Jerry Adriani – Um Grande Amor (1965)

Olá a todos! Pelo andar da carruagem, acho que teremos uma semana nessa linha, romântica e popular. Como dizem, “o sol nasceu para todos” e o Toque Musical a muito já deixou de agradar somente ao seu criador. Aqui todo mundo tem vez, mas por favor…
Chegando ao liminte… quero dizer, chegando agora, vamos com o Jerry Adriani que para minha sorte, dispensa comentários. Neste disco tem a participação de Renato E Seus Blue Caps e orquestração do maestro Alexandre Gnattali .
Desculpem, mas eu estou numa correria doida. Tchau!
querida
deixe-me leva-la pra casa
não tenho ninguém
triste amor
já nada existe
ho bisogno di vederti
não quero mais amar
só ficou o adeus
porque
um grande amor
marianne
se piangi, se ridi

The Pop’s (1990)

Olá meus caríssimos visitantes! Ainda continuo agarrado… sem muito tempo para qualquer coisa além do básico. Por isso, aqui vai mais um álbum de gaveta, o qual eu não tive nem tempo para checar se estava certinho. Mas acho que está todo legal.
Temos pela segunda vez no Toque Musical o grupo The Pop’s. Um conjunto essencialmente instrumental que fez muito sucesso nos anos 60. Eles acompanharam artistas como Wanderléa, Erasmo Carlos, Nelson Gonçalves, Altemar Dutra, entre outros… Ao longo de sua existência, passaram por algumas mudanças em sua formação, o que se pode observar na sonoridade de seus discos. Este álbum, relançado em 1990, é provalvemente de 1969 depois da saída de J. Cezar e Parada que, respectivamente vieram a formar Os Populares e o Parada 5.
branca
falando ao coração
esfinge
ave maria
despertar da montanha
evocação n.1 / frevo das vassourinhas n.1
sonhos de amor
o forasteiro
poinciana
sons de carrilhões
samba canção
as sete maravilhas n.4

Abertura – Festival Da Nova Música Brasileira (1975)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Esta postagem está sendo novamente publicada, apesar das tentativas perpretadas por alguns invejosos, que de alguma forma conseguiram retirar esta e outras do nosso rol de raridades no Toque Musical. Tem gente que fica muito incomodada com o fato de alguns títulos serem postados aqui primeiro. Como dizem, ‘a inveja é uma merda!’.

Como eu estou com um pouco de preguiça, vou apenas fazer como a grande maioria… Segue a baixo um texto sobre o Festival Abertura, extraído exatamente das páginas do site da Rede Globo.
Lançado no final de 1974, com direção de Arnaldo Artilheiro e Carlos de Oliveira e produção de Renato Correa e Castro, o festival Abertura foi criado para estimular compositores e cantores que não tivessem conquistado até o terceiro lugar em qualquer outro festival televisionado. As músicas eram selecionadas por uma comissão indicada pela direção da Divisão de Shows da Rede Globo e submetidas à aprovação da direção da Central Globo de Produção (CGP).
O festival teve cinco apresentações, sendo quatro eliminatórias e a finalíssima, realizadas entre janeiro e fevereiro de 1975, no Teatro Municipal em São Paulo, na presença de um público significativo. Quarenta músicas participaram das eliminatórias. O júri era formado por Marcos Valle, Diogo Pacheco, Damiano Cosella, João Evangelista Leão, Maurício Kubrusly, José Márcio Penido e Sérgio Cabral, todos escolhidos pela direção da Central Globo de Produção e presididos por Aloísio de Oliveira, que não teve direito a voto. As músicas classificadas foram divulgadas antes mesmo da realização do programa, e as gravadoras puderam veicular as canções nos meios de comunicação. Nas quatro eliminatórias e na finalíssima foram apresentados shows de artistas consagrados da MPB, como Ivan Lins, Gal Costa, Martinho da Vila e Erasmo Carlos, que levaram ao palco suas mais recentes canções. Com a presença do então prefeito de São Paulo, Miguel Colassuono, em 5 de fevereiro foram entregues no Teatro da Globo (SP) os prêmios em dinheiro aos três primeiros colocados. Carlos Vergueiro, autor de Como um ladrão, conquistou o primeiro lugar; Fato consumado, de Djavan, ficou em segundo lugar; e Muito tudo, de Walter Franco, em terceiro. Os outros premiados foram Hermeto Pascoal, pelo melhor arranjo, com Porco na festa; Clementina de Jesus, como a melhor intérprete com A morte de Chico Preto; e Alceu Valença, pelo incentivo à pesquisa, com Vou danado pra Catende. Radamés Gnatalli e Mário Lago ganharam os prêmios de colaboração prestada à MPB.
.
tamanco malandrinho – tom e dito
cmo um ladrão – carlinhos vergueiro
antes que eu volte a ser nada – leci brandão
vaila – ednardo
ben-ti-vi – jorge mautner
ébano – luiz melodia
ficaram nus – burnier e cartier
fato consumado – djavan
muito tudo – walter franco
o tempo – reginaldo bessa
princípio do prazer – jards macalé

