Bom dia, amigos cultos e ocultos! Hoje é sexta feira 13, uma data que para muitos é considerado um dia de azar. Eu, ao contrário, penso diferente. Primeiro, é sexta feira, melhor dia da semana. E segundo, é 13 de setembro, data do aniversário do meu melhor amigo. E é para ele esta postagem especial. Para ele e para todos aqueles que hoje completam mais um ano de vida. Parabéns, amigão! Parabéns a todos vocês, privilegiados por terem nascido nesse maravilhos ciclo astral! Setembrinos, virginianos… são sempre gente boa, isso eu garanto! 🙂
Segue aqui este álbum de 1958 do maestro Sylvio Mazzucca, o rei dos bailes. Este é uma daqueles discos que dispensa maiores apresentações, principalmente porque traz em sua contracapa toda a informação necessária. E eu como estou me preparando para ‘o baile’, tenho pouco tempo para ficar aqui dando explicações. Como podemos ver, trata-se de um álbum feito por encomenda, um presente para uma data geralmente festiva e para a época, consequentemente dançante. O disco se divide em apenas seis faixas longas nas quais são apresentadas 18 músicas em forma de ‘pot pourri’. Os temas apresentados, claro, são voltados para uma autêntica festa de aniversário, na qual não poderiam faltar músicas como, “Parabéns prá você”, “Feliz aniversário” e “Anniversary Song”. As demais músicas que completam o disco cumprem o seu papel de entreter os convidados numa festa dançante. Feita a postagem, agora é correr para um abraço. Feliz aniversário e muitos e bons anos de vida!
Sacha’s Piano And Orchestra – Smooth And Gay (1966)
Olá amigos cultos e o ocultos, boa noite! Cheguei já no final da festa, ou melhor do dia. Mas ainda sim, há tempo para um toque musical. Mais uma vez estou eu recorrendo aos meus ‘discos de gaveta’ e desta vez o que eu puxei aqui não foi no acaso. Diria estratégico para os trinta minutos que restam de hoje. Vou apenas copiar e colar como complemento o meu próprio texto em outra e antiga postagem que fiz sobre o mesmo artista. Estamos falando aqui do Sacha Rubin Sacha, uma figura pitoresca, personagem bem conhecida na noite carioca nos anos 50 e 60. Sacha Rubin foi um pianista trazido ao Brasil pelo Barão Max Stukart, empresário austríaco residente no país, ao criar a boate Vogue. A Vogue foi uma casa noturna muito badalada, se tornando um ponto de encontro de figuras das mais importantes da sociedade carioca da época. Foi ao final dos anos 40 que Sacha passou a se apresentar. Segundo contam, Sacha Rubin era de origem turca, mas se fazia passar por francês (que era mais chique, claro). Tocava piano, invariavelmente com um cigarro (americano) no canto da boca e um copo de uísque (escocês legítimo) do lado. Fazia um tipo meio Humphrey Bogart, no filme Casablanca. Gostava de saudar os frequentadores tocando ao piano suas músicas prediletas, logo que esses adentravam no recinto. Provavelmente inspirado no Rick’s Bar de Casablanca ele também criou a sua casa noturna, a Sacha´s, também famosa naqueles tempos.
“Smooth and gay” foi mais um de seus álbuns, lançado em 1966 pelo selo London, da Odeon. No disco iremos encontrar um repertório de sambas de primeiríssima, antigos e atuais da época, com arranjos modernos, a la bossa nova, como manda o figurino. Sacha, no meu entender, floreia muito ao piano, mas o disco ganha a dimensão exata com a presença de uma orquestra impecável. Disco muito legal. Tem que ouvir!
Renato De Oliveira Em Tempo Quente – Made In Brazil (1968)
Boa noite a todos, amigos cultos e ocultos! A partir de outubro o Toque Musical vai mudar. Não mais teremos as costumeiras postagens diárias. Essas, acontecerão de acordo com o meu tempo disponível. Dessa forma também, espero estar mais disponível para atender às centenas de solicitações e pedidos para novo links. Estou planejando, também para breve, algumas mudanças radicais no GTM. Creio que já é hora do Augusto aqui ser remunerado pelo seu trabalho e pela manutenção de seu conteúdo. Em breve, pode ser que eu venha a alterar a forma de associação ao grupo. Penso em cobrar uma anuidade aos associados como forma de cobrir gastos e custos, bem como a manutenção e reposição mais eficiente dos links. A taxa (anual) será quase simbólica, o suficiente para não deixar o Toque Musical continuar me dando prejuízo 🙂 Observo que minhas intensões e propostas continuam sendo as mesmas, divulgar a esquecida produção fonográfica brasileira e seus mais diversos artistas.
Para a noite de hoje eu estou trazendo para vocês um álbum muito interessante, bem a cara dos anos 60, ou do final dele. Temos aqui o maestro, instrumentista e compositor Renato de Oliveira, em tempo quente, desfilando um repertório “made in Brazil”. Uma seleção bem variada que trás alguns temas clássicos da nossa música popular. Na época, músicas consagradas e novos sucessos que mais tarde também se tornariam outros clássicos. Renato de Oliveira é mesmo um mestre e demonstra isso em arranjos surpreendentes que dão a essas músicas uma nova roupagem. Muito bom!
