
Sergio Reis (1973) CANCELADO!!!


Estamos levando a semana no samba e para mim, samba sem Paulinho da Viola é como comer arroz sem feijão, não dá… Assim sendo e também para manter o bom nível musical enquanto eu dou uma pausa, aqui vai mais um belo disco desse grande artista. Lançado em 1975, o álbum traz entre outras, “E a vida continua”, “Argumento” e “Amor a natureza”. Embora discos de medalhões, como é o caso do Paulinho, nunca saiam de catálogo, há sempre uma certa dificuldade em encontrá-los. Por essa e por outras é que ele está aqui 😉 abrilhantando nosso toque musical.
PS.: VAI LÁ EM CASA OUVIR ESTE DISCO, EU FAÇO UMA CÓPIA PARA VOCÊ!
Vocês devem achar que eu estou exagerando em minhas celebrações, com tantas postagens de capinhas adptadas parecendo fotonovela e falando disso. É que na verdade eu andei me lembrando dos meus tempos de menino, nos anos 60, quando havia uma revista chamada ‘Fotopotocas’. Era um almanaque de humor, ilustrado com fotografias de políticos, artistas e celebridades em geral. Nessas, eram aplicadas os famosos balõezinhos, tipo revista em quadrinho ou fotonovela, com falas supostamente ditas pelos personagens. Eu adorava, aliás vivia fazendo isso nas fotografias aqui de casa. Foi daí que surgiu a ideia das capinhas com balões. Acho que a partir de agora vou adotar mais essa em nosso pitoresco blog musical, o que acham?

Para finalizar o toque musical, especial de homenagens, deste sábado, vamos agora com o Caetano Veloso. Ele hoje completa 68 anos. Que bacana, o cara parece ter uns 40 e a cabeça de um gênio de 20. Parabéns para ele. Aliás, parabéns também para outro baiano que por descuido eu deixei de homenagear no mês passado, outro gênio, Gilberto Gil.
Mas a razão que leva uma coisa a outra é eu ter à mão algo interessante, curioso ou raro que coincidentemente justifique um postagem. Não quero e nem posso ficar nesse esquema de postar homenagens. No caso do Caetano Veloso temos o polêmico álbum “Jóia”, lançado em 1975 pela Philips. Após o lançamento, não demorou muito para que a censura cortasse o barato do disco, a fotografia na contracapa onde Caetano, Dedé e Moreno aparecem nús. Acredito que por essa razão Caetano, chateado, resolveu também mudar o seu desenho na capa, deixou apenas os passarinhos. Só tempos depois, na edição em cd é que a capa voltou com a arte original, mas sem a foto. Por essa razão o álbum tornou-se um objeto de procura por muitos colecionadores.
Quanto ao conteúdo musical, bom, não preciso falar nada que vocês já não saibam. “Jóia” é um álbum de boa safra, lançado simultâneamente com “Qualquer coisa”, outra preciosidade. Vamos relembrar? Salve Caetano!
PS.: VAI LÁ EM CASA OUVIR ESTE DISCO, EU FAÇO UMA CÓPIA PARA VOCÊ!
Para amenizar um pouco o contraste do rock com a mpb neste momento, estou postando o bônus da semana. Na década de oitenta os disquinhos compactos estavam literalmente fora de circulação. A onda agora eram os ‘singles’ em formato de lp. Discos também conhecidos como ‘mix’, com apenas duas músicas de cada lado. Em 1987, no auge da popularidade e sucesso, o grupo RPM, liderado por Paulo Ricardo, uniu-se à Milton Nascimento para lançarem este luxuoso ‘single’ (de capa dupla!), pela CBS. As duas músicas do disco são composições em parceria de Paulo Ricardo e Milton. Essa união inusitada, acabou gerando um certo sucesso. As duas músicas foram bem tocadas nas rádios. Eu até pensei que dessa amostra sairia um disco completo, mas não sei porquê, ficou nisso mesmo…
PS.: VAI LÁ EM CASA OUVIR ESTE DISCO, EU FAÇO UMA CÓPIA PARA VOCÊ!
Depois do Sérgio Sampaio, me lembrei que até hoje eu ainda não postei um disco do Luiz Melodia aqui no Toque Musical. Uma falta comigo mesmo, pois o Melodia é um artista genial, adoro o seu trabalho. Ano passado eu encontrei com ele, por acaso lá, no Vila Arábia. Ele entrou assim meio perdido, tinha saído do hotel Mercury e acho que procurava alguma coisa para comer lá na lanchonete. Mineiro é um tipo meio orgulhoso, não gosta de tietagem. Quando ele entrou, todo mundo notou. Aliás, nem tinha como não notar aquele ‘rasta’ com uma áurea que iluminou o ambiente. Mesmo assim todos se fizeram de indiferente (mas louquinhos para saudar o artista). Eu fui logo na maior intimidade lhe perguntando: “e aí Melô, vai ter show na cidade?” O cara foi super simpático, me disse que estaria fazendo shows no final de semana e até me convidou. Só não fui por que ele não me deu o ingresso (brincadeirinha…). Não fui porque não deu mesmo. Pena que o Melô desistiu de comer um quibe com Mate Couro. Eu juro que iria pagar a conta dele 🙂
Bom, mas só para não dizer que eu não falei do disco, “Felino” foi o quinto álbum do artista. Lançado em 1983, o lp traz nove faixas. Todas as músicas são de sua autoria ou parceria. O disco num geral é bom, mas destacam “O sangue não nega” e “Pássaro sem ninho”, em parceria com Ricardo Augusto e “Só”, com Perinho Santana. Confiram o negro gato!
