Gal Costa (1969)

Vamos mais uma vez com a excelente Gal Costa. Aqui temos o seu primeiro lp, gravado em 1968, mas só lançado em 69. Um exemplar do tropicalismo anunciando a chegada de uma grande interprete da nossa música. Esta é a capa original, que teria saído em 68. Preferi adotá-la por ser bem mais bonita. No mais, o conteúdo é o mesmo. Um álbum marcante e maravilhoso. Básico!

01 – Não Identificado
02 – Sebastiana (Part. Giberto Gil)
03 – Lost In The Paradise
04 – Namoradinho de Portão
05 – Sadosismo
06 – Se você Pensa
07 – Vou Recomeçar
08 – Divino, Maravilhoso
09 – Que Pena (Part. Caetano Veloso)
10 – Baby (Part. Caetano Veloso)
11 – A Coisa Mais Linda Que Existe
12 – Deus é o Amor

Zé Côco do Riachão – Voo Das Garças (1987)

Zé Côco do Riachão é conhecido e admirado pelo Brasil afora como o “artesão de sons”, e já foi chamado de “Beethoven do Sertão”. Ele vem do sertão de Minas Gerais, no Vale do São Francisco. Este disco foi lançado originalmente pelo Projeto Trem da História, em 1987 e dez anos depois foi novamente reeditado em cd. O título do lp é uma homenagem ao povoado de São Pedro das Garças, onde morou por vinte três anos. Nesse trabalho, Zé Côco se deu inteira liberdade para escolher o repertório, os arranjos e os músicos convidados (Titane, Marku Ribas, entre outros…). Ele fez questão de utilizar os próprios instrumentos que fabricou. São 17 faixas, de onde brotam e afloram lundús, valseados, corta-jacas, mazurcas, guaianos, dobrados e calangos.

Minha viola e eu amanhecendo no sertão (Zé Côco do Riachão)
Não me deixe só (Zé Côco do Riachão)
Vôo das garças (Zé Côco do Riachão)
Lundu jaca (Zé Côco do Riachão)
Alvoradinha (Zé Côco do Riachão)
Ping-Pong (Zé Côco do Riachão)
Sapateio no lundu (Zé Côco do Riachão)
Dia dos pais (Zé Côco do Riachão)
Desafio (Zé Côco do Riachão)
Forró do Zé (Zé Côco do Riachão)
Homenagem a São Pedro (Zé Côco do Riachão)
Cipó de Macaco (Zé Côco do Riachão)
Dobrado pra João Fumim (Zé Côco do Riachão)
Canela de Arubu (DP recolhido e adaptado por Zé Côco do Riachão)
Moda pra João de Irene (Zé Côco do Riachão)
Amanhecendo no sertão (Zé Côco do Riachão)
Minha viola e eu (Zé Côco do Riachão)

Guttemberg Guarabyra (1969)

Aqui um disco que eu gosto muito e por certo irá agradar aos que ainda não o conhece. Este é o álbum solo, primeiro lp, de Guarabyra – da dupla Sá & Guarabyra ou do trio Sá, Rodrix & Guarabyra. O álbum foi lançado em 1969 e traz músicas de seus compactos, incluíndo faixas como “Casaco Marron” – uma parceria com Danilo Caymmi e Renato Correia dos Golden Boys – que foi sucesso na voz de Evinha (lembram dela?). No disco há também “Margarida”, vencedora do II Festival Internacional da Canção (fase nacional) de 1967 e de bônus tem também aquele famoso jingle feito para a propaganda da Pepsi Cola. A música desse comercial fez também grande sucesso, todo mundo cantou… “só tem tem amor quem tem amor pra dar… nós escolhemos Pepsi e ninguém vai nos mudar.”
Certas Coisas 2:00
da Vida 3:10
É Preciso Amar Muito Mais 3:26
Pronto Pra Consumo 2:58
O Olhar Deserto 3:03
Veleiros do Vento Norte 3:22
Radinho de Pilha 2:29
Senhora Senhorinha 3:41
O Primeiro bem 2:32
Casa Antiga 2:03
Casaco Marrom (Bye Bye Cecy) 3:02
Funeral 3:54

Zé Rodrix & A Agência De Mágicos – Quem Sabe Sabe, Quem Não Sabe Não Precisa Saber (1974)

