Logo depois que eu criei um e-mail para assuntos relacionados aos links foi que percebi uma coisa importante. A constatação de que mais da metade das postagens estavam com links vencidos. Renovar esses links é uma coisa que espero fazer, atendendo também a inúmeros pedidos urgentes. Porém, como é sabido, uploads demoram bem mais que downloads. O que quer dizer que este processo de renovação será lento. Peço a todos que fiquem atentos, pois aos poucos tudo estará novamente ok. Irei priorizar os pedidos formais e posts mais antigos. Estamos combinados?
Bom, agora vamos ao disco da noite… Depois do sucesso da coletânea “Meu amor por você” dOs Carbonos (mais de 100 downloads), resolvi desenterrar outros discos do grupo e por no prato. Começamos com este instrumental de samba. Um longue Jovem Guarda que pode agradar numa festa (para alguns no início, para outros no final). Pessoalmente, achei o lp bem agradável e recomendo. Não vai nem precisar lista as faixas. Tá na capa… 😉
Sergio Mendes & Brasil’ 77 (1971)
Outro grande artista brasileiro que fez (e faz) muito sucesso lá fora é o Sérgio Mendes. O cara soube tirar proveito do que a America tem de bom. Foi prá lá entre aplausos e vaias dos de cá, nos ano 60. Fincou o pé, fez a cama e a fama. Apesar de muito criticado na época, por abandonar a Bossa Nova e se entregar aos encantos da música americanizada, percebemos hoje, ao longo do tempo e de seus discos, que ele foi um dos primeiros artistas a fundir e difundir a música brasileira por lá. Ao contrário do que um dia pareceu ‘entreguismo’, o que ele fez foi elevar o nome do Brasil. Sergio Mendes, assim como outros artistas brasileiros que na época seguiram a mesma estrada, merecem todo o nosso respeito.
Bom, aqui temos este álbum de 1971, apesar da confusão que fazemos com capas diferentes e mesmo pelo fato do grupo se chamar Brasil’77. Eu mesmo pensava que este fosse de 1977, mas não é não. Este disco também tem uma outra capa, provavelmente a que foi reeditada no EUA. O grupo conta ainda com a participação de Oscar Castro Neves e Gracinha Leporace. Muito bom!
Deodato & Airto – En Concierto (1974)
Hoje viro meu toque musical para outra direção, vamos para os ‘states’ ouvir o Brazil. Se é verdade que o Brasil não conhece o Brazil, eis aqui um bom momento para conhecê-lo. Vamos ouvir dois brasileiros respeitadíssimos lá para as bandas do norte – Eumir Deodato e Airto Moreira – figuras que despensam maiores apresentações. Por falar em apresentações, este é um disco gravado ao vivo, onde participa também a Flora Purin. Apesar da capa, uma edição argentina, o disco foi gravado no EUA. Não precisa nem dizer muito… coisa fina!
tropea
Moreira Da Silva – O Sucesso Continua (1968)
Antes que o sono me tome de vez sentado em frente ao monitor, deixa eu postar logo mais um. Para rimar com o Germano Mathias, nada melhor que o Moreira da Silva. Zzzzz…..
E não é que eu dormi mesmo, sentado naquela cadeira. Quando dei por mim já era quase 2 da madrugada. Fui dormir e deixei tudo pra hoje. Hoje a tarde. Mas antes tarde do que nunca.
Vamos por a malandragem pra rodar, porque o sucesso continua neste ótimo disco do ‘Rei do Gatilho’. Ele foi o criador do estilo samba de breque e romantizou a figura do malandro através da suas músicas. Neste disco ele continua mostrando talento e fazendo escola. Verdadeiramente um artista singular. Tem que ouvir…
Germano Mathias – O Catedrático do Samba (1968)
Hoje eu achei que não conseguiria postar, devido a uma manutenção de emergência no Velox. Êta serviçinho ‘nas coxas’… Eles não avisam e nem dão desconto na próxima fatura dessas furadas. O consumidor que se f… Felizmente voltou a tempo e na minha falta de tempo vou entrando com o catedrático Germano Mathias, uma das figuras mais importantes do samba paulista (e brasileiro, claro!). Estou postando este disco, mas me lembrei que as faixas 1 e 7 estão ruins. Não consegui encontrar um arquivo mais de(s)cente. Se alguém tiver algo melhor, por favor, não faça cerimonia… Mesmo assim vale ouvir este sambista que continua na ativa…
2 Estória de um sambista Antônio Bruno – Elzo Augusto)
3 Terreiro de Itacuruçá (Padeirinho da Mangueira)
4 Mundo cão (Sebastião Silveira – Jorge Costa)
5 Depois da tempestade (Elzo Augusto)
6 Vou ficar devagar (Nelson Pechincha – Padeirinho da Mangueira)
7 Não tenho sorte (Tóbis)
8 Palavra saudade (Elzo Augusto)
9 Bacharel de gafieira (Conde)
10 Cozinheiro à força (Ribeiro Valente – Altamiro Carrilho)
11 Minha nêga, minha máquina (Carlos Imperial)
12 Regenerado (Zé Kéti)
Toques para quem se toca – Links e postagens antigas.
