Dentro da temperamentalidade fonomusical do nosso blog, seguimos agora com este disquinho. Um compacto, por certo, muito especial. Marca dois momentos.
Na indústria fonográfica, o fim dos disquinhos compactos. Surgiam por aqui os EPs Mix que são discos de 12 polegadas, mas com apenas uma música, um ‘compactão’, que passou a fazer o mesmo que o disco de 7 polegadas fazia. Claro que o compacto não acabou, mas na indústria fonográfica. já em fase transição, sim. O ‘mix’ é o que viria a seguir.
Outro momento , dentro dessa transição é o surgimento da banda Blitz, que de certa forma vinha para anunciar uma nova era do pop-rock nacional. Foi a partir daquele momento que a música pop ganha força e passa a ser mais explorada pela indústria fonográfica. Momento onde começam a pipocar dezenas de bandas por todo Brasil.
E este compacto, que apresentava a Blitz ao Brasil, trazia apenas uma música, a irreverente “Você não soube me amar”, em um lado só. Do outro, literalmente, ‘nada, nada, nada…’, nem no selo. Apenas o ‘nada’ repetido por uns segundos. Esta música foi um grande sucesso, marcou época e até hoje mantem sua irreverencia. Isso, por certo, diferencia e destaca a importância do compacto. E para aqueles que se ligam nesses detalhes históricos-colecionáveis’, ainda é possível encontrar o disquinho a preço de banana (se é que banana ainda é barato).
você não soube me amar
nada