Em agosto, logo no segundo mês da ‘ressurreição’, eu havia postado aqui o primeiro disco solo do Zé Rodrix. Um grande toque musical. Agora trago o segundo que é tão bom quanto o primeiro. Uma continuação do trabalho anterior em 12 faixas afiadas. Acompanhado pela banda Agencia de Mágicos, Zé acertava em cheio na sonoridade que o disco carregava. Eu não sou crítico e nem quero ficar floriando mut neste post. Quem já conhece o Zé Rodrix sabe que vai sempre encontrar coisas boas. Sua experiência ao longo da carreira com grupos tão díspares como o Momento Quatro, Som Imaginário e o famoso trio Sá Rodrix & Guarabyra, conferem a ele uma versatilidade única. Eu ainda não ouvi um disco do cara que pudesse chamar de ruim. Suas composições têm brilho próprio. Este é mais um toque prá lá de musical, vai fundo…

01 – Quem sabe sabe quem não sabe não precisa saber(Zé Rodrix)
02 – Muito triste (Zé Rodrix)
03 – Compota de cereja (Zé Rodrix)
04 – Roupa prateada (Zé Rodrix)
05 – A volta do filho pródigo (Tavito – Zé Rodrix)
06 – Muro da vergonha (Zé Rodrix)
07 – Circuito universitário (Maxine – Zé Rodrix)
08 – Noite de sábado (Tavito – Zé Rodrix)
09 – Um rock pras futuras gerações(Zé Rodrix)
10 – Cadeira vazia nº 2 (Luiz Carlos Sá – Guarabyra – Zé Rodrix)
11 – Os bons velhos tempos (Estão de volta outra vez) (Zé Rodrix)
12 – Não perca o final – A roupa nova do rei (Zé Rodrix)

Os Sambeatles (1965)

Para encerramos a semana do rock, achei que seria interessante postar este disquinho. Não é exatamente rock, mas refere-se a ele, evidentemente aos Beatles. Aqui temos uma re-leitura de algumas pérolas dos Fab Four em ritmo de bossa e jazz. Muito bacana. Eu ouvi alguma coisa, mas não conhecia o disco. Segundo contam, Os Sambeatles foi o nome usado pelo trio de Manfredo Fest para gravar o disco. Quem ainda não conhece, vale a pena conferir. O toque é este.

O Terço (1970)

Antes que a semana do rock aqui no Toque Musical acabe, quero postar mais alguns que já estavam listados. Vamos agora com outra banda, O Terço. Um grupo acima da média, que está na estrada desde 1969. Concebido para ser um trio (daí a origem do nome, uma tríade), o grupo era formado por Sérgio Hinds, Vinícius Cantuária e Cesar Mercês. Este último viria a ser substituido por Jorge Amiden ao lançarem este que foi o primeiro LP, em 1970. Um trabalho que apresenta um rock básico tipo anos 50 e 60, com leves pitadas progressivas. O grupo escandalizou alguns católicos terço fanáticos, ao posarem de jeans, camisetas e descalços dentro de uma igreja para a foto da capa. O Terço foi sem dúvida uma das maiores bandas de rock que já tivemos. O ápice, ao meu ver, foi no disco “Criaturas da noite”, com o Flávio Venturini e Magrão no time. Infelizmente, com as diversas mudanças sofridas ao longo do tempo, a banda foi perdendo seu encanto. A persistência do Sérgio Hinds acabou levando o Terço para um arremedo de si mesmo. Me parece que em 2005 eles voltaram com essa formação de 30 anos atrás (Sérgio, Flávio e Magrão) para fazerem algumas apresentações. Acho que rolou um disco também, mas essa estória fica para uma outra oportunidade. Segue aqui então o álbum de 70 e de bônus estão incluídas as faixas do compacto que saiu em 1971.

plaxe voador
yes, I do
longe sem direção
flauta
i need you
antes de você… eu
imagem
meia-noite
saturday dream
velhas histórias
oh! suzana
bonus
o visitante
adormeceu
doze avisos
mero ouvinte
trecho da ária extraída da suíte em ré maior
tributo ao sorriso
saturday Dream (Ao Vivo)

Blow Up – Expresso 21 (1971)

Outro grupo que gosto muito e que não pode faltar um toque é o Blow Up. Este surgiu em Santos no final dos anos 60. O nome “Blow Up” foi tirado de um filme homônimo de Antonioni, aqui no Brasil conhecido como “Depois daquele beijo”. Eles gravaram dois lps, sendo este o segundo, que também é conhecido como “Expresso 21”. Antes porém, gravaram com o Zegê (hoje, Zé Geraldo) um compacto em 1968 e posteriormente mais dois em 76 e 77 – além de participações em coletâneas e tema de novela. Dizem que o primeiro lp é muito bom e tão raro quanto este. Eu, nunca vi nem a capa. Quem souber, por favor, me dê um toque. Enquanto isso, vamos curtindo o segundo que é muito rock.

