José Calvário – The Best Disco In Sound (1977)

Boa noite caros amigos cultos e ocultos! No embalo lusitano lá vou eu trazendo mais um José. Desta vez tenho para vocês o José Calvário, também outro grande nome português. Foi um músico compositor, maestro e arranjador dos mais importantes em Portugal. Garoto prodígio na música, começou aos 10 anos, aos 20 já era arranjador e produtor. Atuou em diferentes linhas musicais, curiosamente até na ‘disco-music’, como poderemos conhecer neste disco que apresentamos. Por engano, pensei se tratar de um compacto, mas é um EP, lançado no Canadá, no auge da discoteca. Bem interessante os arranjos que ele cria para temas tradicionais da música portuguesa. Vale a pena conferir…
 
old lisbon
coimbra
song of the sea
lisbon by night
 
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José Afonso – Viva O Poder Popular (1975)

Bom dia, meus camaradas, amigos cultos e ocultos! Como disse, temos aqui muitos discos e arquivos da música popular portuguesa, se fossemos postar todos, ficaríamos nessa por mais algumas semanas. Com certeza, todos aqui devem estar gostando, visto pelo número de visitantes ao Toque Musical. E assim sendo, vamos dar sequencia, trazendo ainda mais alguns disquinhos. A ideia era postar apenas um disco de cada artista aqui disponível, mas no caso do Zeca Afonso, vamos com mais um… aliás, era este o disquinho que deveria ter entrado. Mas, antes ter a mais do que ter a menos, não é mesmo?
Então, temos aqui um compacto dos mais interessantes, lançado em 1975. José Afonso nos apresenta dois temas que fazem referencia aos acontecimentos políticos ocorridos em 7 de março de 1975, em Setúbal e em manifesto cantado em defesa de ideais de soberania popular. Bem apropriado para o nosso momento, aqui no Brasil, tanto politicamente falando, quanto musicalmente, onde temos em “Viva o poder popular”, por exemplo, um ritmo semelhante a nossa quadrilha de festas juninas. Dá até para dançar na fogueira esse manifesto. É isso aí, viva o poder popular, pois popular de verdade tem consciência de classe, o resto é gado!
 
viva o poder popular
foi na cidade do sado
 
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José Afonso – Coimbra (1960)

Boa hora, meus caríssimos amigos cultos e ocultos! Entre os vários disquinhos compactos, o do José Afonso não poderia faltar, sendo este um dos mais queridos artistas portugueses da música de protesto. Conhecido, principalmente aqui no Brasil, pela música “Grândola, Vila Morena, que foi uma das ‘trilhas’ da Revolução do 25 de Abril. Aqui temos ele neste compacto de 1960, lançado pelo selo Alvorada. Neste período Zeca Afonso ainda não era um cantor de protesto e aqui, ao contrário do que havia dito logo no início dessa mostra, não teríamos os fados. Mas desses não temos como fugir, assim como falar de música brasileira sem incluir o samba. Então, aqui vão eles, três fados e uma canção, sendo apenas a canção “Balada” de autoria de José Afonso. Confiram no GTM…
 
mar largo
solitário
aquela moça da aldeia
balada
 
 
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Vieira Da Silva – Canção Para Um Povo Triste (1969)

Olá, amigos cultos e ocultos! Hoje nosso encontro português é com António Viera da Silva, cantor, compositor e poeta. Nos anos 60 participou ativamente do movimento de renovação da música portuguesa, ao lado Adriano Correia e José Afonso, dois outros grandes nomes da música portuguesa. Vieira da Silva gravou poucos discos, entre os anos 60 e 70, mas após se formar em medicina, acabou em sua arte ficando apenas com a poesia. O presente compacto, de sete polegadas, foi seu primeiro disco, gravado em 1969 e como tantos ouros naquela época, foi censurado e apreendido pela ditadura. Nunca chegou a ser reeditado, então, este é mais um registro que vale a pena conhecer, inclusive por nós brasileiros, pois nesse sentido o povo português é bem mais aguerrido, bem mais consciente e político do que nós. Que nos sirva de lição, de exemplo em nossa luta por uma democracia verdadeira. Confiram o disquinho no GTM…
 
canção para um povo triste
balada para o menino do dia de hoje
balada do soldadinho
auto-retrato para uma humanidade
 
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Maria Guinot – Maria! (1968)

Boa hora, amigos cultos e ocultos! Hoje, nosso encontro português é com a cantora Maria Guinot em seu disco de estreia, um compacto duplo no qual trazia uma música que se destacou nas rádios portuguesas, “Criança loura”. Ainda naquele final dos anos 60 ela gravou mais um compacto e só voltaria a gravar nos anos 80. Sua discografia é pequena, mas atuou em diversos coletâneas, eventos e festivais promovidos pelas rádios e tvs de Portugal. Confiram no GTM…
 
la mére sans enfant
toi, mon ami
a canção que eu canto
criança loura
 
 
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José Almada – Mendigos (1970

Muito bom dia a todos, amigos cultos e ocultos! Seguindo em nossa mostra portuguesa de discos compactos, hoje temos a presença do cantor e compositor José Almada, um artista que até mesmo na ‘terrinha’ passou meio que despercebido e isso se deve também ao fato dele ter gravado poucos discos até hoje. Iniciou-se no disco aos 17 anos, conforme o texto de contracapa. Este compacto foi lançado no mesmo ano em que lançou também seu lp, “Homenagem”, considerando um dos grandes álbuns da música popular portuguesa. Seria uma prévia do lp, hoje, uma raridade, visto que boa parte dos discos de artistas portugueses não tiveram reedição, nem em cd. O que torna iniciativas como esta no Toque Musical de grande importância, principalmente para os amigos portugueses que também estão sempre por aqui. Confiram este disquinho no GTM.
 
hóspede
vento suão
anda madraço
mendigo
 
 
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Bártolo Valença – Até A Vista Lisboa (1966)

Olá, amigos cultos e ocultos! Continuando nossa mostra ‘luso-musical’, temos para hoje Bártolo Valença e seu conjunto (Rapazes do Ritmo). E havia dito que não teríamos fados, mas isso é quase inevitável. Como diz uma das músicas deste disco, “tudo é fado” quando o assunto é Portugal. E no caso aqui, temos um artista típico da ‘terrinha’ acompanhado pelo conjunto “Rapazes do Ritmo”, seu primeiro grupo musical que mais tarde se tornaria em, Rapsódia Portuguesa, dando mais ênfase as tradições e folclore lusitano. Bártolo Valença iniciou-se nos anos 50 e esteve atuante por toda a década de 60 e no inicio dos 70. Era um artista bem popular, se apresentava em festejos e casas de espetáculos e também gravou vários discos. Aqui temos dele o compacto “Até a vista Lisboa”, lançado ao que costa, em 1966. Ora pois… temos aqui a música portuguesa, com certeza…
 
até a vista lisboa
tudo é fado
lisboa cidade encantada
bailinho dos beijinhos
 
 
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