Leno e Lilian – Não Acredito (1967)

Voltando gradativamente…, e também pela minha total falta de tempo para preparar um tema semanal, estou aproveitando os meus já famosos ‘álbuns de gaveta’ 🙂 para salvar o dia. Como a Jovem Guarda foi também celeiro para a música brega, escolhi para hoje uma dupla que tem um pé no brega e outro no rock, Leno & Lilian. “Não acredito” é um clássico da Jovem Guarda que todo mundo já conhece ou pelo menos já ouviu falar. Um bom disco, cheio de versões, mas que agrada em cheio. Desculpem, mas hoje o bicho tá pegado…

Não acredito
Um novo amor surgirá
Ouçam todos
Parem tudo
Resta esperar
Não vai passar
Sua lembrança
Não vou mais pensar em você
O mentiroso
Nem mesmo em sonho
A mania que eu tenho
Coisinha estúpida
A Pobreza
Aquela canção

Raimundo Soldado E Conjunto Grupo De Ouro – Abraçando Você (1980)

Taí, como havia dito, para completar o domingo, mais uma pérola do autêntico e ingênuo brega. Este disco eu acho muito interessante, a começar pela capa que nada lembra o estilo, muito pelo contrário, é simples e direta. Um amigo europeu ao ver o álbum, chegou a acreditar que se tratasse de um jazzista nacional. Realmente a capa tem algo de conceitual, comum à discos de jazz. Mas acho melhor parar por aqui, antes que a turma caia de pau.
Raimundo Teles Carvalho, mais conhecido como Raimundo Soldado foi um artista popular maranhece. Sua música romântica e sessentista mesclava um estilo Jovem Guarda com forrós e carimbós. Nos anos 80 começou a se destacar, principalmente com o lançamento deste disco “Abraçando você”. Gravou uns seis ou sete discos e sua popularidade se concentrava no norte e nordeste do país.
Este é mais um disco que eu recomendo para sua festa. Mas deixe para tocá-lo depois que todos os convidados já estiverem mais relaxados. No fundo todo mundo tem um pouco de Falcão, isso “não tem jeito que dê jeito”. E como já dizia o Caetano: “… a crítica que não toque na poesia…”

fiquei tão triste
você gosta de mim
não tem jeito que dê jeito
meu torrão
amor forçado
não sou de brincadeira
menina linda
eu não tenho ninguém
abraçando você
os dias da semana
vamos economizar
sanfona branca

Beleza Pura – O Fino Do Brega (2005)

