Diante ao tremendo sucesso do disco de samba, com as mulatas do Sargentelli desfilando toda sensualidade no Oba Oba. Resolvi então postar mais um, três anos mais quente. (aqui pra nós, esse Sargentelli passava bem!). Seu Manoel, dono do buteco alí ao lado, quase babou com tanta malícia. Essas mulatas são mesmo de tirar o chapéu (e o resto da roupa também).
Uma outra curiosidade que descobri foi sobre o Oswaldo Sargentelli… O cara era sobrinho do grande Lamartine Babo, mas segundo contam, o pai (irmão de Lalá) nunca o reconheceu como filho. Confira mais este lp. Pessoalmente, gosto mais deste aqui… principalmente pela capa. 😉
Conjunto Garra Brasileira – Sucessos Contagiantes Em Ritmo De Samba (1974)
Sargentelli No Q.G.do Samba – Quadra Geral (1972)
Nesta semana eu começo com alguns álbuns que já foram para o fundo do baú. Discos que cupriram seu papel num determinado momento e só existirão enquanto houver alguém que tenha um exemplar. São álbuns que com certeza nunca seriam relançados. Casos semelhantes são as coletâneas e trilhas de novelas. Depois que passou, acabou…
O disco do Sargentelli não é exatamente a mesma coisa, mas eu nunca vi este e outros disco lançados em cd. Acredito até que um dvd seria mais fácil nos dias de hoje, mas discos como este nunca mais… Só para relembrar, Oswaldo Sargentelli foi apresentador de televisão e empresário de shows na noite carioca, ligado aomundo do samba. Seu nome está relacionado às mulatas, como Di Cavalcanti, um apreciador do produto nacional. Sua casa de shows, o Oba-Oba, ficou famosa pelos espetáculos com as beldades morenas regadas a muito samba e malícia.
O lp apresentado aqui nos dá uma amostra do que era a trilha sonora desses shows. Um disco, sem dúvida, de samba, mas com a pitada do ‘‘mulatólogo’’ Sargentelli. Quem gosta de samba e de mulata não pode perder…
Marcos Valle – Escape (2001)
Boa noite amigos cultos, ocultos e críticos de plantão! Hoje pretendo encerrar a overdose de Marcos Valle. Acho que nas últimas duas semanas tivemos toques musicais realmente de qualidade e consistentes. Encerro a jornada, excepcionalmente, com um disco relativamente novo, recente no ponto de vista do que costumo postar. Mas importante para completar meu mostruário musical. Na minha modesta opinião, entre os trabalhos mais recentes, de uns 10 anos prá cá, este é o que me parece mais agradável. “Escape” foi um disco lançado para o mercado internacional e fez muito sucesso lá fora. Não sei ao certo se chegou a ser lançado no Brasil. O fato é que se trata de um bom álbum de (new) bossa nova e fecha com chave de outro esse nosso domingo. Fico por aqui. Boa semana a todos!Samba Show – Apresentando Samba Show (1964) – O Original!