PS.: VAI LÁ EM CASA OUVIR ESTE DISCO, EU FAÇO UMA CÓPIA PARA VOCÊ!
Pronto! Fui votei e voltei 🙂 No caminho fiquei pensando na tremenda sacanagem que fiz com vocês postando jingles dos políticos. Isso para não falar do Tiririca, que nessa entrou de gaiato. Sinceramente, vamos falar de brasileiros de verdade. Gente que realmente fez e faz pelo Brasil. Prefiro falar de música e de João Gilberto. Acho que só ele é capaz de formatar o meu domingo.
Tenho aqui um presente, uma colaboração do amigo Chris. Na verdade, nem era exatamente para ser publicado no blog, mas como eu disse, hoje só mesmo o João para me tirar essa sensação de engano (será que eu votei bem?).
Vamos com o álbum internacional “The Boss Of Bossa Nova”, lançado em 1962. Este foi o segundo álbum gravado por João Gilberto nos Estados Unidos. Nele temos o artista acompanhado, em algumas faixas, por Walter Wanderley e seu conjunto. Da mesma forma temos os arranjos, feitos por Antonio Carlos Jobim. Este álbum, embora seja daqueles que nunca envelhecem, é de uma certa maneira difícil de se ver por aí. Discão!
Acho que com esta postagem eu salvei o dia. Meu melhor voto é para a sensibilidade 😉
PS.: VAI LÁ EM CASA OUVIR ESTE DISCO, EU FAÇO UMA CÓPIA PARA VOCÊ!
Boa tarde, amigos cultos e ocultos! Eu, sinceramente, não sei se rio ou se choro. Hoje eu recebi um comunicado do Mediafire avisando que diversos dos arquivos hospedados por lá estavam bloqueados. Aliás não são diversos, são centenas de toques que agora estão inativos. O Blogger, também se resguardando, retirou todas essas postagens até que eu regularize a situação com links para donwload. Será que precisa? O Mediafire já foi pressionado e cortou a hospedagem. Ficamos assim numa situação complicada. Ou eu republico as postagens sem os links, ou as deixo fora de uma vez. Sinceramente, não quero podar as postagens do meu blog, por isso irei realmente retirar os links e assim o farei sempre que tal situação se repetir. Mandou tirar, a gente tira, mas a postagem continua! Daí, passamos a traçar outros caminhos, que obviamente serão mais complicados e demorados para vocês. Mas o direito de compartilhar o que tenho e que é meu continua. Não estou vendendo nada e nem ganhando indiretamente com propagandas. O máximo que eu poderia estar fazendo era ofuscar a coisa enquanto ‘negócio’. Mas que negócio é esse que nem sabe bem qual é o seu produto? Nos proíbem de ouvir discos e músicas que nunca mais serão editados, outros que nem chegaram a ser discos ou publicados. Gravações caseiras como a do João Gilberto na casa do Chico Pereira, uma demo de um grupo punk que nunca chegou a gravar um disco e outras produções exclusivas e independentes do Toque Musical, foram incluídas na listagem dos ‘patrulheiros cibernéticos’ à serviço do DMCA. Seria triste se não fosse cômico.
Uma coisa curiosa que eu percebo é que o Toque Musical parece ser o único infestado pelo vírus da intolerância e do despeito. A inveja é mesmo uma merda (e se manifesta, podem aguardar!)
Para o momento eu vou deixar as coisas como estão. As postagens antigas irão voltando gradualmente, sem toques mediúnicos ou musicais. Para essas, o melhor mesmo é recorrer ao e-mail, fazer um pedido pessoal e aguardar pacientemente. É o máximo que posso fazer, sinto muito… Vamos aos poucos encontrando outras alternativas e nos adaptando. Como sempre digo, o que foi publicado, do público é!
Seguimos com o disco do dia. Tenho para vocês (e sejam rápidos) este ótimo e raro lp, lançado por um selo independente em 1970, trazendo a música de um dos nossos grandes compositores, Leonel Azevedo. Encontraremos no lp dois excelentes intérpretes, Alcides Gerardi e Lia de Carvalho, os quais dividem o discos, cantando coisas como:
Boa noite amigos cultos e ocultos! Hoje eu trago para vocês um disquinho dos mais interessantes e raros. Totalmente esquecido, até mesmo em sites especializados em música popular brasileira. Não há nenhuma referência na rede a respeito deste trio vocal, chamado Os Guaranis.