01. Hei Brasil
02. Hello My Baby
03. I Want You Any Way
04. Som D’Avenida
05. Não é Natural
06. Canção de Quase Um Minuto
07. Noite e Dia
08. Expresso 21
09. Amigo Coração
10. Tá Cozendo o Tempo
11. Meu Amigo

Os Lobos – Miragem (1971)

Me lembro do quanto esta capa fazia sucesso entre meu grupo de jovens amigos, bem mais que o próprio disco. A primeira vez que vimos este lp com um olhão na capa, pesavamos que ser tratasse de uma banda internacional. Bem maneira… Os Lobos surgiram em Niteroi, RJ, no final dos anos 60. Na formação da banda destaca-se o cantor e compositor Dalton que veio a fazer sucesso nos anos 80 e 90. Lançaram este que foi o primeiro lp em 71 e no ano seguinte, o grupo participou do Festival Internacional da Canção, classificando-se entre os dez finalistas com “Eu sou eu, Nicuri é o diabo” de Raul Seixas. Embora num passado a capa me atraísse mais que o disco, hoje posso dizer com certeza que é o inverso. O disco é muito bom e ainda estão incluídos como bonus, as músicas dos primeiros compactos, seguindo a cartilha dos Mutantes.

01. Seu Lobo
02. O Homem de Neanderthall
03. Avenida Central
04. Meu Amor Por Cristina
05. You
06. Miragem
07. Santa Teresa
08. Dorotéia
09. Carro Branco
10. Pasta Dental Sabor Chicletes
11. Cristina (bonus)
12. Só Vejo Você (bonus)
13. Cabine Classe A (bonus)
14. Fanny (bonus)

Bango (1971)

O Bango é mais uma banda bacana de um disco só. Uma pena, porque os caras faziam um som de qualidade. Um rock com influências que passavam do hard ao progressivo e em alguns momentos a semelhança, pricipalmente em “Motor Maravilha”, com os Mutantes que naquele mesmo ano estavam bombando. Influências a parte, o disco é uma obra essencial do rock brasileiro. Toque básico!

01. Inferno no Mundo
02. Mas Senti
03. Rollin’ Like a Boat
04. Motor Maravilha
05. Marta, Zeca, o Prefeito, o Padre, o Doutor e Eu
06. Rock Dream
07. Geninha
08. Only
09. Vou Caminhar
10. Ode to Billy

Rita Lee – Build Up (1970) REPOST

Por certo vocês não acharam que eu iria esquecer, neste momento, de trazer o filé, né? Pois é, tudo tem sua hora e o da Rita Lee chegou – e muito bem acompanhada pelos seus companheiros dos Mutantes. O disco é bem legal, com composições próprias, parceria com Arnaldo Baptista e Élcio Decário que foi um compositor que teve um breve e marcante ‘caso’ de parceria a banda (basta ouvir Ave Lúcifer para comprovar), no álbum A Divina Comédia ou Ando Meio Desligado. O disco ainda tem a versão “José” que virou o hit de sucesso. Após o lançamento deste lp, Rita Lee foi convidada a se retirar da banda. Daí começaria uma nova etapa cheia de sucesso e sucessos. Salve Santa Rita de Sampa!

 Sucesso, Aqui Vou Eu (Build Up)
Calma
 Viagem Ao Fundo De Mim
 Precisamos De Irmãos
 Macarrão Com Linguiça E Pimentão
 José ( Joseph )
 Hulla-Hulla
 And I Love Her
 Tempo Nublado
 Prisioneira Do Amor
 Eu Vou Me Salvar

Silvinha (1971)

Mineirinha da cidade de Mariana, Silvinha é uma cantora que surgiu em 1967, lançada no programa do Chacrinha. Participou de diversos programas musicais na televisão, tendo também seu próprio programa, “O Bom”, no qual ela se apresentava ao lado de Eduardo Araújo, que veio a ser depois o seu marido. Gravou três lps na Odeon, nos anos de 1968, 1969 e este que apresento, de1971. Tornou-se uma das mais requisitadas cantoras de estúdio do Brasil, gravando em dupla com vários artistas, inclusive com o maridão Eduardo Araújo. Embora não sendo exatamente uma maravilha, este disco é mais um que reflete bem o clima do início dos anos 70. Vale o toque, vale conferir…