Foi então, para mim, uma grande surpresa receber logo após a postagem, um atencioso e-mail esclarecendo tudo. Nossa amiga Maria Ignês, gentilmente me enviou toda a história do Samba Show e autorizou que a mesma pudesse ser agora publicada. Transcrevo então abaixo o texto enviado por ela por ser da maior importância para a preservação da memória do grupo:
Estou te mandando a capa original do disco ” Apresentando Samba Show “. Com toda certeza os músicos deste conjunto não foram informados na época do relançamento do disco com essa capa que é mostrada no blog. Concordo, o disco é maravilhoso. Na contra capa tem o nome e a história do conjunto. Vou fornecer alguns dados: o baixista Romildo F. Cardozo foi o arranjador dos sopros do último CD do Durval Ferreira. Mayuto Rodrigues, ritmista que também está na capa, é um músico consagrado no EUA, trabalhou com músicos famosos com, Frank Sinatra, Cannoball, H. Hancock, Santana e outros – continua tocando, hoje em Los Angeles. Ivo Caldas conceituado baterista que na época tinha apenas 18 anos, mesmo assim já tinha tocado (com 16 anos) com Booker Pittiman substituindo Dom Um. Quando o conjunto acabou foi tocar com com Rosinha de Valença, Tim Maia, Cauby Peixoto, Ed. Lincoln, 20 anos tocando com Johny Alff, 20 anos tocando com Marcos Valle, Roberto Menescal, Wanda Sá. Foi ainda o baterista no CD “Amendoira” do Bebeto Castilho, ex-Tamba Trio. Mirabaux um dos maiores guitarristas do Brasil, tocou com Ed. Lincoln, Lana Bittencourt, Cauby Peixoto… e continua tocando. Paulinho e Maciel os cantores, e Joel Nunes o organista são falecidos. O vibrafonista, também já falecido, Fernando Godoy que aparece na foto, não pode participar das gravações porque o vibrafone não afinava com o órgão. Na época não tinha computadores que hoje em dia acaba acertando tudo. Sérgio Marinho, ritmista e empresário do grupo. O violão acústico foi feito por Silveira grande compositor de Niterói que teve músicas gravadas por Sérgio Mendes, Raul de Souza, só para citar, “Canção do nosso amor” e tantas outras. Na música “Mania da vovó” quem faz a voz da vovó é ele. Resumindo, o disco “Apresentando Samba Show” foi gravado em 3 canais no período de gravação das 09:00h às 15:00 h, nesse tempo o disco ficou todo pronto. Neste dia, quando os músicos saíram do estúdio, entrou o jovem Roberto Carlos para gravar “O calhambeque”. O prefixo do conjunto foi feito por Dalton (pai do cantor Dalton) e Silveira. Sei disso tudo porque eu estava lá, acompanhava todos os bailes do grupo. A foto da capa foi tirada no Clube de Regatas Icaraí em Niterói.
balansamba
o poema da vida
diagonal
guacyra
samba show
batida diferente
tudo de você
mania da vovó
sambossa
samba com molho
lavadeira
Marcos Valle – Garra (1970) REPOST
Com mais de 30
Garra
Black is beautiful
Ao amigo Tom
Paz e futebol
Que bandeira
Wanda Vidal
Minha voz virá do sol da América
Vinte e seis anos de vida normal
O cafona
Marcos Valle – Samba’ 68 (1968) REPOST
Boa noite, meus caros! Tenho gostado de ver a participação e manifestação da turma. Cheguei a conclusão de que comentários e todo esse intercambio, só acontece se a postagem for instigante. Nesse sentido vale de tudo, até mesmo blefar para ver o que o outro tem. Acho que aos poucos vou aprendendo… mas sem apelações. Às vezes eu me esqueço de que esse lugar é feito por mim. Deixo-me levar por outros caminhos, mas sempre volto atrás e procuro refazer meus passos. O compromisso do Toque Musical é comigo mesmo, assim, não há porque esperar nada ou querer ser tudo. Melhor seguir se esperar retornos. Esses se tiverem de vir, virão verdadeiros.Bom, chega de divagações e vamos logo para a ação. Hoje a noite é do Marcos Valle e mesmo sabendo que alguns de seus discos já se tornaram figurinhas repetidas, encontradas facilmente em qualquer blog musical, faço com prazer a postagem, para manter acesa a chama dos bons momentos. Para ninguém esquecer quem foi este compositor da segunda geração da Bossa Nova, muito embora ele seja um que não precisa. Aqui então temos um disco feito para o mercado estrangeiro, basta verificar pelos títulos da músicas. Sambas com aroma de bossa… para gringo não por defeito.