Seguindo a linha do Trio Irakitan, este grupo surgiu no início dos anos 50, na Rádio Iracema, de Fortaleza. Chamavam-se “Trio Guarni”. Nesta década fizeram muito sucesso, sendo considerado o melhor conjunto vocal do Ceará. A partir de 1957 eles saíram em excursão, tanto por outras cidades do norte e nordeste, como também por vários países da América Latina e Estados Unidos. Em 1963, já de volta ao Brasil, o trio se apresenta no programa de tv da Hebe Camargo com o nome definido de “Os Guaranis”. Produzidos por Nazareno de Brito, eles gravam então este álbum, com um repertório que vai do samba ao rock italiano, entre outros estilos muito em voga naquela época. Até onde eu sei, Os Guaranis só gravaram este lp e um compacto, também pela Copacabana. Me parece também que eles acompanharam a Angela Maria e até gravaram com ela. Confiram aqui este albinho bacana 😉
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Custei, mas cheguei! Hoje vamos com o segundo volume desta série rara, que, com toda certeza, desde o seu lançamento nunca mais foi ouvida. Vejam vocês, o que seria de discos como esses, de compositores, músicos e outros artistas do passado, se não houvessem aqueles, como eu, que resolveram fazer o que quem deveria não fez, ou não quer fazer? Quando, alguns dos amigos aqui, teriam a oportunidade de ouvir um disco como este? Sinceramente, não fosse essa ‘anarquia organizada’, muito do que já passou continuaria enterrado e esquecido. Putz, aqui estou eu batendo nas mesmas teclas, repetindo oque vocês já estão cansados de saber. Melhor é nós nos preocuparmos com o que temos aqui.
Neste segundo volume da “Música na Corte Brasileira”, encontraremos peças do Padre José Maurício, Marcos Portugal, Antonio José do Rêgo e Antonio Leite da Silva, nomes dos mais expressivos no cenário músical do Brasil Coroa. Como no volume anterior, temos a Orquestra Sinfônica Nacional da Rádio MEC, sob a regência do Maestro Alceo Bocchino.
Oooopa! Ainda cheguei a tempo para o nosso disquinho do dia. Mais uma trilha de novela com algumas faixas bem interessantes. Temos aqui a trilha mista da novela da antiga TV Tupi, “A volta de Beto Rockfeller” (a saga continua..) Nesta época, ainda não havia essa preocupação, pelo menos por parte de algumas novelas, em apresentar uma trilha original. Em muitos casos os temas explorados eram sucessos do momento, ou viravam, com certeza.
Nesta trilha encontramos um prato misto, com músicas nacionais e internacionais. Uma trilha, realmente muito boa, que ainda hoje chama atenção. Dos temas nacionais tem duas músicas que eu particularmente adoro, “Caroço de manga” do (e com o) Raul Seixas e o sambão “Depois que o tá ruim chegou nunca mais melhorou”, com o MPB-4. Acho que só por essas duas já vale o disco e a postagem. Mas tem também o Jorge Ben, o Bee Gees e o James Brown. Pode chegar, que hoje a festa é liberada 😉
Boa tarde, prezados amigos cultos e ocultos! O disco de hoje nasceu de um contra ataque. Estava eu tranquilamente curtido a paz matinal do domingo, quando as ‘trombetas de jericocó” começaram a soar, seguindo pelo dia adentro. Haja domingo! Explico. É que está acontecendo aqui perto uma festa, promovida pela igreja católica local. Fico impressionado de ver como os católicos estão ficando iguais aos protestantes em matéria de barulho. Fervorosos de dar no saco. Será que eles acham que Deus é surdo?
Pois é, de contra ataque, não deu outra, puxei logo meu arsenal e mandei de samba no volume máximo. Foi Cartola, Nelson Cavaquinho, Candeia e até o “Batucada Fantástica” do Luciano Perrone. Entre esses e outros, rolou também “Telecoteco Opus Nº 1”, disco bacana do Cyro Monteiro com o Dilermando Pinheiro. Acho que nem preciso entrar muito em detalhes (que naturalmente já vem no pacote), pois este disco já foi bem divulgado em outras praças.
“Este disco é uma síntese do show Teleco-teco Opus nº 1, com Cyro Monteiro e Dilermando Pinheiro, apresentado pelo Grupo Opinião em seu teatro no Shopping Center de Copacabana. O disco reúne os melhores momentos do espetáculo, cheio de humor e ternura, durante o qual a antiga ‘dupla onze’ interpreta seus antigos sucessos e lança outros.
Telecoteco, opus nº 1, insere-se na mesma linha de ‘Opinião’, que o Grupo Opinião lançou nos palcos do Brasil com êxito integral e que também foik editado em disco: valorizaçãoo da música popular brasileira em suas expressões mais significativas, vendo-a como um todo que evolui, absorve influências e as incorpora. Isto, sem trair o fundamental: o espírito do povo que se exprime através de seus artistas e cantores.”
Por se tratar de um show, no disco não há separação por faixas. Ou melhor dizendo, não há faixas separadas para cada música. A gente escuta é numa sentada só. O que, aliás, a gente nem percebe, de tão envolvidos que ficamos ao ouvirmos esses dois grandes mestres bambas do samba.
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Aqui estamos nós para mais um encontro com as coletâneas. Hoje eu tive mais tempo e pude preparar uma seleção musical bem interessante. A coletânea de hoje é dedicada às apresentações ao vivo, feitas por algumas de nossas grandes cantoras. A minha seleção de músicas não obedecesse a nenhuma regra além de serem gravações feitas ao vivo, extraídas de discos e outros registros não oficiais. Encontraremos aqui cantoras de épocas distintas, tanto das antigas, quanto das mais recentes. Por certo, as doze cantoras escolhidas não são as únicas ou preferidas por mim. Se pudesse, faria um selecionado maior, porém, para o começo está de bom tamanho. Vamos conferir?