01. Voce Já Morreu e Se Esqueceu de Deitar
02. O Que Fazer para Te Esquecer
03. Estou Pedindo Baby
04. Deixa a Cinza Deste Inverno Passar
05. Prá Toda a Geração
06. Paraíba
07. Risque
08. Seu Amor Ainda é Tudo Pra Mim
09. Leve a Vida
10. É Minha Opinião
11. Nossos Filhos Serão Pais

Gal Costa – Gal (1969)

Falar sobre a cantora Gal Costa é chover no molhado. Uma interprete inquestionável, cantora de um timbre dos mais agradável e versátil como poucas. Seus discos refletem bem cada momento de sua carreira. E é justamente no início, nos primeiros discos, que podemos saborear sua fase mais jovial e rebelde. Aliás, quem não é rebelde na juventude, principalmente nos anos 60. Aqui temos o segundo lp de Gal, um disco psicodélico até na capa. Um misto de rock lisérgico e ‘baforadas tropicalientes’. Eu ouvi este disco a primeira vez quando tinha uns 15 anos e fiquei muito impressionado com um lado da cantora que eu até então não conhecia, e olha que já haviam se passado 7 anos da época do lançamento. Naquele momento eu achava este disco super atual. Na verdade, continuo achando. Para mim, este álbum é básico! Toca esse toque aí…

1 Cinema Olympia
2 Tuareg
3 Cultura e civilização
4 País tropical
5 Meu nome é Gal
6 Com medo, com Pedro
7 The empty boat
8 Objeto sim, objeto não
9 Pulsars e quasars

Jorge Amiden, Luiz Junior & Alen Terra – Karma (1972)

Este é outro grupo muito interessante, que na verdade eu pretendia postá-lo em um segundo momento do ‘rock brasilis e seus derivados’. Acabei fazendo uma confusão nas postagens que pretendia levar cronológicamente até 1970. Acabaram entrando alguns que ultrapassam essa data. Assim sendo, extenderei os álbuns até 1972. Foi exatamente nesta data que o guitarrista Jorge Amiden (primeiro músico de que se tem notícia no mundo que apareceu tocando uma guitarra de três braços) saído dO Terço, se juntou a Luiz Junior e Alen Terra para gravarem este disco, o Karma. Mais um grande e único álbum que deu nome a banda que também participou do FIC (Festival Internacional da Canção), com a música “Depois do porão”. O grupo teve outras formações até por volta de 1976, mas não chegaram a gravar outro disco. Vai neste toque…

01- Do Zero Adiante
02- Blusa De Linho
03- Você Pode Ir Além
04- Epílogo
05- Tributo Ao Sorriso
06- O Jogo07- Omissão
08- Venha Pisar Na Grama
09- Transe Um
10- Cara & Coroa

Liverpool – Por Favor Sucesso (1969)

Depois de já ter postado aqui na última semana uma série de deliciosos discos de rock, fico pensando se já não é hora de trocar o tema. Contudo, ainda gostaria de apresentar mais alguns, aproveitando a leva dos ripados. Para os fans de outros gêneros, eu peço apenas um pouco mais de paciência. Em breve entrarei com coisas mais inéditas. Enquanto isso, vamos com mais uma destacada e ‘descolada’ banda do fim dos anos 60. O Liverpool foi um dos representantes do rock feito no sul. Formado em Porto Alegre, a banda gravou um único álbum, em 1969, recheado de psicodelia e tropicalismo. “Por Favor Sucesso” é resultado da classificação do grupo na fase regional no II Festival Universitário da Música Popular, em que o grupo defendeu a música que deu nome ao álbum, de autoria de Carlinhos Hartlieb. Um disco cheio de influências do rock americano, inglês e tropicalista, abusando de guitarras distorcidíssimas e harmonias ousadas. O diferencial da banda está no fato de tocarem músicas próprias e em português. Grande banda! Vale o toque.