Pedro Santos – Krishnanda (1968)
Nas alternadas musicais, temos hoje um disco raro e conhecido por poucos. Eu mesmo, até pouco tempo atrás, nunca havia reparado na presença de Pedro Santos e seu “Krishnanda”. Um disco que vai cair bem com o clima Marcos Valle da semana. Este disco/arquivo me foi enviado por um colaborador, que como eu, pouco sabia sobre o álbum e seu artista. Por várias vezes pesquisei na rede sobre Pedro Santos, mas nunca consegui chegar além dos vagos comentários e ofertas nos ‘eBays’ da vida moderna. Em total obscuridade, este artista e o álbum tem tudo a ver com a letra da música “Um só”, terceira faixa do lp. “… aquele que na palavra entender, no nome não se prender, pode ver bem quem eu sou. Mas quem no pé da letra cair, do nome não vai sair, porque no nome não estou…” Realmente, não houve muito o que pudesse vir a luz simplesmente pelo nome. Depois de muito fuçar, acabei caindo no blog do Ed Motta. O cara é mesmo antenado… se liga em tudo, tem um ótimo faro musical e além do mais ainda tem um blog!. Aliás, diga-se de passagem o Ed é o ‘supra-sumo’ da sofisticação – cada dia mais apurado. Foi justamente através dele (pelo blog) que me interei mais a respeito do Pedro Santos. “Percussionista importante em vários discos no Brasil, um experimentalista por excelência, inventou vários instrumentos entre eles a Tamba, tocada por Helcio Milito no Tamba Trio, e que por essa ligação é o produtor desse raro disco de 1968, o Krishnanda lançado pela CBS.” Palavras de Mr. Ed, especialíssimo!
advertência
Marcos Valle – Vento Sul (1972)
Como eu havia dito ontem, nesta semana continuamos, dia sim – dia não, apresentando alguns dos melhores álbuns do grande Marcos Valle. Venho alternando com outros títulos/artistas para que a medicação possa surtir efeito. Dosagem maciças podem causar dependência, por isso estou pegando leve, quantidades apenas para curar. Se você andou exposto à radiação do axê ou do rap, então eu recomendo uma superdosagem que Valle. É tiro e queda… Para esta noite tenho, entre os discos da década de 70, o mais curioso. Um álbum onde o artista vai além, mesclando em sua música elementos do rock em leves pitadas de progressivo. Com este lp ele rompe com algumas tradições, chegando mesmo a assustar alguns puristas da MPB. Mas em nenhum momento deixa de ser um disco maravilhoso, carregado de boas intenções e muita qualidade. Confira mais este toque…
Malena
Pista 02
Vôo cego
Bôdas de sangue
Democústico
Vento Sul
Rosto barbado
Mi hermoza
Paisagem de Mariana
Deixa o mundo e o sol entrar
Samba Trio – Samba Prá Frente (1964)
PS.: Este não é o mesmo arquivo que você encontra no Lornix. Pode conferir!
Marcos Valle – O Cantor, O Compositor (1965)
Fim de semana puxado e corrido. Nessa altura do campeonato eu já estou que não me aguento de tanto sono. Antes que eu desmaie de vez, vamos por em dia a postagem. Hoje vai mais um do Marcos Valle (que vale), seu segundo disco. Um álbum que faz parte da história da Bossa Nova. Outro grande disco que valle uma conferida 🙂 !0 Zzz… Zzz…
Preciso aprender a ser só
Seu encanto
Passa por mim
Samba de verão
A resposta
Deus brasileiro
Dorme profundo
Vem
Mais amor
Não pode ser
Marcos Valle – Mustang Cor De Sangue Ou Corcel Cor De Mel (1969)
Marcos Valle – Previsão Do Tempo (1973)
A previsão do tempo para hoje é a de que estou babando de sono e antes que me esqueça, aqui vai mais um que vale… Marcos Valle em mais um disco de tirar o chapéu. Não vou nem tentar continuar pois já estou trocando letras… Zzz… Zzz…
Gal Costa – Fatal Gal Costa A Todo Vapor (1971)
Marcos Valle (1970)
Hoje estou meio devagar, devido a uma gripe que me pegou de jeito. Quase desisti de fazer a postagem do dia. Mas por honra da firma, vamos manter a frequência diária. A peteca não pode cair. Vamos então para a segunda dose de Marcos Valle.
