e perder – adriana
noche de ronda – gregório barrios
assim, tudo está bem – gilbert
tenho – wilson miranda
beco sem saída – silvio caldas
pecado – gregório barrios
carta de alforria – luiz américo
triste adeus – gilbert
se você vai – marcio prado
pulsars – kate lyra
tema r – aloisio silva

O Tempo E O Vento – TSO (1985)

Quando falo da tradição global em tele dramaturgia não é atoa. Aqui temos essa mini-série, que não é exatamente uma novela, mas possui um mesmo formato. Trata-se de uma super produção que foi ao ar em 1985, escrita por Érico Veríssimo e para melhorar ainda mais, a trilha é toda composta e interpretada por Tom Jobim. Realmente um trabalho primoroso, tanto a mini-série quanto o disco. Por essa razão não pude deixar passar este em branco. Tenho certeza que os amigos não vão se importar… Amanhã tem mais novelas para vocês relembrarem. Confiram agora este toque.

introdução
o tempo e o vento
chanson pour michelle
rodrigo meu capitão
um certo capitão rodrigo
minuano
o tempo e o vento
bangzalia
querência – boi barroso
senhora dona bibiana
o tempo e o vento