Jacaré – Choro Frevado (1985)
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Eis aqui um disco que eu descobri recentemente. Na verdade eu o adquiri em um lote de disco que comprei em um sebo no Recife. Há tempos esse disco está esperando uma oportunidade de ser apresentado aqui. Hoje eu resolvi postá-lo e porque não dizer, conhecê-lo melhor. Confesso que me surpreendi. Aliás, quando se trata de artistas nordestinos eu geralmente me surpreendo, pois a turma lá pra cima tem uma musicalidade ímpar.
Temos aqui o ‘Jacaré’, apelido de Antonio da Silva Torres, um genial instrumentista e compositor pernambucano. Músico nato, que veio a ser descoberto, tardiamente, pelo violonista Maurício Carrilho na década de 80. Gravou apenas este disco através de um projeto cultural patrocinado pela Prefeitura da Cidade do Recife e Funarte, o Projeto Nelson Ferreira, que buscava registrar e promover a boa música feita na região e seus artistas. O disco de Jacaré foi o segundo volume de uma série do qual eu só conheço este lp. Com apoio e produção artística de Maurício Carrilho, o disco foi lançado em 1985. Como se trata de uma produção cultural, certamente o número de cópias (discos) foi pequena, insuficiente para apresentar o artista aos quatro cantos do país. Mesmo assim já valeu o esforço, o registro para a posteridade. Mesmo de maneira tímida, este trabalho permaneceu. A Funarte, pelo que sei, chegou até a relançá-lo em formato cd. Este é mais um daqueles álbuns que a gente precisa mesmo conhecer. Na verdade, não só o disco, mas também o artista. Para melhor apresentá-los, vou tomar aqui emprestado o texto do jornalista Marcos Toledo, publicado no Jornal do Commercio do Recife, há 12 anos atrás:
Obs.: Jacaré faleceu em 2005
A Música De Cartola – Seleção 78 RPM Do Toque Musical – Vol. 68 (2013)

Para esta edição do Grand Record Brazil, foram selecionadas nove faixas, gravadas em 78 rpm. Abrindo esta seleção, temos a primeira composição gravada de Cartola, “Que infeliz sorte!”, lançada pela Odeon em dezembro de 1929, na voz de Francisco Alves, disco 10519-A, matriz 3095. Mário Reis chegou a adquirir os direitos de gravação deste samba por 300 mil-réis, mas preferiu repassá-lo ao Rei da Voz. Em seguida, Cármen Miranda, já então “o maior nome feminino da fonografia nacional”, interpreta “Tenho um novo amor” gravação Victor de 11 de maio de 1932, lançada em julho seguinte sob n.o 33575-B, matriz 65486, com acompanhamento do mestre Pixinguinha, à frente do Grupo da Guarda Velha. É uma parceria de Cartola com Noel Rosa, não creditado no selo e na edição. Vem também a ser o caso das faixas seguintes, interpretadas por Francisco Alves e por ele gravadas na Odeon: “Não faz, amor”, gravação de 7 de julho de 1932, disco 10927-A, matriz 4481, e “Qual foi o mal que eu te fiz?”, imortalizado pelo Rei da Voz em 30 de dezembro de 32 mas só lançado em maio de 1933 sob n.o 10995-B, matriz 4574. Noel e Cartola, sem dinheiro, procuraram Chico Alves no Largo do Maracanã e lhe pediram algum. Chico concordou, desde que cada um fizesse um samba naquele momento. Foi aí que compuseram “Qual foi o mal que eu te fiz?”, com toda a segunda parte de Noel, que nessa ocasião fez sozinho “Estamos esperando”, gravado por Chico em dupla com Mário Reis. No dia 3 de janeiro de 1933, Francisco Alves retorna aos estúdios da Odeon para gravar outro samba de Cartola, agora sem parceiro: “Divina dama”, que será lançado logo em seguida com o número 10977-B, matriz 4575, constituindo-se no maior sucesso da primeira fase de composições gravadas do poeta mangueirense. A faixa seguinte, “Na floresta”, foi gravação de Sílvio Caldas, parceiro de Cartola neste samba, em 13 de julho de 1932, matriz 65546, mas a Victor só o lançou em outubro de 33 com o n.o 33712-A. Isso em virtude de atritos entre Sílvio e Francisco Alves. Bucy Moreira compôs um samba chamado ‘Foi um sonho”, do qual Chico Alves gostava da letra, mas não da melodia. Então o Rei da Voz encaixou a de “Na floresta”, deixando a letra de lado. Os versos seriam musicados e gravados por Sílvio Caldas, e Francisco Alves, evidentemente, surtou e quis impedir o lançamento do disco. Mas Sílvio Caldas convenceu o Rei da Voz de que ele tinha comprado apenas a melodia: “Você deixou a letra de lado e o Cartola precisa ganhar dinheiro!” E Chico deixou os atritos também de lado… A faixa seguinte é “Não posso viver sem ela”, parceria de Cartola com Alcebíades “Bide” Barcelos, gravada na Odeon por Ataulfo Alves, à frente de sua Academia de Samba, em 27 de novembro de 1941, com lançamento bem em cima do carnaval de 42, fevereiro, sob n.o 12106-B, matriz 6870. Entretanto, o hit maior desse disco foi o clássico “Ai, que saudades da Amélia”, de Ataulfo e Mário Lago, que ofuscou esta aqui. O samba-canção “Grande Deus” foi composto por Cartola em 1946, quando contraiu meningite e demorou mais de um ano para se recuperar. Porém, só em agosto de 1958 é que a música foi lançada em disco, na voz do grande Jamelão, pela Continental, sob n.o 17573-A, matriz C-4099. E, para encerrar mais este pequeno-grande programa do GRB, o samba “Festa da Penha”, parceria de Cartola com Asobert (pseudônimo e anagrama de Adalberto Alves de Souza). Foi gravado em 1958 por Ary Cordovil para o extinto selo Vila, em disco de número 10003-A, matriz V-7801-A. A festa em questão acontecia todo ano no mês de outubro, com romaria de fiéis percorrendo o longo caminho até a igreja (com escadaria e tudo), que até hoje fica bem em cima do morro da Penha, numa demonstração de fé e oportunidade para apresentação de novas músicas, sempre com um olho profano em direção ao carnaval. Esta é a homenagem do GRB ao mestre Cartola, nome que tem seu lugar garantido entre os imortais de nossa música popular.