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Hoje é sexta feira, dia do disco/artista independente. Decidi, independente de qualquer coisa, fazer diferente, trazer uma produção da casa. Na verdade, apenas na embalagem. Mas, de qualquer forma, assegurando uma identidade para um registro musical dos mais interessantes. Temos aqui um programa de rádio. A gravação de um programa da Rádio Bandeirantes, onde o cantor Blecaute é o convidado especial. Aqui ele canta e nos conta fatos interessantes de sua carreira. Um registro histórico que merecia ter virado disco, ou nos dias de hoje, uma postagem como a do Toque Musical.
Esta gravação eu não me lembro mais quem foi que me enviou. Ficou guardada aqui, como tantos outros áudios, no fundo da minha gaveta 🙂 Hoje, agora a pouco, eu estava animado e folgado, daí montei o disquinho exclusivo para o deleite de vocês.
PS. Me faltou infomações sobre essa gravação. Não sei nem a data. Alguém aí assistiu ao programa?
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Só para que ninguém fique na dúvida, as reposições de antigas postagens estão sendo feitas aos poucos. Algumas, que parecem demorar mais, são de títulos que pretendo recompor os arquivos totalmente. Por isso peço paciência. Tudo, aos poucos, vai sendo resolvido 😉
Hoje não é sábado, dia de coletâneas, mas mesmo assim vamos ter uma (e oficial). Trago aqui para vocês outro ‘álbum de gaveta’. Estou sendo obrigado a lançar mão do que já estava na reserva e preparado para ganhar tempo, pois ainda nesta semana continuo muito atarefado.
Vamos com esta coletânea da RCA, dedicada à música do compositor Adelino Moreira. Temos aqui cinco dos seus mais frequentes intérpretes, obviamente todos da mesma gravadora, em 14 faixas. São músicas que provavelmente, quase todas, devem constar em outros álbuns já postados aqui no Toque Musical. Mesmo assim, eu acredito, irá agradar à turma da velha guarda.
Apesar de toda a minha pressa, hoje, eu bem que gostaria de postar mais um disco. Se sobrar um tempinho a noite, eu volto, nem que seja com apenas um compacto. 🙂 Vamos ver…
Olás! Hoje iremos de Bossa Nova. Trago aqui para vocês mais um ‘álbum de gaveta’. Este foi para a reserva, esperando chegar uma nova oportunidade. Como, pelo visto, ninguém mais o postou, aqui vou eu fazendo o serviço. Bem porque, este foi o primeiro que me veio à mão, nessa pressa de quem não tem muito tempo.
Segue aqui este álbum acústico e ao vivo, gravado pelo Carlos Lyra em um show no Jazzmania, em 1987. Antecedendo às comemorações de 25 anos de Bossa Nova, o moço foi esperto, foi logo lançando show e disco dois anos antes.
Pessoalmente, adoro o trabalho do Carlos Lyra, porém este disco me soa fraco, apesar de haver nele quase todos os seus clássicos. O intimismo do show, que com certeza foi melhor que o disco, parece ter mais emoção no momento. Além do quê, celebrar 25 anos de Bossa Nova merecia mais que uma voz e um simples banquinho e o violão. Que me perdoem os outros artistas, mas banquinho e violão eu só aceito o João Gilberto, este sim, não precisa de acompanhamento. Contudo, todavia ou mesmo assim, não posso negar o talento do Carlinhos que é, sem dúvida, um dos grandes pilares da Bossa Nova.
O roteiro do show, que acaba sendo também o do disco, se divide numa tentativa cronológica, onde o artista repassa, as vezes quase num ‘pot pourri’, suas composições e parcerias famosas.
Apesar das minhas críticas, não deixa de ser um disco interessante. É Bossa Nova…
PS.: VAI LÁ EM CASA OUVIR ESTE DISCO, EU FAÇO UMA CÓPIA PARA VOCÊ 😉
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Finalmente vamos à postagem do dia. E hoje é dia de música erudita. Tenho alguns ‘discos de gaveta’, mas mesmo sem muito tempo, optei por algo que fosse especial. Me lembrei desta coleção raríssima que havia digitalizado há algum tempo atrás. Eis aqui um trabalho excepcional lançado pela Odeon, através de seu selo Angel. Trata-se da coleção “Música na Corte Brasileira”, um apanhado riquíssimo de obras que mesmo na época em que foram gravadas já eram raras. São cinco volumes ao todo. Penso em ir postando os próximos na sequência, todas as terças, dentro da programação semanal.
Neste primeiro volume encontramos peças musicais buscadas em arquivos da Europa e do Brasil. São obras de Joaquim Manuel, Marcos Portugal e José Maurício, nomes que só mesmo quem entende de música clássica e erudita sabe dar valor. Há também outras peças profanas e anônimas. A música que se ouvia no Rio de Janeiro do Vice-Reinado.