01. Por Favor Sucesso
02. Que Mania
03. Cabelos Varridos
04. 13o. Andar
05. Blue Haway
06. Você Gosta
07. Olhai os Lirios do Campo
08. Voando09. Planador
10. Água Branca
11. Impressões Digitais
12. Paz e Amor
13. Tão Longe de Mim

Espectrum – Geração Bendita (1971)

Este álbum é na verdade a trilha sonora de um filme, “Geração Bendita”, tão obscuro quanto o grupo que toca, o Espectrum. Foi considerado a um tempo atrás um dos discos de rock progressivo mais raros e cultuados do mundo, chegando a valer uma baba para colecionadores que corriam os quatro cantos do país (e também do mundo), por lojas e sebos, atrás da preciosa bolacha. Hoje eu não sei exatamente a quantas anda este disco no mercado, pois a um tempo atrás, com toda essa badalação, um dos criadores do grupo, José Luiz Caetano, resolveu investir em seu relançamento. Criou um site onde conta toda a história do grupo e do filme. Para quem quizer saber mais detalhes e adquirir o disquinho, vale a pena dar uma conferida no endereço http://www.spectrum.mus.br/. O toque tá dado…

01. Quiabo’s
02. Mother Nature
03. Trilha Antiga
04. Mary You Are
05. Maria Imaculada
06. Concerto do Pântano
07. Pingo é Letra
08. 15 Years Old
09. Tema de Amor
10. Thank You My God
11. On My Mind
12. A Paz, Amor, Você

The Galaxies (1968)

Outra banda que marcou vez no circuito ‘underground’ paulista dos anos 60, foi o The Galaxies.
Formado pelo inglês David Charles Odams (guitarra e vocal), pela americana Jocelyn Ann Odams (maracas e vocal) e pelos brasileiros Alcindo Maciel (guitarra e vocal) e José Carlos de Aquino (guitarra e bateria). Com um repertório totalmente de baseado em covers de grupos ingleses e americanos, eles gravaram este que foi o seu único lp, pelo selo Forma em 1968. A sonoridade da banda, no alge do psicodelismo, nos faz lembrar em muito o rock lisérgico de Grace Slick e seu fabuloso Jefferson Airplane. Toque este toque.

01. Hey
02. Cant Judge a Book by Looking
03. Orange Skies
04. Im Not Talking
05. Aint Gonna Lie
06. Linda Lee
07. Mellow Yellow
08. Concrete and Clay
09. Que Vida
10. How Does That Grab You Darling
11. Slow Down Baby
12. Farmer John

Os Brazões (1969)

Como tantos bons grupos que surgiram no final dos anos 60, Os Brazões foram outro que mesmo acima da média não passou deste único disco. Porém, eles não fizeram feio, muito pelo contrário. Gravaram um disco bem dosado entre o psicodelismo e tropicalismo, rico em percussão e com letras em português. Os Brazões era banda que acompanhava Gal Costa naqueles tempos. Vale a pena ouvir e conhecer mais este toque.

01. Pega a Voga Cabeludo
02. Canastra Real
03. Módulo Lunar
04. Volkswagen Blue
05. Tão Longe de Mim
06. Carolina, Carol Bela
07. Feitiço
08. Planador
09. Espiral
10. Gotham City
11. Momento B8
12. Que Maravilha

Módulo 1000 – Não Fale Com Paredes (1972)




Este é um disco que merece atenção. Quando o rock no fim dos anos 60 no Brasil era mais ou menos o que tem sido mostrado aqui, um grupo estaria surgindo com uma nova proposta. Era a primeira vez no Brasil que se ouvia um tipo de rock que ultrapassava os limites do psicodélico, uma nova sonoridade com pretensões bem maiores que um simples modismo. “Não fale com paredes” era revolucionário até na capa totalmente conceitual. O Módulo 1000 apareceu através deste lp, que eu considero uma obra prima, um marco inicial do rock progressivo brasileiro. Como sempre, foi mais uma jóia mal apreciada, esquecida e raramente lembrada. Contam que na década de 90, um colecionador de discos do Rio de Janeiro comprou os direitos do Módulo 1000 junto a Top Tape e transformou o LP em CD com um número limitado de cópias (no Brasil). O CD saiu pela Zaher Zein/Projeto Luz Eterna. E me parece que também se extendeu ao mercado internacional, sendo relançado na Europa. Alguém me falou que havia comprado um na Alemanha. Enquanto isso na terra mãe, ficamos com arquivos em mp3 e os poucos e raros exemplares em vinil, como este que eu só vendo por 1000 (reais). Quer comprar? Eu tenho dois 🙂 . Segue aqui então o álbum com direito a capa, contracapa, selos e partes internas. Aproveito e incluo também de bônus mais 8 músicas do grupo, que fizeram parte do “Love Machine” e da coletânea “Posições”. Gostaram? Isso sim é que é uma senhora postagem. Serviço completo!