* Texto de SAMUEL MACHADO FILHO
Mancha – Apresenta Batucada Maravilhosa (1991)
Olá amiguissímos e cultos e ocultos! Batendo o ponto do domingo, aqui vamos nós, antes que o domingo acabe. Estou trazendo para vocês outro curioso e interessante lp que comprei em Sampa. Há tempos este artista me persegue, mas talvez pelo seu visual meio exótico, cabelo armado e bem delineado, lente de contado colorida, corpo brilhante, nunca dei muito crédito. Mas desta vez resolvi encarar o som do Mancha e olha… gostei. Ao que me parece, o cara é daqueles que joga em todas as posições: criação, concepção, produção, execução e divulgação. Seus discos são variados, tem samba, rock, funk… Neste álbum vamos encontra o Mancha nos apresentando a Bateria Maravilhosa. Um disco a la Luciano Perrone, estritamente de percussão. Realmente muito bacana. Fiquei agora interessado em conhecer um pouco mais o trabalho deste artista, Infelizmente, pelo Google não há muito o que encontrar além de anúncios de venda de alguns de seus dsicos. Se alguém tiver informações, por favor, fiquem a vontade para comentar.
Luiz Bittencourt E Sua Orquestra De Violões – Vereda Tropical (1962)
Olá amigos cultos e ocultos! Não bastasse a falta de tempo, no pouco que me resta tenho andado numa preguiça que nem conto a vocês. As vezes a gente dá aquela desanimada, desacelera, mas não chega a pisar de vez no freio. Quando não estou muito animado isso aqui vira uma salada mista, pois vou catando o que vier primeiro. Se hoje é samba, amanhã pode ser rock e depois pode ser jazz, ou erudito, ou sertanejo… Vira um verdadeiro leque sortido, para agradar os gregos e troianos. No fundo, eu até gosto mesmo desse ecletismo musical, mas gosto mais quando posso planejar e projetar as futuras postagens. Enfim…
Seguimos agora com o compositor e instrumentista Luiz Bittencourt neste álbum lançado originalmente em 1962. Produção de Nilo Sérgio através de seu selo Musidisc. O álbum aqui apresentado já é uma segunda versão, em estéreo, lançada algum tempo depois, inclusive este aparece com algumas alterações na capa e com o selo “Rio Stereomono”. Certamente mais uma jogada promocional do nosso grande produtor.
Temos aqui Luiz Bittencourt e Sua Orquestra de Violões, que lendo assim a gente até pensa ser um disco todo voltado para o instrumento. Mas não é bem assim. Ou por outra, é bem mais… Os violões (elétricos) até que estão presentes, mas dividem a cena com os outros instrumentos. Nesta soma quem mais sai ganhando é a própria música, com arranjos e instrumentação de primeiríssima. Gravação cuidadosa e de alta qualidade como cabe aos discos produzidos pelo refinado Nilo Sérgio. Eis um álbum que merece ser ouvido num estéreo. Olhem só a seleção…
Charme Faces – Um Plano (2002)
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Finalmente é sexta-feira! Mesmo estando eu um tanto ‘pitimbado’, cheio de dores, como cabe a todo cidadão na ‘idade do condor’. Foi por estar meio mal que não tive ânimo para postar nesses últimos dois dias. Hoje me sinto um pouco mais animado, a ponto de curtir uma balada (mas regada a água mineral) e de quebra ainda botar um som para todo mundo dançar. Oha ele aí…
No início do ano estive em São Paulo e por lá comprei, numa garimpada pelos sebos do Centro, uma série de curiosidades musicais, discos que me chamaram a atenção. Produções nacionais, claro, mas específicamente da terra da garôa. Gêneros dos mais variados. Fico impressionado de ver essas produçoes independentes, coisas que parecem circular apenas na própria cidade, ou para um grupo muito específico. É o caso deste álbum (duplo!) do trio “Charme Faces”, um grupo de rap muito bem arranjado. Os ‘manos’ fazem um som bem gostoso, um batido contagiante, que leva qualquer um no clima. Claro, é música puramente americana, ‘black music’, um estilo conhecido do ‘charme’, que agrada com facilidade. O que pega é a qualidade dos ‘raps’, as letras são fraquinhas, somadas a um vocal típico de paulista suburbano que puxa o ‘erre’. Mas no mais, o disco é bem interessante de se ouvir, seja com esses ou com outros olhos. Infelizmente eu não tenho nenhuma informação do grupo. Pelo Google também não encontramos muita coisa além das próprias músicas. O Charme Faces, pelo pouco que pude ver é uma trio muito bem conceituado do rap, inclusive internacional. A música “Sexta feira” é um dos seus hits mais conhecidos. Taí uma boa razão para essa apresentação. Hoje é sexta feira!