Olga Maria Schroeter, soprano e o Collegium Musicum da Rádio MEC, sob a direção do Maestro George Kiszely, executam o primeiro lado do disco. No segundo temos Associação de Canto Coral ao lado da Orquestra Sinfônica Nacional da Rádio MEC, sob a regência do Maestro Alceo Bocchino.
Música erudita não é bem a minha praia, mas mesmo assim eu sei sentar na areia e apreciar o mar. Convido vocês para fazerem o mesmo 😉
Boa noite! Aqui vou eu aproveitando a brecha para trazer aos amigos cultos e ocultos mais uma trilha sonora original. Temos para hoje os temas da novela “As Divinas …E Maravilhosas”, que foi ao ar no início dos anos 70. Uma produção da extinta Rede Tupi de Televisão. Nesta época era comum o uso de músicas estrangeiras mescladas a outros temas nacionais. No caso aqui temos até clássicos como “Smoke gets in your eyes”, original com The Platters. Outra internacional que me chamou a atenção foi “Hey girl”, com o Paul Anka. Jamais imaginaria que fosse ele cantando. “Love’s theme”, do Barry White também é ótima, mas estamos aqui para falar e principalmente ouvir os nacionais. Temos nesta trilha alguns momentos raros e exclusivos. Coisas como “Tema de Cathy”, um belíssimo instrumental de César Camargo Mariano. Jorge Ben na primeira versão para “My lady”, que pelo que parece só veio a ser relançada na coletânea “Salve Jorge”. Outra também rara é “Donzela”, de Naire e Paulinho Tapajós, na interpretação magristral de Nara Leão. Essa foi mais uma que eu esqueci de incluir na coletânea “Nara Rara“. Tem também “Divina cinquentona”, uma música do Juca Chaves que eu não me lembro de já tê-la ouvido em algum de seus discos. E não faltou o Tim Maia 🙂 Taí, uma trilha de novela que não se vê facilmente pelas fontes da blogosfera musical. Pronto, olha a torneirinha aberta aqui… hehehe…
Bom dia, amigos cultos e ocultos. Como tenho andado numa correria danada, acabo muitas vezes dando a parecer que não estou atento aos comentários, e-mails e outras mensagens. Mas podem ter certeza, estou de olhos e ouvidos abertos. Como já disse, na medida do possível, vamos resolvendo tudo. É só uma questão de paciência.
Segue neste domingo um disco que agrada muito ao pessoal da Caopeira e também da Umbanda. Aliás, agrada a todo aquele que, na música, valoriza o ritmo e percussão. Eis aqui um lp raro, gravado no início dos anos 70, prestigiando dois dos principais instrumentos musicais que mais caracterizam a Bahia. Não é atoa que o nome do disco é “Eu, Bahia”. Um título que expressa bem a proposta musical de Onias Comenda e Edinho Marundelê, dois importantes nomes da Umbanda e da Capoeira.
“Eu, Bahia” é um álbum para dois. De um lado temos Edinho Marundelê, que canta e toca no atabaque vários pontos de Umbanda. Do outro lado temos Onias Comenda, mostrando no berimbau diversos toques de capoeira. É interessante observar deste lado do disco a presença da viola, que numa das faixas é tocada ao lado do berimbau, numa autêntica peleja, no “Desafio da viola com o berimbau”.
Não deixem de conferir, pois vale mesmo a pena ouvir oquê que a Bahia tinha…
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Neste mês de agosto eu tenho andado meio apertado, cheio de tarefas, como você já sabem. Mas, na medida do possível, venho tentando manter as postagens e também atender ao pedidos para reativação de alguns toques. Segura aí que chega a sua vez 😉
Hoje, dia de coletânea, estou trazendo para vocês uma seleção que denominei “Elas Cantam Samba, Vol. 2”. Uma sequência bem selecionada de cantoras interpretando sambas. Desta vez, procurei focar nas novas intérpretes, cantoras atuais e que eu gosto muito. Também inclui dois sambas com a saudosa Miriam Batucada, um nome das antigas, mas que cai bem neste grupo. É claro que muitas outras cantoras atuais, injustamente, ficaram de fora, mas haverá oporutnidades para volumes 3, 4, 5… é só esperar 😉
Confiram e comentem se está ao gosto 😉
*Para quem não viu e nem ouviu, o Volume 1 também é ótimo!
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Ontem eu cheguei tarde, já no fim do dia (ou noite?), mas ainda assim marquei o ponto, fiz lá a postagem. Só me esqueci de publicá-la, hehehe… Agora cedo foi que eu percebi isso, quando me preparava para a de hoje. Como o tempo é curto, vou novamente investir nos ‘discos de gaveta’. A bem da verdade, o que tenho aqui não é exatamente um disco, mas vai encaixar bem nesta sexta feira independente e como sempre, tem tudo a ver com as postagens do Toque Musical.