Tenho recebido várias notificações de visitantes sobre links que caducaram. Infelizmente isto acontece se dentro de um determinado período eles não forem requeridos por alguém.
Carnaval Do Jeito Que O Povo Gosta (1980)
E aqui vamos nós com mais um disquinho de carnaval. Este também é muito bom, na mesma linha do álbum anterior, quase 20 anos depois. Seguindo a receita o lp reúne, literalmente, uma ‘trupe’ de artistas variados. Olhando assim rapidamente, fui tentando identificar o grupo da capa. Alguns eu até acertei de cara, outros só depois de conferir o verso. Mas veja só o que achei a primeira vista. Da esquerda para a direita: começa com o Chacrinha (óbvio!), Ana Maria Braga (não é a própria?), Ivan Lins (nos bons tempos), Emilinha Borba (usando Rexona), Bofélia (será?), o rei momo Edson Santana, Clóvis Bornay (esse tá na cara que é…), Lady Francisco (ô coroa boa!), o Carequinha! Logo em seguida o de cowboy, pensei que fosse o Beto Carreiro. E finalizando, fala a verdade, o cara que vem voando não é a cara do Jerry Lee Lewis? hehehe… Bom, esta foi apenas uma primeira impressão, não se deixem levar por ela. Aqui temos uma seleção bem bacaninha, que como a outra, também vale para o seu próximo carnaval. Agora, lança o perfume…
É Carnaval! É Carnaval! – Com Vários Artistas (1965)
“Carnaval não passa. É das poucas coisas que permanecem. Carnaval fica o ano inteiro, nem que seja para recordar os dias de folias. E de um ano para o outro, todos querem relembrar o carnaval que passou.”
O texto acima, tirado do verso deste disco, não poderia ser mais apropriado para eu justificar meu atraso quanto ao carnaval que passou. Essa é uma grande verdade… não importa se o carnaval passou… ele passa de novo… Mas sua música está sempre presente, viva. Está sempre passando durante todo o ano. Portanto, não importa se ela só chegou agora por aqui. Talvez, tanto melhor… quem sabe assim você começa ouvindo as músicas e quando chegar o próximo já vai estar afiadinho.
Neste disco temos alguns clássicos dos salões, reunidos na voz e interpretação de diversos artistas do cash da Copacabana. Marchinhas e sambas que entraram para a história do cancioneiro popular, não só durante o carnaval.
Luiz Gonzaga – Meus Sucessos Com Humberto Teixeira (1968)
Outro álbum de 1968, uma safra muito boa. Aqui temos o Gonzagão, numa coletânea que reúne seus grandes sucessos em parceria com Humberto Teixeira. Em gravações originais, este é mais um disco raro, onde temos uma seleção única que nunca veio a ser relançada em cd. Eu não me recordo de um outro disco de Luiz Gonzaga com esses mesmos registro. Disco bão demais!
Ataulfo Alves – E Muito Samba (1968)
Mais uma vez aqui estou eu trazendo Ataulfo Alves para engrandecer nosso blog. Não preciso dizer o quanto gosto deste compositor. Temos no TM uns três ou quatro discos dele. Agora venho com este lançado em1968, um álbum até então com composições inéditas. Onde o artista vem acompanhdo, dessa vez não com suas pastorinhas, mas com orquestra e côro misto. Neste ‘long play’ histórico temos a famosa “Você passa eu acho graça” feita em parceria com Carlos Imperial. Um disco realmente bom. Eu recomendo…
Liberdade, liberdade… – Espetáculo Cénico-musical (1965)
Aproveitando a onda do “deixa que eu edito”, aqui vai mais um disco sem separação de faixas. Na verdade este é um álbum que não carece necessariamente de tal edição. Isto porque o espetáculo também não tem pausas. Assim, só faz sentido separar as faixas para facilitar a localização imediata de algum trecho. Este disco é o registro ao vivo do espetáculo cénico-musical, apresentado no Teatro de Arena de Copacabana em abril de 1965, com texto de Millôr Fernandes e direção de Flávio Rangel. O elenco era formado por Paulo Autran, Tereza Rachel, Nara Leão e Oduvaldo Vianna Filho, numa produção conjunta do Teatro Opinião e do Teatro de Arena de São Paulo. Em plena ditadura militar o musical, se é que podemos dizer assim, foi sucesso imediato, percorrendo várias cidades do país. No ano seguinte, diante a repercussão, os militares resolvem proibir sua apresentação.