01. Turpe Est Sine Crine Caput
02. Não Fale Com Paredes
03. Espêlho
04. Lem – Ed – Êcalg
05. Ôlho por Ôlho, Dente por Dente
06. Metrô Mental
07. Teclados
08. Salve-se Quem Puder
09. Animália

The Brazilian Bitles – Brazilian 60’s Nuggets Collection (2001)

Outra banda que não pode faltar é sem dúvidas o Brazilian Bitles. Esse grupo fez muito sucesso durante os anos 60. Esteve totalmente envolvido na Jovem Guarda e na beatlemania. Foi um dos primeiros a aparecer com um visual diferente, cabelos compridos e atitude. Tiveram um programa na TV Excelcior nas tardes de sábado, o “Brazilian Bitles Club” de onde surgiram vários artistas e bandas no cenário pop nacional. Gravaram ótimos discos que, injustamente, nunca foram relançados em cds. Uma pena… Segue então esta coletânea, num toque especial, que define basicamente o trabalho do grupo.

O Bando (1969)

O Bando foi outro grupo interessante no cenário musical da época. Um grupo pop, mas muito bem temperado, com arranjos dos maestros Rogério Duprat, Damiano Cozzela e Júlio Medaglia. Este diferencial faz deles mais um conjunto tropicalista do que propriamente uma banda de rock. O álbum, que foi o único gravado por eles, tem músicas de Caetano Veloso, Jorge Ben e até do ‘nuvem passageira’ Hermes Aquino. Este disco, embora amplamente divulgado na rede, continua sendo uma peça rara muito procurada por colecionadores. Toque este toque que você vai gostar.
…E assim falava Mefistófeles
Fossa Boboca
Que Maravilha
Disparada
Vou Buscar você
Sala de Espera
Alegria – Alegria
Quem Sabe
Pela Rua da Praia
Esmagando Sua Sorte
Longe do Tempo

Red Snakes – Trying To Be Someone (1970)

Taí outra banda muito boa que reinou nos fins dos anos 60 em bailes no Rio. Os caras começaram ainda crianças, meio que na brincadeira, seguindo a linha instrumental que outros grupos faziam. Estrearam em disco em 1966, gravaram alguns álbuns, mas foi somente neste “Trying To Be Someone”, seu último álbum, que eles realmente mostram como eram bons. Foi o único disco onde eles apresentaram composições próprias. Mesmo apesar de uma certa popularidade, com o lp lançado com cuidado por um selo grande, o Mocambo, e ter sido bem divulgado, o álbum não decolou como deveria. Uma pena. Isso talvez, devido ao fato das letras serem em inglês. Seja como for, este é mais um disco que merece o toque musical.

01. Trying To Be Someone (open up your eyes)
02. Please Come On and Hold Me
03. Onie
04. You Make Me a Fool
05. Born Under a Bad Sign
06. Welcome Me Love
07. Slow Down
08. I’ve Been Just a Little Boy
09. Chest Fever
10. Perhaps Someday
11. Bye Bye Love

Os Megatons (1964)

Um álbum curioso e raro. Digo isso porque depois de uma pesquisa prolongada, ainda não consegui juntar inteiramente as peças deste grupo com o disco. Este álbum consta como sendo de 1964. O banda foi criada no inicio dos anos 60 pelo guitarrista Joe Primo do Jet Blacks e até 66 era exclusivamente instrumental, aliás era o que predominava na época. Até aqui tudo encaixa direitinho, porém não encontrei informação sobre este disco. O que é curioso, se tratando de um álbum gravado pela Philips. Na discografia do grupo este lp não está presente. Seria um outro Megatons? Parece que não… Alguém pode nos dar a luz? Eu dou o toque musical.

Sound Factory (1970)

Entre as curiosidades e raridades do ‘rock in’ Brasil, o Sound Factory é uma banda que não poderia faltar. Grupo de um disco só, que virou objeto de cobiça e desejo de colecionadores. Vale uma nota preta este lp original. Informações sobre a banda também são raras e eu mesmo não sei nada além do disco. Mas vale uma conferida, pois o caras são acima da média. O repertório, todo em inglês, trás além de covers de bandas como o Traffic, Jefferson Airplane, Robert Johnson, entre outros; músicas próprias. Um de seus integrantes era um músico americano. Talvez daí venham as influencias e o diferencial que os destaca. Bom disco, vale mais este toque.