Em maio deste ano aconteceu em Belo Horizonte o lançamento do novo trabalho de Bob Tostes em parceria com o cantor e compositor Marcelo Gaz, “Horizonte”, um cd nota 10! Quem ainda não o ouviu, eu aconselho. É um disco dos melhores. Atrevo até a dizer que, neste ano, este foi um dos lançamentos musicais mais bonito que eu ouvi. Para abrilhantar ainda mais a qualidade e a sensibilidade desses dois, o disco traz uma constelação de músicos e artistas de primeiríssima linha. Figuras como Affonsinho, Roberto Menescal, Fernanda Takai, Jane Duboc, Carlos Malta, Juarez Moreira, Renato Motha, BossaCucaNova, além da irmã, a cantora Suzana Tostes. Quem estiver interessado em adquirir o disco (cd), basta entrar no blog Horizonte, criado especialmente para este lançamento. Tenho certeza de que vocês não irão se arrepender 😉
Como aqui no Toque Musical ouvir é mais importante que falar, eu não poderia deixar nesta postagem a música de fora. Daí eu estou trazendo para vocês, não o disco, mas sim alguns trechos do show de lançamento, que ocorreu no Museu de Arte da Pampulha. Aqui encontramos quatro momentos interessantes do show, com participações de Jane Duboc e o saxofonista (fera) Carlos Malta, o nosso querido Célio Balona e Mister Roberto Menescal. Por certo, algumas das músicas interpretadas aqui não fazem parte do disco lançado, mas deram ainda mais força ao show. Eu tive a sorte de poder assistir e também de fotografar e gravar parte do espetáculo. A qualidade da minha gravação não é lá essas coisas, foi feita a partir da minha própria câmera fotográfica, um sonzinho médio, que não chega nem a ser estéreo. Mas de qualquer forma, vale essa produção ‘made in TM’, feita com o consentimento dos artistas e autores. Vale uma conferida…
Ah, já ia me esquecendo… no show participaram, além de alguns dos artistas convidados, os músicos da banda de apoio (todos feras!): Christiano Caldas no piano, Frederico Heliodoro no contrabaixo e Felipe Continentino.
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Mais um dia puxado tive eu. Só agora, nos últimos minutos desta quinta feira é que estou tendo como trazer para vocês a postagem do dia. Mais uma vez lanço mão dos meus já famosos “discos de gaveta”. Aliás, não só os discos, mas também a expressão que eu criei, já está sendo até adotada por outras pessoas. Porém, necessariamente, ‘os discos de gaveta’ não são exatamente discos do fundo do baú. São sim aqueles que ficam sempre na reserva ou prontidão para momentos como este em que eu não tenho tempo para ‘pegar o boi pelo chifre’. Algo parecido com as ‘manchetes de gaveta’ dos jornais e outras mídias semelhantes, aquelas que entram quando faltam notícias do dia.
Este álbum é mais um daqueles já bem expostos na blogosfera musical. Percebo que diversos blogs já o postaram, mas todos eles foram originados da versão em cd, que por sinal traz até mais oito músicas de bônus. O que eu tenho aqui é o disco original, em sua versão com apenas as doze músicas. Este lp do selo Jogral, como todos já devem saber, foi também um embrião do que viria a ser o selo Marcus Pereira. Não vou entrar em detalhes, porque além do mais eu já estou morrendo de sono. Mas este raro álbum nos apresenta os primeiros passos (fonográficos) de Renato Teixeira e também do Chico Maranhão. Do lado A temos Chico Maranhão em um registro informal, quase caseiro, acompanhado por Benedito Costa no cavaquinho e Manoel Gomes na flauta, onde ele interpreta composições suas e parcerias, com a cantora Mércia (em “Cabocla”) e Renato Teixeira (em “Mulata bem suada, abençoada”). Este, por sua vez, do lado B, canta e toca as suas primeiras e belas composições, também acompanhado pelo flautista Manoel Gomes e participação da cantora Cristina em “Meu amor, meu namorado”. A qualidade da gravação, originalmente, não é muito boa, mas ao ouvir cada uma das músicas, pela sua beleza, a gente acaba nem dando tanta importância a isso. Confiram aí quem quiser, porque eu já vou é dormir. Zzzzz….
Correndo, correndo… aqui vai a postagem do dia. Temos para hoje mais um disco da série “Música e Festa”, do Sexteto Prestige. Já postei aqui o número 1 e 2. Quem sabe, mais para frente os outros também podem ir chegando 🙂 Vão chegando que eu vou saíndo e já bem atrasado. Até mais!
Olá! Hoje, terça feira, é dia de música erudita. Felizmente, ontem, eu tive um tempinho e consegui preparar algumas coisas para hoje e para a semana.
Seguindo ao que foi proposto, estou trazendo para a postagem do dia este exemplar da série “Documentos da Música Brasileira – Música de Câmara do Brasil”, mais especificamente o Volume 7, dedicado à obra do compositor Alberto Nepomuceno (1864-1920). Como se pode ver pela capa, temos aqui suas obras, “Quarteto nº 1, em si menor” e Quarteto nº 3, em ré menor”, executado pelo Quarteto de Cordas da Rádio MEC.
Embora esta série tenha sido lançada nos anos 70, as gravações foram feitas originalmente entre os anos de 1958 e 1972. São, de uma certa forma, registros raros, assim como os próprios discos desta coleção. Provavelmente, discos como este só poderão ser encontrados em discotecas especializadas de Escolas, Universidades e verdadeiros amantes da música erudita.