“Muitos acharão que Liberdade, Liberdade é excessivamente circunstancial. O ato cultural muito submetido ao ato político. Para nós, essa é a sua principal qualidade. (…) Consciente de si, do seu mundo, [o artista brasileiro] marca a sua liberdade, inclusive, realizando obras que são necessárias só por um instante. E que, para serem boas, necessariamente terão que ser feitas para desaparecer; deixando na história não a obra, mas, a posição. (…) muitas vezes a circunstância é tão clara, tão imperiosa, que sobe à realidade (…). Afirmamos que nesse instante a realidade mais profunda é a própria circunstância – e nesse momento não ser circunstancial é não ser real”.
Trecho do manifesto do Grupo Opinião
Big Boy Apresenta O Baile Da Cueca – Uma Tremenda Zorra (1972)
Hello crazy people! Começamos o sábado com uma curiosidade. Big Boy, figura ímpar do rádio nos anos 70, eixo Rio-Sampa. O cara inovou com seu jeito irreverente, apresentado uma programação musical jovem e internacional. Dono de uma coleção com mais de 20 mil discos importados e raros de rock/pop/bm, ele era um dos poucos antenados com o que rolava lá fora. Sua programação musical lhe rendeu fama, fazendo bailes antológicos na zona norte do Rio, o precursor dos bailes funk, o “Baile da Pesada”. O cara atuava também como programador, colunista em diversos jornais, revistas e tv. Como produtor de discos, criou álbuns como este, onde entre uma música e outra entrava a sua ‘loucução’.
Por se tratar de uma curiosidade, não tomei o trabalho de dividir faixas e tratar o som. Neste, quem quiser que se habilite. Mas deixo listada a programação.
Sá, Rodrix & Guarabira – Terra (1972)
Mais uma maravilha de disco, bem conhecido de todos. Bom, pelo menos as músicas.
Embora seja um álbum já bastante divulgado nos outros blogs de música, não me recordo de tê-lo visto com a capa original. Vocês sabem como eu gosto das coisas bem arrumadinhas, né? Assim, tomo a minha vez e faço desse meu segundo post do dia. Não vou nem chover no molhado, com informações sobre o trio. Como sempre, deixo em aberto para discutirmos no comentários. Se alguém se interessar, o assunto rende…
Quinteto Violado (1972)
Comecei a postagem do dia com um certo atraso. A ‘lomba’ que bateu depois de eu ter tomado duas cervejas, nesse calor escaldante me deixou na maior preguiça. Acabei indo para cama cedo, mas pelo menos deixei prontas as postagens para entrarem no dia seguinte (hoje sábado). Por certo isso não criou ansiedade, pois afinal ninguém reclamou a falta do diário.Sergio Sampaio – Tem Que Acontecer (1976)
O segundo disco da noite, outra pérola que poucos conhecem ou consideram. Um álbum maravilhoso. Na minha modesta opinião é o melhor disco do Sergio Sampaio. O álbum foi relançado em cd a alguns anos atrás, mas apresentado como coletânea ou algo assim. Nem tiveram a consideração de nos brindar com a capa original. Passou assim meio batido, só mesmo quem está ligado nas coisas é que se tocou. Como sempre, só depois que o artista morre é que lhe dão o devido valor. Sergio foi re-descoberto a custa de seus admiradores, artistas da nova geração, gente que bebeu da sua fonte. Pena o Roberto Carlos nunca ter gravado uma música do cara. O Rei pecou em não participar do “Balaio do Sampaio”. Mas se ele um dia gravar “Meu pobre blues”, estará perdoado. Como na postagem anterior, este aqui, mais que nunca, tem que acontecer…
Walter Franco – Vela Aberta (1980)
Eduardo Dusek – Cantando No Banheiro (1982)
Em nome da preguiça, resolvi por hoje pegar leve. Aproveitando aqueles lnks de gaveta, vou apenas pingar no molhado.