Nesta, temos um álbum raro e tão bom quanto o postado anteontem. Para mim, as três faixas, “Quarentão simpático”, “Freio aerodinâmico” e “Os grilos” já ‘vallem’ o disco. “Os grilos”, inclusive, aparece aqui também na versão original de 1967. Tem “Pigmalião”, intrumental bacana que foi trilha da novela de mesmo nome, lembram? Há também, uma faixa com participação dos Golden Boys, “Esperando o Messias”. Discão para ninguém por defeito.
Samba Show – Apresentando Samba Show (1964)
Como havia dito ontem, pretendo postar alguns dos mais representativos álbuns do Marcos Valle. Mas cheguei a conclusão que seria mais interessante ir alternando os dias, dando oportunidade para mostrar outros lp’s que a muito estão na fila de espera. Dessa forma quero apresentar este obscuro álbum, cujo qual eu não encontrei nenhuma informação além das contidas na capa. Pesquisei por toda a rede e continuei na mesma, nada! Deixo então esta incógnita musical para algum especialista ou conhecedor de plantão. Vamos ver se alguém consegue dar uma luz para o disco, levantar um pouco mais a poeira do tempo. Vejam que temos aqui um álbum bem bacana, de 1964, com um repertório relativamente conhecido da Bossa Nova. Agora basta descobrir um pouco mais sobre ele. Fala aí que eu te escuto…
Marcos Valle (1974)
Então começo por este álbum de 1974, disco raro inclusive nas ‘bocas’. Fase muito boa do artista que na década de 70, influenciado pela música americana (a boa, claro!), andou flertando com o pop e soul music. Neste disco temos uma série de sucessos, músicas que foram inclusive temas de novelas. Chamo atenção especial para as faixas “Brasil x México” – um instrumental super descontraído, a ponderada “Cobaia”, a passional “Tango”, “Meu herói”, “Casamento, filhos e convenções”… só sucessos!
Sá & Guarabyra – Quatro (1979)
Bem… diante a confusão, fui obrigado a escalar uma postagem reserva, meus famosos ‘links de gaveta’ – aqueles sempre prontos para uma situção como esta. Escolhi este Sá & Guarabyra que já está prá lá de maduro, quase caindo do pé de Rapidshare. Sem sombra de dúvidas, um discão, que eu só não o havia postado antes por já estar ‘nas bocas’. Mas ainda assim, se houver alguém que ainda não ouviu, tá aqui a oportunidade – sempre no capricho, com encarte e 320 de qualidade.
12 Baquiá(Luiz Carlos Sá – Guarabyra)
Globo De Ouro – Volume 3 (1977)
… E para hoje mais uma dose de Globo de Ouro, volume 3. Eu ainda não achei o volume 1 e os outros mais antigos, postados anteriormente que estão sem link e foram solicitados. Espero para a próxima semana já ter resolvido isso.Pelo que podemos constatar, o Globo de Ouro 77 rendeu três volumes. Não sei se nos anos anteriores e seguintes foi da mesma maneira, mas o fato é que nesse tivemos uma seleção bem popular e variada, agradando à todos. Portanto podemos ter certeza de que pelo menos uma faixa vai cair no agrado do freguês. Segura as pontas que amanhã tem mais…
Acho que não vou me dar ao trabalho de escrever a relação das faixas. Tá na capa, né?