Luiz Cláudio E Outro Assuntos

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Hoje nós teremos uma postagem diferente. Quero deixar aqui uma homenagem ao cantor e compositor mineiro Luiz Cláudio, “a voz de veludo”, que veio a falecer no último dia 30 de agosto. Para meu espanto, não vi e nem ouvi nenhuma repercussão do fato na mídia. O falecimento do artista passou meio que batido. Parece que não deram muita bola para aquele que foi um dos maiores cantores do Brasil. Cantor, compositor e artista plástico, diga-se de passagem. Aqui no Toque Musical nós postamos uma boa parte da sua discografia. Como no momento não tenho nenhum outro disco dele para postar, resolvi pelo menos reativar todos os ‘toques’ publicados aqui. Assim, fiquem os amigos sabendo que os discos já estão lá, no GTM, ok? Valeu, Luiz Cláudio! Aqui você será sempre lembrado!
Outro assunto a tratar é esse nosso espaço, o blog/site Toque Musical. Estou tendo problemas com a atualização da plataforma WordPress junto ao meu provedor de hospedagem. Eles precisam atualizar suas máquinas e programação e ao que parece, na forma em que está, o TM é incompatível, não funcionando integralmente. Dentro das próximas 48 horas o blog pode ficar fora do ar. Para que vocês não percam as postagens, a coisa continuará rolando normalmente em nossa versão pelo Blogger. As postagens continuaram acontecendo diariamente. Qualquer dúvida, estamos também no facebook. Chega mais.. 🙂
Cyro Monteiro – Seleção 78 RPM Do Toque Musical – parte 2 – Vol. 67 (2013)
Gang 90 – Pedra 90 (1987)
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Hoje, devido a uma ‘falha técnica’ nós não teremos a já tradicional coletânea exclusiva do Toque Musical, a série “Grand Record Brazil”, com textos de postagem do nosso grande amigo culto, Samuel Machado Filho, o Samuca. Resolvemos remanejar o volume 67 para amanhã, terça feira, ok?
Enquanto isso, vamos dar mais uma chance ao rock brazuca. Estou trazendo para fechar a noite o “Pedra 90”, terceiro e último álbum da banda Gang 90. Este grupo surgiu em São Paulo nos anos 80, fundado pelo jornalista Júlio Barroso. Ficaram conhecidos a partir da participação no “Festival MPB Shell”, em 1981, defendendo a música “Perdidos na selva”. Nessa ocasião ainda se chamavam apenas “As abusurdetes”. Emplacaram mais um sucesso, a música “Nosso louco amor” em 83. No ano seguinte Júlio Barroso morre ao cair da janela de seu apartamento. A banda continuou em frente com novas formações e apoio dos amigos, liderada pela tecladista Taciana Barros. Em “Pedra 90” temos dois destaques, as músicas “Palavras não bastam” e “Cara pálida”, musicas que conseguiram um relativo sucesso. Confiram…
Labirinto – Kadjwynh (2012)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Domingo, para não variar, é um dia cheio de surpresas, geralmente desagradáveis. Como já foi noticiado em todos os veículos de comunicação, principalmente pela web, morreu hoje o nosso grande cavaquinista Waldir Silva. Eu cheguei até pensar em dedicar esta postagem a ele, mas infelizmente não tenho como preparar uma para de imediato. Assim, estou pelo menos repondo no GTM os dois discos que temos publicado aqui. Logo que possível a gente faz a homenagem, afinal este é um artista que merece o nosso carinho.
Como disse, o domingo é um dia de surpresas, mas que também podem ser boas. Eis aqui uma delas, a conceituada banda Labirinto. Hoje eu estou postado um disco lançado no ano passado. Trata-se de um EP cujo nome é “Kadjwynh”, que segundo informações quer dizer ‘energia vital’ na língua indígena Kayapó. O trabalho foi editado em formato cd e também em lp, em tiragem limitada. Como se pode ver nas ilustrações, o vinil é super bacana, totalmente estampado num desenho que lembra muito uma arte japonesa, embora não tenha nada a ver. Confesso que comprei este disco mais pela sua arte, digno de ficar na discoteca sempre exposto, de forma decorativa. Mas o que é belo por fora é ainda mais primoroso por dentro. Me fez lembrar um pouco de tudo que já ouvi em matéria de rock progressivo, psicodélico e coisas do gênero. Gostei tanto do trabalho dessa moçada que acabei comprando também o álbum duplo “Anatema”, lançado em 2010, genial! Para que gosta de rock progressivo, eis aqui uma superbanda. Esta eu fiz questão de postar e indicar. Não basta ouvir apenas, tem que comprar o disco e ir ao show. Aos interessados, sugiro que visitem o site da banda. Vale a pena!