01. Restless Time
02. Crossroads
03. Can’t Find my Way Home
04. I’m Yours and I’m Hers
05. Whithering Tree
06. Sanghai Noodle Factory
07. Wasted Union Blues
08. Lather
09. Let’s go
10. Midnight Inspiration

Beat Boys (1968)

Mais uma turma de ‘descolados’ da Jovem Guarda, composta por músicos brasileiros e argentinos. Na verdade, acho que esses caras não tinham muito a ver com a Jovem Guarda, a assosciação vem do fato de serem e fazerem música jovem, por viverem o mesmo contexto socio-cultural da época. O mesmo vale para os Baobás. A Jovem Guarda sempre me pareceu algo mais pop(ular), ingenuo, romântico e um pouco caricatural. Foram os Beat Boys quem acompanham Caetano Veloso no III Festival de Música Popular Brasileira da TV Record, em 1967, na música “Alegria, Alegria”. Naquela época eles escandalizaram os conservadores (assim como a apresentração de Gilberto Gil e Os Mutantes em Domingo no Parque) ao misturarem pela primeira vez rock e MPB em um festival de música popular. Eles também gravaram com Gilberto Gil um compacto, hoje raríssimo com a música “Questão de Ordem” e tiveram participação em algumas faixas do terceiro disco do Ronnie Von. Este que foi o único disco da banda só saiu em maio de 1968. Apesar do pouco material produzido e de não terem conseguido o devido reconhecimento, considero esta uma das melhores bandas do rock nacional. Vale o toque!

01. A Felicidade
02. A Time For Remembrance
03. Meu Tamborim0
4. Era uma Vez uma Menina
05. Abre, Sou Eu
06. Abrigo de Palavras em Caixas do Céu
07. Wake me, Shake me
08. Pobre Coração
09. Sempre Esperando
10. Canção que Ninguém Mais Cantou
11. Ária Para 4ª Corda
12. Torta de Morangos

Os Incríveis (1970)

Na mesma seqüencia e sintonia, segue agora o álbum de 70, outro grande disco. Embora muito mal falado por muitos, devido a emblemática música de Dom e Ravel “Eu te amo meu Brasil”, que foi de imediato associada à propaganda a favor do governo militar e a ditadura. Acho que foi em razão disso que eles pararam. Acho também que esta parada foi fatal, minando todas as outras tentativas de retorno. Uma pena… Sei que alguns dos integrantes se reuniram e lançaram em 2001 um disco ao vivo. Eu bem que gostaria de ouvir, ainda não tive a oportunidade de achá-lo. Se alguém souber e puder me dar uma dica de onde baixá-lo, ficarei grato. 🙂

01 Adeus amigo vagabundo ( Tributo a Jimmy Hendrix )
02 Vou pra beira do mar esperar o sol
03 Eu te amo meu Brasil
04 Você pensa que é a tal
05 Mundo de amor
06 Eu preciso me livrar de você
07 Question
08 Sem destino (Vagabondo)
09 You keep me hangin’ on
10 Hi-de-ho

Os Incríveis (1969)

Não sei se ja deu para perceber, mas sou fan dos Incríveis, principalmente nesta fase que vai de 1968 a 72. Este disco de 69 é tudo de bom e por essa e outras que não pode faltar no Toque Musical. Este álbum foi relançado em cd juntamente com o de 70, na Série 2 em 1 como um presente. Dois dos melhores discos da banda que eu não irei poupar um toque.

01 Vendedor de bananas
02 Renascerá
03 O vagabundo (Giramondo)
04 Quando vejo o sol
05 See saw
06 Você não foi aquilo que pensei
07 Que coisa linda
08 Vendi os bois
09 Embora
10 Jurema
11 Pra onde é que eu vou

Os Baobás (1968)

Oscilando entre o que podemos chamar de ‘diversidade musical nos primóridios do rock nacional’, vamos agora para um grupo dos mais ‘antenados’ com o que se passava lá fora, os Baobás. Me parece que eles gravaram apenas este lp, mas como tantos outros deixaram sua marca. Era um grupo onde o repertório, em ingles, se pautava quase sempre em covers da psicodelia. Kinks, Jimi Hendrix, Love, The Doors e tantos outros faziam parte do repertório da banda. Tinham também músicas próprias, como constam no disco: “Tonite” e “Got To Say Goodbye” Eram o lado ‘descolado’ da Jovem Guarda. O grupo também acompanhou Caetano Veloso pós-Alegria Alegria em programas de televisão e shows, substituindo os Beat Boys. Este é mais um daqueles discos que só não é mais raro porque raro se tornou comum. Mais vale o toque…