Globo De Ouro – Volume 2 (1977)
Ainda no embalo das coletâneas, vamos com mais uma, a tradicional seleção anual do programa musical, Globo de Ouro. Me lembro que o programa apresentava os artistas populares que mais vendiam e vez por outra saiam esses álbuns. O interessante desses discos são algumas faixas/ artistas que aparecem, tiradas de álbuns quase obscuros; artista dos mais inusitados. Sucessos Odeon – Volume II (1973)
Sucessos Odeon – Volume I (1973)
Sá & Guarabyra – Pirão De Peixe (1977)
Para esta terça-feira, temos mais uma vez a dupla Sá & Guarabyra em um disco que fez muito sucesso, ajudando a consagrar ainda mais a carreira dos dois artistas. Lançado pela Som Livre, o disco teve ampla divulgação na tv (Globo) e nas rádios em geral. Mas com certeza, não foi pelo poder da imposição que este álbum fez tanto sucesso – onde em suas 10 faixas, 10 músicas fizeram sucesso. Um lp, sem dúvida excepcional, do tipo que a gente logo aprende a letra e quer cantar numa rodinha de violão. Tem que conferir!
Pasquim Apresenta MPB Independente (1982)
Para hoje temos um disquinho muito interessante. Uma coletânea de artistas que se lançaram na então nova investida do disco independente, sem gravadora. Gente de peso como Caetano Veloso e Tom Jobim estão presentes (independentes?). Mas o lp tem mais peixe grande e coisas interessantes, com se pode ver na capa e na relação das faixas. Este disco é parte integrante do jornal “O Pasquim” e não foi lançado comercialmente (pelo menos diretamente). Quem comprou o jornalzinho levou disco. Assim, podemos dizer que se trata de um disco raro, que com toda certeza não voltará a ser publicado. Sua peculiaridade também está no fato de apresentar artistas e versões raras. Vale mais do que nunca dar uma conferida neste toque.
Sergio Sampaio – Sinceramente (1982)
Antes de tudo, gostaria de deixar minhas desculpas para aqueles que tem me enviado e-mails e cujos quais eu ainda não respondi ou atendi. O fato é que depois de aberto este canal de comunicação, muito do que poderia ser colocado através dos Comentários passou a ser enviado por e-mail. Daí que tenho recebido uma ‘penca’ diária que as vezes nem dá para responder de imediato. Postar pedidos, só o atendo quando tenho e está à mão. Mas sempre procuro não decepcionar. Tarda, mas não falha. Quanto às contribuições, link ou arquivos, estarei sempre aceitando, mas nem sempre posso garantir se o mesmo será postado. Às vezes recebo contribuições, bem intencionadas por certo, mas que nada acrescentam, sendo muitas vezes títulos postados ou tirados de outros blogs. Como nem sempre tenho tempo para ficar verificando essas coisas – quando resolvo postar algo que não é da minha fonte – acabo sendo alvo de críticas, como usurpador de blog alheio. Estou escrevendo isso, não como justificativa para as últimas postagens que de uma certa forma são comuns ou já foram apresentadas em outros blogs. Volto a repetir que mesmo na reprise de títulos, o conteúdo nunca é o mesmo, seja na qualidade e/ou apresentação. Quando chego a postar alguma coisa que encontrei diretamente em outro blog, faço questão de cita-lo. Agora, espero ser entendido apenas como um blog amador. Aqui não há comercio de espécie alguma e também não peço doações. O que faço aqui no Toque Musical é puramente ‘amadorístico’ (por amor), sem maiores pretensões… Escrevo e publico o que gosto e quero, afinal este é apenas um blog pessoal.