Cabine C (1987)

Olá amigos cultos e ocultos! Aqui vamos nós neste sábado frio… acho que hoje eu nem vou sair de casa. Desânimo total! Tomar uma sopa ou talvez um mingau (putz, até rimou!)
Seguimos com mais uma curiosidade do rock tupiniquim, desta vez lá dos anos 80, Cabine C, alguém aí se lembra? Formada em Sampa por Ciro Pessoa (ex Titãs), Marinella 7, Wania Forghieri e Anna Ruth. Foi mais uma das muitas bandas surgidas naquela década, buscando seu lugar ao sol. Ficou só neste lp, disco este, por sinal, produzindo pelo Luiz Schiavon do RPM. Álbum independente, com onze faixas, também conhecido como “Fósforos de Oxford”, nome de uma de suas músicas. O Cabine C traz um ‘rock’ bem aos moldes do que rolava naquela época do pós punk. Suas músicas trazem elementos do gótico, industrial, dark… muito influenciada pelas bandas inglesas de ramificação mais ‘cult’ da onda ‘New Wave’. O Cabine C teve seu segundo momento ao ser incluído em uma copilação lançada há alguns anos atrás na Inglaterra, ao lado de outras bandas brasileiras, o cd “The Sexual Life of The Savages”.
Blues Etílicos – Água Mineral (1989)
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Estou aqui preparando as postagens de hoje e do fim de semana. Como todos já deve ter percebido, a onda da vez é o rock pop nacional, que provavelmente deve se estender pela outra semana também. Mas como eu gosto de ter por perto todos vocês, os velhos e os moços, trazendo sempre seus comentários, vou procurar mesclar mais os gêneros e sair dessa de ‘semana temática’. Nada como uma surpresa todos os dias. Se hoje é rock, amanhã poderá ser qualquer outro estilo, samba, jazz, bossa, erudito e por aí… Por enquanto, para fechar a semana, vamos num embalo da eterna música jovem, o gênero rock’n’roll (ou algo assim).
Para a sexta feira vou postando aqui este que foi o segundo álbum do Blues Etílicos, uma das mais importantes e cultuadas bandas de blues rock nacional. O Blues Etílicos nasceu no Rio de Janeiro, formado inicialmente por Flávio Guimarães, Otávio Rocha, Claudio Bedran, Greg Wilson e Gil Eduardo (esse último, filho do Tremendão Erasmo Carlos), que veio a sair do grupo depois do álbum “Salamandra”, de 1994, entrando em seu lugar o baterista Pedro Strasser. Ao longo de quase trinta anos de estrada a banda gravou vários discos, assim como alguns de seus componentes o fez isoladamente. O BE cresceu pra valer, se tornando mais que uma simples banda de blues, hoje é uma marca, literalmente. Já estão até produzindo cerveja, vejam vocês! Uma ideia ótima, cerveja, blues e rock combinam muito bem. E para que o novo empreendimento decole de vez (já decolou) eles até lançaram um CD cujo o título é “Puro Malte”, também nome de uma da músicas, que canta de forma bem divertida o universo da cerveja artesanal. Depois dessa postagem, mesmo sendo tão cedo, me deu uma baita vontade de tomar uma ‘puro malte’, mas tem que ser puro malte mesmo! Será que a cerveja deles a gente só encontra nos seus shows? Eu quero!
Câmbio Negro HC – O Espelho Dos Deuses (1990)

Hanoi Hanoi (1986)
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Como anunciei, a semana seria para outros sons, na verdade para postarmos mais alguns discos de pop e rock nacional. Mais uma vez eu me armei de um variado leque de títulos prontos para darem entrada diariamente. Agora só depende de eu achar tempo para não deixar vocês muito ansiosos esperando aquele toque no GTM. Hoje, por exemplo, não tive tempo para nada. Estou escolhendo agora o disco do dia. Puxando do ‘gavetão’ aqui vai um bem escolhido, Hanoi Hanoi, do Arnaldo Brandão. Este foi o primeiro álbum do grupo liderado pelo contrabaixista Arnaldo Brandão, que antes toca no Brylho (A noite do prazer) ao lado de Claudio Zoli. O Hanoi Hanoi surgiu na década de 80 juntamente com tantas outras bandas que efervesceram a cena pop/rock nacional. Teve, como todos devem se lembrar, emplacado vários hits de sucesso, que deram a banda e ao seu líder um lugar de destaque dentro do rock brazuca. Vamos encontrar neste álbum, entre outros, dois grandes sucessos, “Totalmente demais” e “Blá blá blá… Eu te amo”. Confiram aí…
Kris Kringle – Sodom (1971)
Olá, amigos cultos e ocultos! Para fazer jus ao ‘ecletismo musical’ e à ‘tripolaridade’ fonográfica deste blog, eu hoje tomo um outro rumo, abrindo a semana para outros sons. Abro esta leva com um disquinho que merece o toque musical. Um álbum que virou clássico sem nunca ter sido (pelo menos por intenção ou pretensão). Como já comentamos aqui no Toque Musical, no início dos anos 70 houve um produtor italiano em São Paulo chamado Cesare Benvenuti. Foi ele o responsável pela criação de cantores e grupos de música pop com nomes estrangeiros. Através de Benvenuti surgiram artistas que naquela época todos acreditavam serem internacionais. O cara tinha mesmo uma visão de mercado, oferecendo ao público o que fazia sucesso no Brasil, música ‘pop’. Criou diversos nomes, muitas vezes com os mesmo músicos e artistas. Grupos como o Light Reflection, Connection Eyes, Edu Leslie, Lee Jackson, Sunday e muitos outros, foram ideia do italiano. Kris Kringle foi também um desses conjuntos ‘fabricados’ e recebeu uma atenção especial devido ao seu estilo diferenciado, apresentando versões desconsertante (e as vezes até melhores) para hits internacionais. O trabalho ficou tão bem feito que muitos acreditavam mesmo ser um conjunto internacional. Apresentado em capa dupla, bem ao estilo das artes gringas, o álbum saiu pela Beverly, através de um selo especial, Kool, dando assim a impressão de ser mesmo um material importado. Ao longo do tempo o disco foi ganhado novos admiradores e por conta até da pouca informação sobre ele, tornou um álbum ‘cult’, procurado por colecionadores. Cultuado como pérola escondida do rock nacional.