Pessoalmente, a música clássica ou erudita não é o meu forte. Confesso que tenho pouco, ou quase nenhum conhecimento sobre ela. Acredito que isso se deva ao fato do tamanho da riqueza musical popular brasileira, que por si só já me sacia. Mas, inegavelmente, não há como não se apaixonar por uma música criativa, original e de qualidade, seja ela erudita ou popular. Como sempre digo e já virou refrão no Toque Musical, ‘música para se ouvir com outros olhos’.
Para a minha facilidade e funcionalidade, no álbum temos todas as informações complementares incluidas, no encarte e contracapa. Assim sendo, os amigos cultos e ocultos podem ficar tranquilos ao baixarem. E eu posso chegar mais cedo no trabalho, hehehe…
Bom dia a todos! Esta vai ser uma semana meio complicada para mim. Para variar, tô atarefado nos três turnos, envolvido em outras paixões… Não sei nem se vou dar conta das minhas obrigações. Por isso, serei ainda mais breve em nossos encontros diários.
Na pressa, estou hoje postando um ‘disco de gaveta’, aqueles que ficam na reserva para situações como esta. Não o postei antes porque pelo que andei vendo já era um disco bem comentado em outros blogs. Por essa mesma razão, não vou nem entrar em detalhes sobre ele, além do óbvio… Trata-se da trilha sonora original do premiado filme de Carlos Alberto Prates Correia, “Noites do Sertão”, de 1984. A música do filme ficou a cargo de Tavinho Moura, que com seu talento, produziu um belíssimo trabalho, também premiado (melhor trilha sonora) e em diversos festivais…
Vejo que minha hora já está passando. Paro por aqui… Hoje estou cheio de reticências…
Bom dia a todos os amigos cultos e ocultos, em especial aos papais que hoje comemoram a sua data.
Todo ano eu ensaio de postar este disco, mas acabo sempre me esquecendo dele na hora ‘h’. Desta vez eu procurei ficar atento e hoje ele está aqui. Taí um álbum muito bacana criado pela RCA Victor, nos tempos em que Dia dos Pais era mais que uma simples jogada comercial. Vejam vocês como é interessante… como a indústria fonográfica se preocupava em pautar essas datas, criando discos bem produzidos e música de qualidade.
Em “Este é do papai” a gravadora recrutou um belo elenco de intérpretes e músicos de seu ‘cast’ para criar um disco em homenagem ao “Dia dos Pais”. Todas as doze músicas do lp fazem referência direta ao papai, sempre enaltecendo a figura daquele bom homem, que era chamado de ‘chefe da família’. Os papais continuam existindo, muitos, inclusive, se mantém na típica caracterização, como nos inspira a foto da capa. Porém, vivemos hoje numa outra época, onde alguns valores e hábitos foram se modificando ou se perdendo. Para mim, o principal deles foi a emoção. Eis aí uma palavra (nesse sentido) que vem, como os velhos artistas e seus discos, se transformando ao longo dos tempos. Talvez, por isso mesmo, é que a gente fica procurando fazer esses ‘playbacks’ da vida. Independente de qualquer coisa, hoje é o Dia do Papai. Viva eu, viva você, viva todos nós que somos pais!
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Mantendo o nosso show de variedades fonomusicais, hoje, sexta feira, é dia de disco independente. Tenho aqui este álbum que há muito eu venho ensaiando em postá-lo, desde que criei e postei aquela coletânea, chamada “Elas Cantam Samba – Vol. 1“. Aliás, ela foi inspirada neste álbum. Logo depois eu vim a postar outro disco, que provavelmente também serviu de inspiração para este, gravado por Lúcio Alves, cantando músicas com nomes de mulheres.
Finalmente chegou então a vez deste que é um álbum duplo. Um super projeto independente realizado pelo Banco do Brasil em 1987. Uma iniciativa de apoio ao Programa de Aleitamento Materno, como diz na contracapa do álbum. Aliás, as informações completas sobre o disco estão no encarte e incluido no pacote. Quero aqui apenas dar uma prévia, dizendo que se trata de um belíssimo disco, onde participam 33 intérpretes e 80 músicos. Um encontro que só mesmo uma instituição financeira do porte do BB poderia arregimentar, pois temos aqui artistas de diferentes gravadoras. E o detalhe mais importante, este disco não traz compilações e sim regravações. São novas interpretações e exclusivas. Um grande feito! A criação do projeto é de Ricardo Cravo Albin, que também cuidou dos textos e direção geral. Os arranjos e regências foram do Maestro Orlando Silveira. O conjunto Época de Ouro participa em quase todos os momentos fazendo as bases.
“Há sempre um nome de mulher” é um disco dividido em blocos, apresentando os diferentes tipos de mulheres cantadas e eternizadas na Música Popular Brasileira. Temos aqui uma série de clássicos onde a mulher é o ponto principal.