01. Night in White Satin
02. Hello I Love You
03. Undecided Man
04. Sunny Afternoon
05. Tonite
06. I Love You
07. Orange Skies
08. Baby Come Back
09. Hey Joe
10. Well Respected Man
11. Got to Say Goodbye
12. The Dock of The Bay

The Pop’s – Vol. 3 (1968)

Achei na rede este disquinho e resolvi posta-lo devido a sequencia dos álbuns já apresentados e deste no contexto da música jovem dos anos 60. Embora considerados um pouco ‘brega’, os cariocas The Pop’s foram um dos importantes grupos de rock instrumental, ao lado de The Jordans, The Jet Blacks, The Clevers, The Rebelds e outros. O grupo passou por algumas formações, mas a fase boa mesmo foi quando o J. Cesar era seu guitarrista. Ele tem solos incríveis! Infelizmente neste álbum ele já havia saído.

Os Populares (1969)

Os Populares surgiram em 1967 no Rio de Janeiro, de uma dissidencia do The Pop’s. O guitarrista J. Cesar, por sinal um dos melhores do Brasil, resolveu criar o grupo em paralelo com os Pop’s que ainda continuavam a existir.Eles se lançaram em um compacto com músicas de Natal, hoje muito raro. O grupo se apresentou em diversos programas de rádio e TV, gravaram alguns discos e atuaram até por volta de 1978, conseguindo alguma popularidade. Seu estilo era a princípio e basicamente instrumental, bem na linha ‘conjunto de beira de piscina e bailes’. Neste lp, destacam-se as músicas “Índia” e os medleys “Maravilhas da Itália” e “Maravilhas de Portugal”. J. César e seus Populares chegaram a gravar 26 lps, mas apenas quatro constam com o nome do grupo, nos outros, por questão de contrato, foram lançados com pseudônimos ou nem isto.

1. Aniversário de Casamento (Lourival Faissal)
2. Toi, Toi, Toi (J. Kluger)
3. Canção da Criança (Francisco Alves – R. Bittencourt)
4. Não Há Dinheiro Que Pague(Renato Barros)
5. Estrela do Mar / Pastorinhas (Paulo Soledade – M. Pinto) / (Noel Rosa – João de Barro)
6. Ob-la-di, Ob-la-da(Lennon – McCartney)
7. Atravessando o Rio Mersey (Ferry ‘Cross The Mersey) (Gerry Marsden)
8. Lenda do Beijo (Sotulo – Vert)
9. Ai Mouraria(F. Valério – A. do Vale)
10. Mara (J. César – Márcio Antônio)
11. Balançando (J. César – Márcio Antônio)

O Seis (Pré-Mutantes) – Compacto (1966)

Para quem tem acompanhado as postagens do Toque Musical, devem perceber que estou prolongando a temática Jovem Guarda/rock nacional. Resolvi fazer assim, numa só levada, quero estar postando tudo aquilo que acho relevante na música jovem brasileira nas décadas de 50, 60 e 70. Por certo existem milhares de títulos bacanas e se eu ficar só nessa acabo dando a impresão de que o blog só dá isso. Não, a coisa não é bem assim… Darei uma pausa ao final desta semana. Entrarei com outros gêneros e mais pra frente a gente volta ao bom e velho rock’n’roll.
Seguimos agora com este compacto, numa antológica, primeira e única gravação de um grupo, O Seis, que dois anos depois se tornaria a maior banda de rock nacional, Os Mutantes. Ligados ao artista plástico Antônio Peticov, espécie de empresário da banda, O’Seis agitou a capital paulista, incluindo aparições na televisão, e no palco da Folha de S. Paulo, por mais de dois anos. O grupo era formado pelos irmãos Arnaldo e Sérgio Dias Baptista, Rita Lee, Rafael Vilardi, Luiz Pastura e Mogly O disquinho trás duas músicas, “Suicida” e “Apocalipse”, que já prenunciavam o que viria pela frente. Além do disquinho dO Seis, inclui de bônus um outro compacto surpresa. Querem saber o que é? Confiram mais este toque.

suicida
apocalipse