Após o sucesso com seu disco de estréia “Olhar Brasileiro”, já apresentado aqui no TM, Dusek seguiu pela estrada com toda a sua irreverência e talento. A cada novo disco, novos sucessos. Preferencialmente, gosto apenas dos 4 primeiros trabalhos. Depois acho que ele entrou no esquemão, passei a não seguir mais sua carreira. Neste lp, o segundo, ele conta com a participação do grupo João Penca & Seus Miquinhos Amestrados. O mesmo que no ano anterior dividiu com ele o palco no Festival da Shell, aprontando uma boa, quando no lugar de “Valdirene, a paranormal” tocaram “Barrados no baile”. Foi desclassificado no ato, mas sua música virou sucesso e está neste lp.
Martinho Da Vila – Batuque na Cozinha (1972)
Em 2003 saiu um pacote com dez álbuns remasterizados do cantor e compositor da Vila Isabel, condensando o talento deste genial artista, não apenas com samba, mas também com ciranda, coco, capoeira, bossa nova, calango e toadas. Passados 5 anos já não encontramos com tanta facilidade esses seus primeiros discos em cd. É como se novamente tudo voltasse ao esquecimento. Todavia temos os blogs, como o Toque Musical, para manter a chama acesa. Como um indicador a mais de que um determinado trabalho ou artista existiu. De que adianta falar da música, fonogramas e registros sonoros se não podemos escutá-los? Pior ainda quando a coisa fica incompleta, apenas de amostra grátis, como se cultura fosse antes um mero produto comercial. Sem dúvida, nada como termos discos originais, obedecendo aos padrões legais. Porém o direito de acesso à cultura, no caso a música, não pode se delimitar dentro de padrões puramente legais e comerciais. O conceito fonográfico industrial e comercial também tem seu lado histórico e contextualizado na cultura musical a partir do século XX. A cultura dominou. Tá dominado…
Vamos então com este lp do Martinho da Vila, o quarto de sua carreira e um dos seus melhores trabalhos.
Cyro Aguiar – Homenagem Ao Músico Brasileiro (1979)
Enquanto esperamos por um novo link para o Cyro Aguiar de 1975, postado aqui em setembro do ano passado, achei que seria compensador apresentar um outro disco do artista. “Aos músicos brasileiros” é um dos seus melhores trabalhos, recomendado pelo Sergio Cabral. Conta com participações inusitadas como o Mutante Sérgio Dias Baptista.
O Cyro Aguiar é um caso curioso na música brasileira. Abandonado na Jovem Guarda e nos anos 60, ele chutou o balde do rock e adotou o samba como bandeira. Sábia decisão para um artista que por pouco não ficou na casa da breguiçe pós-jovem guarda.
Manduka – Caravana (1978)
Se tem um disco que falta na minha coleção é este do Manduka. Gravado na França em 1978, o álbum nunca chegou a ser lançado no Brasil. Já havia procurado por ele em diversos canais da rede, mas nunca achei nada. Aliás, discos do cara é a coisa mais difícil de achar, seja em lojas ou pela Internet. Por pura sorte, um dia desses, procurando informações sobre um outro assunto, fui cair em uma página de fórum de discussão. Lá alguém comentava sobre o Manduka e este disco. Vocês não podem avaliar a minha satisfação ao deparar com um link para o disco. Juro que pensei em vocês, meus caros amigos-visitantes-ocultos. Se fez a minha felicidade, com certeza fará a de vocês também. Agora temos no Toque Musical três discos desse saudoso artista. Vamos ouvir?
Raças
Estas São Demais! – A Grande Parada De Sucessos (1966)
Capinan – O Viramundo – 21 Anos De Tropicalismo (1988)
Como sempre, pra variar, estou chegando atrasado… Voltei de férias, mas ainda não ajeitei a casa. Tentarei mesmo assim manter as duas habituais postagens diárias. Só não tem hora certa para entrar, mas pode conferir todos os dias que sempre haverá novidades (ou raridades?).
Para esta ‘segundona’ reservei dois discos de coletânea. Começo com este letrista, poeta, escritor, publicitário, jornalista, médico e mais uma penca de coisas… O genial baiano Capinan.