Pessoalmente acho o disco muito legal e bem convincente. Contudo, trata-se apenas de um projeto que demonstrou ser possível fazer bonito que nem os gringos. Memorável por conta de Cesare Benvenuti que foi capaz de criar nossos próprios artistas internacionais sem a necessidade de importá-los 🙂
Cyro Monteiro (parte 1) – Seleção 78 RPM Do Toque Musical – Vol. 66 (2013)

Carlos Lyra – Eu & Elas… (1972)
Amigos cultos e ocultos, aqui vou eu entrando no finalzinho do segundo tempo. O domingo vai acabando e eu aqui já estou chegando para marcar o ponto diário 🙂 Vamos com mais um ‘disco de gaveta’, aqueles sempre prontos para as hora incertas. Mais uma vez, no sorteio, temos uma boa pedida, Carlos Lyra.
“Eu & Elas…” foi um álbum lançado em 1972, o segundo após seu retorno ao Brasil. O disco foi produzido por Paulinho Tapajós e traz um repertório particamente autoral com temas sempre românticos e letras poéticas.
Agostinho Dos Santos – As Melhores Interpretações De Agostinho Dos Santos (196…)
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Hoje não foi por falta de tempo, mas por puro esquecimento que eu quase deixei de fazer a postagem do dia. Agora, justamente agora, quando estava para sair me lembrei da tarefa musical diária. Agora estou com falta de tempo, por isso, vamos recorrer a um ‘disco de gaveta’. E que sorte, o primeiro que puxei foi esse do Agostinho dos Santos. Estou vendo aqui que é uma coletânea, mas nem vou me dá ao trabalho de verificar se as músicas se repetem, afinal temos tantos discos do Agostinho postado que eu nem sei mais. Vão conferindo aí, se interessar, basta dar o toque. Logo ele cai no GTM. 🙂
Ivan Roskov – Casatschok (1969)

Bom dia a todos, amigos cultos e ocultos! Para uma manhã fria como está agora, para dar aquela esquentadinha, que tal cairmos no embalo do ‘casatschok’? É isso aí… Casatschok foi mais uma ‘onda’, um modismo dançante. Segundo o texto na contracapa, trata-se de ‘uma dança vigorosa e sensual’ que veio da Rússia (vigorosa eu concordo, sensual, só se for pela moça dançando de mini-saia). Trata-se de uma dança típica russa que tentaram revitalizar naquela época como sendo uma nova ‘onda dançante’. Em busca de novidades comerciais, a indústria fonográfica inventava de tudo, inclusive os nomes, como ‘Ivan Roskov”, aqui encarnado no maestro Rogério Duprat. Creio, ao contrário do que muitos pensam, que esses pseudônimos não eram desejo daqueles que os usavam, mas faziam parte do jogo de cena. Se a gravadora queria lançar um determinado tipo de disco, criava um nome apropriado e catava um de seus maestros para dar conta do recado. O Duprat esteve por trás de vários nomes e orquestras fantasmas, que só existiram naquele momento. Eventualmente, diante a um sucesso de vendas, se repetia a dose e novamente o artista ou orquestra ‘X’ voltava a cena, chegando mesmo a ganhar uma identidade quase física. Ivan Roskov, pelo que sei, nasceu e morreu neste disco. “Casatschok”, com tudo, graças ao seu repertório, não fica só naquela de mais um disquinho sem importancia. Ele é no mínimo curioso, graças ao seu repertório e ao seu maestro tropicalista oculto, que dá ao disco extamante a atmosfera tropical, que nada lembra o gelo, a vodka… No máximo uma cutucada na censura da época, que por certo, mesmo com um descomprometido e inocente repertório, que também é variado e internacional, deve ter chamado a atenção. Tá vermelho, tá russo!
Elis Regina – Como & Porque (1969)
Muito bom dia, amigos cultos e ocultos! Para o dia de hoje eu já estava planejando continuar na base da orquestra e conjuntos dos anos 60, mas por alguma razão eu sonhei que estava postado este disco da Elis Regina. Pode parecer estranho, mas no sonho até a música em senti. Sonhei que estava ouvindo a Elis cantando a “Aquarela do Brasil”. Acordei com a música na cabeça e fui cantarolando pro banheiro. Continuei solfejando até encontrar o disco e agora ele está aqui 🙂 Não resisti a tentação… Maravilha este lp, o qual, creio, todos já conhecem, mas vale a pena ouvir de novo. Elis vem acompanhada por um time de feras: Antônio Adolfo no piano; Hermes na percussão; Zé Roberto no contrabaixo; Wilson (literalmente) da Neves e Roberto Menescal. Este último é o responsável pelos arranjos do conjunto e os arranjos de orquestra ficam por conta do maestro Erlon Chaves. Vamos ouvir? Dá-lhes GTM!
