Erasmo Carlos – Carlos, Erasmo… (1971)

Começando a semana, o mês, o blog… vamos com alguns títulos ainda raros (senão inéditos) no mundo dos blogs de música. Hoje, graças a esses maravilhosos transgressores, podemos encontrar pérolas musicais que até a pouco tempo estiveram perdidas, esquecidas ou mesmo que em sua época não tiveram seu reconhecimento. Quero começar aqui com um artista genial, que embora nunca tenha sido esquecido, tem sua obra pouco lembrada. Vamos abrir o nosso Toque Musical com chave de ouro. Um cara nota 10! “O meu amigo, Erasmo Carlos!”
Inicialmente, vamos com “Carlos, Erasmo…”, álbum lançado em 1971. Primeiro disco pela Philips. Um trabalho que nos mostra um Erasmo amadurecido. O destaque, entre outras, fica para o sucesso “De noite na cama”, de Caetano Veloso.

 

Toque Inicial

O Toque Musical foi o nome que eu escolhi para melhor definir a proposta do meu blog. Estarei postando aqui regularmente uma diversidade musical que considero essencial para um ouvido inteligente. Não sou pretensioso e nem me considero um estudioso da música a ponto de definir o que é o melhor. Sou apenas um apreciador com uma vivência musical e fonográfica bastante ampla. Quero, mais uma vez, compartilhar com vocês um pouco disso tudo. Trazer semanalmente amostras de pérolas produzidas pela indústria fonográfica. Este universo é bastante amplo e diversificado. Para aqueles que conhecem bem essa nova onda dos blogs musicais, sabe quanta coisa foi resgatada, para não dizer ressuscitada. Álbuns e artistas esquecidos, viram nessa tomada ilegal (mas essencial) um novo momento. Contrariando a indústria e o consumo banalizado, a música gravada ressurgi neste instante como um outro conceito. Forçosamente as gravadoras e detentoras dos direitos fonográficos tiveram que correr atrás do prejuízo. Prejuízo este que só foi percebido depois de constatarem que aquilo que eles haviam deixando no limbo por tanto tempo era alvo de interesse de muitos. Por outro lado, aquilo que para eles pareciam uma ameaça (os blogs), passou a ser visto (embora de forma velada) como um instrumento de divulgação, um termômetro da viabilidade de relançamento de um determinado álbum ou artista. Infelizmente, alguns criadores de blog, na ânsia de popularidade, acabam ultrapassando as leis do bom senso. Publicam (mais que) indevidamente lançamentos e trabalhos recentes que prejudicam a todos. Eu sou totalmente contrário a essa prática, como também a de postagem sem conteúdo, nada além de um link. Esses, acabam caindo na mesma questão da banalidade. Não estamos aqui para concorrer com as editoras, artistas e gravadoras. Aqueles que assim o fazem não conseguem enxergar muito além da chamada pirataria. Musica é cultura. Esta é uma grande verdade que foi propagada no verso das capas dos LPs dos anos 70.