Comemorado os 21 anos de maturidade do movimento tropicalista e também em sua homenagem, foi lançado o LP “O viramundo – 21 anos de Tropicalismo”. No disco temos algumas de suas composições mais conhecidas: “Soy loco por ti America ” (c/ Gilberto Gil), “Papel machê” (c/ João Bosco), “Te esperei” (c/ Gereba), “Gemedeira” (c/ Robertinho de Recife), “Gotham City” (c/ Jards Macalé), “Ponteio” (c/ Edu Lobo), “Um dueto” (c/ Francis Hime), “Coração imprudente” (c/ Paulinho da Viola), “Xote dos poetas” (c/ Zé Ramalho) e ainda “Te esperei”, poema que havia gravado em disco anterior do parceiro Gereba. Embora em sua maioria, sejam essas faixas bem comuns em outros discos, este é um álbum que vale a pena ouvir, saber que Capinan sempre esteve entre nós.
Francisco Alves – Os Grandes Sucessos (1963)
Tenho recebido no Comentários algumas reclamações quanto à links quebrados. Na medida do possível esses irão se renovando. Não posso garantir se de imediato, pois dependo de uma série de fatores, principalmente a colaboração e compreensão de todos. Criei um endereço de e-mail exclusivamente para tratar do assunto (toquelinkmusical@gmail.com), pois muitas vezes acabo me esquecendo qual está com problemas. Assim, concentro tudo em um só lugar.
Bom, para finalizar, vamos ao motivo maior desta postagem. O segundo álbum do dia é outra preciosidade, tanto pela data quanto pela seleção de sucessos. Como consta na contra-capa, este lp retrata um Chico Alves em diversas fases, através da recuperação dos primeiros fonogramas e ao longo de sua carreira na RCA Victor. Este é mais um daqueles discos preciosos que nunca mais serão editados. Tem que conferir…
Elizeth Cardoso – Live In Japan (1977)
Para alegrar nosso domingo, embora um pouco já no fim do dia, vamos com este disco da Elizeth. Como se vê na capa, gravado ao vivo no Japão. Uma seleção dos melhores momentos do show acontecido no Teatro Shibuya Kokaido, Tokyo, em setembro de 1977. Um show que deve ter ficado na memória dos japoneses, principalmente a magnética, já que nesta época a tecnologia digital ainda estava no forno. Infelizmente, como acontece em grande parte dos álbuns ao vivo, este é mais um (grande) álbum simples. Podiam ter feito um duplo, incluir mais músicas. Shows como este mereciam uma produção fonográfica final mais caprichada. Será que são só os japoneses que merecem? 🙂 Brincadeiras a parte, parte logo pra ação… grande disco!
Preciso Aprender a Ser Só (Marcos Valle / Paulo Sergio Valle)
Estamos Com Onze No V Festival De MPB TV Record (1969)
Alguém aqui pediu, a um tempo atrás, que fosse postado discos de festivais. Na medida do possível eu venho fazendo isso. Acho esses discos a celebração da criatividade musical brasileira, álbuns que nos mostra um leque variado de artistas. Gosto principalmente das gravações ao vivo, que nos remete ao tempo e registra ali um momento histórico. O disco que temos aqui não é exatamente um álbum oficial de festival, mas sim uma seleção dos artistas do ‘cash’ da RGE que participaram do V Festival da Música Popular Brasileira da TV Record em 1969. Este lp é uma jóia, que mesmo apesar de estar um pouco “debilitado”, eu não poderia deixar de apresentar. Infelizmente o vinil, com seus arranhões tão profundos quantos os sulcos, não passam despercebidos. É uma pena, mas apesar de tudo, vale conferir. Raridade!
Wilson Simonal – A Vida É Só Pra Cantar (1977)
Olá amigos, estamos de volta! Depois de quase uns vinte dias longe desta cachaça, retomo novamente o copo, quer dizer, às postagens. Confesso que mesmo apesar do ar das montanhas, dos banhos de cachoeiras e das caminhadas pelos verdes, senti saudades do Toque Musical e de todo esse mundo digital, que a cada dia nos torna mais dependentes. Mas eu não ousaria levar um leptop ou mesmo visitar uma lan house, com pena de ser criticado pelos amigos, que abdicaram até de relógios e celulares! 20 dias de pura natureba, que beleza… Não vi nem o Carnaval passar… Bom, daí cansei de descansar e agora tô de volta!
Vamos abrindo com o Wilson Simonal. Neste disco muito bom, de 1977, ele busca retomar sua simpatia, através da regravação de antigos hits. Conta com a participação do grupo Os Originais do Samba e nos traz um trabalho com muito fôlego e garra. Grande Simonal!