Mas vamos parar por aqui e partir de uma vez para o que lhes interessa. Se é que interessa este, também já bastante divulgado, disco do ‘bendito’ Sérgio Sampaio. Eu me considero um pouco suspeito para falar de um dos artistas que mais cultuei nos últimos (pelo menos) 30 anos. Mas pensando bem, não há o que falar de mal de um artista genial como ele era. “Sinceramente” foi seu terceiro e último lp em vida. Disco independente, traz uma carga autoral muito mais forte e pungente. Um álbum raro de achar e tão maravilhoso quanto os demais. Se você ainda não ouviu, não sabe o que está perdendo…
Nei Lisboa – Hein?! (1988)
Para este, temos aqui um disco de Nei Lisboa, cantor compositor e escritor gaúcho. Nos anos 80 ele chegou a fazer um certo sucesso para além dos pampas, se tornando conhecido através de álbuns como “Pra viajar no Cosmos não precisa gasolina” e “Carecas da Jamaica”. “Hein?!” foi seu quarto disco e até onde eu acompanhei sua carreira é o que mais me agrada. Não parece um disco dos anos 80. Nei é um artista acima da média e mesmo nesses mais de 25 anos de estrada ainda cheira como novidade.
Fábio – Frutos De Mi Tierra (1972)

Fábio é mais uma das boas sacadas do produtor Carlos Imperial. Antes disso o cara era conhecido como “Juancito”, um cantor paraguaio que atuava em boates de Sampa, lá pelos idos dos anos 60. Foi Tim Maia que fez a cabeça do moço. Mas através do Imperial o ‘desbunde’ foi total. Começando pelo novo nome artístico. De saída ele gravou num compacto a impagável “LSD” (Lindo Sonho Delirante) que foi sucesso restrito aos malucos de plantão. Esta música eu resolvi incluir no pacote, aproveitando a ocasião. Fica de bônus extra.
“Os frutos de mi tierra” é em minha opinião, seu melhor trabalho. Além de composições próprias, tem também músicas de Ruy Maurity, Dorival Caymmi, Luis Vieira, Sueli Costa, entre outros… Chamo a atenção para duas outras faixas: “Pai e filho” (versão de Cacá Diégues para “Father And Son”, de Cat Stevens) e “Guantanamera” , dois sucessos internacionais.
Gilberto Gil & Rita Lee – Refestança (1977)
Boa noite aos que se tocam e aos que precisam de um toque.
Estou trazendo nesta semana alguns álbuns que sempre estiveram na minha lista de postagens, mas que até o momento não haviam sido apresentados no TM. Sei que muitos já são ‘figurinhas repetidas’, mais rodados que nota de um real, postados exaustivamente em diversos blogs. Talvez nem sejam mais de interesse da maioria, mas mesmo assim faço questão postá-los. Isso porque, embora comuns, são diferentes na origem e também na apresentação. São meus e também quero tê-los no blog.
Vamos então nessa noite com um show que virou disco e que ao longo de seus trinta anos ainda continua atualíssimo.Um encontro de duas grandes figuras que dispensam apresentações, numa ‘refestança’ para ninguém botar defeito. Este é mais um caso típico de álbum que merecia ter sido lançado duplo (ou até triplo). Sempre achei que disco ao vivo, registro de shows, deveriam render mais que um simples disquinho. Será que a duração do espetáculo foi de apenas 40 minutos?
Seja como for, aqui vai mais um dos meus, que também são seus e também são nossos.
Tomo aquela frase de pára-choque de caminhão de forma readaptada:”Não tenho todos os discos que quero, mas quero no TM todos os discos que tenho.”
Chico Buarque – Construção (1971)
Boa noite amigos! Estamos começando mais uma semana preparada para novos toques. Fugindo um pouco da velha guarda, vamos nos próximos dias nos deliciar com um cardápio musical variado e contemporâneo, que começa com um dos maiores nomes da nossa MPB. Chico Buarque em um dos seus melhores momentos. Um álbum emblemático, que traduz toda a essência do artista. Na minha modesta opinião um dos discos MPB mais importantes da década de 70. Chico faz parte daquele grupo de artistas que tem sua obra sempre viva, relembrada e constante em relançamentos e coletâneas. Mesmo assim, não pude perder a chance e a honra de tê-lo aqui no Toque Musical. Chico Buarque é o cara! 🙂