Pinduca – Sucesso É Pinduca (1965)
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Chegando já na reta final do dia, aqui vamos nós com mais um toque musical raro e aparentemente exclusivo (até então), antes que eu desmonte de vez sobre o teclado, vou rapidinho passando a bola…
Tenho para vocês um álbum raro do percussionista, vibrafonista, organista, compositor, professor, maestro e arranjador sergipano, Luis D’almeida Assunção, mais conhecido como ‘Pinduca’. Eis aí um nome pouco lembrado, mas que esteve presente nos mais diversos momentos da nossa música popular e erudita. Traçar aqui a trajetória deste artista é coisa que demanda tempo e eu já caindo pelas tabelas não posso garantir muita coisa. Mas saibam que Pinduca foi um artista incomum, merecedor de toda a nossa atenção. Acredito que existam outras fontes de informação sobre ele, mas vou ‘linkando’ vocês para a coluna do jornalista e historiador Luiz Antonio Barreto. Lá ele explica bem quem foi o mestre Pinduca.
Para completar, vamos apenas fazer uma pequena apresentação deste disco. “Sucesso é Pinduca” explica bem qual é a proposta, um repertório variado contemplando em especial algumas música de verdadeiro suceso. Pessoalmente, acho o disco meio fraco, principalmente quando mesmo sem querer comparamos algumas de suas faixas com as versões originais. No fundo, o que pega mesmo são os arranjos… sei não, acho que poderiam ter feito coisa melhor. Mas independente dos meus comentários, ouvir este disco é algo que necessário. Nem que seja para me provar o quanto eu estou enganado.
Quincas E Os Copacabana – Rítmos Sob Medida (1961)
Boa noite, meus prezados amigos cultos e ocultos! Trago hoje para vocês o conjunto “Os Copacabana”, sob o comando do saxofonista Quincas, em disco lançado pela Companhia Brasileira de Discos, com o selo Philips, em 1961. Quincas é o responsável pela direção e arranjos deste conjunto/orquestra que aparece aqui sem a presença de dois outros condutores do grupo, o pianista Vadico e o trombonista Astor. Ao que tudo indica, este álbum foi lançado após o retorno do grupo em turnê de sucesso pela Europa. Trazem um repertório variado e dançante, inclusive a moderna “A Felicidade”, de Tom Jobim e Vinícius de Moraes, música composta em 1959 e que fez parte da trilha do filme “Orfeu Negro”. Cheia de bossa 🙂 Disco bacana…
Vários – Seleção 78 RPM Do Toque Musical – Vol. 65 (2013)
*Texto de Samuel Machado Filho
José Rastelli – Eu E Meu Amigo Violão (1960)
Olá amigos cultos e ocultos! Depois de postar recentemente o volume 3 da série “Eu e meu amigo violão”, vi o quanto este artista é admirado e o quanto ele é mal divulgado. Fiquei de repostar o volume 2 e aproveitando o ensejo, aqui vamos com o primeiro. Agradeço aos dois amigos cultos que prontamente me enviaram os arquivos dos discos. Felizmente eu já encontrei todos eles, como manda o figurino. Sem dúvida, esta série é muito boa e ouvindo hoje com mais atenção o primeiro, acho que entre eles é o melhor. O repertório é dos mais agradáveis e variado, o que demonstra a riqueza técnica e musical de José Rastelli.
Orquestra Jean Kelson – Berimbau & Bigorrilho (1964)
Olá amigos cultos e ocultos! Mais uma orquestra aqui para alegria geral. Para fechar o sábado, vou mandando para vocês a Orquestra de Jean Kelson, numa seleção musical das mais interessantes, doze temas que se dividem, de um lado o samba e do outro o ‘bigorrilho’, que neste disco virou quase um gênero musical, graças as composições que empregam a curiosa expressão, entre elas, a mais popular, a música de Sebastião Gomes, Paquito e Romeu Gentil, o “Bigorrilho”, revisitada até pelo Lulu Santos. Se me perguntassem o que é bigorrilho eu diria que é qualquer coisa e também aquele charmoso bairro de Curitiba. Taí uma expressão cheia de significados e que poucos saberão dizer o que realmente é. Como eu também não sei, vou me limitar às minhas ‘bigirrolhice’. De volta ao disco.
“Berimbau & Bigorrilho” é sem dúvida um disco curioso, capaz de trazer informações técnicas detalhadas das gravações, gráficos e até propaganda da antiga linha aérea Cruzeiro do Sul. Mas no que diz respeito às informações artísticas, ficha técnica… isso, como sempre, fica a desejar. Atípico, este não é um lp de orquestra simplemente, ou seja, instrumental. Temos também um conjunto vocal que participa ativamente em várias faixas para o qual não há créditos. Quem seriam? A mesma pergunta muitos talvez também farão: quem era Jean Kelson? Um maestro estrangeiro em visita ao Brasil ou mais um pseudônimo? Esta última eu posso responder, Jean Kelson foi um nome adotado pelo maestro Guerra Peixe, que chegou a gravar outro disco usando o mesmo ‘apelido’. Acredito que ele usou este nome para afastar o Guerra Peixe do popular, preservando seu verdadeiro nome para o erudito.