Os Carbonos – Meu Amor Por Você (1969)
Para calejar bem os ouvidos, dentro do pacote de férias, aqui vai mais um disquinho da onda! Pode torcer o nariz quem quiser. Colocar em dúvida a credibilidade e qualidade musical deste que vos escreve, tudo bem… eu faria o mesmo a alguns anos atrás. Os Carbonos, entre outros do gênero, foi um grupo do qual eu ouvi falar durante toda minha vida, mas nunca me dei o trabalho de ouvir. Por certo, muitas vezes devo ter ouvido eles tocarem, mas nunca liguei uma coisa a outra. A Jovem Guarda tem muitas faces. Agora, mais recentemente, passei a ouvir por curiosidade e alguns eu achei bem interessante. É o caso dOs Carbonos, um grupo instumental, que tocava cover de tudo que rolava. Vale conferir este álbum que reúne seus melhores momentos. É até simpático de ouvir 😉Bossa 4 – Repeteco (1968)
Confesso que a primeira vez que vi este disco, achei que se tratava de um quarteto de Bossa Nova. Tudo a ver… Uma nome sugestivo, uma capa bacaninha, bem aos moldes dos álbuns de Bossa Nova. Deixei o bichinho lá na estante, por mais de um ano, esperando na fila sua vez. Mas foi ao ouvir que tudo ficou claro. Aliás já estava claro ao constar no verso a relação das faixas. Longe de bossa, a turma aqui estava mais prá Jovem Guarda. Um típico conjunto instrumental de beira de piscina, para animar tardes de sábado com horas dançantes. Um disquinho curioso, mas que vale mais pela capa.
Raul Seixas – Eu Raul Seixas – Show Ao Vivo Na Praia Do Gonzaga 1982 (1991)
Embora eu não tenha completado ainda um ano de casa, os patrões aqui, sempre amáveis e generosos, resolveram me liberar para uma quinzena de férias. Eles já haviam percebido como eu andava meio esgotado e desanimado. Assim, resolveram me emprestar a casa de campo, com direito ao carro para ir até lá e a promessa de uma geladeira cheia de coisas (espero que eles não tenha esquecido daquelas duas garrafas de bourbon e a outra de vinho do porto como eu havia pedido). Maravilha, não é mesmo? Bom, mas antes disso tenho que deixar a casa em ordem e finalizar com pelo menos mais uma postagem ‘de responsa’. Para tanto, resolvi continuar nas ‘curiosidades sonoras’ da juventude.Vamos com este disco do Raul Seixas, um álbum raro, lançado em 1991 pela Philips à pedido dos fans do artista. Na verdade foi uma encomenda, vários fan-clubes do Raul se juntaram para bancarem uma tiragem limitada (e oficial) em vinil de um registro em show realizado na praia do Gonzaga, em 82. A gravação é conhecida do público, muito antes do lançamento deste disco. Já corria de mão em mão através das antigas fitas cassetes. Em 91, finalmente os fans conseguiram realizar o sonho de transformar aquele show em um disco ao vivo do Raul Seixas. A Philips aceitou tran$formar aquela precária gravação em um disco de capa dupla (em edição limitada). Até onde sei, o disco podia ser pedido através de caixa postal. Não foi vendido em lojas. Apesar da qualidade sofrível do som, vale a pena ouvir a chapação do maluco beleza. O cara era muito bom, mas nessa altura ele tinha chegado num estado lastimável, esquecendo a letra, cantando errado, doido demais… Prá que lado tá o mar? Este é um disco em que seu valor está no objeto, a raridade é o próprio álbum. Eu, felizmente tenho o meu! Mas como eu dizia, prá que lado está o mar?
aluga-se
Bobby De Carlo com Os Megatons (1968)
Mais uma curiosidade… No rastro de Roberto Carlos e sua Jovem Guarda surgiu muita coisa, nos anos 60 e na década seguinte também. Seguindo o modelinho, novos astros pop foram aparecendo. Aqui temos um bom exemplo: Bobby De Carlo, uma mistura no nome que nos faz lembrar Roberto Carlos e Pepino Di Capri. Tudo a ver com a proposta musical da época. Confesso que, para mim, o que salva neste disco é a presença dOs Megatons. Apesar da minha rabugice o disco fez sucesso e Bobby De Carlo fez a vez com o hit “Tijolinho”. Tem também outras que engrossaram o caldo como “Bonequinha”, uma versão de “Oh, Pretty Woman” de Roy Orbison. De quebra, vem ainda mais três faixas bonus de início de carreira. Vamos conferir?