Depois de ter postado o Evaldo Braga, achei que seria muito interessante trazer esta coletânea que (modéstia à parte) ficou realmente fina. Eu havia criado esta seleção em 2005, com direito a capinha e tudo mais, para presentear os meus amigos. Chegou até a ser divulgada em um extinto blog musical, o Acesso Raro, um dos pioneiros nessa nova onda musical. O disquinho fez o maior sucesso e muita gente ainda procura por ele. Não há nada melhor para se tocar num fim de festa, todo mundo já ‘mamado’, começa então a distração. É nessa hora que o ‘cabra metido a besta’, que diz que só ouve jazz e bossa nova, ‘solta a franga’. Tem também a moçada mais nova, que mesmo ligada no rock e tantas novidades, não dispensa a baranguice. Essas músicas são ótimas!
Sério mesmo, tem que ouvir… merece nossa atenção. Mas há de se entender que existe também uma diferença entre música brega e estilo brega. Este último já é uma coisa forçada, um sub-produto do brega. Aí é foda! O brega é barango por natureza, tá na essência do artista e não na formatação do empresário ou gravadora. Escutem esta seleção e comentem depois. Se meu tempo permitir, ainda hoje postarei outro que eu acho o máximo. Taí, o toque tá dado!

no hospital – amado batista
cadeira de rodas – fernando mendes
sorria, sorria – evaldo braga
pare de tomar a pírula – odair josé
eu vou tirar você deste lugar – odair josé
eu não sou cachorro não – waldick soriano
sandra rosa madalena – sidney magal
o meu sague ferve por você – sidney magal
se te agarro com outro – sidney magal
não se vá – jane e erondi
espere um pouco, um pouquinho só – nilton cesar
telefone celular – raimundo soldado
eu vou rifar meu coração – lindomar castilho
coração vagabundo – lindomar castilho
nós somos dois sem vergonhas – lindomar castilho
você é doida demais – lindomar castilho
coração de luto (churaquinho de mãe) – teixerinha
eu sou rebelde – lilian
aquela nuvem – gilliard

Evaldo Braga – O Melhor Do Ídolo Negro (1991)

Ao longo da existência deste blog, tenho procurado postar discos que, de uma forma ou de outra, são importantes para todos nós, apreciadores e discófilos em geral. Embora o Toque Musical seja um espaço pessoal, ele foi aos poucos ganhando a simpatia do público e eu em contrapartida decidi que o blog teria mais que apenas o que gosto de ouvir. Como já disse outras vezes aqui, gosto de tudo que é bom, que tem qualidade, que tem conteúdo, que tem história… gosto de música e de muita coisa que está registrada em fonogramas. Por certo, muitos hão de pensar que ouvir música brega é sintoma de mal gosto. A esses eu diria que lhe faltam ampliar seus horizontes, deixarem de lado o radicalismo e tentarem compreender esse lado pitoresco da música. Observem que estou falando de música brega e não de música lixo. Embora do lixo também possamos sempre retirar alguma coisa, até mesmo um sarro com a cara daquele mané que se rebola ao som do axé, do funk-lingua-suja, do rap (rap?) ou vestido de cowboy cantando aquela maravilha sertanja (sertaneja?). Pois é, meus amigos, gosto não se discute, lamenta-se… Mas seja como for, tudo isso faz parte do universo musical em que vivemos. Precisamos conhecer e ouvir para poder julgar.

Atendendo à pedidos, estou hoje postando um ícone da música chamada brega, o saudoso Evaldo Braga. Acho que a diferença básica do brega para o ruim está na originalidade e na autenticidade de artistas que não têm vergonha do que fazem. O brega é romântico e ingênuo. O ruim é pretensioso e copioso. Mas todos os dois pertecem ao gosto mais popular. Interessante é que muita coisa que hoje achamos ruim, no futuro, se permanecerem na memória do povo, serão considerados bregas. Isso é uma prova de que o brega está acima de qualquer suspeita. Isso precisa ser bem entendido.
Voltando ao Evaldo Braga, temos aqui este álbum lançado pela Polydor em 1991. Uma coletânea com seus maiores sucessos. Um disco que sintetiza o trabalho deste artista que um dia foi considerado o supra-sumo da banalidade.

sorria, sorria…
não vou chorar
fizeram tudo para me derrotar
a cruz que carrego
esconda o pranto num sorriso
nunca mais, nunca mais
eu desta vez vou te esquecer
meu deus
mentira
só quero
você não presta pra mim
noite cheia de estrelas
vem cá