E como dizia o Jorge Ben: “se malandro soubesse como é bom ser honesto, seria honesto só por malandragem…” (o que tem isso a ver? nada…, apenas lembrei da canção)
Zuleika Ruvian – Boemia (1981)
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Na semana passada, na Feira do Vinil e CDs Independentes aqui em BH, achei este lp, o qual me chamou a atenção pela capa. Ah, o que seriam dos artistas se não fossem as capas. Ou por outra, a capa muitas vezes pode definir a sorte do artista. Se a capa tiver aquele apelo visual necessário, o freguês aqui cai matando. E foi mais ou menos isso que aconteceu, bati o olho e pensei, capa interessante… tem coisa aí…. Realmente não me desapontei, o que para muitos pode ter parecido um disco brega, para mim, foi um achado. Zuleika Ruvian, até então nunca tinha ouvido falar nessa artista. Mas depois de ouvi o lp tive certeza de ter investido bem os meus 5 reais. Fiquei realmente surpreso com o nível da cantora, dos arranjos e também do repertório. Zuleika nos apresenta uma seleção pontual de composições de Adelino Moreira e seu fiel representante e também parceiro, Nelson Gonçalves. Estão aqui reunidas algumas das mais importantes e clássicas composições que se eternizaram na voz do ‘Metralha’. Estranho pensar numa mulher cantando essas canções, não apenas por retratarem o sentimento e a visão masculina, mas por serem mesmo músicas fortes, que exigem uma boa interpretação. Mas, Zuleika Ruvian não deixa por menos, interpreta com afinco, poderosa e bem afinada, mostra suas qualidades com segurança. Canta muito bem. Segundo informações que colhi na rede, mais especificamente uma nota no Orkut, Zuleika foi uma cantora que atuou na década de 70 e encerrou a carreira em 1983. Pelo perfil no Orkut não se sabe se ela ainda está viva, ou onde mora. Estendendo a pesquisa, vi que ela gravou outros discos e contradizendo a nota no Orkut, parece que ela já havia gravado até um compacto de 45 rpm, possivelmente nos anos 60. Seja como for, aqui está o seu disco de maior sucesso, ou pelo menos, o mais divulgado na rede.
Outra curiosidade que me chamou a atenção. Na capa, no canto inferior direito, há um desenho de um pé de sapato 43. Alguém pode me explicar a natureza da coisa? 🙂
Rio – Seja Benvindo Ao Rio (1970)
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Como todos já deve ter percebido, eu sou apaixonado pelo Rio de Janeiro. Êta cidade maravilhosa! E digo isso não apenas pela paisagem, que é deslumbrante, mas também pela sua própria história, ou pelas diversas histórias que acontecem neste lugar. Gosto também do carioca, um tipo descolado, malandro e muito solto. O Rio é totalmente musical e tem também o samba, a bossa nova… O Rio é dez! Por essas e por outras que eu sempre que posso estou postando aqui alguma coisa ligada a essa cidade tão bacana. Na verdade isso é quase inevitável, afinal é no Rio que a maioria das coisas acontecem.
Temos aqui este lp, “Rio”, lançado pelo selo Itamaraty, supostamente no início dos anos 70. Um disco estranho, bem típico de outros lançamentos desse selo. Não há nele qualquer tipo de informação além da relação musical. Tenho quase certeza de que este lançamento não trazia encartes com ficha técnica ou coisa assim. Dessa forma, o que temos é um disco sem nome de artistas, grupo ou orquestra. Sem ficha técnica ou algo que mereça ser informado. E olha que pelo repertório e excussão musical, este álbum bem que merecia uma ficha completa. Excelente, da primeira à última faixa! Taí um disco que eu gostaria de saber que é que está tocando. Alguém aí pode me informar? 🙂
Orquestra Cid Gray – Só Samba Sabendo Sambar (1961)
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Na brecha do dia, ou melhor, da noite, aqui vou eu com mais um toque musical. Mais uma vez vamos de orquestra para mostrar a todos o quanto a música já foi grande. Hoje, orquestra é coisa rara de ver em discos, sejam sós ou acompanhando algum artista.
Vamos hoje com a Orquestra Cid Gray, muito requisitada em bailes e clubes de dança naquele final dos anos 50 e início dos 60. O álbum que apresento a vocês foi lançado pela Continental em 1961. Antes deste a orquestra já havia gravado outros discos. Foi, porém, neste lp que o público veio a saber que Cid Gray era na verdade um nome adotado pelo maestro Renato de Oliveira, quando este abandona o trabalho em estúdio, indo para São Paulo formar uma orquestra de dança e consequentemente discos de sucesso. Segundo Fernando Cesar, em seu texto na contracapa, “este não é apenas mais um e sim o melhor de todos”. Realmente o álbum traz um repertório muito bom, recheado de ótimos sambas e uma qualidade instrumental de arrepiar. Além, é claro dos ‘arranjos vibrantes’, tipo exportação, hehehe…