O disco tem um sequência em que mal se percebe as mudança de faixas. As músicas e artistas se revezam a cada instante, lembrando bem um ‘pot pourri’. Procurei, de qualquer forma, desmembrá-las, no sentido de facilitar a audição uma a uma. Assim fica mais fácil para se ouvir…
Bom dia! Vamos logo liberando a postagem, mas com atenção para não fazer como ontem. A pressa continua…
Hoje nós iremos relembrar Antenógenes Silva, um dos maiores acordeonistas brasileiros. Considerado, no auge de sua época, o melhor acordeonista de oito baixos do mundo. Mineiro, de Uberaba, começou cedo sua trajetória musical. Gravou seu primeiro disco ainda na década de 20! Trabalhou inicialmente em São Paulo, na Rádio Educadora Paulista. Porém, sua carreira deslanchou a partir da sua transferência para o Rio de Janeiro, onde trabalhou com os mais diversos artistas. Foi aluno do Maestro Guerra Peixe com quem aprendeu harmonia e orquestração. Foi também professor, inclusive de Luiz Gonzaga. Chegou a ter no Rio de Janeiro uma escola onde ensinava música e a arte de seu instrumento. Ao longo de sua carreira compôs muitas músicas e também gravou muito, principalmente acompanhado outros artistas. Muitos deles, como Gilberto Alves, Dilú Melo, Jamelão, entre outros, tiveram suas carreiras impulsionadas por Antenógenes. Ele também acompanhou e gravou com artistas internacionais como Carlos Gardel, Libertad Lamarque, Lucienne Boyer e por aí a fora… Gravou também na Europa. Na Alemanha ganhou o primeiro lugar no concurso promovido pela fábrica Honner. Era chamado de o ‘Mago do Acordeon’. Atuou até à década de 60. Sua composição mais conhecida (pelo menos para mim) é a valsa “Saudades de Ouro Preto”. Mas há também outras de suas saudades bem conhecidas 🙂
Neste álbum, um lp de 10 polegadas, lançado em 1955 pela Odeon, encontramos oito temas do seu repertório. São valsas e choros, o ‘choro mineiro’, quase todas as faixas de sua autoria.
Não deixem de conferir mais esse raro exemplar 😉
Boa noite, amigos cultos e ocultos. Eu, realmente não aprendo. Por conta da pressa acabo sempre escrevendo a postagem diretamente na página de edição e nem sempre tenho tempo de reler de imediato o que escrevi. Daí, vem os erros (de toda espécie). Me falta mais atenção, eu sei. Tento mudar, mas acabo fazendo como agora, aproveitando a folguinha.
Hoje, pela manhã, havia feito a postagem, trazendo o disco da dupla Rodger e Teti, mas devido à alguns erros, muito bem apontados pelo amigo Geraldo Barbosa, procurei de imediato fazer as correções. Acontece que eu estava longe da ‘base’ e tive que recorrer a um computadorzinho muito capenga. Por descuido, acabei deletando todo o texto da postagem.
Mesmo assim, me lembro que iniciei comentando que estava admirado por ter encontrado este disco que eu não ouvia há mais de 20 anos e da surpresa ao perceber que logo após ter digitalizado e dado ‘um trato’ no lp, percebi que ele já estava rolando nas fontes da blogsfera musical não era de hoje.
Estou vendo aqui agora que felizmente tenho uma cópia da postagem de hoje cedo. Pensei que tivesse perdido, mas veio uma cópia para o meu e-mail, assim como deve ter ido uma para todos que são seguidores do Toque Musical. Vamos a ela, com as devidas correções, evidentemente…
Então, temos aqui o casal Rodger e Teti, dupla que também fez parte daquele ‘Pessoal do Ceará’, um grupo de artistas que no início dos anos 70 veio para São Paulo e Rio tentar a sorte, mostrando sua música. Os primeiros a chegarem foi Belchior e Fagner. Depois veio o Ednardo e no vácuo vieram também Rodger e Teti. Todos os cinco e mais um número de outros artistas e intelectuais, que nem me lembrava o nome (Petrúcio Salvino Mesquita Maia, Iracema Melo, Olga Paiva, Nonato Freire, Renato Serra, Wilson Cirino, Cláudio Roberto de Abreu Pereira, Francisco Augusto Pontes, Sergio Costa, Mércia Pinto, Ângela e Chica, Antonio José Soares Brandão, Delberg Ponce de Leon, Fausto Nilo Costa Jr., João Braga de Lima, Aderbal Freire Filho – então assinando “Aderbal Jr.”, João Ramos, Augusto Borges, Neyde Maia, Dedé Evangelista, Gonzaga Vasconcelos, Paulo e Narcélio Lima Verde, Wilson Ibiapina, Mauro Coutinho, Audifax Rios, Polion Lemos, Amélia Colares e Ricardo Bezerra), faziam parte do coletivo “Pessoal do Ceará”, que foi uma espécie de movimento cultural da região. Após o Ednardo lançar pela RCA o seu “Pavão Misterioso”, considerado um dos melhores discos de 1974, a gravadora resolveu investir também em Rodger Rogério e sua companheira, a Teti. Daí nasceu “Chão Sagrado”, um disco com a mesma qualidade dos demais artistas cearenses que despontavam naquele momento. Com direção artística de Mário Zan, arranjos e regências do maestro Hareton Salvanini, participações como a de Manassés, a dupla nos traz doze composições, entre músicas próprias, parcerias e duas outras, “Siá Mariquiha”, de Luiz Assunção e Evanor Pontes e “Risada do Diabo”, de Petrúcio Maia
Se alguns de vocês estão como eu, perdidos num ‘tsunami’ de discos e ainda (também não haviam notado este lp ‘dando sopa’ na blogsfera, não deixem essa onda passar 😉